Bula do Meropenen para o Profissional

Bula do Meropenen produzido pelo laboratorio Antibióticos do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Meropenen
Antibióticos do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MEROPENEN PARA O PROFISSIONAL

meropeném tri-hidratado

“Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999”

Pó para solução injetável

500 mg e 1g

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“Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome genérico: meropeném tri-hidratado

APRESENTAÇÕES

Meropeném tri-hidratado 500 mg: cada frasco-ampola contém 500 mg de meropeném na forma de pó para

solução injetável. Embalagem com 10 frascos-ampola (sem diluente).

Meropeném tri-hidratado 1 g: cada frasco-ampola contém 1 g de meropeném na forma de pó para solução

injetável. Embalagem com 10 frascos-ampola (sem diluente).

Meropeném tri-hidratado 500 mg (sistema fechado de infusão): cada frasco-ampola contém 500 mg de

meropeném na forma de pó para solução injetável. Embalagem com 10 frascos-ampola acompanhado de 10 bolsas

de diluente contendo 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%.

Meropeném tri-hidratado 1 g (sistema fechado de infusão): cada frasco-ampola contém 1 g de meropeném na

forma de pó para solução injetável. Embalagem com 10 frascos-ampola acompanhado de 10 bolsas de diluente

contendo 100 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9%.

VIA INTRAVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES

COMPOSIÇÃO

Meropeném 500 mg: cada frasco-ampola contém 570 mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 500 mg de

meropeném.

Meropeném 1 g: cada frasco-ampola contém 1140 mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 1 g de

Excipiente: carbonato de sódio anidro.

Não contém conservantes ou outros aditivos.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Meropeném tri-hidratado é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças,

causadas por uma única ou múltiplas bactérias suscetíveis e para o tratamento empírico antes da identificação do

microrganismo causador:

- Infecções do trato respiratório inferior;

- Infecções do trato urinário, incluindo infecções complicadas;

- Infecções intra-abdominais;

- Infecções ginecológicas, incluindo infecções puerperais;

- Infecções de pele e anexos;

- Meningite;

- Septicemia;

- Tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes

neutropênicos;

- Infecções polimicrobianas: devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias Gram-

positivas e Gram-negativas, aeróbicas e anaeróbicas, meropeném é eficaz para o tratamento de infecções

polimicrobianas;

- Fibrose cística: meropeném intravenoso tem sido utilizado eficazmente em pacientes com fibrose cística e

infecções crônicas do trato respiratório inferior, tanto como monoterapia, quanto em associação com outros

agentes antibacterianos. O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.

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2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

O meropeném é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de

rotina normal. Testes in vitro mostram que meropeném pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos.

Demonstrou-se que meropeném, tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra

microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos.

O meropeném é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos betalactâmicos. Isto é explicado

parcialmente pela maior estabilidade às betalactamases. A atividade in vitro contra cepas resistentes às classes de

antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal.

A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas,

e informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de

infecções graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local

da resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I

humana (DHP-I). O meropeném é estruturalmente similar ao imipeném.

O meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana.

A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas

betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a

potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas. As

concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas

(CIMs).

Mecanismos de resistência

A resistência bacteriana ao meropeném pode ser resultado de um ou mais fatores: (1) redução da permeabilidade

da membrana externa das bactérias Gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas); (2) redução da

afinidade dos PBPs alvos; (3) aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo; e (4) produção de

betalactamases que possam hidrolisar os carbapenêmicos.

Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de infecções devido à resistência bacteriana a

carbapenêmicos.

A suscetibilidade ao meropeném de um dado clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados.

As interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e

diretrizes de microbiologia clínica.

O espectro antibacteriano do meropeném inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas

diretrizes terapêuticas.

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbicos Gram-positivos

Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária),

Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o

MRSA são resistentes ao meropeném), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis (apenas

cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE são resistentes ao

meropeném), Streptococcus agalactiae (streptococcus grupo B), grupo Streptococcus milleri (S.anginosus, S.

constellatus e S. intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus grupo A).

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbicos Gram-negativos

Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli,

Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii,

Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.

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Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbicos Gram-positivos

Clostridium perfringens, Peptoniphilus asaccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros,

P anaerobius, P. magnus).

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbicos Gram-negativos

Bacteroides caccae, Bacteroides fragilis, Prevotella bivia, Prevotella disiens.

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbicos Gram-positivos

Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem

mecanismos de resistência adquiridos).

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbicos Gram-negativos

Acinetobacter species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.

Organismos inerentemente resistentes: Aeróbicos Gram-negativos

Stenotrophomonas maltophilia e espécies de Legionella.

Outros organismos inerentemente resistentes

Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.

A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao meropeném in vitro de várias outras espécies de

bactérias. No entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto. Aconselhamento sobre o significado

clínico dos achados in vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em

microbiologia clínica local e com diretrizes profissionais locais.

