Bula do Meradizol produzido pelo laboratorio Indústria Farmacêutica Melcon do Brasil S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MERADIZOL®
Indústria Farmacêutica Melcon do Brasil SA.
Comprimidos
200 mg
Meradizol _Bula _ Profissional_VPS1 1
BULA PROFISSIONAL DA SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução – RDC nº 47/2009
Cetoconazol
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 200 mg: embalagens com 10 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Composição:
Cada comprimido contém:
Cetoconazol ....................................................................................................................... 200 mg
Excipientes: amido, celulose microcristalina, estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, corante azul FDC
n°. 2, goma acácia e manitol.
INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
O uso de Meradizol®
comprimidos deve ser restrito aos médicos com experiência em micoses superficiais e
mucocutâneas.
Devido ao risco de toxicidade hepática grave Meradizol®
comprimidos deve ser utilizado apenas se os
benefícios potenciais forem considerados superiores aos potenciais riscos, considerando outras terapias
antifúngicas eficazes.
As indicações são:
- Tinea capitis
- Foliculite por Malassezia
- Candidíase mucocutânea crônica
A eficácia do cetoconazol foi avaliada em 45 pacientes com dermatofitoses, 12 com candidíase, 2 com
esporotricose cutânea, 1 com criptococose cutânea primária e 1 com aspergilose pulmonar. Os pacientes
receberam 200 mg de cetoconazol diariamente até a cura completa, exceto aqueles com vulvovaginites, os quais
receberam 400 mg/dia durante 5 dias. Todos os pacientes com dermatofitoses obtiveram a cura entre 20 e 40
dias.
Não foram observadas recidivas no acompanhamento pós-terapia. Todos os pacientes com candidíase foram
curados, com apenas uma recidiva. Os pacientes com micoses profundas recuperaram-se, exceto um com
esporotricose cutânea, o qual demonstrou ligeira melhora.1
Um estudo multicêntrico duplo-cego foi conduzido utilizando o cetoconazol e um comparador para o tratamento
de dermatomicoses. Dos 130 casos (127 pacientes) avaliados, 66 foram tratados com uma dose única diária de
200 mg de cetoconazol e 64 com uma dose única diária do comparador durante 2 a 16 semanas. A remissão
observada com o uso do cetoconazol (61%) foi significativamente maior (p = 0,02) do que a observada com o
comparador (39%) e a proporção de recidivas dentro de dois meses foi significativamente menor (p<0,01) no
grupo cetoconazol (9%) do que no grupo comparador (43%).2
Em um estudo multicêntrico randomizado, prospectivo, a eficácia e a toxicidade de uma dose baixa (400 mg/dia)
e uma dose alta (800 mg/dia) de cetoconazol oral foram comparadas em 80 pacientes com blastomicoses e 54
pacientes com histoplasmose. Entre os 65 pacientes com blastomicose tratados por 6 meses ou mais, o
tratamento com a dose alta foi mais eficaz (100% de sucesso versus 79%; p = 0,001) que a dose baixa. O sucesso
alcançado para todos os pacientes com histoplasmose tratados foi de 85%.3
Em um estudo duplo-cego, controlado por placebo, 57 pacientes com três ou mais fatores clínicos de risco para
infecções por cândida, foram randomizados para receber 200 mg diários de cetoconazol (27 pacientes) ou
placebo (30 pacientes), durante 21 dias ou 1 semana após alta da UTI. A incidência de colonização por cândida
foi significativamente menor no grupo do cetoconazol do que no grupo placebo.4
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Em um estudo prospectivo, controlado por placebo, 74 mulheres com candidíase vaginal recorrente foram
tratadas com cetoconazol oral (400 mg/dia/14 dias) e foram randomicamente escolhidas para receber placebo,
cetoconazol profilático (400 mg/dia/5 dias) ou dose baixa de cetoconazol (100 mg/dia/6 meses). No final de 12
meses de acompanhamento, 42,9% das pacientes tratadas com cetoconazol para profilaxia (p < 0,05) e 52,4%
daquelas tratadas com a dose baixa (p < 0,05) permaneceram assintomáticas, em comparação com 23,8%
daquelas do grupo placebo.5
Referências
1. Difonzo EM., et al. Therapeutic Experience with Ketoconazole. Drugs Exp Clin Res. 12 (5): 397-403, 1986.
2. Jolly HW., et al. A Multicentre Double-blind Evaluation of Ketoconazole in the Treatment of
Dermatomycoses. Cutis. 31(2): 208-10, 212-3 passim.Feb, 1983.
