Bula do Menopur para o Profissional

Bula do Menopur produzido pelo laboratorio Laboratórios Ferring Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Menopur
Laboratórios Ferring Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MENOPUR PARA O PROFISSIONAL

Menopur®

Laboratórios Ferring Ltda.

Pó liófilo injetável + solução diluente

75 UI

Menopur

Laboratórios Ferring

menotropina (LH + FSH)

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Solução injetável de 75 UI de menotropina disponível em embalagens com 1 frasco-ampola de pó liofilizado com 75 UI

de menotropina (LH 75 UI + FSH 75 UI altamente purificados) e 1 ampola com 1 mL de diluente.

VIA SUBCUTÂNEA OU INTRAMUSCULAR

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de pó liofilizado contém:

menotropina que corresponde a 75 UI de LH e 75 UI de FSH

Excipientes: lactose monoidratada, polissorbato 20, hidróxido de sódio e ácido clorídrico.

Cada ampola de diluente de 1 mL contém:

cloreto de sódio, ácido clorídrico e água para injetáveis.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Menopur®

é destinado para o tratamento de infertilidade nos seguintes casos:

Mulheres:

Mulheres com insuficiência ovariana hipo – ou normogonadotrófica: estimulação do crescimento folicular, incluindo

mulheres com síndrome de ovário policístico, que não responderam ao tratamento com citrato de clomifeno. Assim, tais

pacientes requerem hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas

de fertilização assistida (por exemplo: fertilização in vitro / transferência de embrião (FIV/TE), transferência de gameta

intrafalopiano (GIFT) e injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI).1

1

CID: Infertilidade feminina

Homens:

Destinado para o tratamento de infertilidade em homens com hipogonadismo hipo – ou normogonadotrófico: em

combinação com hCG (gonadotropina coriônica humana) para estimular a espermatogênese.2

2

CID: Infertilidade masculina

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudos comprovam que a menotropina (Menopur®

) representa uma alternativa viável, devido a aplicação conveniente e

o custo-benefício serem maiores em relação ao FSHr (hormônio folículo estimulante recombinante)1

. A eficácia de

Menopur®

pode ser comprovada com base nos dados de estudos realizados com este propósito, nos quais pode-se

verificar que a taxa de gravidez em curso é maior com o uso de menotropina do que com o FSHr:1

FSHr

Total de mulheres submetidas a tratamento 344 317

Taxa de gravidez em curso 25% (n=85) 22% (n=71)

Outros estudos que compararam a efetividade de menotropina com FSHr em protocolos de estimulação ovariana de

fertilização in vitro (FIV) ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) demonstraram que: 2

A segurança e a quantidade total de gonadotropina utilizada mostram-se comparáveis. Como a menotropina é de menor

custo, uma análise de custo-benefício é esperada em favor da menotropina em ciclos de reprodução assistida em

mulheres com supressão da hipófise. Por consequência, no ato da prescrição de gonadotropinas para hiperestimulação

ovariana em FIV, deve-se usar a medicação mais acessível, no caso o Menopur®

.2

Outros estudos randomizados comprovaram que Menopur®

(menotropina) é tão eficaz e seguro quanto o FSH-

recombinante (FSHr).1,2

A segurança também foi comprovada, uma vez que as diferenças estatísticas não foram

significativas quanto às taxas de aborto, gravidez múltipla, ciclos cancelados e síndrome da hiperestimulação ovariana.

1,2

Dados pré-clínicos de segurança:

Os dados não-clínicos não revelam riscos especiais para humanos, os quais não foram observados durante a extensa

experiência clínica.

Não foram realizados estudos de toxicidade reprodutiva para avaliar os efeitos de Menopur®

durante a gravidez ou pós-

parto, pois o uso de Menopur®

não é indicado durante esses períodos.

consiste de hormônios naturais e não é esperado que seja genotóxico. Os estudos de carcinogenicidade não

foram realizados, pois a indicação do produto é para o tratamento de curto prazo.3

Referências Bibliográficas:

1

Klauss Diedrich et al. FERTILITY AND STERILITY, VOL. 78, Nº 3. September 2002.

2

Van Wely M et al. The Cochrane Library, issue 1, 2003. Oxford:Update Software.

