Bula do Meloxicam produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
meloxicam
Biosintética Farmacêutica Ltda.
comprimidos
15 mg
meloxicam_BU 04_VPS 1
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 15 mg: embalagem com 10 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de meloxicam 15 mg contém:
meloxicam...............................................................................................................15 mg
Excipientes: celulose microcristalina, citrato de sódio di-hidratado, crospovidona, dióxido de silício,
estearato de magnésio, lactose e povidona.
II. INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Meloxicam é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) indicado para o tratamento sintomático da
artrite reumatoide e osteoartrites dolorosas (artroses, doenças degenerativas das articulações).
Em estudo realizado nos Estados Unidos, com o objetivo de avaliar a eficácia do meloxicam em pacientes
com osteoartrite de joelho ou quadril em fase de agudização, 47,7% e 55,8% dos pacientes relataram
melhora dos sintomas com meloxicam 7,5 mg e 15 mg, respectivamente. Esta melhora foi semelhante à
observada com o comparador ativo (diclofenaco de sódio 50 mg, duas vezes ao dia) e superior ao placebo.
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A redução das pontuações de WOMAC globais foi de aproximadamente 15 e 20 pontos, sendo que o
principal componente a contribuir para esta redução foram as pontuações de dor, com redução de 3,5 e
4,5 pontos, para meloxicam 7,5 e 15 mg, respectivamente.
Yocum D, Fleischmann r, Dalgin P, Caldwell J, Hall D, Roszko P. Safety and Efficacy of Meloxicam in
the Treatment of Osteoarthritis. Arch Intern Med 160 , 2947-2954, 2000. ISSN.
Farmacodinâmica
Meloxicam é um anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) pertencente à classe do ácido enólico, que nos
estudos farmacológicos em animais apresentou propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e
antipiréticas. Meloxicam demonstrou potente atividade anti-inflamatória em todos os modelos clássicos
de inflamação. Um mecanismo de ação comum para os efeitos acima descritos é a inibição, pelo
meloxicam, da biossíntese das prostaglandinas, conhecidos mediadores da inflamação.
A comparação entre a dose ulcerogênica e a dose anti-inflamatória eficaz, realizada em modelos
adjuvantes de artrite em ratos, confirmou uma margem terapêutica superior à dos anti-inflamatórios não
esteroidais (AINEs) de referência em animais. In vivo, meloxicam inibiu a biossíntese de prostaglandinas
mais intensamente no local da inflamação do que na mucosa gástrica ou nos rins.
Supõe-se que essas diferenças estejam relacionadas à inibição preferencial da COX-2 em relação à COX-
1 e acredita-se que a inibição da COX-2 promova os efeitos terapêuticos dos AINEs, enquanto que a
inibição da COX-1 constitucional possa ser responsável pelos efeitos colaterais gástricos e renais.
A inibição preferencial da COX-2 pelo meloxicam foi demonstrada in vitro e ex vivo, em vários testes. No
estudo com sangue total humano, meloxicam demonstrou inibir, seletivamente, a COX-2 in vitro.
Meloxicam (7,5 e 15 mg) demonstrou uma inibição maior da COX-2 ex vivo, como demonstrado por uma
maior inibição da produção de PGE2 estimulada por lipopolissacáride (COX-2) em relação à produção de
tromboxano no sangue coagulado (COX-1). Esses efeitos foram dose-dependentes. Nas doses
recomendadas, meloxicam mostrou não ter efeito sobre a agregação plaquetária nem no tempo de
sangramento ex vivo, enquanto a indometacina, diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno inibiram,
significativamente, a agregação plaquetária e prolongaram o tempo de sangramento.
Estudos clínicos demonstraram uma incidência menor de eventos adversos gastrintestinais (p. ex.
dispepsia, vômitos, náusea e dor abdominal) com meloxicam 7,5 e 15 mg em relação a outros AINEs.
A incidência de relatos de lesão perfurativa do trato gastrintestinal superior, úlceras e sangramentos
associados ao meloxicam é baixa e dependente da dose.
Não há estudo único com poder adequado para detectar diferenças estatísticas na incidência de eventos
adversos clinicamente significativos no trato gastrintestinal superior, tais como perfuração gastrintestinal,
obstrução ou sangramento, entre meloxicam e outros AINEs.