3. Dismukes WE., et al. Treatment of Blastomycosis and Histoplasmosis with Ketoconazole. Results of a
Prospective Randomized Clinical Trial. National Institute of Allergy and Infectious Diseases Mycoses Study
Group. Ann Intern Med. 103(6(Pt 1)): 861-72, Dec. 1985.
4. Slotman GJ, Burchard KW. Ketoconazole Prevents Candida Sepsis in Critically Ill Surgical Patients. Arch
Surg. 1987; 122(2): 147-51.
5. Sobel JD. Recurrent Vulvovaginal Candidiasis. A Prospective Study of the Efficacy of Maintenance
Ketoconazole Therapy. N Engl J Med. 1986; 315(23): 1455-8.
• Propriedades Farmacodinâmicas
Meradizol®
(cetoconazol) é um derivado sintético do imidazol dioxolano, com atividade fungicida ou
fungistática contra dermatófitos, leveduras (Candida, Malassezia, Torulopsis, Cryptococcus), fungos
dimórficos e eumicetos.
Menos sensíveis são Aspergillus spp, Sporothrix schenkii, alguns Dematiaceae, Mucor spp e outros
ficomicetos, exceto Entomophthorales. Meradizol®
inibe a biossíntese do ergosterol no fungo e altera a
composição de outros componentes lipídicos na membrana.
Dados obtidos de alguns estudos clínicos da farmacocinética e farmacodinâmica e de interação
medicamentosa sugerem que 200 mg de cetoconazol via oral duas vezes ao dia durante 3-7 dias pode
resultar em um pequeno aumento do intervalo QTc: um aumento máximo médio de aproximadamente 6 a 12
mseg foi observado nos níveis do pico plasmático cerca de 1-4 horas após a administração de cetoconazol.
Este pequeno prolongamento do intervalo QTc, entretanto, não é considerado clinicamente relevante.
Na dose terapêutica diária de 200 mg pode ser observado um decréscimo transitório nas concentrações
plasmáticas de testosterona. As concentrações de testosterona retornam às concentrações antes da dose
inicial dentro de 24 horas após a administração de cetoconazol. Durante a terapia prolongada com esta dose,
as concentrações de testosterona geralmente não são significativamente diferentes dos controles.
Em voluntários que receberam doses diárias de 400 mg ou mais, cetoconazol mostrou reduzir a resposta do
cortisol à estimulação do ACTH.
O tempo estimado para se obter a resposta inicial do tratamento de Tinea capitis, foliculite por Malassezia e
candidíase mucocutânea crônica é de uma semana.
• Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
O cetoconazol é um agente dibásico fraco e, portanto, requer acidez para dissolução e absorção. Após a ingestão
de uma dose de 200 mg, juntamente com uma refeição, os picos das concentrações plasmáticas médias são
obtidos dentro de 1 a 2 horas, correspondendo a aproximadamente 3,5 mcg/mL. A biodisponibilidade oral é
máxima quando os comprimidos são ingeridos com uma refeição.
A absorção de comprimidos de cetoconazol é reduzida em pacientes com acidez gástrica reduzida, tais como
pacientes tomando medicações conhecidas como neutralizadoras de acidez (por exemplo, hidróxido de alumínio)
e supressores da secreção ácida gástrica (por exemplo, antagonistas do receptor-H2, inibidores da bomba de
próton) ou pacientes com acloridria causada por certas doenças. A absorção de cetoconazol sob condições de
jejum nesses pacientes é aumentada quando os comprimidos de cetoconazol são administrados com uma bebida
ácida (tal como refrigerante de cola não dietético). Após pré-tratamento com omeprazol, um inibidor da bomba
de próton, a biodisponibilidade de uma dose única de 200 mg de cetoconazol sob condições de jejum foi
reduzida para 17% da biodisponibilidade de cetoconazol administrado isolado. Quando cetoconazol foi
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administrado com refrigerante de cola não dietético, após o pré-tratamento com omeprazol, a biodisponibilidade
foi 65% daquela após a administração de cetoconazol isolado.
