Bula do Meropenem produzido pelo laboratorio Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Página 1 de 9
meropeném
Novafarma Indústria
Farmacêutica Ltda.
Pó para solução injetável
500mg
1g
Página 2 de 9
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: meropeném
APRESENTAÇÕES
meropeném 500mg e 1g: caixa com 10 frascos-ampola de vidro transparente
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES
COMPOSIÇÃO
meropeném 500mg
Cada frasco-ampola contém 570,40mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 500mg de meropeném anidro.
meropeném 1g
Cada frasco-ampola contém 1.140,80mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 1g de meropeném anidro.
Excipiente: carbonato de sódio anidro.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Meropeném é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças, causadas por uma única ou
múltiplas bactérias sensíveis e para o tratamento empírico antes da identificação do micro-organismo causador: infecções
do trato respiratório inferior; infecções do trato urinário, incluindo infecções complicadas; infecções intra-abdominais;
infecções ginecológicas, incluindo infecções puerperais; infecções de pele e anexos; meningite; septicemia; tratamento
empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos; infecções
polimicrobianas; fibrose cística, tanto como monoterapia quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O
patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.
O meropeném é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de rotina normal.
Testes in vitro mostram que meropeném pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos. Demonstrou-se que
meropeném, tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra micro-organismos gram-positivos e
gram-negativos. O meropeném é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos beta-lactâmicos. Isto é
explicado parcialmente pela maior estabilidade às beta-lactamases. A atividade in vitro contra cepas resistentes às classes
de antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal.
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e
informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de infecções
graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local da resistência é tal
que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I humana (DHP-I). O
meropeném é estruturalmente similar ao imipeném. Possui fórmula molecular C17H25N3O5S.3H2O e peso molecular igual a
437,5.
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
O meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade
com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável
afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném
contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas. As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do
dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).
Mecanismos de resistência
A resistência bacteriana ao meropeném pode ser resultado de um ou mais fatores: (1) redução da permeabilidade da
membrana externa das bactérias gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas); (2) redução da afinidade dos
Página 3 de 9
PBPs alvos; (3) aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo; e (4) produção de beta-lactamases que
possam hidrolisar os carbapenêmicos.
Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de infecções devido à resistência bacteriana a
carbapenêmicos.
A suscetibilidade ao meropeném de um dado clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados. As
interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de
microbiologia clínica.
O espectro antibacteriano do meropeném inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas diretrizes
terapêuticas.
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária), Staphylococcus
aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSA [S. aureus
resistente à oxacilina] são resistentes ao meropeném), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis
(apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE [S. epidermidis resistentes
à meticilina] são resistentes ao meropeném), Streptococcus agalactiae (Streptococcus grupo B), grupo Streptococcus
milleri (S. anginosus, S. constellatus e S. intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus
grupo A).
Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-negativos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus
influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis,
Proteus vulgaris, Serratia marcescens.
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-positivos
Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros, P. anaerobius,
P. magnus).
Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-negativos
Bacteroides caccae, Bacteroides fragilis, Prevotella bivia, Prevotella disiens.
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem mecanismos de
resistência adquiridos).
Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-negativos
Acinetobacter species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.
Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios gram-negativos
Stenotrophomonas maltophiliae espécies de Legionella.
Outros organismos inerentemente resistentes
Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.
A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao meropeném in vitro de várias outras espécies de bactérias. No
entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto. Aconselhamento sobre o significado clínico dos achados in
vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em microbiologia clínica local e com
diretrizes profissionais locais.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de meropeném é de aproximadamente 1 hora; o volume de distribuição
médio é de aproximadamente 0,25L/kg e a depuração média é de 239mL/min. a 500mg caindo para 205mL/min. a 2g.