3

Peter A. McAnulty: Pharmaco-Toxicological Expert Report, Menopur® (highly purified Menotrophin). 02 April 2002.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Menopur®

é uma menotropina altamente purificada, que contém tanto a atividade do FSH quanto a atividade do LH,

induzindo o crescimento folicular ovariano, o seu desenvolvimento e também a produção de esteroides das gônadas nas

mulheres que não possuem deficiência ovariana primária. O FSH é o primeiro a participar do recrutamento e do

crescimento no início da foliculogênese, enquanto que o LH é importante para a esteroidogênese e está envolvido nos

eventos fisiológicos levando ao desenvolvimento de um folículo pré-ovulatório adequado.

O crescimento folicular pode ser estimulado pelo FSH, mesmo na ausência total do LH, porém, os folículos resultantes

desenvolvem-se com anormalidades e estão associados a baixos níveis de estradiol e na incapacidade de luteinização

como um estímulo ovulatório normal.

De acordo com a atividade do LH em aumentar a esteroidogênese, os níveis de estradiol associados com o tratamento

com Menopur®

são maiores do que com as preparações de FSH recombinante em ciclos de supressão (down-regulation)

para FIV/ICSI. Este fato deve ser considerado durante a monitorização da resposta dos pacientes, baseado nos níveis de

estradiol. A diferença nos níveis de estradiol não é encontrada quando se utiliza um protocolo de indução da ovulação

com baixa dosagem, em pacientes anovulatórias.

A gonadotropina coriônica humana (hCG) é um hormônio naturalmente presente na urina de mulheres que se

encontram no período pós-menopausa. Este hormônio é o contribuinte principal da atividade do LH presente no

.

Propriedades farmacocinéticas

O perfil farmacocinético do FSH de Menopur®

foi documentado. Após 7 dias de doses repetidas com 150 UI de

em voluntárias saudáveis submetidas à supressão hipofisária, a concentração máxima no plasma de FSH

(linha basal) (média ± DP) para a administração SC e IM foi respectivamente 8,9 ± 3,5 UI/L e 8,5 ± 3,2 UI/L. As

concentrações máximas de FSH foram atingidas dentro de 7 horas por ambas as vias de administração.

Após administrações repetidas, o FSH foi eliminado com meia vida (média ± DP) de 30 ± 11 horas e 27 ± 9 horas para

a administração SC e IM respectivamente. Apesar da concentração individual do LH versus as curvas de tempo

mostrarem um aumento na concentração do LH após a administração de Menopur®

, os dados disponíveis são muito

escassos para serem objetos de análise da farmacocinética.

A menotropina é excretada basicamente pelos rins.

Não foi investigada a farmacocinética de Menopur®

em pacientes com disfunção hepática ou renal.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Menopur®

está contraindicado nos seguintes casos:

Em mulheres que apresentam:

- tumores na glândula hipófise ou no hipotálamo;

- tumores no útero, ovários e mamas;

- gravidez e lactação;

- sangramento ginecológico de etiologia desconhecida;

- hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes utilizados na formulação;

- aumento dos ovários ou cistos que não tenham sido causados por síndrome de ovário policístico.

Nas situações abaixo, o tratamento não é favorável e, portanto Menopur®

não deve ser administrado:

- falência primária ovariana;

- malformação de órgãos sexuais incompatíveis com a gravidez;

- mioma uterino incompatível com a gravidez.

Em homens que apresentam:

- câncer de próstata;

- tumores no testículo.

As seguintes condições devem ser apropriadamente tratadas antes do início da terapia com a menotropina:

- disfunções da glândula tireoide e do córtex da glândula supra-renal;

- aumento do nível sérico de prolactina por diferentes causas (hiperprolactinemia);

- tumores na hipófise ou no diencéfalo (hipotálamo).

Este medicamento está classificado na categoria C conforme “Categorias de risco de fármacos destinados às mulheres

grávidas”: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião dentista.

Este medicamento contém LACTOSE.

5. ADVERTENCIAS E PRECAUÇÕES

O hCG não deve ser administrada para induzir a ovulação em mulheres cujos ovários foram involuntariamente

hiperestimulados.

é uma substância gonadotrópica capaz de causar reações adversas moderadas a severas e sua utilização deve

ser indicada somente por médicos que estejam familiarizados com os problemas de infertilidade e seu tratamento.

