Bula do Mazitrom produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MAZITROM®
(azitromicina)
União Química Farmacêutica Nacional S.A
Cápsula dura
500 mg
1
azitromicina
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Cápsula dura 500 mg: embalagem contendo 3 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula contém:
azitromicina di-hidratada ........................................................................................................... 501,40 mg*
*equivalente a 500 mg de azitromicina base
Excipientes: estearato de magnésio, croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio e talco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
MAZITROM é utilizado no tratamento de infecções causadas por micro-organismos suscetíveis, principalmente infecções do trato
respiratório inferior (inclusive bronquite e pneumonia) e superior (inclusive sinusite e faringite/tonsilite), infecções dermatológicas e dos
tecidos moles e em otites médias. Nas infecções genitais não complicadas determinadas por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae
(sem resistência múltipla). Infecções concomitantes por Treponema pallidum devem ser excluídas.
A eficácia terapêutica da azitromicina já está bem estabelecida em nosso meio, sendo que sua indicação já consta de importantes livros de
atualização terapêutica(1)
.
Akita H. e cols. realizaram uma avaliação clínica em pediatria da azitromicina em grânulos e em cápsulas. A azitromicina foi administrada a
123 pacientes uma vez ao dia, durante 3 a 5 dias, na dose de 3,7 a 20 mg/kg. Os pacientes eram portadores de infecções diversas, como
faringite, amidalite, pneumonia, otite média e infecção intestinal. A eficácia foi avaliada em 109 casos, sendo considerada excelente em
65,1% dos pacientes e boa em 29,4%, resultando num índice de eficácia de 94,5%. Além disso, a azitromicina erradicou 43 das 46 espécies
de bactérias identificadas antes do tratamento, resultando numa eficácia bacteriológica de 93,5%. Concluem os autores que a azitromicina
cápsulas num regime de dose diária, foi efetiva e segura para tratar certas infecções pediátricas(2)
Numa avaliação clínica em pediatria com azitromicina cápsulas, Nishimura T. e cols. trataram 43 pacientes com faringite, amidalite,
bronquite, pneumonia, escarlatina, impetigo, piodermite e enterite. Os pacientes receberam uma dose diária de azitromicina de 20 mg/kg,
durante 3 a 5 dias. A eficácia foi avaliada em 39 casos, sendo o índice global de eficaci de 87,2%(3)
Smith SR. e cols. investigaram os efeitos clínicos e microbiológicos da azitromicina como adjuvante no tratamento não cirúrgico da
periodontite. Os resultados mostraram que a azitromicina foi clinicamente e estatisticamente benéfica no tratamento adjuvante da
periodontite avançada, sendo que ela oferece vantagem sobre os demais antibióticos por ser administrado apenas 1 vez ao dia, por 3 dias, em
doses de 500 mg(4)
Referências Bibliográficas
1 – Atualização Terapêutica. 21 ed. São Paulo: Artes Médicas Ltda, 2003. p. 1256-61; 1475-7.
2 – Fujii R, Abe T, Tajima T, Terashima I, Meguro H, Sunakawa K, Tokota T, Akita H, Iwata S, Takeuchi Y. Pharmacokinetic and clinical
studies with azithromycin (capsule) in the pediatric field. Pediatric Study Group of Azithromycin. Jpn J Antibiop. 1995 Sep;48(9):1074-92.
3 – Burke SM. Azithromycin: only once a day. MCN Am J Matern Child Nurs. 1996 May-Jun;21(3):162
4 – Smith Sr, et al. A double-blind placebo-controlled trial of azithromycin as an adjunct to non-surgical treatment of periodontitis in adults:
clinical results.
MAZITROM é um antibiótico pertencente à classe dos azalídeos, que são derivados do grupo dos macrolídeos de origem semissintética
obtida a partir da eritromicina.