Doses de 500, 1.000 e 2.000mg de meropeném em uma infusão de 30 minutos resulta em picos de concentração plasmática
de aproximadamente 23µg/mL para dose de 500mg; 49µg/mL para dose de 1g e 115µg/mL após dose de 2g, que
corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153µg.h/mL, respectivamente. Após infusão por 5 minutos os valores de
concentração máxima (Cmáx) são 52 e 112µg/mL após doses de 500 e 1.000mg, respectivamente. Quando doses múltiplas
são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de
meropeném.
Um estudo com 12 pacientes com meropeném 1.000mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais pós-
cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes normais, porém apresentou maior
volume de distribuição (27L).
Distribuição
A ligação de meropeném às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2% e foi independente da concentração. O
meropeném tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo pulmões, secreções brônquicas, bile,
líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudado peritoneal.
Metabolismo
O meropeném é metabolizado por hidrólise do anel beta-lactâmico gerando um metabólito microbiologicamente inativo. In
vitro o meropeném apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHP-I) humana
comparada ao imipeném e não é requerida a coadministração de um inibibor de DHP-I.
Eliminação
O meropeném é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50% - 70%) da dose é excretada inalterada
em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa 2%
da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o meropeném sofre filtração e secreção tubular.
Página 4 de 9
Insuficiência renal
Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC (área sob a curva) plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos
da AUC de 2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CrCL 33 - 74mL/min), aumento de 5 vezes em
pacientes com distúrbios renais graves (CrCL 4 - 23mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise
(CrCL < 2mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CrCL > 80mL/min). A AUC do metabólito
microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios renais. São
necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave.
O meropeném é eliminado por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes anúricos.
Insuficiência hepática
Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de meropeném efeitos relacionados à
doença no fígado após doses repetidas.
Adultos
Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de farmacocinética
versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente. A população modelo desenvolvida a partir dos dados de 79
pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume central sobre o peso e da
depuração da creatinina e da idade.
Crianças
A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40mg/kg apresentou valores de Cmáx
aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1.000 e 2.000mg, respectivamente. A comparação demonstrou
farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos os pacientes,
menos os mais novos (< 6 meses t ½ 1,6 horas). As depurações médias do meropeném foram 5,8mL/min/kg (6 - 12 anos),
6,2mL/min/kg (2 - 5 anos), 5,3mL/min/kg (6 - 23 meses) e 4,3mL/min/kg (2 - 5 meses). Aproximadamente 60% da dose é
excretada na urina em até 12 horas como meropeném e mais de 12% como metabólito. As concentrações de meropeném
no líquido cefalorraquidiano das crianças com meningite são de aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente
embora haja uma variabilidade individual significante.
A farmacocinética de meropeném em neonatos requerendo tratamento anti-infeccioso apresentou aumento da depuração
em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas. A
simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de 20mg/kg a cada 8
horas atingiu 60% T > CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos neonatos não prematuros.
Idosos
Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65 - 80 anos) demonstraram redução da depuração plasmática
correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução da depuração não-
renal. Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios renais moderados a graves (ver
item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).
Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que meropeném é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal foi
observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2.000mg/kg e em doses superiores.
O meropeném é geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com
doses muito altas de 2.000mg/kg ou mais.
A DL50 IV de meropeném em roedores é superior a 2.000mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração
foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e
um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500mg/kg.
Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva,
incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito
de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120mg/kg).
Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao meropeném em animais jovens em comparação com animais
adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose
reversível no local da injeção.
O único metabólito de meropeném teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.
Este medicamento é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade ao meropeném ou ao carbonato de sódio
anidro.
Pacientes com história de hipersensibilidade a antibióticos carbapenêmicos, penicilinas ou outros antibióticos beta-
lactâmicos também podem ser hipersensíveis ao meropeném.
Como ocorre com todos os antibióticos beta-lactâmicos, raras reações de hipersensibilidade (reações graves e
ocasionalmente fatais) foram relatadas (ver item “REAÇÕES ADVERSAS”).
Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de micro-organismos não-sensíveis, sendo então
necessárias repetidas avaliações de cada paciente. Raramente, foi relatada a ocorrência de colite pseudomembranosa com o
uso de meropeném, assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o
diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de meropeném.
