Bula do Meropeném Tri-Hidratado para o Profissional

Bula do Meropeném Tri-Hidratado produzido pelo laboratorio Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Meropeném Tri-Hidratado
Instituto Biochimico Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MEROPENéM TRI-HIDRATADO PARA O PROFISSIONAL

meropeném tri-hidratado

Instituto BioChimico Indústria Farmacêutica Ltda.

Pó para solução injetável

500 mg e 1 g

BioChimico

4005149-3 Texto de bula – meropeném tri-hidratado 2

Medicamento genérico, Lei nº 9.787, de 1999.

VIA INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES

I – IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Pó para solução injetável – 500 mg e 1g

Embalagens com 25 frascos-ampola

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de meropeném 500 mg contém 570,8 mg de meropeném (tri-hidratado), equivalente a 500 mg de

meropeném anidro.

Cada frasco-ampola de meropeném 1 g contém 1141,6 mg de meropeném (tri-hidratado), equivalente a 1 g de

Excipiente: carbonato de sódio anidro.

II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1-INDICAÇÕES

Meropeném é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças, causadas por uma única ou

múltiplas bactérias sensíveis e como tratamento empírico anterior à identificação do microrganismo causador:

− Infecções do trato respiratório inferior;

− Infecções do trato urinário, incluindo infecções complicadas;

− Infecções intra-abdominais;

− Infecções ginecológicas, incluindo infecções puerperais;

− Infecções de pele e anexos;

− Meningite;

− Septicemia;

− Tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes

neutropênicos;

− Infecções polimicrobianas: devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias Gram-positivas e

Gram-negativas, aeróbias e anaeróbias, meropeném é eficaz para o tratamento de infecções polimicrobianas;

− Fibrose cística: meropeném tem sido utilizado eficazmente em pacientes com fibrose cística e infecções crônicas do

trato respiratório inferior, tanto como monoterapia, quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O

patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.

2-RESULTADOS DE EFICÁCIA

O meropeném é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de rotina

normal. Testes in vitro mostram que meropeném pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos. Demonstrou-

se que meropeném tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra microrganismos Gram-

positivos e Gram-negativos. O meropeném é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos

betalactâmicos. Isto explicado parcialmente pela maior estabilidade às betalactamases. A atividade in vitro contra

cepas resistentes às classes de antibióticos não relacionados, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal. A

prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e

informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de

infecções graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local da

resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.

3-CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I humana (DHP-I).

O meropeném é estruturalmente similar ao imipeném. O meropeném exerce sua ação bactericida através da

interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu

BioChimico

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alto nível de estabilidade à maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas proteínas de ligação à

penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro de bactérias

aeróbicas e anaeróbicas. As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro da diluição das

concentrações inibitórias mínimas (CIMs).

Mecanismo de resistência

A resistência bacteriana ao meropeném pode ser resultado de um ou mais fatores: (1) redução da permeabilidade da

membrana externa das bactérias Gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas); (2) redução da afinidade

dos PBPs alvos; (3) aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo; e (4) produção de betalactamases

que possam hidrolisar os carbapenêmicos. Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de

infecções devido à resistência bacteriana a carbapenêmicos. A suscetibilidade ao meropeném de um dado clínico

isolado deve ser determinada por métodos padronizados. As interpretações dos resultados dos testes podem ser

realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica. O espectro

antibacteriano do meropeném inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas diretrizes

terapêuticas.

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios Gram-positivos

Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária),

Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o

MRSA são resistentes ao meropeném), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis (apenas cepas

suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE são resistentes ao meropeném),

Streptococcus agalactiae (streptococcus grupo B), grupo Streptococcus milleri (S.anginosus, S. constellatus e S.

intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus grupo A).

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios Gram-negativos

Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli,

Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii,

Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios Gram-positivos

Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros, P

anaerobius, P. magnus).

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios Gram-negativos

Bacteroides caccae, Bacteroides fragilis, Prevotella bivia, Prevotella disiens.

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios Gram-positivos

Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem

mecanismos de resistência adquiridos).

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios Gram-negativos

Acinetobacter species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.

Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios Gram-negativos

Stenotrophomonas maltophilia e espécies de Legionella.

Outros organismos inerentemente resistentes

Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.

A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao meropeném in vitro de várias outras espécies de bactérias.

No entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto. Aconselhamento sobre o significado clínico dos

achados in vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em microbiologia clínica

local e com diretrizes profissionais locais.

Propriedades Farmacocinéticas

Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de meropeném é de aproximadamente 1 hora; o volume de

distribuição médio é de aproximadamente 0,25 L/kg e a depuração média é de 239 mL/min a 500 mg caindo para 205

mL/min a 2 g. Doses de 500, 1000 e 2000 mg de meropeném em uma infusão de 30 minutos resulta em picos de

concentração plasmática de aproximadamente 23 µg/mL para dose de 500 mg; 49 µg/mL para doses de 1 g e 115

µg/mL após dose de 2 g, que corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153 µg.h/mL respectivamente. Após

infusão por 5 minutos os valores de Cmáx são 52 e 112 µg/mL após doses de 500 e 1000 mg, respectivamente. Quando

doses múltiplas são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência

de acúmulo de meropeném. Um estudo com 12 pacientes com meropeném 1000 mg administrado a cada 8 horas para

infecções abdominais pós-cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes

normais, porém apresentou maior volume de distribuição (27 L).

Distribuição

A ligação de meropeném às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2% e foi independente da concentração. O

meropeném tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais: incluindo pulmões, secreções brônquicas,

bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudado peritoneal.

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Metabolismo

O meropeném é metabolizado por hidrólise do anel betalactâmico gerando um metabólito microbiologicamente

inativo. In vitro o meropeném apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHP-I)

humana comparada ao imipeném e não é requerida a coadministração de um inibidor de DHP-I.

Eliminação

O meropeném é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50-70%) da dose é excretada inalterada

em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa

2% da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o meropeném sofre filtração e secreção

tubular.

Insuficiência renal

Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de

2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CrCL 33-74 mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes

com distúrbios renais graves (CrCL 4-23 mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise (CrCL

<2 mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CrCL >80 mL/min). A AUC do metabólito

microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios renais.

São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave. O meropeném é eliminado

por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes anúricos.

Insuficiência hepática

Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de meropeném efeitos

relacionados à doença no fígado após doses repetidas.

Adultos

Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de farmacocinética

versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente. A população modelo desenvolvida a partir dos dados de

79 pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume central sobre o peso e

da depuração da creatinina e da idade.

Crianças

A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40 mg/kg apresentou valores de Cmáx

aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1000 e 2000 mg, respectivamente. A comparação

demonstrou farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos

os pacientes, menos os mais novos (< 6 meses t1/2 1,6 horas). As depurações médias do meropeném foram 5,8

mL/min/kg (6-12 anos), 6,2 mL/min/kg (2-5 anos), 5,3 mL/min/kg (6-23 meses) e 4,3 mL/min/kg (2-5 meses).

Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas como meropeném e mais de 12% como

metabólito. As concentrações de meropeném no líquido cefalorraquidiano das crianças com meningite são de

aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente, embora haja uma variabilidade individual significante. A

farmacocinética de meropeném em neonatos requerendo tratamento anti-infeccioso apresentou aumento da depuração

em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas. A

simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de 20 mg/kg a

cada 8 horas atingiu 60% T> CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos neonatos não

prematuros.

Idosos

Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65-80 anos) demonstraram redução da depuração

plasmática correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução da

depuração não renal. Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios renais

moderados a graves (ver item Posologia).

Dados de segurança pré-clínica

Estudos em animais indicam que meropeném é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal

foi observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2000 mg/kg e em doses superiores. O meropeném é

geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com doses muito

altas de 2000 mg/kg ou mais. A DL50 i.v. de meropeném em roedores é superior a 2000 mg/kg. Em estudos de doses

repetidas de até 6 meses de duração foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo

nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500 mg/kg. Não

houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva,

incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem

efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120 mg/kg). Não houve evidência de suscetibilidade

aumentada ao meropeném em animais jovens em comparação com animais adultos. A formulação intravenosa foi

bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção. O

único metabólito de meropeném teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.

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4-CONTRAINDICAÇÃO

Hipersensibilidade ao meropeném ou ao carbonato de sódio anidro. Pacientes com história de hipersensibilidade a

antibióticos carbapenêmicos, penicilinas ou outros antibióticos betalactâmicos também podem ser hipersensíveis ao

meropeném. Como ocorrem com todos os antibióticos betalactâmicos, raras reações de hipersensibilidade (reações

graves e ocasionalmente fatais) foram relatadas (ver item Reações Adversas).