Propriedades Farmacocinéticas

Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de meropeném é de aproximadamente 1 hora; o volume de

distribuição médio é de aproximadamente 0,25 L/kg e a depuração média é de 239 mL/min a 500 mg caindo para

205 mL/min a 2 g. Doses de 500, 1000 e 2000 mg de meropeném tri-hidratado em uma infusão de 30 minutos

resulta em picos de concentração plasmática de aproximadamente 23 mcg/mL para dose de 500 mg; 49 mcg/mL

para doses de 1 g e 115 mcg/mL após dose de 2 g, que corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153 mcg.h/mL

respectivamente. Após infusão por 5 minutos os valores de Cmáx

são 52 e 112 mcg/mL após doses de 500 e 1000 mg,

respectivamente. Quando doses múltiplas são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de

8 horas, não há ocorrência de acúmulo de meropeném.

Um estudo com 12 pacientes com meropeném 1000 mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais

pós-cirurgia demonstrou um Cmáx

e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes normais, porém

apresentou maior volume de distribuição (27 L).

Distribuição

A ligação de meropeném às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2% e foi independente da concentração.

O meropeném tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais: incluindo pulmões, secreções

brônquicas, bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudado peritoneal.

Metabolismo

O meropeném é metabolizado por hidrólise do anel betalactâmico gerando um metabólito microbiologicamente

inativo. In vitro o meropeném apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHP-I)

humana comparada ao imipeném e não é requerida a co-administração de um inibidor de DHP-I.

Eliminação

O meropeném é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50-70%) da dose é excretada

inalterada em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação

fecal representa 2% da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o meropeném sofre

filtração e secreção tubular.

Insuficiência renal

Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de

2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CrCL 33-74 mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes

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com distúrbios renais graves (CrCL 4-23 mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise

(CrCL <2 mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CrCL >80 mL/min). A AUC do metabólito

microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios

renais. São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave.

O meropeném é eliminado por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes

anúricos.

Insuficiência hepática

Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de meropeném efeitos

relacionados à doença no fígado após doses repetidas.

Adultos

Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de

farmacocinética versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente. A população modelo desenvolvida a

partir dos dados de 79 pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume

central sobre o peso e da depuração da creatinina e da idade.

Crianças

A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40 mg/kg apresentou valores

de Cmáx

aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1000 e 2000 mg, respectivamente. A

comparação demonstrou farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a

dos adultos para todos os pacientes, menos os mais novos (< 6 meses t1/2

1,6 horas). As depurações médias

do meropeném foram 5,8 mL/min/kg (6-12 anos), 6,2 mL/min/kg (2-5 anos), 5,3 mL/min/kg (6-23 meses) e

4,3mL/min/kg (2-5 meses).

Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas como meropeném e mais de 12%

como metabólito. As concentrações de meropeném no líquido cefalorraquidiano das crianças com

meningite são de aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente embora haja uma variabilidade

individual significante.

A farmacocinética de meropeném em neonatos requerendo tratamento anti-infeccioso apresentou aumento da

depuração em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de

2,9 horas. A simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de

20 mg/kg a cada 8 horas atingiu 60% T>CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos

neonatos não prematuros.

Idosos

Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65-80 anos) demonstraram redução da depuração

plasmática correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução

da depuração não-renal. Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios

renais moderados a graves (ver item Posologia).

Dados de segurança pré-clínica

Estudos em animais indicam que meropeném é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular

renal foi observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2000 mg/kg e em doses superiores.

O meropeném é geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas

com doses muito altas de 2000 mg/kg ou mais.

A DL50

i.v. de meropeném em roedores é superior a 2000 mg/kg. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses

de duração foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos

glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 500 mg/kg.

Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5 testes realizados e nenhuma evidência de toxicidade

reprodutiva, incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o

nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120 mg/kg).

Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao meropeném em animais jovens em comparação com animais

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adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou

necrose reversível no local da injeção.

O único metabólito de meropeném teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao meropeném ou ao carbonato de sódio anidro.

Pacientes com história de hipersensibilidade a antibióticos carbapenêmicos, penicilinas ou outros antibióticos

betalactâmicos também podem ser hipersensíveis ao meropeném tri-hidratado.

Como ocorre com todos os antibióticos betalactâmicos, raras reações de hipersensibilidade (reações graves e

ocasionalmente fatais) foram relatadas (ver item Reações Adversas).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de microrganismos não-suscetíveis,

sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente. Raramente, foi relatada a ocorrência de colite

pseudomembranosa com o uso de meropeném tri-hidratado, assim como ocorre com praticamente todos os

antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que

apresentem diarreia em associação ao uso de meropeném tri-hidratado.