Página 5 de 9
Não é recomendado o uso concomitante de meropeném e ácido valpróico/valproato de sódio. Meropeném pode reduzir os
níveis séricos de ácido valpróico. Alguns pacientes podem apresentar níveis subterapêuticos (ver item “INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS”).
Uso pediátrico
A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas. Portanto, meropeném não
é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.
Uso durante a gravidez e lactação
A segurança de meropeném na gravidez humana não foi estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem
demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném não deve ser usado na gravidez, a menos que os
benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto, a critério médico.
Categoria de risco na gravidez: B
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno. Meropeném não deve se usado em mulheres que
estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.
Uso em idosos e pacientes com insuficiência renal
Ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”.
Uso em pacientes com doença hepática
Pacientes portadores de alterações hepáticas pré-existente devem ter a função hepática monitorada durante o tratamento
com meropeném.
Um teste de Coombs direto ou indireto poderá apresentar-se positivo.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos relacionados com a habilidade de dirigir e operar máquinas. No entanto, ao dirigir ou operar
máquinas deve-se levar em conta que foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e convulsões durante do uso de
A probenecida compete com meropeném pela secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal do meropeném,
provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática.
Uma vez que a potência e a duração da ação de meropeném dosado sem a probenecida são adequadas, não se recomenda a
coadministração de meropeném e probenecida. O efeito potencial de meropeném sobre a ligação de outros fármacos às
proteínas plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que não se
espera que haja interação com outros fármacos, considerando-se este mecanismo.
Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas de ácido valpróico quando coadministrado com agentes
carbapenêmicos resultando na diminuição de 60 - 100% dos níveis de ácido valpróico em aproximadamente dois dias.
Devido ao rápido início e ao prolongamento da redução da concentração a coadministração de meropeném em pacientes
estabilizados com ácido valpróico não é considerada gerenciável e deve ser evitada (ver item “ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES”).
Meropeném foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes.
Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.
Meropeném deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser conservado em
temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de
fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
“Após reconstituição em água para injetáveis, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por
3 horas ou sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 16 horas.”
“Após reconstituição em cloreto de sódio 0,9%, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC)
por 3 horas ou manter sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 15 horas.”
“Após reconstituição em glicose 5%, a solução deve ser utilizada imediatamente.”
Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração. Frequentemente os
hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulha 40 x 1,2mm. Pequenos fragmentos de rolha podem ser levados
para dentro do frasco durante o procedimento. Deve-se, portanto, inspecionar cuidadosamente os produtos antes da
administração, descartando-os se contiverem partículas. Agulhas 25 x 0,8mm, embora dificultem o processo de
reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos.
No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão de Controle de
Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual) e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões
das linhas de infusão.
Meropeném apresenta-se na forma de pó branco a amarelado.
Página 6 de 9
A solução para injeção intravenosa em bolus deve ser preparada dissolvendo o produto meropeném em água para
injetáveis, com concentração final de 50mg/mL.
A solução para infusão intravenosa deve ser preparada dissolvendo o produto meropeném em solução para infusão de
cloreto de sódio 0,9% ou solução para infusão de glicose 5%, com concentração final de 1 a 20mg/mL.
Após reconstituição, as soluções de meropeném não devem ser congeladas.
Do ponto de vista microbiológico, a não ser que o modo de abrir, reconstituir e diluir elimine o risco de contaminação
microbiológica, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não utilizado imediatamente, o tempo e condições de
armazenamento pós-reconstituição são de responsabilidade do usuário.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Uso em adultos
A faixa de dosagem é de 1,5g a 6,0g diários, divididos em três administrações.
Dose usual: 500mg a 1g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da
suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.
Exceções:
1) Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1g a cada 8 horas.
2) Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2g a cada 8 horas.
Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se
doses de pelo menos 1g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6g por dia, divididos em 3 doses)
e doses de pelo menos 20mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120mg/kg por dia,
divididos em 3 doses).
Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa.
Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão
intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item “CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO
MEDICAMENTO”). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 2g.