Realizou-se uma análise conjunta de 35 estudos clínicos envolvendo pacientes tratados com meloxicam
com indicação para osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite anquilosante. O tempo de exposição ao
meloxicam nesses estudos variou de 3 semanas a um ano (a maioria dos pacientes foi admitida em
estudos de um mês). Quase a totalidade dos pacientes participaram de estudos que permitiam o
recrutamento de pacientes com história anterior de perfuração gastrintestinal, úlceras ou sangramentos. A
incidência de perfuração do trato gastrintestinal superior, obstrução ou sangramento (POS) clinicamente
significativo foi avaliada retrospectivamente, seguida de uma revisão cega independente. Os resultados
estão na tabela a seguir.
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Risco cumulativo de perfuração, obstrução e sangramento (POS) para meloxicam 7,5 mg e 15 mg a
partir de estudos clínicos realizados pela Boehringer Ingelheim em comparação ao diclofenaco e ao
piroxicam (estimativas de Kaplan-Meier).
Tratamento Dias Pacientes POS Risco (%) Intervalo de
Dose confiança de
diária 95%
meloxicam
7,5 mg 1 a 29 9636 2 0,02 0,00 - 0,05
30 a 90 551 1 0,05 0,00 - 0,13
15 mg 1 a 29 2785 3 0,12 0,00 - 0,25
30 a 90 1683 5 0,40 0,12 - 0,69
91 a 181 1090 1 0,50 0,16 - 0,83
182 a 364 642 0 0,50
diclofenaco 1 a 29 5110 7 0,14 0,04 - 0,24
100 mg 30 a 90 493 2 0,55 0,00 - 1,13
piroxicam 1 a 29 5071 10 0,20 0,07 - 0,32
20 mg 30 a 90 532 6 1,11 0,35 - 1,86
Farmacocinética
Absorção
Meloxicam é bem absorvido pelo trato gastrintestinal, o que é refletido por uma alta biodisponibilidade ao
redor de 90% após administração oral.
A extensão de absorção do meloxicam após administração oral não é alterada pela ingestão concomitante
de alimento ou pelo uso de antiácidos inorgânicos. A linearidade da dose foi demonstrada após
administração oral na faixa de dosagem de 7,5 mg a 15 mg.
A concentração plasmática máxima mediana é atingida dentro de 5 a 6 horas após a administração de uma
única dose do comprimido de meloxicam.
Após doses múltiplas, o estado de equilíbrio é obtido dentro de 3 a 5 dias. A administração única diária
proporciona concentrações plasmáticas médias variando de 0,4 - 1,0 mcg/ml para doses de 7,5 mg e de
0,8 - 2,0 mcg/ml para doses de 15 mg, respectivamente (Cmín e Cmáx no estado de equilíbrio,
correspondentemente).
A concentração plasmática máxima média de meloxicam no estado de equilíbrio é atingida dentro de 5 a
6 horas.
O tempo médio para o início da ação é de 80 a 90 minutos após a ingestão.
Distribuição
Meloxicam liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina (99%). Meloxicam
penetra no líquido sinovial onde atinge, aproximadamente, metade da concentração plasmática.
O volume de distribuição após administração de múltiplas doses orais de meloxicam (7,5 mg ou 15 mg)
fica em torno de 16 litros, com coeficientes de variação entre 11 a 32%.
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Biotransformação
Meloxicam passa por extensa biotransformação hepática. Identificam-se na urina 4 diferentes metabólitos,
todos farmacodinamicamente inativos.
O principal metabólito, 5’-carboximeloxicam (60% da dose), é formado pela oxidação de um metabólito
intermediário 5’-hidroximetilmeloxicam, que também é excretado em menor quantidade (9% da dose).
Estudos in vitro sugerem que CYP 2C9 exerce um importante papel nessa via metabólica, com uma
pequena contribuição da isoenzima CYP 3A4. A atividade da peroxidase do paciente é provavelmente
responsável pelos outros 2 metabólitos, estimados em 16% e 4% da dose administrada, respectivamente.
Eliminação
Meloxicam é excretado, predominantemente, na forma de metabólitos na mesma proporção na urina e nas
fezes. Menos de 5% da dose diária é excretada de forma inalterada nas fezes, enquanto apenas traços do
composto inalterado são excretados na urina.
A meia-vida de eliminação média varia entre 13 e 25 horas após administração oral.
A depuração plasmática total fica em torno de 7 – 12 ml/min, para doses únicas administradas oralmente.
Linearidade/não linearidade
O meloxicam apresenta farmacocinética linear na faixa de dose terapêutica de 7,5 mg a 15 mg após
administração oral ou intramuscular.
