Bula do Meloxicam produzido pelo laboratorio Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
meloxicam –profissional de saúde - versão 02 – 03/2015
meloxicam
Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda
Comprimido
7,5 mg e 15 mg
Bula do Profissional de Saúde
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999.
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO
Comprimidos de 7,5 mg e 15mg de meloxicam em embalagens com 10 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 7,5mg contém:
meloxicam ............................................................ 7,5 mg
excipientes (*) q.s.p ............................................. 1 comprimido
(*) excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, citrato de sódio, crospovidona, povidona,
estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal
Cada comprimido de 15mg contém:
meloxicam ............................................................ 15 mg
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
meloxicam é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) indicado para o tratamento sintomático da artrite reumatoide
e osteoartrites dolorosas (artroses, doenças degenerativas das articulações).
Em estudo realizado nos Estados Unidos, com o objetivo de avaliar a eficácia do meloxicam em pacientes com
osteoartrite de joelho ou quadril em fase de agudização, 47,7% e 55,8% dos pacientes relataram melhora dos sintomas
com meloxicam 7,5 mg e 15 mg, respectivamente. Esta melhora foi semelhante à observada com o comparador ativo
(diclofenaco de sódio 50 mg, duas vezes ao dia) e superior ao placebo.
A redução das pontuações de WOMAC globais foi de aproximadamente 15 e 20 pontos, sendo que o principal
componente a contribuir para esta redução foram as pontuações de dor, com redução de 3,5 e 4,5 pontos, para
meloxicam 7,5 e 15 mg, respectivamente.
Yocum D, Fleischmann r, Dalgin P, Caldwell J, Hall D, Roszko P. Safety and Efficacy of Meloxicam in the
Treatment of Osteoarthritis. Arch Intern Med 160, 2947-2954, 2000. ISSN.
Farmacodinâmica
meloxicam é um anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) pertencente à classe do ácido enólico, que nos estudos
farmacológicos em animais apresentou propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. meloxicam
demonstrou potente atividade anti-inflamatória em todos os modelos clássicos de inflamação. Um mecanismo de ação
comum para os efeitos acima descritos é a inibição, pelo meloxicam, da biossíntese das prostaglandinas, conhecidos
mediadores da inflamação.
A comparação entre a dose ulcerogênica e a dose anti-inflamatória eficaz, realizada em modelos adjuvantes de artrite
em ratos, confirmou uma margem terapêutica superior à dos anti-inflamatórios nãoesteroidais (AINEs) de referência
em animais. In vivo, meloxicam inibiu a biossíntese de prostaglandinas mais intensamente no local da inflamação do
que na mucosa gástrica ou nos rins.
Supõe-se que essas diferenças estejam relacionadas à inibição preferencial da COX-2 em relação à COX-1 e acredita-
se que a inibição da COX-2 promova os efeitos terapêuticos dos AINEs, enquanto que a inibição da COX-1
constitucional possa ser responsável pelos efeitos colaterais gástricos e renais.
meloxicam –profissional de saúde - versão 02 – 03/2015
A inibição preferencial da COX-2 pelo meloxicam foi demonstrada in vitro e in vivo, em vários testes. No estudo com
sangue total humano, meloxicam demonstrou inibir, seletivamente, a COX-2 in vitro.
meloxicam (7,5 e 15 mg) demonstrou uma inibição maior da COX-2 ex vivo, como demonstrado por uma maior
inibição da produção de PGE2 estimulada por lipopolissacáride (COX-2) em relação à produção de tromboxano no
sangue coagulado (COX-1). Esses efeitos foram dose-dependentes. Nas doses recomendadas, meloxicam mostrou não
ter efeito sobre a agregação plaquetária nem no tempo de sangramento ex vivo, enquanto a indometacina, diclofenaco,
ibuprofeno e naproxeno inibiram, significativamente, a agregação plaquetária e prolongaram o tempo de sangramento.