Distribuição
In vitro, a ligação às proteínas plasmáticas, principalmente à fração albumina, é de aproximadamente 99%. O
cetoconazol é amplamente distribuído em todos os tecidos, entretanto, apenas uma proporção insignificante
atinge o fluido cerebroespinhal.
Metabolismo
Após a absorção no trato gastrintestinal, o cetoconazol é convertido em diversos metabólitos inativos. Estudos in
vitro mostraram que a CYP3A4 é a principal enzima envolvida no metabolismo de cetoconazol. As principais
vias metabólicas identificadas são oxidação e degradação dos anéis imidazólico e piperazínico, por enzimas
microssomais hepáticas. Adicionalmente, ocorre O-desalquilação oxidativa e hidroxilação aromática. O
cetoconazol não demonstrou induzir seu próprio metabolismo.
Eliminação
A eliminação do plasma é bifásica com meia vida de 2 horas durante as 10 primeiras horas e 8 horas após.
Aproximadamente 13% da dose é excretada na urina, das quais 2 a 4% é o fármaco inalterado. A principal via de
excreção é através da bile no trato intestinal com cerca de 57% sendo excretados nas fezes.
Populações especiais
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal, a farmacocinética como um todo não foi significativamente diferente
quando comparada com indivíduos saudáveis.
Insuficiência hepática
Em pacientes com insuficiência hepática, a farmacocinética como um todo não foi significativamente diferente
Pacientes pediátricos
Dados limitados de farmacocinética estão disponíveis sobre o uso de comprimidos de cetoconazol na população
pediátrica.
Concentrações plasmáticas mensuráveis de cetoconazol foram observadas em bebês prematuros (doses isoladas
ou diárias de 3 a 10 mg/kg) e em pacientes pediátricos de 5 meses de idade e mais velhos (doses diárias de 3 a 13
mg/kg) quando o medicamento foi administrado como suspensão, comprimido ou comprimido triturado. Dados
limitados sugerem que a absorção pode ser maior quando o medicamento é administrado como uma suspensão,
quando comparado ao comprimido triturado. Condições que aumentam o pH gástrico podem diminuir ou
impedir a absorção. Concentrações plasmáticas máximas ocorreram 1 a 2 horas após a administração e estavam
na mesma faixa geral daquela encontrada em adultos que receberam uma dose de 200-400 mg.
Meradizol®
é contraindicado nas seguintes situações:
- Em pacientes com hipersensibilidade ao cetoconazol ou aos excipientes da formulação.
- Em pacientes com doença hepática aguda ou crônica.
-A coadministração de um número de substratos do CYP3A4 é contraindicada com Meradizol®
. O aumento na
concentração plasmática desses medicamentos, causado pela coadministração com cetoconazol, pode aumentar
ou prolongar ambos os efeitos terapêuticos e adversos a tal extensão, que pode ocorrer uma situação
potencialmente grave. Por exemplo, concentrações plasmáticas aumentadas de algum desses medicamentos pode
levar a um prolongamento do intervalo QT e a taquiarritmias ventriculares, incluindo ocorrências de “Torsades
de Pointes”, uma arritmia potencialmente fatal.
“Este medicamento é contraindicado para o uso por pacientes com doença hepática aguda ou crônica.”
O uso de Meradizol®
comprimidos dever ser restrito aos médicos com experiência em micoses superficiais e
mucocutâneas.
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Devido ao risco de hepatotoxicidade grave, Meradizol®
comprimidos deve ser usado somente quando os
potenciais benefícios forem considerados maiores que os potenciais riscos, levando em consideração a
disponibilidade de outras terapias antifúngicas.
Avaliar a função hepática antes do tratamento para excluir casos de doença hepática aguda ou crônica, e
monitorar com frequência e regularidade durante o tratamento e aos primeiros sinais e sintomas de uma possível
hepatotoxicidade.
Medidas gerais de higiene devem ser observadas para controlar fontes de infecção e de reinfecção.
Hepatotoxicidade
Casos de hepatotoxicidade grave, incluindo casos fatais ou que necessitaram de transplante hepático, ocorreram
com o uso de cetoconazol oral.
Alguns pacientes não apresentavam fator de risco para distúrbio hepático. Há relatos de ocorrência dentro de um
mês de tratamento, incluindo alguns na primeira semana.
O acúmulo de doses do tratamento é considerado um fator de risco para hepatotoxicidade grave.