Populações Especiais
Pacientes com insuficiência renal/hepática
A insuficiência hepática e a insuficiência renal leve não interferem significativamente na farmacocinética
de meloxicam. Pacientes com dano renal moderado tiveram a depuração total da droga significativamente
aumentada. Em pacientes com falência renal terminal foi observada uma diminuição da ligação a
proteínas. Na insuficiência renal terminal, o aumento do volume de distribuição pode resultar em uma
maior concentração de meloxicam livre.
Idosos
Pacientes idosos do sexo masculino apresentaram parâmetros farmacocinéticos médios semelhantes aos
de pacientes jovens também do sexo masculino. Pacientes idosas do sexo feminino mostraram aumento
nos valores de AUC e tempo de meia-vida de eliminação mais longo comparados àqueles de pacientes
jovens de ambos os sexos.
A depuração plasmática média no estado de equilíbrio foi discretamente menor nos indivíduos idosos do
que a relatada nos indivíduos jovens.
Os comprimidos de meloxicam 15 mg são de cor amarelo-claro, de formato circular, biconvexo e com
vinco em um dos lados.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24
meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Como o potencial para reações adversas aumenta com a dose e com o tempo de exposição, deve-se
utilizar a menor dose diária eficaz durante o menor tempo possível.
Os comprimidos de meloxicam devem ser ingeridos com água ou algum outro líquido, juntamente com
alimentos. A dose total diária de meloxicam deve ser administrada como uma dose única. A dose diária
máxima recomendada independentemente da formulação é 15 mg.
Artrite reumatoide
15 mg por dia.
De acordo com a resposta terapêutica, a dose pode ser reduzida para 7,5 mg por dia.
Osteoartrite dolorosa
7,5 mg por dia.
Caso necessário, a dose pode ser aumentada para 15 mg por dia.
Adolescentes
A dose máxima diária recomendada para adolescentes de 12 a 18 anos de idade é de 0,25 mg/kg e não
deve exceder 15mg.
Meloxicam comprimidos é contraindicado em crianças menores de 12 anos de idade, porque a
concentração desta forma farmacêutica não permite a dosagem adequada neste grupo etário (ver
“4.CONTRAINDICAÇÕES”).
Em pacientes com elevado risco de reações adversas, como por exemplo, histórico de doenças
gastrointestinais ou fatores de risco para doença cardiovascular, recomenda-se iniciar o tratamento com
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Não é necessária qualquer redução da dose em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada (isto é,
em pacientes com depuração de creatinina superior a 25 ml/min). Meloxicam é contraindicado em
pacientes não dialisados com insuficiência renal grave (ver “4. CONTRAINDICAÇÕES”). Em pacientes
com insuficiência renal terminal em hemodiálise, a dose diária máxima não deve exceder 7,5 mg.
VPS Comprimidos
15 mg x 10
06/11/2014 0999267147 10452 –GENÉRICO
– Notificação de Alteração
de Texto de Bula – RDC
60/12
Embora não exista experiência de superdosagem aguda com meloxicam, e os estudos de toxicidade
forneçam dados baseados em modelos animais, pode-se esperar que os sinais e sintomas mencionados em
"Reações adversas" ocorram de modo mais pronunciado. Pode ocorrer sangramento gastrintestinal.
Após a ingestão de AINE podem ocorrer reações anafilactoides, hipertensão arterial, insuficiência renal
aguda, depressão respiratória e coma, entretanto, são raros e dependem de interações medicamentosas e
das condições basais do paciente.
Tratamento: devem-se tomar as medidas padrão de esvaziamento gástrico e de suporte geral.
Desconhece-se um antídoto específico para meloxicam. Demonstrou-se em estudo clínico que a
colestiramina acelera a eliminação de meloxicam.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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III. DIZERES LEGAIS
MS - 1.1213.0349
Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães
CRF-SP n° 12.449
Fabricado por:
Merck S.A
Rio de Janeiro – RJ
Registrado por:
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Av. das Nações Unidas, 22.428
São Paulo - SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 04/11/2014.
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº do
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
Apresentações
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11/07/2013 0558675135 10459 - GENÉRICO
Inclusão Inicial de
Texto de Bula – RDC
60/12
11/07/2013 0558675135 10459 - GENÉRICO -
- Inclusão Inicial de
11/07/2013 Envio inicial do texto de bula em cumprimento ao Guia de submissão
eletrônica de bula.
VPS Comprimidos
15 mg x 10
09/10/2014 0904713141 10452 –GENÉRICO
– Notificação de
Alteração de Texto de
Bula – RDC 60/12
09/10/2014 0904713141 10452- GENÉRICO
Notificação de
VPS Comprimidos
15 mg x 10
04/02/2015 10452 –GENÉRICO
– Notificação de Alteração
de Texto de Bula – RDC
60/12