A terapia com a menotropina requer a monitorização da resposta ovariana verificada regularmente pela ultrassonografia

apenas ou em combinação com a mensuração do nível de estradiol sanguíneo. Existe uma variabilidade considerável

entre os pacientes frente à resposta da administração de menotropina, de forma que alguns pacientes podem apresentar

uma resposta deficiente ao tratamento. Deve-se utilizar a menor dose eficaz para se atingir o objetivo terapêutico.

A primeira injeção de Menopur®

deve ser realizada sob supervisão médica direta.

Antes de iniciar o tratamento, deve-se avaliar a infertilidade do casal e as contraindicações para a gravidez. Os pacientes

devem ser avaliados especialmente quanto ao hipotireoidismo, deficiência adrenocortical, hiperprolactinemia e tumores

da hipófise e hipotálamo e se necessário, o médico deve adotar o tratamento específico.

Pacientes que estão estimulando o crescimento folicular para técnicas de reprodução assistida, podem apresentar

aumento ovariano ou desenvolver hiperestimulação. Seguir exatamente a posologia prescrita pelo médico e o

monitoramento cuidadoso da terapia podem minimizar a incidência de tais eventos. Os dados sobre desenvolvimento e

maturação do folículo requerem a cuidadosa interpretação de um médico experiente.

Síndrome da hiperestimulação ovariana (SHEO):

A SHEO é um evento clínico distinto do aumento controlado dos ovários. A SHEO é uma síndrome que pode se

manifestar com crescente grau de severidade. Ela compreende o aumento do ovário, aumento das doses de esteroides

sexuais sanguíneos e da permeabilidade vascular, que podem resultar no acúmulo de líquidos nas cavidades peritoneal,

pleural e raramente na pericárdica.

Os seguintes sintomas podem ser observados em caso de SHEO severa: dor e distensão abdominal, aumento ovariano

severo, aumento de peso, dispneia, oligúria e sintomas gastrintestinais incluindo náusea, vômito e diarreia. A avaliação

clínica pode revelar hipovolemia, hemoconcentração, desequilíbrio eletrolítico, ascite, hemoperitônio, efusão pleural,

hidrotórax, dor pulmonar aguda e eventos tromboembólicos.

A resposta ovariana excessiva devido ao tratamento com gonadotropina raramente implicará em SHEO a não ser, que o

hCG seja administrado para iniciar a ovulação. Portanto, em casos de hiperestimulação ovariana, é prudente não utilizar

o hCG e instruir a paciente a não ter relações sexuais ou usar outro método anticoncepcional de barreira por pelo menos

4 dias. A síndrome de hiperestimulação ovariana poderá progredir rapidamente (dentro de 24 horas até vários dias) e

tornar-se um evento médico grave, portanto as pacientes devem ser monitoradas por pelo menos 2 semanas após a

administração de hCG.

A adesão à dosagem e posologia recomendadas de Menopur®

e monitoramento cuidadoso da terapia diminuirão

a incidência de hiperestimulação ovariana e de gravidez múltipla. Em técnicas de reprodução assistida (TRA), a

aspiração de todos os folículos antes da ovulação pode induzir a ocorrência de hiperestimulação.

A SHEO poderá ser mais grave ou de maior duração na ocorrência de gravidez. A SHEO se manifesta com mais

frequência depois de encerrado o tratamento hormonal e atinge o seu ponto máximo de severidade aproximadamente

entre 7 a 10 dias após o tratamento, retrocedendo normalmente, de forma espontânea após a menstruação.

Havendo uma manifestação grave de SHEO o tratamento com a gonadotropina deverá ser interrompido, caso ainda

persista, a paciente deverá ser hospitalizada e iniciado um tratamento específico para SHEO.

A SHEO ocorre com maior incidência em pacientes portadoras de síndrome do ovário policístico.

Gravidez múltipla:

A gravidez múltipla, especialmente as com mais de três fetos, aumenta as chances de ocorrerem efeitos adversos

maternos e perinatais.

Em pacientes que estão sob indução da ovulação com gonadotropina, a incidência de gravidez múltipla é aumentada

comparando-se com os casos de concepção natural. A maioria dos casos de concepção múltipla é de gêmeos. Para

minimizar o risco de gravidez múltipla, deve-se monitorar cuidadosamente a resposta ovariana.