- Uso em adultos com função renal alterada
A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance de creatinina inferior a 51mL/min, como esquematizado abaixo:
Clearance de
creatinina (mL/min)
Dose (baseada na faixa de
unidade de dose de 500mg
a 2,0g a cada 8 horas)
Frequência
26 - 50
10 - 25
< 10
1 unidade de dose
½ unidade de dose
A cada 12 horas
A cada 24 horas
Meropeném é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração, caso seja necessário a continuidade do tratamento com
meropeném, recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem
adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.
Não existe experiência com diálise peritoneal.
- Uso em adultos com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com disfunção no metabolismo hepático.
- Uso em idosos
Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina superiores
a 50mL/min.
Uso em crianças
Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40mg/kg a cada 8 horas, dependendo
do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do
paciente. Em crianças com peso superior a 50kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.
1) Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20mg/kg a cada 8 horas.
2) Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40mg/kg a cada 8 horas.
MEDICAMENTO”). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40mg/kg
para crianças.
Não há experiência em crianças com função renal alterada.
Se deixar de administrar uma injeção de meropeném, esta deve ser administrada assim que possível. Geralmente, não se
deve administrar duas injeções ao mesmo tempo.
Página 7 de 9
Reconstituição e Compatibilidade
Para injeção intravenosa em bolus meropeném deve ser reconstituído em água para injetáveis (10mL para cada 500mg),
conforme tabela abaixo. Deve-se agitar a solução reconstituída antes do uso.
As soluções reconstituídas são claras ou amarelo-pálidas.
Frasco-ampola
Conteúdo do diluente a
ser adicionado
Volume final
Concentração
final
500mg 10mL 10,3mL 48,54mg/mL
1g 20mL 20,4mL 49,02mg/mL
Para infusão intravenosa, os frascos-ampola de meropeném podem ser diretamente reconstituídos com um fluido de
infusão compatível e, posteriormente, esta solução pode ser diluída com outra solução, também compatível, para infusão
conforme necessário.
Utilizar preferencialmente soluções de meropeném recém preparadas.
Meropeném não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos.
Meropeném é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos graves são raros e raramente requerem interrupção da terapia.
As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos com meropeném. As reações adversas estão
classificadas de acordo com a frequência: muito comum (≥ 10%); comum (≥ 1% e < 10%); incomum (≥ 0,1% e < 1%);
rara (≥ 0,01% e < 0,1%); muito rara (< 0,01%).
Frequência das reações adversas
Frequência Sistema, Órgão, Classe Reações Adversas
Comum
(≥ 1% e < 10%)
Distúrbios do sistema sanguíneo e
linfático
Trombocitemia
Distúrbios do sistema nervoso Cefaleia
Distúrbios gastrintestinais Náusea, vômito, diarreia
Distúrbios hepatobiliares
Aumento das alanina-aminotransaminases, aumento das
aspartato-aminotransferases, aumento da fosfatase alcalina
sanguínea, aumento da desidrogenase láctica sanguínea e
aumento da gama-glutamiltransferase
Distúrbios da pele e tecido
subcutâneo
Exantema e prurido
Distúrbios gerais e do local de
aplicação
Inflamação e dor
Incomum
(≥ 0,1% e < 1%)
Infecções e infestações Candidíase oral e vaginal
Eosinafilia, trombocitopenia, leucopenia, neutropenia
Distúrbios do sistema nervoso Parestesia
Distúrbios hepatobiliares Aumento da bilirrubina sanguínea
Urticária
Tromboflebites
Rara
(≥ 0,01% e < 0,1%)
Distúrbio do sistema nervoso Convulsões
As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos pós-comercialização e relatos espontâneos:
Agranulocitose
Muito Rara
(< 0,01%)
Anemia hemolítica
Distúrbios do sistema imune Angioedema, manifestações de anafilaxia
Distúrbios gastrintestinais Colite pseudomembranosa
Eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson,
necrólise epidérmica tóxica
Página 8 de 9
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.”