5-ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de microrganismos não sensíveis, sendo

então necessárias repetidas avaliações de cada paciente. Raramente, foi relatada a ocorrência de colite

pseudomembranosa com o uso de meropeném, assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse

modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em

associação ao uso de meropeném. Não é recomendado o uso concomitante de meropeném e ácido valpróico/valproato

de sódio. Meropeném pode reduzir os níveis séricos de ácido valpróico. Alguns pacientes podem apresentar níveis

subterapêuticos (ver item Interações Medicamentosas).

Uso pediátrico: A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas.

Portanto, meropeném não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.

Uso em idosos e pacientes com insuficiência renal: ver item Posologia.

Uso em pacientes com doença hepática: Pacientes portadores de alterações hepáticas pré-existente devem ter a

função hepática monitorada durante o tratamento com meropeném. Um teste de Coombs direto ou indireto poderá

apresentar-se positivo.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: Não foram realizados estudos relacionados com

a habilidade de dirigir e operar máquinas. No entanto, ao dirigir ou operar máquinas deve-se levar em conta que

foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e convulsões durante o uso de meropeném .

Uso durante a gravidez e lactação: A segurança de meropeném na gravidez humana não foi estabelecida, apesar

dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném não deve

ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto, a

critério médico.

Categoria de risco na gravidez: B

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno. Meropeném não deve ser usado em mulheres que

6-INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A probenecida compete com meropeném pela secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal do meropeném,

provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática. Uma vez que a potência e a

duração da ação de meropeném dosado sem a probenecida são adequadas, não se recomenda a coadministração de

meropeném e probenecida. O efeito potencial de meropeném sobre a ligação de outros fármacos às proteínas

plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que não se espera

que haja interação com outros fármacos, considerando-se este mecanismo. Foram relatadas reduções nas

concentrações plasmáticas de ácido valpróico quando coadministrado com agentes carbapenêmicos resultando na

diminuição de 60-100% dos níveis de ácido valpróico em aproximadamente dois dias. Devido ao rápido início e ao

prolongamento da redução da concentração, a coadministração de meropeném em pacientes estabilizados com ácido

valpróico não é considerada gerenciável e deve ser evitada (ver item Advertências e precauções). Meropeném foi

administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto,

não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.

7-CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter a embalagem original à temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Meropeném tem validade de 24 meses. As

informações sobre estabilidade das soluções reconstituídas encontram-se descritas na tabela “Estabilidade de

Meropeném Reconstituído”.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8-POSOLOGIA E MODO DE USAR

Adultos

BioChimico

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A faixa de dosagem é de 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três administrações.

Dose usual: 500 mg a 1 g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da

infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.

Exceções:

1) Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1 g a cada 8 horas.

2) Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.

Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa recomenda-

se doses de pelo menos 1 g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6 g por dia, divididos em

3 doses) e doses de pelo menos 20 mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120

mg/kg por dia, divididos em 3 doses). Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de

infecções por Pseudomonas aeruginosa. Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por

aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item

Reconstituição, compatibilidade e estabilidade). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a

administração de bolus de 2 g.

Posologia para adultos com função renal alterada

A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance de creatinina inferior a 51 mL/min, como esquematizado

abaixo:

DEPURAÇÃO DE

CREATININA (mL/min)

DOSE (baseada na faixa

de unidade de dose de

500 mg a 2,0 g a cada 8

horas)

FREQUÊNCIA

26-50 1 unidade de dose A cada 12 horas

10-25 ½ unidade dose A cada 12 horas

<10 ½ unidade dose A cada 24 horas

Meropeném é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração, caso seja necessário a continuidade do tratamento

com meropeném recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na

dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção. Não existe experiência com diálise peritoneal.

Uso em adultos com insuficiência hepática

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com disfunção no metabolismo hepático.

Uso em idosos

Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina

superiores a 50 mL/min.

Posologia para crianças

Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40 mg/kg a cada 8 horas,

dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das

condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50 kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.

1) Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20 mg/kg a cada 8 horas.

2) Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40 mg/kg a cada 8 horas.

Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por

infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item Reconstituição, compatibilidade e estabilidade).

Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40 mg/kg para crianças. Não

há experiência em crianças com função renal alterada. Se deixar de administrar uma injeção de meropeném esta deve

ser administrada assim que possível. Geralmente, não se deve administrar duas injeções ao mesmo tempo.

Reconstituição, compatibilidade e estabilidade

Preparação do MEROPENÉM:

Para injeção intravenosa em bolus meropeném deve ser reconstituído em água estéril para injeção (10 mL para cada

500 mg), conforme tabela abaixo. Essa reconstituição fornece uma solução de concentração final de

aproximadamente 50 mg/mL. As soluções reconstituídas podem variar de incolores a ligeiramente amareladas.

FRASCO CONTEÚDO DO DILUENTE A SER ADICIONADO

500 mg 10 mL

1 g 20 mL

4005149-3 Texto de bula – meropeném tri-hidratado 7

Para infusão intravenosa, os frascos-ampola de meropeném podem ser diretamente reconstituídos com um fluido de

infusão compatível de acordo com a tabela “Estabilidade de Meropeném Reconstituído”, e posteriormente esta

diluição pode ser adicionada a outra solução compatível, devendo ser utilizadas logo após o preparo. Entretanto, as

soluções reconstituídas de meropeném mantêm potência satisfatória em temperatura ambiente (entre 15 a 30°C) ou

sob refrigeração (entre 2 e 8°C), como está listado na tabela “Estabilidade de Meropeném Reconstituído”. Deve-se

agitar a solução reconstituída antes do uso. Meropeném não deve ser misturado ou adicionado a soluções que

contenham outros fármacos. As soluções de meropeném não devem ser congeladas.

Estabilidade após reconstituição

ESTABILIDADE DE MEROPENÉM RECONSTITUÍDO

DILUENTE PERÍODO DE ESTABILIDADE

(HORAS)

15 a 30°C 2 a 8°C

Frascos reconstituídos com água

para injeção, para a administração

em bolus

1 2

Infusões (1-20 mg/mL) preparadas com:

Cloreto de Sódio 0,9% 1 2

Soro glicosado 5% 1 2

Soro glicosado 5% em cloreto

de sódio 0,9%

Injeção de lactato de Ringer 1 2

Nota: Os medicamentos de uso parenteral devem ser visualmente inspecionados antes da administração com relação

a materiais estranhos, e não devem ser utilizados se estes estiverem presentes.

9-REAÇÕES ADVERSAS

Meropeném é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos graves são raros e raramente requerem interrupção da

terapia. As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos com meropeném. As reações

adversas estão classificadas de acordo com a frequência: muito comum (≥10%); comum (≥1% e <10%); incomum

(≥0.1% e <1%); rara (≥0.01% e <0.1%); muito rara (<0.01%).

Frequência das reações adversas:

Frequência Sistema, Órgão, classe Reações Adversas

Comum ( ≥1% e <

10%)

Distúrbios do Sistema

Sanguíneo e linfático

Distúrbio do sistema

Nervoso

Distúrbios gastrointestinais

Distúrbios hepatobiliares

Distúrbios da pele

e tecido subcutâneos

Distúrbios gerais e no

Local da aplicação

Trombocitemia

Cefaleia

Náusea, vômito, diarreia

Aumento das alanina amino

Transaminases, aumento das

aspartato amino transferases,

aumento da fosfatase alcalina

do sangue, aumento da desidrogenase

láctica sanguínea e aumento da gama

glutamil transferase

Exantema e prurido

Inflamação, dor

Incomum (≥0,1%

e <1%)

Infecções e infestações Candidíase oral e vaginal

BioChimico

4005149-3 Texto de bula – meropeném tri-hidratado 8

Eosinofilia, trombocitopenia,

leucopenia, neutropenia

Parestesia

Aumento da bilirrubina do sangue

Urticária

Tromboflebites

Rara (≥ 0,01% e <

0,1%) Distúrbios do Sistema nervoso Convulsões

As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos pós-comercialização e relatos

espontâneos:

Frequência Sistema, Órgão, classe Sistema, Órgão, classe

Rara (≥0,01% e <

0,1%)

Agranulocitose

Muito rara (<

0,01%)

Distúrbios do sistema imune

Anemia Hemolítica

Angioedema, manifestações de

anafilaxia

Colite pseudomembranosa

Eritema multiforme, Síndrome de

Stevens –Johnson, necrólíse

Epidérmica tóxica

Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.