Em mulheres que estão submetendo-se a hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos

múltiplos em programas de fertilização assistida, o risco de gravidez múltipla está basicamente relacionada à quantidade

de embriões transferidos, à sua qualidade e à idade da paciente.

A paciente deve ser avisada do risco potencial de nascimentos múltiplos antes de iniciar o tratamento.

Perda da gravidez:

A incidência de perda da gravidez por abortos espontâneos é maior em pacientes que estão submetendo-se a

hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em programas de fertilização

assistida, do que na população em geral.

Gravidez ectópica:

Mulheres que possuam histórico de doença tubária correm o risco de gravidez ectópica, tanto nos casos de gravidez por

concepção espontânea, como no tratamento de fertilidade. A prevalência de gravidez ectópica após FIV foi reportada

em 2 a 5%, comparando-se a 1 a 1,5% da população em geral.

Neoplasia no sistema reprodutivo:

Há relatos de neoplasia nos ovários e em outros órgãos reprodutivos, tanto benigna quanto maligna, em mulheres que se

submeteram a regimes múltiplos de tratamentos de infertilidade. Ainda não está estabelecido se o tratamento com

gonadotropinas aumenta o risco destes tumores em mulheres inférteis.

Malformação congênita:

A prevalência de malformações congênitas após hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de

folículos múltiplos em programas de fertilização assistida pode ser um pouco maior do que em concepções espontâneas.

Isto ocorre devido à idade da mãe, características do esperma e gravidezes múltiplas.

Eventos tromboembólicos:

Mulheres com fatores de risco conhecidos a eventos tromboembólicos, tais como histórico pessoal ou familiar,

obesidade severa (Índice de Massa Corpórea - IMC > 30 kg/m2

) ou trombofilia podem ter maior probabilidade de

eventos de tromboembolia venosa ou arterial, durante ou após o tratamento com gonadotropinas.

Nestas mulheres, deve-se avaliar o risco-benefício da administração da gonadotropina. Deve-se também observar o fato

de que a gravidez por si só, também aumenta o risco de eventos tromboembólicos.

Advertências e precauções para populações especiais

Não deve ser utilizado por pacientes idosos.

Não deve ser utilizado por crianças.

Gravidez e Lactação

não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou lactentes.

Há dados limitados do uso de menotropina em mulheres grávidas. Não foram realizados estudos em animais para

avaliar os efeitos de Menopur®

durante a gravidez.

Efeito na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

É pouco provável que Menopur®

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A interação com outros medicamentos é desconhecida. Apesar de não haver nenhum estudo, acredita-se que o uso

concomitante de Menopur®

com o citrato de clomifeno aumente a resposta folicular.

Quando for utilizado um agonista de GnRH para a dessensibilização da hipófise, uma dose mais alta de Menopur®

deve

ser necessária para atingir uma resposta folicular adequada.

A menotropina pode ser injetada junto com o hCG (gonadotropina coriônica humana) no tratamento da infertilidade

masculina.

Interações com alimentos e álcool

Não há dados sobre a interação de Menopur®

com alimentos e álcool.

Alterações nos exames laboratoriais

Menopur®

pode causar alteração nos níveis de hormônios sanguíneos, portanto tais exames podem ter resultados

alterados em pacientes que utilizaram o produto.

7. CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO

deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e protegido da luz, em sua embalagem

original; nestas condições permanece viável para uso por 24 meses a partir da sua data de fabricação impressa na

embalagem. Não congelar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Frasco-ampola incolor contendo pó liofilizado.

Ampola de diluente incolor contendo diluente.

Características organolépticas

Pó liofilizado: branco ou quase branco.

Solução injetável: líquido transparente e incolor.

A solução reconstituída deve ser límpida e livre de material não dissolvido.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de preparo:

1) Fixar a agulha de reconstituição na seringa.

2) Abrir a ampola do diluente.

3) Aspirar o seu conteúdo (1 mL) em seringa esterilizada e introduzir o diluente no frasco-ampola com o pó liofilizado

de Menopur®

.

4) Completada a dissolução, aspirar o líquido e injetar.

A concentração de Menopur®

após a reconstituição de um frasco-ampola do pó liofilizado com uma ampola de diluente

é de 75 UI e o volume final da solução reconstituída é de cerca de 1 mL.

A solução reconstituída deve ser imediatamente aplicada por via subcutânea ou intramuscular.

A solução reconstituída não deve ser administrada caso contenha partículas ou não esteja límpida.