Estudos clínicos demonstraram uma incidência menor de eventos adversos gastrintestinais (p. ex. dispepsia, vômitos,
náusea e dor abdominal) com meloxicam 7,5 e 15 mg em relação a outros AINEs. A incidência de relatos de lesão
perfurativa do trato gastrintestinal superior, úlceras e sangramentos associados ao meloxicam é baixa e dependente da
dose.
Não há estudo único com poder adequado para detectar diferenças estatísticas na incidência de eventos adversos
clinicamente significativos no trato gastrintestinal superior, tais como perfuração gastrintestinal, obstrução ou
sangramento, entre meloxicam e outros AINEs.
Realizou-se uma análise conjunta de 35 estudos clínicos envolvendo pacientes tratados com meloxicam com indicação
para osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite anquilosante. O tempo de exposição ao meloxicam nesses estudos
variou de 3 semanas a um ano (a maioria dos pacientes foi admitida em estudos de um mês). Quase a totalidade dos
pacientes participaram de estudos que permitiam o recrutamento de pacientes com história anterior de perfuração
gastrintestinal, úlceras ou sangramentos. A incidência de perfuração do trato gastrintestinal superior, obstrução ou
sangramento (POS) clinicamente significativo foi avaliada retrospectivamente, seguida de uma revisão cega
independente. Os resultados estão na tabela a seguir.
Risco cumulativo de perfuração, obstrução e sangramento (POS) para meloxicam 7,5 mg e 15 mg a partir de
estudos clínicos realizados pela Boehringer Ingelheim em comparação ao diclofenaco e ao piroxicam
(estimativas de Kaplan-Meier).
Farmacocinética
Absorção
meloxicam é bem absorvido pelo trato gastrintestinal, o que é refletido por uma alta biodisponibilidade ao redor de
90% após administração oral.
A extensão de absorção do meloxicam após administração oral não é alterada pela ingestão concomitante de alimento
ou pelo uso de antiácidos inorgânicos. A linearidade da dose foi demonstrada após administração oral na faixa de
dosagem de 7,5 mg a 15 mg.
A concentração plasmática máxima mediana é atingida dentro de 5 a 6 horas após a administração de uma única dose
do comprimido de meloxicam.
Após doses múltiplas, o estado de equilíbrio é obtido dentro de 3 a 5 dias. A administração única diária proporciona
concentrações plasmáticas médias variando de 0,4 - 1,0 mcg/ml para doses de 7,5 mg e de 0,8 - 2,0 mcg/ml para doses
de 15 mg, respectivamente (Cmín e Cmáx no estado de equilíbrio, correspondentemente).
A concentração plasmática máxima média de meloxicam no estado de equilíbrio é atingida dentro de 5 a 6 horas.
O tempo médio para o inicio da ação é de 80 a 90 minutos após a ingestão.
Distribuição
meloxicam liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina (99%). meloxicam penetra no
líquido sinovial onde atinge, aproximadamente, metade da concentração plasmática.
O volume de distribuição após administração de múltiplas doses orais de meloxicam (7,5 mg ou 15 mg) fica em torno
de 16 litros, com coeficientes de variação entre 11 a 32%.
Biotransformação
meloxicam passa por extensa biotransformação hepática. Identificam-se na urina 4 diferentes metabólitos, todos
farmacodinamicamente inativos.
O principal metabólito, 5’-carboximeloxicam (60% da dose), é formado pela oxidação de um metabólito intermediário
5’-hidroximetilmeloxicam, que também é excretado em menor quantidade (9% da dose).
Estudos in vitro sugerem que CYP 2C9 exerce um importante papel nessa via metabólica, com uma pequena
contribuição da isoenzima CYP 3A4. A atividade da peroxidase do paciente é provavelmente responsável pelos outros
2 metabólitos, estimados em 16% e 4% da dose administrada, respectivamente.