A azitromicina constitui o protótipo dos antibióticos azalida e diferencia-se da eritromicina por seu espectro de ação mais amplo (capaz de
agir contra micro-organismos gram-negativos), por sua farmacocinética mais favorável e por sua boa tolerância.
A azitromicina é ativa contra bactérias gram-negativas, bem como contra clamídias, micoplasmas, treponemas e micobactérias. Entre as
bactérias aeróbicas gram-positivas, a azitromicina mostra-se ativa contra Streptococcus pyohenes (beta-hemolíticos do grupo A),
Streptococcus agalactiae, Streptococcus pneumoniae, estreptococos alfa-hemolíticos (grupo viridans), Staphylococcus aureus,
Staphylococcus epidermidis, Listeria monocytogenes e Corynebacterium diphtheriae. A atividade da azitromicina contra bactérias aeróbicas
gram-negativas é maior do que a da eritromicina, mostrando-se duas a oito vezes mais ativa contra Haemophilus influenzae, Haemophilus
parainfluenzae, Moraxella (Branhamella) catarrhalis, Pasteurella sp, Yersinia sp, Legionella pneumoniae, Bordetella pertussis, Bordetella
parapertussis, Shighella sp, Vibrio cholera, Vibrio parahaemolyticus e Pleisiomanas shigelloides. Este antibiótico apresenta ação variável
contra a maioria das estirpes de Escherichia coli, Salmonella typhi, Salmonella enteritidis, Enterobacter sp, Aeromonas hydrophila e
Klebsiella sp, assim testes de suscetibilidade devem ser realizados. Apresenta boa atividade contra bactérias anaeróbicas, incluindo os cocos
anaeróbicos, clostrídios e a maioria das espécies de bacteroides. Contudo, sua ação contra o Bacteroides fragilis é pequena, não sendo útil na
terapêutica das infecções por este patógeno. Também não se mostra ativo contra os enterococos. A azitromicina apresenta boa ação contra
Chlamydia trachomatis, Treponema pallidum, Neisseria gonorrhoeae e Haemophilus ducreyi. Em concentrações maiores, a droga tem ação
contra o complexo Mycobacterium aviumintracellulare, Borrelia burgdorferi (doença de Lyme), Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma
pneumoniae, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Pneumocystis carinii, Campylobacter sp e Listeria monocytogenes. Mostra
ação parasitostática contra o Toxoplasma gondii em concentrações mais elevadas.
A azitromicina é um antibiótico de ação bacteriostática podendo exercer ação bactericida sobre micro-organismo de alta sensibilidade. Seu
mecanismo de ação é semelhante ao da eritromicina, inibindo a síntese de proteínas bacterianas por ligar-se à fração 50S do ribossomo. Com
2
isto, impede a fixação do RNA transportador, bloqueando o aporte dos aminoácidos componentes das proteínas. A azitromicina é estável em
meio ácido, o que permite sua administração por via oral, com biodisponibilidade de 40% por esta via. Após sua absorção oral, a
azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo, atingindo concentrações mais elevadas nos tecidos em relação ao sangue (níveis tissulares
10 a 50 vezes maiores que os do plasma).
Com a administração de 500 mg por via oral, o nível sérico mais elevado (0,4 mcg/mL) é obtido após 2,5 a 3 horas; no entanto, a
concentração média nos ovários é de 2,7 mcg/g, no útero 3,5 mcg/mL, mantendo também elevada concentrações nas trompas, próstata, rins,
pulmões, músculos, amígdalas e peritônio. Administrada na dose de 200 mg/kg, as concentrações no fígado e baço podem alcançar 4.000 a
6.000 mcg/g de tecido. A azitromicina mantém-se no meio intracelular e nos tecidos, sendo eliminada lentamente. Sua meio-vida sérica é de
14 a 20 horas, enquanto nos tecidos pode chegar a 60 horas. Desta maneira, o antibiótico mantém-se em concentração ativa nos tecidos por
tempo prolongado, permitindo seu emprego terapêutico em dose única diária. A eliminação urinária é lenta, sendo recuperados na urina após
24 horas somente 6% da dose administrada.