A reconstituição deve ser feita utilizando o líquido diluente que acompanha a embalagem.

Para evitar um grande volume de injeções, até 3 (três) frascos-ampola do pó liofilizado podem ser reconstituídos

(dissolvidos) em uma ampola de diluente de 1 mL. Deve ser evitada a agitação vigorosa.

Posologia

A posologia descrita é idêntica para administração subcutânea e para administração intramuscular.

Existe uma grande variação na resposta ao tratamento com menotropinas exógenas. Portanto, é muito difícil definir um

esquema posológico, sendo assim, a dosagem deve ser ajustada individualmente dependendo da resposta ovariana.

Menopur®

pode ser utilizado sozinho ou em combinação com agonistas ou antagonistas de hormônios liberadores de

gonadotropina (GnRH).

As recomendações de dose ou duração do tratamento podem mudar dependendo do protocolo de tratamento atual.

Na mulher:

Mulheres com anovulação (incluindo Síndrome dos Ovarios Policísticos)

O objetivo da terapia com Menopur®

é desenvolver um único folículo de Graaf a partir do qual o oócito será liberado,

após a administração de hCG.

A dosagem de Menopur®

para indução do crescimento folicular em procedimentos de baixa complexidade (coito

programado e inseminação intrauterina) em mulheres normo ou hipogonadotróficas tem variação individual. A

quantidade depende da reação ovariana e deve ser definida através de exames ultrassonográficos dos ovários e

mensuração dos níveis de estradiol.

Se a dosagem de Menopur®

for muito alta, podem ocorrer crescimentos foliculares uni e bilaterais múltiplos.

Em geral, a terapia com Menopur®

é iniciada dentro dos 7 primeiros dias do ciclo menstrual com uma dosagem inicial

diária de 75 a 150 UI, a qual deve ser mantida por 7 dias. Se os ovários não responderem, a dosagem pode ser

aumentada gradativamente até surgirem evidências de aumento da secreção de estradiol e de crescimento folicular. O

ajuste na dose não deve ser feito em frequência maior que 7 dias. É recomendado o aumento de dose de 37,5 UI por

ajuste, e não deve exceder 75 UI. O tratamento com a mesma dosagem de Menopur®

é continuado até atingir-se um

nível sérico de estradiol pré-ovulatório. Se o nível aumentar muito rapidamente, a dosagem deve ser reduzida. A dose

máxima diária não deve ultrapassar 225 UI. Caso a paciente não responda adequadamente após 4 semanas de

tratamento, um novo tratamento deve ser iniciado com uma dosagem inicial maior do que a do ciclo anterior.

Para induzir a ovulação, após uma resposta ótima do tratamento com Menopur®

, utiliza-se 5.000 ou 10.000 UI de hCG

(gonadotropina coriônica humana) injetado por via intramuscular, 1 dia após a última administração de Menopur®

Importante para o procedimento de coito programado: recomenda-se que a paciente tenha relação sexual no dia e

no dia seguinte da administração do hCG. Como alternativa, a inseminação intrauterina pode ser realizada.

OBSERVAÇÃO: Caso ocorra uma resposta excessiva ao Menopur®

, a administração subsequente de hCG pode causar

uma hiperestimulação involuntária dos ovários. Neste caso, o tratamento com Menopur®

deve ser interrompido e o hCG

não deve ser usado. A paciente deverá utilizar um método anticoncepcional de barreira (por exemplo: preservativo) ou

evitar relações sexuais até o início da próxima menstruação.

Mulheres submetidas à Hiperestimulação Ovariana Controlada

para a hiperestimulação controlada para induzir o desenvolvimento de folículos múltiplos em

programas de fertilização assistida (FIV = fertilização in vitro / ICSI = injeção intracitoplasmática de espermatozoides)

pode variar de pessoa para pessoa.

De um modo geral podem ser recomendados os seguintes esquemas posológicos:

Quando for utilizado agonista de GnRH, a terapia com Menopur®

deve ser iniciada aproximadamente 2 semanas após o

início do tratamento com o agonista. No caso de utilização de antagonistas de GnRH, o início da terapia com

ocorre no 2° ou 3º dia do ciclo menstrual. A dose inicial recomendada de Menopur®

é 150 a 225 UI por, pelo

menos, 5 dias iniciais do tratamento. Baseado no monitoramento clínico (ultrassonografia do ovário em combinação ou

não com a mensuração do nível de estradiol sanguíneo), as doses subsequentes devem ser ajustadas de acordo com a

resposta individual e não devem exceder a quantidade de 150 UI por ajuste. A dosagem máxima diária não deve

exceder 450 UI e na maioria dos casos não é recomendado a utilização acima de 20 dias.