Eliminação
meloxicam é excretado, predominantemente, na forma de metabólitos na mesma proporção na urina e nas fezes.
Menos de 5% da dose diária é excretada de forma inalterada nas fezes, enquanto apenas traços do composto inalterado
são excretados na urina.
A meia-vida de eliminação média varia entre 13 e 25 horas após administração oral.
A depuração plasmática total fica em torno de 7 – 12 ml/min, para doses únicas administradas oralmente.
Linearidade/não linearidade
O meloxicam apresenta farmacocinética linear na faixa de dose terapêutica de 7,5 mg a 15 mg após administração oral
ou intramuscular.
Populações Especiais
Pacientes com insuficiência renal/hepática
A insuficiência hepática e a insuficiência renal leve não interferem significativamente na farmacocinética de
meloxicam. Pacientes com dano renal moderado tiveram a depuração total da droga significativamente aumentada.
Em pacientes com falência renal terminal foi observada uma diminuição da ligação a proteínas. Na insuficiência renal
terminal, o aumento do volume de distribuição pode resultar em uma maior concentração de meloxicam livre.
Idosos
Pacientes idosos do sexo masculino apresentaram parâmetros farmacocinéticos médios semelhantes aos de pacientes
jovens também do sexo masculino. Pacientes idosas do sexo feminino mostraram aumento nos valores de AUC e
tempo de meia-vida de eliminação mais longo comparado àqueles de pacientes jovens de ambos os sexos.
A depuração plasmática média no estado de equilíbrio foi discretamente menor nos indivíduos idosos do que a
relatada nos indivíduos jovens.
6. INTERAÇÕES MEDICAÇÕES
• Outros Inibidores da Prostaglandina Sintetase (IPS), incluindo glicocorticoides e salicilatos (ácido
acetilsalicílico): a co-administração de Inibidores da ProstaglandinaSintetase pode aumentar o risco de úlceras e
sangramentos gastrintestinais, em razão de sinergismo de ação, e não é recomendada.
O uso concomitante de meloxicam com outros AINEs (como ácido acetil salicílico, diclofenaco de sódio, nimesulida)
não é recomendado.
A administração concomitante de aspirina (1000 mg três vezes ao dia) em voluntários sadios tendeu a aumentar a
AUC (10%) e a Cmax (24%) de meloxicam. A significância clínica dessa interação é desconhecida.
• Anticoagulantes orais (como varfarina), heparina parenteral (como enoxaparina), trombolíticos (como
estreptoquinase) : aumento do risco de hemorragia. Caso seja imprescindível a utilização deste tipo de medicamento,
deve-se realizar um rigoroso acompanhamento médico dos seus efeitos na coagulação.
• Antiplaquetários (como dipiridamole, ticlopidina, clopidogrel) e Inibidores Seletivos de Recaptação de
Serotonina (ISRS - como fluoxetina, paroxetina, sertralina): aumento do risco de sangramento, via inibição da
função das plaquetas.
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• Lítio: há relatos de que os AINEs aumentam a concentração plasmática de lítio (devido à diminuição da excreção
renal de lítio), que pode atingir níveis tóxicos. Não se recomenda o uso concomitante de lítio e AINEs. Se essa
combinação for necessária, as concentrações plasmáticas de lítio devem ser cuidadosamente monitoradas durante o
início, ajuste e interrupção da administração de meloxicam.
• Metotrexato: AINEs podem reduzir a secreção tubular do metotrexato, aumentando sua concentração plasmática.
Por esta razão, não é recomendado o uso concomitante de AINEs nos pacientes tratados com altas doses de
metotrexato (> 15 mg/semana). O risco de interação entre os AINEs e metotrexato deve ser considerado também em
pacientes tratados com baixas doses de metotrexato, especialmente naqueles com função renal comprometida. Nos
casos em que o tratamento combinado for necessário, a contagem das células sanguíneas e a função renal devem ser
monitoradas. Deve-se ter cautela quando os AINEs e metotrexato forem administrados concomitantemente no período
de 3 dias, pois a toxicidade do metotrexato pode aumentar devido ao aumento do seu nível plasmático.