MAZITROM é contraindicado nos casos de história de hipersensibilidade aos componentes da fórmula, à eritromicina e quaisquer
antibióticos macrolídeos
Gerais
Raros relatos sobre reações alérgicas severas, incluindo angiodema e anafilaxia, foram feitos. Algumas destas reações caracterizam-se por
sintomatologia recorrente, necessitando um maior período de observação e tratamento.
É importante a constante observação para verificar os sinais de crescimento de micro-organismos não susceptíveis, incluindo fungos.
Pacientes com insuficiência renal leve (clearance de creatinina > 40 mL/min), não necessitam ajuste de dose. Não há dados registrados sobre
pacientes com insuficiência renal grave. Assim, deve-se ter cautela ao prescrever MAZITROM a estes pacientes.
Pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderada (classe B) não apresentam alterações acentuadas na farmacocinética
sérica de azitromicina quando comparados a pacientes com função hepática normal. Desta forma, não há necessidade de se ajustar as doses
de MAZITROM dos pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada. Como a principal via de excreção da azitromicina é o fígado,
esta deve ser administrada com cautela a pacientes com disfunção hepática significante.
Em pacientes que estão sendo medicados com derivados do ergot, o ergotismo tem sido acelerado com a administração de antibióticos
macrolídeos. Apesar de não haver dados sobre interação entre azitromicina e o ergot, não é aconselhável o uso de ambos conjuntamente.
Gravidez
Não existem estudos estabelecidos do uso de MAZITROM em mulheres grávidas.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação
Não se sabe se a droga é excretada no leite materno. Informe ao médico se está amamentando.
Pediatria
A segurança e eficácia do uso de MAZITROM em crianças até 16 anos de idade, ainda não foram estabelecidas. Entretanto, não são
esperados problemas específicos nesta idade.
Idosos
A farmacocinética de pacientes idosos de 65 a 85 anos de idade é similar a voluntários jovens de 18 a 40 anos de idade. O aumento da
concentração (para 30 a 50%) foi achando em mulheres idosas, no entanto nenhum valor significativo de acúmulo ocorreu. Não é necessário
- ergot: há possibilidade de ergotismo (ver item “5. Advertências e precauções”) quando administrados conjuntamente com azitromicina.
- antiácidos: não devem ser administrados simultaneamente com azitromicina, pois reduzem o pico de concentração plasmática da
azitromicina em até 24%.
- varfarina: a azitromicina não alterou o efeito anticoagulante de dose única de 15 mg de varfarina. No entanto, quando administradas
conjuntamente é recomendável monitorização rotineiro do tempo de protrombina.
- ciclosporina: não há dados sobre a interação entre azitromicina e ciclosporina. Assim, quando for necessária a coadministração, os níveis
de ciclosporina devem ser monitorizados e a dose ajustada.
- digoxina: deve ser considerada a possibilidade de aumento dos níveis de digoxina, quando esta for administrada conjuntamente com
azitromicina.
- teofilina, carbamazepina, cimetidina, metilprednisolona e zidovudina: não foram observadas interações farmacocinéticas significantes
entre a azitromicina e estas drogas quando administradas simultaneamente.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Não é aconselhável administrar MAZITROM pouco antes ou logo após uma refeição. Durante o tratamento o paciente deve evitar o uso de
bebidas alcoólicas.
Interferência em exames laboratoriais
As concentrações plasmáticas de ALT e AST podem sofrer aumentos.
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C); proteger da luz e umidade.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: cápsula de gelatina dura nº 0, alongada, corpo laranja claro e tampa laranja escuro, contendo pó branco.
3
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MAZITROM deve ser administrado em dose única diária. A administração de MAZITROM após uma refeição pode reduzir sua
biodisponibilidade em até 50%. Assim, cada dose deverá ser administrada no mínimo 1 hora antes ou 2 horas após a refeição.