Monitorar a função hepática em todos os pacientes em tratamento com Meradizol®
comprimidos.
Os pacientes devem ser instruídos a relatar imediatamente sinais e sintomas indicativos de hepatite como
anorexia, náusea, vômito, fadiga, icterícia, dor abdominal ou urina escura. Nestes pacientes o tratamento deve ser
interrompido imediatamente e um teste de função hepática deve ser realizado.
Monitoramento da função hepática
Monitorar a função hepática (tais como GGT, fosfatase alcalina, TGO, TGP e bilirrubina) em todos os pacientes
em tratamento com Meradizol®
comprimidos. Monitorar a função hepática antes do tratamento para excluir
casos de doença hepática aguda ou crônica, e em intervalos frequentes e regulares durante o tratamento, e aos
primeiros sinais e sintomas de possível hepatotoxicidade. Quando o teste de função hepática indicar dano, o
tratamento deve ser interrompido imediatamente.
Em pacientes com enzimas hepáticas elevadas ou que desenvolveram toxicidade hepática com outros
medicamentos, o tratamento não deve ser iniciado a menos que os benefícios esperados superem o risco de lesão
hepática. Nestes casos, é necessário monitorar as enzimas hepáticas.
Monitoramento da função da suprarrenal
Em voluntários tratados com doses diárias iguais ou superiores a 400 mg, o cetoconazol foi capaz de reduzir a
resposta de cortisol à estimulação por ACTH. Sendo assim, a função da suprarrenal deve ser monitorada em
pacientes com insuficiência da suprarrenal ou no limite da normalidade, além dos pacientes em períodos
prolongados de estresse (grande cirurgia, tratamento intensivo, etc) e em pacientes sob terapia prolongada que
apresentem sinais e sintomas sugerindo insuficiência da suprarrenal.
Potencial para interações medicamentosas
A coadministração de medicamentos específicos com cetoconazol pode resultar em alterações na eficácia de
cetoconazol e/ou do medicamento coadministrado, efeitos de ameaça à vida e/ou morte súbita. Medicamentos
que são contraindicados, não recomendados ou que deveriam ser usados com cautela em combinação com
cetoconazol estão listados no item “Interações Medicamentosas”.
Efeito sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Gravidez (Categoria C)
Há informações limitadas sobre o uso de Meradizol®
comprimidos durante a gravidez. Em estudos sobre
redução em ratos com doses altas, tóxicas para fêmeas (> 80 mg/kg/dia), o cetoconazol produziu efeitos
embriotóxicos e teratogênicos (oligodactilia e sindactilia) nos filhotes. O risco potencial em humanos é
desconhecido. Portanto, Meradizol®
comprimidos não deve ser usado durante a gravidez, a menos que os
benefícios para a mãe superem a possibilidade de risco para o feto.
Lactação
Como o cetoconazol é excretado no leite, mulheres que estão sob tratamento não devem amamentar.
Fertilidade
Em estudos sobre reprodução em ratos com doses altas, tóxicas para as fêmeas (> 80 mg/kg/dia) prejudicou a
fertilidade das fêmeas.
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“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.”
Uso em populações especiais
Uso pediátrico
O uso documentado de Meradizol®
comprimidos em crianças com peso inferior a 15 kg é muito limitado.
Portanto, o uso de Meradizol®
comprimidos em crianças pequenas não é recomendado.
Acidez gástrica diminuída:
Quando a acidez gástrica está reduzida, a absorção do cetoconazol dos comprimidos de cetoconazol é reduzida.
Em pacientes com acidez gástrica diminuída, seja por doença (por exemplo, pacientes com acloridria) ou por
medicação concomitante (por exemplo, pacientes fazendo uso de medicamentos que reduzem a acidez gástrica) é
aconselhável administrar Meradizol®
comprimidos com uma bebida ácida (tal como refrigerante de cola não
dietético). A atividade antifúngica deve ser monitorada e a dose de cetoconazol aumentada, se necessário.
Informações pré-clinicas
O cetoconazol foi testado em uma bateria padrão de estudos pré-clinicos de segurança.
Efeitos de hepatotoxicidade foram observados em um estudo de dose repetida de 12 meses em cães. Alterações
ligeiramente patológicas no rim, glândulas suprarrenais e ovários foram observadas em um estudo de dose
repetida de 18 meses em ratos. Além disso, as ratas apresentaram aumento da fragilidade óssea. O Nível de
Efeito Não Observado (NOAEL) foi 10 mg/kg/dia em ambos os estudos.