Embora a farmacocinética do metotrexato (15 mg/semana) não seja significativamente afetada pelo tratamento
concomitante com meloxicam, deve ser considerado que a toxicidade hematológica do metotrexato pode ser
potencializada pelo tratamento com AINEs.
• Contracepção: Embora ainda seja necessária confirmação, há relatos de que os AINEs diminuem a eficácia do
dispositivo intra-uterino (DIU).
• Diuréticos (como hidroclorotiazida; espironolactona; furosemida): O tratamento com AINEs está associado a risco
de insuficiência renal aguda em pacientes desidratados.Em caso de prescrição concomitante de meloxicam e
diuréticos, deve-se assegurar a hidratação adequada do paciente e monitorar a função renal antes do início do
tratamento.
• Anti-hipertensivos (beta-bloqueadores como propranolol, atenolol; inibidores da ECA, como captopril,
enalapril; vasodilatadores, como isossorbida, amlodipina; diuréticos): há relatos de diminuição do efeito
hipotensor de certos anti-hipertensivos no tratamento com AINEs, devido à inibição das prostaglandinas
vasodilatadoras.
• Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) e antagonistas dos receptores de angiotensina II (como
telmisartana, valsartana), assim como os inibidores da ECA exercem efeito sinérgico na diminuição da filtração
glomerular. Isto pode levar à insuficiência renal aguda nos pacientes que já possuem a função renal comprometida.
• Colestiramina liga-se ao meloxicam no trato gastrintestinal, levando à eliminação mais rápida do meloxicam.
• Ciclosporina: os AINEs podem aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina através de efeitos mediados pelas
prostaglandinas renais. Durante tratamento combinado, deve-se monitorar a função renal.
• Pemetrexede: para o uso concomitante de meloxicam com pemetrexede em pacientes com depuração de creatinina
entre 45 e 79ml/min, a administração de meloxicam deve ser interrompida 5 dias antes, no dia da administração e 2
dias após a administração de pemetrexede. Se uma combinação de meloxicam com pemetrexede for necessária, os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados, especialmente para a mielosupressão e reações adversas
gastrointestinais. Em pacientes com depuração de creatinina abaixo de 45ml/min, a administração concomitante de
meloxicam com pemetrexede não é recomendada.
meloxicam é eliminado quase totalmente pelo metabolismo hepático, do qual aproximadamente dois terços são
mediados pelas enzimas do citocromo P450 (CYP 2C9 é responsável pela maior parte da metabolização e CYP 3A4 é
responsável pela menor parte) e um terço é metabolizado por outras vias, tais como oxidação pelas peroxidases. Deve-
se considerar interação farmacocinética potencial quando se administram concomitantemente meloxicam e outras
drogas que inibam ou que sejam metabolizadas por CYP 2C9 e/ou CYP 3A4. Interações via CYP 2C9 podem ser
esperadas na combinação com medicamentos tais como antidiabéticos orais (sulfonilureias, nateglinida), que pode
levar ao aumento dos níveis plasmáticos destes fármacos e do meloxicam. Os pacientes que utilizam
concomitantemente meloxicam com sulfoniluréias ou nateglinida devem ser cuidadosamente monitorados para
hipoglicemia.
A administração concomitante de antiácidos, cimetidina, digoxina ou furosemida não revelou interação
farmacocinética significativa.
Mantenha em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC), protegido da luz e da umidade.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos de meloxicam são de coloração amarela, com sulco em um lado e com logotipo “Z” do outro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
RESTRIÇÃO DE USO: “USO ADULTO E
PDEIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS”
Dados das Alterações de Bulas
Versões
(VP/VPS)
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