Bula do Mesalazina para o Profissional

Bula do Mesalazina produzido pelo laboratorio Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Mesalazina
Legrand Pharma Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MESALAZINA PARA O PROFISSIONAL

mesalazina

LEGRAND PHARMA

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA

Comprimido Revestido

800 mg

APRESENTAÇÕES

Comprimido revestido, de 800 mg. Embalagem com 30 unidades.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de 800 mg contém:

mesalazina............................................................................................................................................800 mg

excipiente* q.s.p........................................................................................................1 comprimido revestido

* amido pré-gelatinizado, polímero não-iônico do ácido metacrílico, celulose microcristalina, lactose monoidratada,

amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, talco, polímero aniônico do ácido metacrílico, dióxido de titânio, óxido

de ferro vermelho, corante alumínio laca amarelo crepúsculo 6, citrato de trietila, macrogol, álcool isopropílico e água

purificada.

1. INDICAÇÕES

A mesalazina é indicada como anti-inflamatório de ação local no tratamento de doenças inflamatórias intestinais na fase

aguda e na prevenção ou redução das recidivas destas enfermidades, tais como etocolite ulcerativa inespecífica (RCUI)

(tanto a colite como a proctite ulcerativa) e doença de Crohn colônica.

A mesalazina é também indicado para o tratamento sintomático da doença diverticular do cólon, associado ou não com

terapia à base de antibióticos como ampicilina/sulbactam ou rifaximina.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A mesalazina é comprovadamente o fármaco de escolha para se obter a remissão da doença na colite ulcerativa, na

doença de Crohn e na doença diverticular do cólon, bem como na prevenção da diverticulite. Por suas características

farmacológicas, mesalazina tem apresentado significativos índices de eficácia em estudos clínicos comparativos tanto

em terapia de doença ativa como na manutenção da remissão. Em um estudo prospectivo aberto, mesalazina 800 mg

quatro vezes ao dia por via oral foi eficaz no tratamento da colite ulcerativa leve a moderada em pacientes intolerantes

ou alérgicos à sulfassalazina.1

Um estudo duplo-cego, randomizado, multicêntrico, com 158 pacientes, comparando mesalazina nas doses de 1,6 g/dia

e 2,4 g/dia com placebo resultou em redução da atividade da doença significativamente maior comprovada

endoscopicamente – 49% com mesalazina vs. 27% com placebo (p=0,048). Os pacientes do grupo com dose mais

elevada responderam de forma mais rápida do que o placebo ou à dose mais baixa, além de apresentarem melhoras

acentuadas do sangramento retal e da frequência de evacuações.2 Uma relação dose-resposta no tratamento com

mesalazina de liberação controlada ficou evidente em um estudo de quatro semanas no qual se observou resposta

endoscópica significativamente superior (remissão mais melhora) em 63% vs. 32% (p<0,05) e remissão clínica em 46%

vs. 12% dos pacientes (p<0,05) tratados respectivamente com 3,6 g/dia e 1,2 g/dia.3 O estudo ASCEND II comprovou

que os pacientes com colite ulcerativa tratados com 4,8 g/dia de mesalazina apresentam maior possibilidade de melhora

global após seis semanas de terapia que os pacientes tratados com doses de até 2,4 g/dia.4 Na manutenção da remissão

da colite ulcerativa, um estudo duplo-cego, randomizado, de 6 meses de avaliação, envolvendo 264 pacientes tratados

com doses de 0,8 g/dia ou 1,6 g/dia de mesalazina ou com placebo resultou em manutenção da remissão endoscópica da

doença em 70,1% dos pacientes tratados com 1,6 g/dia vs. 48,3% dos que receberam placebo (p=0,005).5 Na doença de

Crohn ativa leve a moderada, 3,2 g/dia de mesalazina foram superiores a placebo na melhora dos sintomas após 16

semanas de tratamento em um estudo duplo-cego randomizado. A resposta clínica global com a mesalazina foi

significativamente maior (p<0,05) que com placebo: respectivamente 45% e 22% .6 Estes resultados comprovam os

verificados em um amplo estudo (n=302) multicêntrico não-comparativo, que registrou melhora sintomática em 81 a