Estudos eletrofisiológicos mostraram que o cetoconazol inibe o componente de ativação rápida da corrente tardia
retificadora de potássio cardíaca, prolonga a duração do potencial de ação e pode prolongar o intervalo QT.
Carcinogenicidade e mutagenicidade
O cetoconazol não é carcinogênico ou genotóxico.
Toxicologia reprodutiva
Em estudos sobre reprodução, em doses muito altas, tóxicas para a mãe ( 80 mg/kg/dia), o cetoconazol
prejudicou a fertilidade da rata e produziu efeitos embriotóxicos e teratogênicos (oligodactilia e sindactilia) nos
filhotes. Em ratos e coelhos, o cetoconazol não apresentou embriotoxicidade, teratogenicidade e efeitos na
fertilidade na dose de 40 mg/kg. Não foram observados efeitos teratogênicos em camundongos em nenhum nível
O cetoconazol é metabolizado principalmente através do CYP3A4. Outras substâncias que também dividem essa
via metabólica ou que modificam a atividade de CYP3A4 podem influenciar a farmacocinética de cetoconazol.
De forma semelhante, o cetoconazol pode modificar a farmacocinética de outras substâncias que dividem a
mesma via metabólica. O cetoconazol é um potente inibidor do CYP3A4 e um inibidor da glicoproteína-P.
Quando usar outra medicação concomitante, a bula correspondente deve ser consultada para informação sobre a
rota de metabolismo e sobre a possível necessidade de ajuste de doses.
Estudos de interação foram realizados apenas em adultos. A relevância dos resultados desses estudos em
pacientes pediátricos é desconhecida.
Medicamentos que podem diminuir as concentrações plasmáticas de cetoconazol
Medicamentos que reduzem a acidez gástrica (por exemplo, medicamentos que neutralizam a acidez, tais como
hidróxido de alumínio, ou supressores da secreção ácida, tais como antagonistas do receptor-H2 e inibidores da
bomba de próton) prejudicam a absorção de cetoconazol dos comprimidos de cetoconazol. Esses medicamentos
devem ser usados com cautela quando coadministrados com comprimidos de cetoconazol.
• Cetoconazol deve ser administrado com uma bebida ácida (tal como refrigerante de cola não dietético)
quando em cotratamento com medicamentos que reduzem a acidez gástrica.
• Medicamentos que neutralizam a acidez (por exemplo, hidróxido de alumínio) devem ser administrados,
pelo menos, 1 hora antes ou 2 horas após a ingestão de Meradizol®
comprimidos.
• Quando em coadministração, a atividade antifúngica deve ser monitorada e a dose de cetoconazol
aumentada, quando necessário.
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A coadministração de cetoconazol com indutores potentes da enzima CYP3A4 pode diminuir a
biodisponibilidade de cetoconazol a tal extensão que a eficácia pode ser reduzida. Exemplos incluem:
• Antibacterianos: isoniazida, rifabutina, rifampicina.
• Anticonvulsivantes: carbamazepina, fenitoína.
• Antivirais: efavirenz, nevirapina.
Portanto, a administração de indutores potentes da enzima CYP3A4 com cetoconazol não é recomendada. O uso
desses medicamentos deve ser evitado a partir de 2 semanas antes e durante o tratamento com cetoconazol, a
menos que os benefícios superem o risco da eficácia potencialmente reduzida de cetoconazol. Quando em
coadministração, a atividade antifúngica deve ser monitorada e a dose de cetoconazol aumentada, se necessário.
Medicamentos que podem aumentar as concentrações plasmáticas de cetoconazol
Inibidores potentes de CYP3A4 (por exemplo, antivirais tais como ritonavir, darunavir com reforço de ritonavir
e fosamprenavir com reforço de ritonavir) podem aumentar a biodisponibilidade de cetoconazol. Esses
medicamentos devem ser usados com cautela quando coadministrados com comprimidos de cetoconazol.
Pacientes que devem tomar cetoconazol concomitantemente a inibidores potentes de CYP3A4 devem ser
monitorados com cautela para sinais ou sintomas de efeitos farmacológicos aumentados ou prolongados de
cetoconazol, e a dose de cetoconazol deve ser reduzida, se necessário. Quando apropriado, as concentrações
plasmáticas de cetoconazol devem ser avaliadas.