Adultos
Para o tratamento de doenças infecciosas causadas por Chlamydia trachomatis ou Neisseria gonorrhoeae suscetível, administra-se uma dose
única de 1 g de MAZITROM (2 cápsulas de 500 mg).
Para todas as outras indicações (bronquite, faringite, tonsilite, sinusite, otite média, pneumonia, infecção dos tecidos moles e pele) a dose
total de MAZITROM é de 1,5 g (3 cápsulas de 500 mg), que deve ser dividida em 1 cápsula/dia.
Pacientes com disfunção hepática
Podem ser utilizadas as doses de MAZITROM que são administradas a pacientes com função hepática normal.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
MAZITROM habitualmente é bem tolerado. Reações adversas têm sido referidas como de pequena intensidade e relacionadas à esfera
gastrintestinal (náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia e flatulência). Diminuição auditiva reversível foi observada em alguns pacientes
sob tratamento com doses elevadas e por longos períodos. Raros casos reversíveis de icterícia colestásica foram mencionados. Reações
alérgicas (rash cutâneo, fotossensibilidade, angiodema e anafilaxia) têm ocorrido.
A azitromicina é bem tolerada, apresentando baixa incidência d efeitos colaterais. Em estudos clínicos os seguintes efeitos adversos
indesejáveis foram relatados:
Gastrintestinal – náusea, vomito, diarreia, fezes amolecidas, desconforto abdominal (dor/cólica) e flatulência.
Hematopoiético – episódios transitórios de uma leve redução na contagem de neutrófilos têm sido ocasionalmente observados nos estudos
clínicos, embora uma relação causal com a azitromicina não tenha sido estabelecida.
Hepático/biliar – disfunção hepática.
Pele/anexos – reações alérgicas incluindo rash (erupção cutânea) e angiodema.
Sentidos especiais – disfunções auditivas, incluindo perda de audição, surdez e/ou tinido (ruído auditivo), foram relatados por pacientes
recebendo azitromicina. Muitos desses eventos foram associados com o uso prolongado de altas doses em estudos clínicos. Nos casos onde
informações de acompanhamento estavam disponíveis, foi observado que a maioria desses eventos foi reversível.
Em experiência pós-comercialização, os seguintes efeitos indesejáveis foram relatados:
Geral – foi relatado astenia, embora a relação causal não tenha sido estabelecida, cansaço, mal-estar, monilíase (candidíase) e anafilaxia
(raramente fatal) (ver item “4. Advertências e precauções?”)
Cardiovascular – palpitações e arritmias incluindo taquicardia ventricular (assim como com outros macrolídeos) têm sido relatadas embora
a relação causal com a azitromicina não tenha sido estabelecida; hipotensão.
Sistema nervoso central e periférico – tontura/vertigem, convulsões (assim como com outros macrolídeos), cefaleia, hiperatividade,
parestesia, sonolência e desmaio.
Gastrintestinal – anorexia, dispepsia, constipação, colite pseudomembranosa, pancreatite, raroa relatos de descoloração da língua,
vômito/diarreia (raramente resultando em desidratação).
Geniturinário – nefrite intersticial e disfunção renal aguda.
Hematopoiético – trombocitopenia.
Hepático/biliar – hepatite e icterícia colestásica foram relatadas, assim como casos raros de necrose hepática e insuficiência hepática, a qual
raramente resultou em morte. Contudo, a relação causal não foi estabelecida.
Músculoesquelético – artralgia.
Psiquiátrico – reação agressiva, nervosismo, agitação e ansiedade.
Reprodutivo – vaginite.
Pele/anexos – reações alérgicas incluindo rash (erupção cutânea), fotossensibilidade, edema, urticária e angiodema. Foram relatados raros
casos de reações dermatológicas sérias incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise tóxica epidermal.
Sentidos especiais – casos raros de distúrbio de paladar foram relatados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.