Não é recomendado o uso concomitante de meropeném tri-hidratado e ácido valproico/valproato de sódio.

Meropeném tri-hidratado pode reduzir os níveis séricos de ácido valproico. Alguns pacientes podem apresentar

níveis subterapêuticos (ver item Interações Medicamentosas).

Uso pediátrico: a eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram

estabelecidas. Portanto, meropeném tri-hidratado não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.

Uso em idosos e pacientes com insuficiência renal: ver item Posologia.

Uso em pacientes com doença hepática: pacientes portadores de alterações hepáticas pré-existente

devem ter a função hepática monitorada durante o tratamento com meropeném tri-hidratado.

Um teste de Coombs direto ou indireto poderá apresentar-se positivo.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: não foram realizados estudos relacionados

com a habilidade de dirigir e operar máquinas. No entanto, ao dirigir ou operar máquinas deve-se levar em conta

que foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e convulsões durante do uso de meropeném

tri-hidratado.

Uso durante a gravidez e lactação: a segurança de meropeném tri-hidratado na gravidez humana não foi

estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento.

Meropeném tri-hidratado não deve ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe

justifiquem os riscos potenciais para o feto, a critério médico.

Categoria de risco na gravidez: B

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-

dentista.

Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno. Meropeném tri-hidratado não deve ser usado

em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A probenecida compete com meropeném pela secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal

do meropeném, provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática.

Uma vez que a potência e a duração da ação de meropeném dosado sem a probenecida são adequadas, não se

recomenda a coadministração de meropeném tri-hidratado e probenecida. O efeito potencial de meropeném

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tri-hidratado sobre a ligação de outros fármacos às proteínas plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi

estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que não se espera que haja interação com outros fármacos,

considerando-se este mecanismo.

Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas de ácido valpróico quando co-administrado com agentes

carbapenêmicos resultando na diminuição de 60-100% dos níveis de ácido valpróico em aproximadamente dois

dias. Devido ao rápido início e ao prolongamento da redução da concentração a coadministração de meropeném

tri-hidratado em pacientes estabilizados com ácido valpróico não é considerada gerenciável e deve ser evitada

(ver item Advertências e precauções).

Meropeném tri-hidratado foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações

adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do

estudo com a probenecida.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Meropeném tri-hidratado deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e

umidade.

Meropeném tri-hidratado tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas

Aspecto físico do pó: pó branco.

Características das solução após reconstituição / diluição: solução incolor a amarelo claro.

Estabilidade: as soluções de meropeném tri-hidratado devem ser preparadas imediatamente antes do uso e o

produto não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos. Soluções de meropeném

tri-hidratado não devem ser congeladas.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Adultos

A faixa de dosagem é de 1,5 g a 6,0 g diários, divididos em três administrações.

Dose usual: 500 mg a 1 g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da

gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.

Exceções:

1) Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1 g a cada 8 horas.

2) Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.

Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa,

recomenda-se doses de pelo menos 1 g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6 g por

dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo menos 20 mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve

ultrapassar 120 mg/kg por dia, divididos em 3 doses).

Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa.

Meropeném tri-hidratado deve ser administrado como injeção intravenosa direta por aproximadamente 5

minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos. Há dados limitados sobre segurança

disponíveis para apoiar a administração intravenosa direta de 2 g.

Posologia para adultos com função renal alterada

A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance de creatinina inferior a 51 mL/min, como esquematizado

abaixo:

CLEARANCE DE

CREATININA (mL/min)

DOSE (baseada na faixa de unidade de dose de

500 mg a 2,0 g a cada 8 horas)

FREQUÊNCIA

26 - 50 1 unidade de dose a cada 12 horas

10 - 25 1/2 unidade de dose a cada 12 horas

<10 1/2 unidade de dose a cada 24 horas

Meropeném tri-hidratado é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração. Caso seja necessária a

continuidade do tratamento com meropeném tri-hidratado, recomenda-se que no final do procedimento de

hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.

Não existe experiência com diálise peritoneal.

Uso em adultos com insuficiência hepática

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com disfunção no metabolismo hepático.

Uso em idosos

Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina

superiores a 50 mL/min.

Posologia para crianças

Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40 mg/kg a cada 8 horas,

dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das

condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50 kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.

1) Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20 mg/kg a cada 8 horas.

2) Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 40 mg/kg a cada 8 horas.

disponíveis para apoiar a administração intravenosa direta de 40 mg/kg para crianças.

Não há experiência em crianças com função renal alterada.

Se deixar de administrar uma injeção de meropeném tri-hidratado, esta deve ser administrada assim que

possível. Geralmente, não se deve administrar duas injeções ao mesmo tempo.

Reconstituição e diluição

ATENÇÃO: frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40x12, que

aumentam a incidência de pequenos fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o

procedimento. Agulhas 30x8 ou 25x8, embora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de

carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos. Deve-se, no entanto, sempre inspecionar visualmente os

produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.