Medicamentos que podem ter suas concentrações plasmáticas aumentadas por cetoconazol
O cetoconazol pode inibir o metabolismo de medicamentos metabolizados por CYP3A4 e pode inibir o
transporte de medicamentos pela glicoproteína-P, que pode resultar em concentrações plasmáticas aumentadas
desses medicamentos e/ou de seu(s) metabólito(s) ativo(s) quando administrados com cetoconazol. Essas
concentrações plasmáticas elevadas podem aumentar ou prolongar ambos os efeitos terapêuticos e adversos
desses medicamentos. Medicamentos metabolizados por CYP3A4 conhecidos por prolongar o intervalo QT
podem ser contraindicados com cetoconazol, pois essa combinação pode levar a taquiarritmias ventriculares,
incluindo ocorrências de “Torsade de Pointes”, uma arritmia potencialmente fatal.
Os medicamentos que interagem são caracterizados como segue:
- “Contraindicados”: Sob nenhuma circunstância o medicamento deve ser coadministrado com cetoconazol, e
até uma semana após a descontinuação do tratamento com cetoconazol.
- “Não recomendados”: O uso do medicamento deve ser evitado durante e até uma semana após a
descontinuação do tratamento com cetoconazol, a menos que os benefícios superem os riscos potencialmente
aumentados de efeitos colaterais. Se a coadministração não pode ser evitada, monitoramento clínico para sinais e
sintomas de efeitos aumentados ou prolongados ou efeitos colaterais dos medicamentos que interagem é
recomendado, e sua dosagem deve ser reduzida ou interrompida, se necessário. Quando apropriado,
concentrações plasmáticas devem ser avaliadas.
- “Use com cautela”: É recomendado um monitoramento cuidadoso quando o medicamento é coadministrado
com cetoconazol. Quando em coadministração, pacientes devem ser monitorados de perto para sinais ou
sintomas de efeitos aumentados ou prolongados ou efeitos colaterais de medicamentos que interagem, e sua
dosagem deve ser reduzida, se necessário. Quando apropriado, as concentrações plasmáticas devem ser
avaliadas.
Exemplos de medicamentos que podem ter suas concentrações plasmáticas aumentadas por cetoconazol,
apresentados por classe de medicamento com recomendação sobre a coadministração com cetoconazol:
Classe de
medicamento
Contraindicado Não recomendado Use com cautela
Alfa bloqueadores tansulosina alfentanila, buprenorfina
IV e sublingual,
oxicodona, sufentanila
Analgésicos levacetilmetadol
(levometadil), metadona
fentanila
Antiarrítmicos disopiramida, dofetilida,
dronedarona, quinidina
digoxina
Antibacterianos rifabutina
Anticoagulantes e
Medicamentos
apixabana,
rivaroxabana
cumarinas, cilostazol,
dabigatrana
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Antiplaquetários
Anticonvulsivantes carbamazepina
Antidiabéticos repaglinida, saxagliptina
Anti-helmínticos e
Antiprotozoários
halofantrina praziquantel
Anti-histamínicos astemizol, mizolastina,
terfenadina
bilastina, ebastina
Antienxaqueca
alcaloides de ergot, tais
como di-didroergotamina,
ergometrina (ergonovina),
ergotamina,
metilergometrina
(metilergonovina)
eletriptana
Antineoplásicos irinotecano dasatinibe, nilotinibe,
sunitinibe, trabectedina
bortezomibe, bussulfano,
docetaxel, erlotinibe,
imatinibe, ixabepilona,
lapatinibe, trimetrexato,
alcaloides da vinca
Antipsicóticos,
Ansiolíticos e
Hipnóticos
lurasidona, midazolam
oral, pimozida, sertindol,
triazolam
alprazolam, aripiprazol,
brotizolam, buspirona,
haloperidol, midazolam
IV, perospirona,
quetiapina, ramelteon,
risperidona
Antivirais maraviroque, indinavir,
saquinavir
Beta Bloqueadores nadolol
Bloqueadores do Canal
de cálcio
bepridil, felodipina,
lercanidipina, nisoldipina
Outras di-hidropiridinas,
verapamil
Cardiovasculares,
Diversos
ivabradina, ranolazina aliscireno
Diuréticos eplerenona
Gastrintestinais
cisaprida, domperidona aprepitanto
Imunossupressores everolimo budesonida, ciclesonida,
ciclosporina,
dexametasona, fluticasona,
metilprednisolona,
rapamicina (também
conhecida como sirolimo),
tacrolimo, tensirolimo
Reguladores de
Lipídios
lovastatina, sinvastatina atorvastatina
Respiratórios
salmeterol
Inibidores Seletivos da
Recaptação de
Serotonina
(ISRS),
Antidepressivos
Tricíclicos e
Relacionados
reboxetina
Urológicos
vardenafila fesoterodina,
imidafenacina,
sildenafila, solifenacina,
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tadalafila, tolterodina
Outros colchicina, em pacientes
com insuficiência renal
ou hepática
colchicina *álcool, alitretinoína
(formulação oral),
cinacalcete, mozavaptana,
tolvaptana
*Casos excepcionais têm sido relatados de reações tipo dissulfiram ao álcool, caracterizadas por rubor, erupção cutânea,
edema periférico, náusea e cefaleia. Todos os sintomas se resolveram completamente dentro de poucas horas.