98% dos pacientes.7

A eficácia do uso isolado da mesalazina na doença diverticular sintomática foi avaliada em um estudo clínico com 70

pacientes tratados com mesalazina e rifaximina por 10 dias/mês: um grupo recebeu rifaximina 200 mg duas vezes ao

dia, outro grupo recebeu rifaximina 400 mg duas vezes ao dia, um terceiro foi tratado com mesalazina 400 mg duas

vezes ao 1 dia e um quarto grupo com mesalazina 800 mg duas vezes ao dia. No basal e após três meses de tratamento

foram registrados os dados referentes a 11 diferentes variáveis avaliadas por meio de uma escala qualitativa de quatro

pontos.

Os pacientes tratados com mesalazina tiveram os menores escores globais aos três meses (p<0,001). Os autores

concluíram que a mesalazina é tão eficaz quanto a rifaximina na diminuição de alguns sintomas, mas parece ser melhor

que esta na melhora do escore global desses pacientes.8 Outro grupo de investigadores também avaliou a eficácia da

mesalazina em comparação com a rifaximina na melhora sintomatológica da doença diverticular não-complicada,

utilizando quatro esquemas terapêuticos distintos em 248 pacientes com diagnóstico comprovado por colonoscopia e

enema baritado. A avaliação clínica foi efetuada a cada três meses durante 12 meses. Os resultados permitiram aos

investigadores concluir que a administração de mesalazina é eficaz para a remissão sintomatológica da doença

diverticular não-complicada do cólon aos seis e doze meses de acompanhamento. Alguns sintomas apresentam melhora

mais acentuada com a posologia de 800 mg de mesalazina duas vezes ao dia do que com os demais esquemas

terapêuticos.9 O efeito terapêutico da mesalazina na doença diverticular sintomática foi demonstrado em outro estudo,

uma vez que a adição deste agente à terapia com rifaximina ofereceu aos pacientes uma probabilidade maior de

permaneceram livres de recidivas sintomáticas (p=0,0005) e de fenômenos micro-hemorrágicos (p=0,001).10

A terapia tópica com supositórios de mesalazina provou ser eficaz na colite distal e na proctite ulcerativa. Nos estudos

clínicos, a remissão da doença aguda variou de 60 a 93% após duas a quatro semanas de tratamento. A administração

diária dos supositórios foi eficaz para prevenção da recorrência de proctite ulcerativa ou da proctosigmoidite.11 Um

estudo randomizado de grupos paralelos comparou a eficácia de dois esquemas posológicos de mesalazina supositório

na proctite ulcerativa [500 mg duas vezes ao dia (2x/dia) e 1000 mg uma vez ao dia (1x/dia) por 6 semanas]. Os

pacientes foram avaliados clinica e endoscopicamente. Considerando o índice de atividade da doença (medida primária

de eficácia), ambas as posologias foram eficazes sem distinção significativa entre elas (redução >75%): no grupo de 500

mg 2x/dia, o índice foi reduzido após 6 semanas de 6,6 para 1,6 e, no de 100 mg 1x/dia, de 6,2 para 1,3. Houve melhora

substancial dos sintomas respectivamente em 78% e 86% ao final do tratamento.12

Referências bibliográficas:

1. Habal FM & Greenberg GR: Treatment of ulcerative colitis with oral 5-aminosalicylic acid including patients with adverse reactions to sulfasalazine. Am J Gastroenterol 1988; 83:15-19.

2. Sninsky CA, Cort DH, Shanahan F, et al: Oral mesalamine (Asacol(R)) for mildly to moderately active ulcerative colitis. Ann Intern Med 1991; 115:350-355.

3. Miglioli M, et al. Oral delayed-release mesalazine in the treatment of mild ulcerative colitis: a dose ranging study. Eur J Gastroeneterol Hepatol 1990;2:229-34.

