Bula do Megestat produzido pelo laboratorio Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MEGESTAT
Comprimidos
160 mg
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE – MEGESTAT – Rev0914 1
APRESENTAÇÃO
MEGESTAT (acetato de megestrol) é apresentado na forma farmacêutica de comprimidos de 160mg em
frasco com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de MEGESTAT contém 160mg de acetato de megestrol. Excipientes: lactose
monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, povidona, dióxido de silício e estearato de
magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
MEGESTAT é indicado para o tratamento paliativo do carcinoma avançado de mama1
(isto é, doença
recorrente, inoperável ou metastática).
1
CID C50 - Neoplasias [tumores] malignas(os) da mama
A eficácia clínica de MEGESTAT foi avaliada em uma série de estudos clínicos.
Um estudo fase III foi conduzido por Abrams J. e colaboradores e avaliou a eficácia de três diferentes doses
diárias (160 mg, 800 mg e 1600 mg) de acetato de megestrol em mulheres, maiores de 18 anos, com
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confirmação histológica de carcinoma de mama e doença metastática progressiva. Outros critérios de
inclusão no estudo foram: necessidade das pacientes apresentarem RE (receptor de estrógeno) e RP (receptor
de progesterona) positivos e/ou desconhecidos, não terem recebido quimioterapia prévia e que tenham
recebido, no máximo, um tipo de terapia hormonal.
A taxa de resposta ao tratamento foi avaliada em 357 pacientes. Os valores obtidos foram 23%, 27% e 27%
para as doses 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. Os valores apresentados não apresentam
diferenças estatisticamente significativas. Para a taxa de duração da resposta foram avaliadas 91 pacientes
que responderam ao tratamento com MEGESTAT. Os valores foram 17 meses, 14 meses e 8 meses para as
doses de 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. A duração de resposta pareceu ser inversamente
proporcional à dose de MEGESTAT administrado. Essa relação foi estatisticamente significativa quando
comparado a dose de 160mg. (p<0,003).
Outro dado analisado foi o tempo para a progressão da doença. Altas doses de acetato de megestrol não
prolongaram o tempo livre de progressão da doença. Os valores apresentados foram 8 meses, 7 meses e 8
meses para as doses 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente. A diferença observada entre os valores
não foi significativa. O tempo de sobrevida não apresentou correlação com as doses. O tempo médio de
sobrevida foi de 28 meses, 24 meses e 29 meses para as doses 160 mg, 800 mg e 1600 mg, respectivamente.
Estudo conduzido por Robertson e colaboradores avaliou a eficácia de 160 mg de acetato de megestrol, como
segunda linha de tratamento, em mulheres com carcinoma de mama histologicamente confirmado. Nenhuma
paciente havia recebido terapia sistêmica adjuvante.
Das 221 pacientes avaliadas, 16% atingiram resposta (parciais + completas) ao tratamento e 25%
apresentaram doença estável. Esses valores apresentam variação dependendo do status de receptor de
estrógeno e progesterona das pacientes.
(+) (%) (-) (%) (+) (%) (-) (%)
Resposta 19 10 20 6
Doença estável 22 17 11 20
Progressão da doença 59 73 69 74
RE status RP status
Tabela 1: Taxas de resposta ao Megestat por status de
receptor de estrógeno e progesterona
O tempo para progressão da doença foi de 15,4 meses para as pacientes que responderam ao MEGESTAT e
13,3 meses para as pacientes que apresentaram doença estável. As pacientes que não responderam ao
tratamento com MEGESTAT apresentaram tempo para progressão da doença de 3,8 meses.
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Resposta vs. Progressão
Doença estável vs. Progressão
Resposta vs. Doença estável
Tabela 2: Diferenças estatísticas entre as taxas de tempo
de progressão
p
<0.01
Sem diferença estatística
O uso de MEGESTAT em outros tipos de neoplasias não é recomendado.
MEGESTAT deve ser usado com cautela em pacientes com história de tromboflebite.
Monitoramento próximo e frequente é indicado para qualquer paciente tratado para câncer metastático ou
recorrente.
Exacerbação de diabetes preexistente com maior necessidade de uso de insulina foi relatada com o uso
associado de MEGESTAT.