Meradizol®
deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta validade de 24 meses a contar
da data de fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
Aspecto Físico
Comprimido azul, redondo, biconvexo com gravação do logo ACHÉ “a” em uma face.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Meradizol®
deve ser administrado por via oral durante uma das refeições diárias, para absorção máxima.
Quando a acidez gástrica está reduzida, a absorção do cetoconazol dos comprimidos de cetoconazol é reduzida.
Em pacientes com acidez gástrica diminuída, seja por doença (por exemplo, pacientes com acloridria) ou por
medicação concomitante (por exemplo, pacientes fazendo uso de medicamentos que reduzem a acidez gástrica),
é aconselhável administrar Meradizol®
comprimidos com uma bebida ácida (tal como refrigerante de cola não
dietético). A atividade antifúngica deve ser monitorada e a dose de cetoconazol aumentada, se necessário.
Adultos
Adultos: um comprimido (200 mg) uma vez ao dia, junto com uma refeição. Quando a resposta clínica for
insuficiente com esta dose, a dose de Meradizol®
pode ser aumentada para 2 comprimidos (400 mg), uma vez ao
dia.
A duração usual do tratamento é:
-Tinea capitis: 4 semanas
- Foliculite por Malassezia: 2 a 4 semanas
- Candidíase mucocutânea crônica: 2 a 4 semanas
O tratamento deve ser mantido até a resolução da infecção fúngica ativa, mas não deve ultrapassar 4 semanas.
Crianças
Crianças que pesam mais que 30 kg geralmente necessitam de 1 comprimido (200mg) uma vez ao dia.
Algumas vezes, essa dose pode ser aumentada para 2 comprimidos (400mg), de uma só vez, diariamente.
Crianças com peso entre 15 e 30 kg necessitam da metade de um comprimido (100 mg) por dia durante uma
refeição.
não é recomendado para crianças com peso inferior a 15 kg.
O tratamento deve ser interrompido imediatamente e a função hepática avaliada quando sinais e sintomas
indicativos de hepatite, tais como anorexia, náusea, vômito, fadiga, icterícia, dor abdominal ou urina escura
ocorrerem.
Uso em pacientes com insuficiência hepática:
Este medicamento é contraindicado para o uso por pacientes com doença hepática aguda ou crônica.
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Reações adversas são eventos adversos que foram considerados como razoavelmente associados ao uso do
cetoconazol baseado na avaliação abrangente da informação disponível sobre eventos adversos. Uma relação
causal com o cetoconazol não pode ser estabelecida com segurança em casos individuais. Além disso, como os
estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variáveis, as taxas de reações adversas observadas
nos estudos clínicos de um medicamento não podem ser comparadas diretamente com as taxas nos estudos
clínicos de outro medicamento e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
Dados de estudos clínicos
A segurança de Meradizol®
comprimidos foi avaliada em 4735 indivíduos em 92 estudos clínicos nos quais os
comprimidos de Meradizol®
foram administrados para tratar infecção fúngica ou em voluntários sadios.
As reações adversas que foram relatadas > 1% dos pacientes tratados com Meradizol®
comprimidos estão
apresentadas na Tabela 1.