É recomendada a utilização de esquemas de ajustes de doses acima citadas.

Quando um número adequado de folículos atingir um tamanho apropriado, uma única injeção de até 10.000 UI de hCG

deve ser administrada para induzir a maturação folicular final, na preparação de recuperação de oócito. As pacientes

devem ser cuidadosamente monitoradas por, pelo menos, 2 semanas após a administração de hCG. Caso ocorra uma

resposta excessiva ao Menopur®

, a administração subsequente de hCG pode causar uma hiperestimulação involuntária

dos ovários. Neste caso, o tratamento com Menopur®

deve ser interrompido e o hCG não deve ser usado. A paciente

deverá utilizar um método anticoncepcional de barreira (por exemplo: preservativo) ou evitar relações sexuais até o

início da próxima menstruação..

No homem:

Inicialmente, de 1.000 a 3.000 UI de hCG (gonadotropina coriônica humana) são administrados 3 vezes por semana, até

atingir-se um nível sérico de testosterona normal. Então, de 75 a 150 UI de Menopur®

são administradas 3 vezes por

semana, por alguns meses e de acordo com o critério médico.

O médico deverá orientar a/o paciente quanto ao protocolo de uso, para que não haja comprometimento do sucesso

terapêutico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Os eventos adversos mais comumente relatados durante o tratamento com Menopur®

em estudos clínicos são:

Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHEO), cefaleia, dores abdominais, aumento do abdômen e dor no local da

aplicação do medicamento. Nenhuma dessas reações adversas foi relatada com uma incidência superior a 5%.

Segue abaixo, as principais reações adversas em mulheres tratadas com Menopur®

em estudos clínicos, distribuídas em

frequência. São mencionadas também, as reações adversas ocorridas durante o período pós-comercialização com

frequência desconhecida.

As reações adversas que podem surgir são:

Reação comum (> 1/100 e < 1/10): dor e aumento do abdômen, náusea, síndrome de estimulação excessiva dos ovários,

dor pélvicaf

, cefaleia, dor e reação no local da injeçãob

(vermelhidão, dor, inchaço e prurido).

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): vômitos, desconforto abdominal, diarreia, fadiga, tontura, cisto ovariano,

desconforto nas mamasg

, ondas de calor.

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): acne, erupção cutânea.

Reação com frequência desconhecida: desordens visuaisa

, febre, mal-estar, reações de hipersensibilidadec

, aumento de

peso, dor musculoesqueléticad

, torção ovarianae

, prurido, urticária, tromboembolismoe

.

a

Casos individuais de amaurose temporária, visão dupla, midríase, escotoma, fotopsia, flocos vítreos, visão turva e

prejuízo da visão foram relatados como desordens visuais durante o período pós-comercialização.

b

A reação local mais frequentemente relatada foi a dor no local de aplicação.

c

Casos de reações alérgicas localizadas ou generalizadas, incluindo reações anafiláticas juntamente com sintomatologia

associada têm sido raramente relatados.

d

Dores musculoesqueléticas incluem: artralgia, dores nas costas, dores no pescoço e dores nas extremidades.

e

Sintomas gastrointestinais associados com SHEO, como aumento e desconforto do abdômen, náusea, vômitos e

diarreia foram relatados com Menopur®

em estudos clínicos. Em casos de ascite e coleção de fluído pélvico, efusão

pleural, dispneia, oligúria, eventos tromboembólicos e torção ovariana têm sido relatas como complicações raras.

f

Dores pélvicas incluem: dor ovariana e dores nos anexos uterinos.

g

Desconforto das mamas incluem: dores nas mamas, sensibilidade mamária, dores nos mamilos e inchaço das mamas.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Os sintomas da superdosagem não são conhecidos, porém, pode-se esperar a ocorrência da síndrome de

hiperestimulação ovariana (SHEO), especialmente em mulheres com ovários policísticos.

Nos homens não se sabe quais são os efeitos da superdose.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.