Devem ser observados os cuidados e instruções específicas indicadas pelo fabricante do diluente durante o

acoplamento da bolsa para infusão intravenosa realizado com diluente que não acompanha o produto.

MEROPENÉM TRI-HIDRATADO 500 mg – VIA INTRAVENOSA DIRETA

Reconstituição

Diluente: água para injetáveis. Volume: 10 mL.

Agitar bem o frasco para a completa dissolução do produto. A concentração da solução final é de aproximadamente

50 mg/mL.

Aparência da solução reconstituída: incolor a amarelo claro.

Tempo de administração: aproximadamente 5 minutos.

MEROPENÉM TRI-HIDRATADO 500 mg – INFUSÃO INTRAVENOSA

Diluente: água para injetáveis. Volume: 10 mL. Agitar bem o frasco para completa dissolução do produto.

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Diluição

Diluente: Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5%; Glicose 10%; Solução de Ringer; Solução de Ringer Lactato;

Bicarbonato de Sódio 5%; Glicose 5% e Cloreto de Sódio 0,9%; Glicose 5% e Cloreto de Sódio 0,2%; Cloreto

de Potássio 0,15% em Glicose 5%; Bicarbonato de Sódio 0,02% em Glicose 5%; Glicose 5% em Normosol®

-M;

Glicose 5% em Solução de Ringer Lactato; Glicose 2,5% e Cloreto de Sódio 0,45%; Manitol 2,5%; Lactato de

Sódio 1/6 N. Volume: 100 mL.

Aparência da solução diluída: incolor a amarelo claro.

Tempo de Infusão: aproximadamente 15 a 30 minutos.

MEROPENÉM TRI-HIDRATADO 500 mg – INFUSÃO INTRAVENOSA (sistema fechado)

O frasco de meropeném tri-hidratado 500 mg deve ser acoplado ao sistema fechado de infusão conforme

ilustrações abaixo.

Obs.: devem ser observados cuidados usuais para evitar contaminação na montagem do sistema fechado ilustrado a

seguir.

ATENÇÃO: o frasco deve ser mantido acoplado à bolsa. Isso garante o fechamento do circuito de infusão e o

próprio frasco é o indicador do produto que está sendo administrado.

REV001

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Reconstituição/diluição (realizadas simultaneamente)

Diluente: cloreto de sódio 0,9%. Volume: 100 mL.

MEROPENÉM TRI-HIDRATADO 1 g – VIA INTRAVENOSA DIRETA

Diluente: água para injetáveis. Volume: 20 mL.

MEROPENÉM TRI-HIDRATADO 1g – INFUSÃO INTRAVENOSA

Diluente: água para injetáveis. Volume: 20 mL. Agitar bem o frasco para a completa dissolução do produto.

MEROPENÉM TRI-HIDRATADO 1 g – INFUSÃO INTRAVENOSA (sistema fechado)

O frasco de meropeném tri-hidratado 1 g deve ser acoplado ao sistema fechado de infusão conforme ilustrações

acima.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Meropeném tri-hidratado é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos graves são raros e raramente

requerem interrupção da terapia.

As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos com meropeném tri-hidratado: As

reações adversas estão classificadas de acordo com a frequência: muito comum (≥10%); comum (≥1% e <10%);

incomum (≥0,1% e <1%); rara (≥0,01% e <0,1%); muito rara (<0,01%).

Frequência das reações adversas:

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Frequência Sistema, Órgão, Classe Reações Adversas

Comum

(≥ 1% e < 10%)

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

Distúrbios do sistema nervoso

Distúrbios gastrointestinais

Distúrbios hepatobiliares

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

Distúrbios gerais e do local de aplicação

Trombocitemia

Cefaleia

Náusea, vômito, diarreia

Aumento das alanina-aminotransaminases,

aumento

das aspartato-aminotransferases, aumento

da fosfatase alcalina sanguínea, aumento da

desidrogenase láctica sanguínea e aumento da

gamaglutamiltransferase

Exantema e prurido

Inflamação e dor

Incomum

(≥ 0,1% e < 1%)

Infecções e infestações

Candidíase oral e vaginal

Eosinofilia, trombocitopenia, leucopenia,

neutropenia

Parestesia

Aumento da bilirrubina

sanguínea

Urticária

Tromboflebites

Rara

(≥ 0,01% e < 0,1%)

Distúrbios do sistema nervoso Convulsões

As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos pós- comercialização e

relatos espontâneos:

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático Agranulocitose

Muito rara (< 0,01%) Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático

Distúrbios do sistema imune

Anemia hemolítica

Angioedema, manifestações de

anafilaxia

Colite pseudomembranosa

Eritema multiforme, Síndrome

de Stevens-Johnson, necrólise

epidérmica tóxica

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.