Tabela 1. Reações Adversas relatadas > 1 % de 4735 indivíduos tratados com Meradizol®
comprimidos
em 92 estudos clínicos
Sistema de Classe/Órgão %
Termo Preferencial
Distúrbios Gastrintestinais
dor abdominal 1,2
diarreia 1,8
náusea 2,5
Distúrbios Hepatobiliares
função hepática anormal 1,2
Distúrbios do Sistema Nervoso
cefaleia 2,4
Outras reações adversas que ocorreram em < 1% dos indivíduos tratados com Meradizol®
comprimidos no
conjunto de dados clínicos estão apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2. Reações Adversas apresentadas por <1% de 4735 indivíduos tratados com Meradizol®
Comprimidos em 92 estudos clínicos
Classe de Sistema/Órgão
Distúrbios Endócrinos
ginecomastia
Distúrbios Oftalmológicos
fotofobia
dor abdominal superior
constipação
boca seca
disgeusia
dispepsia
latulência
descoloração da língua
vômito
Distúrbios Gerais e Condições do Local da Administração
astenia
calafrios
fadiga
fogacho
mal-estar
edema periférico
pirexia
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hepatite
icterícia
Distúrbios do Sistema Imunológico
Reação anafilactoide
Investigações
Diminuição na contagem de plaquetas
Distúrbios do Metabolismo e Nutricionais
intolerância ao álcool
anorexia
hiperlipidemia
aumento do apetite
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo
mialgia
tontura
parestesia
sonolência
Distúrbios Psiquiátricos
insônia
nervosismo
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas
distúrbio menstrual
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino
epistaxe
Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo
alopecia
dermatite
eritema
eritema multiforme
prurido
erupção cutânea
urticária
xeroderma
Distúrbios Vasculares
hipotensão ortostática
Dados de experiência pós-comercialização
Além das reações adversas relatadas durante os estudos clínicos e mencionadas anteriormente, as reações
adversas a seguir foram relatadas durante a experiência pós-comercialização com Meradizol®
comprimidos e
são apresentadas por categoria de frequência com base nas taxas de relato espontâneo.
Reação muito rara (<1/10000, incluindo relatos isolados):
Distúrbios do Sistema Sanguíneo e Linfático: trombocitopenia.
Distúrbios do Sistema Imunológico: condições alérgicas, incluindo choque anafilático, reação anafilática e
edema angioneurótico.
Distúrbios Endócrinos: insuficiência adrenocortical.
Distúrbios do Sistema Nervoso: aumento reversível da pressão intracraniana (ex papiledema, fontanela
protuberante em lactentes).
Distúrbios Hepatobiliares: hepatotoxicidade grave incluindo hepatite colestática, necrose hepática confirmada
por biópsia, cirrose, falência hepática incluindo casos resultando em transplante ou morte.
Distúrbios da Pele e do Tecido Subcutâneo: pustulose exantemática aguda generalizada, fotosensibilidade;
Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo: artralgia.
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e Mamas: disfunção erétil, azoospermia com doses maiores que a dose
terapêutica diária recomendada de 200 mg ou 400mg.
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“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.”
Não há antídoto conhecido para o cetoconazol.
Sinais e Sintomas
As reações adversas ao medicamento relatadas por pacientes que tomaram altas doses de Meradizol®
foram
avaliadas em 6 estudos clínicos, em um total de 459 pacientes, nos quais foi administrado Meradizol®
em doses
de 1.200 mg diariamente na forma de comprimidos ou como suspensão oral. As reações adversas ao
medicamento relatadas com maior frequência foram náusea (27,2%), fadiga (incluindo sonolência e letargia)
(14,2%), vômitos (12,6%), dor gastrintestinal (incluindo desconforto abdominal, distúrbio gastrintestinal,
desconforto estomacal) (12,0%), anorexia (incluindo diminuição do peso, diminuição do apetite) (7,4%), rubor
(incluindo hiperidrose) (6,3%), edema (5,7%), ginecomastia (4,8%), erupção cutânea (incluindo eczema,
púrpura, dermatite) (3,3%), diarreia (2,2%), cefaleia (2,0%), disgeusia (1,3%) e alopecia (1,1%).
Tratamento
No caso de ingestão acidental excessiva aguda, devem ser adotados os procedimentos de rotina e medidas
sintomáticas. A administração de carvão ativado pode ser feita dentro da primeira hora após a ingestão.
“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”