Carcinogênese, mutagênese e fertilidade
A administração de acetato de megestrol por até 7 anos em cadelas foi associada a um aumento na incidência
de tumores benignos e malignos da mama. Em estudos semelhantes em ratos e macacos não foi demonstrada
relação com uma maior incidência de tumores. A relação entre os tumores do cão associados ao acetato de
megestrol para humanos é desconhecida, mas deve ser considerada ao se avaliar a razão risco-benefício ao
se prescrever o MEGESTAT.
Estudos de fertilidade e reprodução com altas doses de acetato de megestrol mostraram um efeito
feminilizante reversível em alguns fetos de ratos machos.
Diversos relatos sugerem uma relação entre a exposição intrauterina a fármacos progestagênicos no primeiro
trimestre da gravidez e anomalias genitais em fetos de ambos os sexos. O risco de hipospádias ,5 a 8 em cada
1000 nascimentos de bebês do sexo masculino na população geral, pode ser aproximadamente dobrado com
a exposição a estes medicamentos. Não há dados suficientes para quantificar o risco da exposição a fetos do
sexo feminino, porém, alguns destes medicamentos induzem à leve virilização da genitália externa destes
fetos.
Gravidez e Lactação
O uso de progestagênicos durante os primeiros quatro meses de gravidez não é recomendado.
Mulheres com potencial de engravidar devem ser avisadas para evitar que isto ocorra. Se a paciente for
exposta ao MEGESTAT durante os quatro primeiros meses de gravidez, ou se ela engravidar enquanto
estiver fazendo uso desse medicamento, deverá ser informada quanto aos riscos potenciais ao feto.
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Os agentes progestagênicos têm sido empregados começando com o primeiro trimestre da gravidez com o
intuito de prevenir o aborto habitual ou a ameaça de aborto. Não há evidência adequada de que tal uso seja
eficaz e há evidências de dano potencial ao feto quando tais fármacos são administrados durante os quatros
primeiros meses de gravidez.
O uso desses agentes, com propriedades uterino-relaxantes, em pacientes com óvulos fertilizados
defeituosos, pode causar um atraso no aborto espontâneo.
A amamentação deve ser interrompida durante o tratamento com o MEGESTAT, devido ao potencial de
eventos adversos no recém-nascido.
Categoria de risco na gravidez: D
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso Pediátrico
A segurança e a eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Uso em Idosos
Não há dados suficientes de estudos clínicos com acetato de megestrol envolvendo pacientes com 65 anos de
idade ou mais para determinar se estas respondem diferentemente das pacientes mais jovens.
Em geral, deve-se ter cuidado ao escolher a dose para um paciente idoso. Usualmente se inicia na dose
mínima recomendada, devido à maior frequência nesta população de disfunção hepática, renal ou cardíaca,
doenças associadas e utilização concomitante de outros medicamentos.
O acetato de megestrol é substancialmente excretado pelos rins e, o risco de reações tóxicas pode ser maior
em pacientes com insuficiência renal Devido a maior probabilidade de os idosos terem função renal
diminuída, deve-se ter cuidado na escolha da dose e pode ser útil monitorar as funções renais.
Efeitos na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
Não são conhecidos os efeitos do acetato de megestrol com relação à habilidade de dirigir ou operar
Não são conhecidas informações sobre interações com outros medicamentos ou alimentos.
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Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
Os comprimidos de MEGESTAT 160 mg são esbranquiçados, ovais, biconvexos, com um lado sulcado e
com a impressão “160” do outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Carcinoma de Mama: 160 mg/dia (1 comprimido/dia).
É recomendado um período de pelo menos dois meses de tratamento contínuo para determinar a eficácia de
MEGESTAT.
As doses esquecidas não devem ser compensadas. Se o paciente esquecer uma dose de MEGESTAT, ele
deve reiniciar o tratamento com a dose prescrita e consultar o médico.
Para segurança e eficácia desta apresentação, MEGESTAT não dever ser administrado por vias não
recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
VPS
comprimidos
160mg
Dados das alterações de bulas
Histórico de alteração para a bula
MEGESTAT