4. Hanauer SB, et al. Delayed−release oral mesalamine at 4.8 g/day (800 mg tablet) for the treatment of moderately active ulcerative colitis: The ASCEND II trial. Am J Gastroenterol

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5. Mesalamine study group. An oral preparation of mesalamine as long-term maintenance therapy for ulcerative colitis: a randomised, placebo-controlled trial. Ann Intern Med 1996;124:204-11.

6. Tremaine W, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of the oral mesalamine (5ASA) preparation, Asacol, in he treatment of symptomatic Crohn’s colitis and ileocolitis. J Clin

Gastroenterol. 1994;19(4):278-82.

7. Barletti C, et al. Outcomes from a large clinical survey in 302 patients suffering from Crohn’s disease treated with oral mesalazine (Asacol Rm). Ital J Gastroenterol 1991;23:647-8.

8. Di Mario F, et al. Efficacy of mesalazine in the treatment of symptomatic diverticular disease. Dig Dis Sci 2005;50(3):581-6.

9. Aragona G, et al. Efficacy of mesalazine in the treatment of symptomatic diverticular disease. Digestive Disease Week 2004. Abstract S1769.

10. Ierfone N, et al. Moderni orientamenti nel trattamento medico della malattia diverticolare sintomática. G Chir 2006;27(3):93-6.

11. De Vos M. Clinical pharmacokinetics of slow release mesalazine. Clin Pharmacokinet 200;39(2):85-97.

12. Lamet M, et al. Efficacy and safety of mesalamine 1g HS versus 500 mg BID suppositories in mild to moderate proctitis: a multicenter randomized study. Inflamm Bowel Dis 2005;11(7):625-30.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas:

O uso da mesalazina (ácido 5-aminossalicílico) no tratamento da doença inflamatória intestinal (retocolite ulcerativa

inespecífica – RCUI e Doença de Crohn) e na doença diverticular do cólon resulta das pesquisas sobre o mecanismo de

ação da sulfassalazina. A sulfassalazina é clivada por ação das bactérias da flora intestinal, gerando sulfapiridina e

mesalazina. De acordo com dados recentes, a atividade terapêutica é atribuída à mesalazina (único metabólito

biologicamente ativo), enquanto a maior parte dos efeitos adversos é causada pela sulfapiridina.

A mesalazina parece exercer efeito anti-inflamatório tópico direto no tecido conectivo patologicamente alterado.

Pacientes que não toleraram a terapia com sulfassalazina têm sido tratados com êxito com a mesalazina.

O mecanismo de ação da mesalazina ainda não está totalmente elucidado. Nas concentrações alcançadas no intestino

grosso durante o tratamento, a mesalazina inibe a migração de leucócitos polimorfonucleares e a lipoxigenase das

células. Também ocorre inibição da produção de leucotrienos pró-inflamatórios (LTB4 e 5-HETE) pelos macrófagos da

parede intestinal. Além disso, em condições experimentais a mesalazina inibe a cicloxigenase e, desta forma, a

liberação da tromboxana B2 e da prostaglandina E2, mas o significado clínico deste efeito não está claro.

A mesalazina inibe a formação do fator de agregação plaquetária (PAF), tendo, ainda, atividade antioxidante, o que

diminui a formação de produtos contendo oxigênio reativo, favorecendo a captação de radicais livres. Além disso,

experimentalmente a mesalazina inibe a secreção de água e de cloreto e aumenta a reabsorção de sódio no intestino.

Propriedades farmacocinéticas

Comprimidos: O revestimento dos comprimidos evita a sua degradação no trato digestivo superior permitindo a

liberação da mesalazina apenas no íleo e no cólon, onde o pH é maior que 7. A maior parte, aproximadamente 75% da

dose de mesalazina administrada por via oral, não é absorvida, sendo eliminada com as fezes de forma inalterada,

estando assim disponível para exercer uma atividade anti-inflamatória local. A ligação da mesalazina às proteínas

plasmáticas é de 43% e a da acetilmesalazina é de 78%. A mesalazina é metabolizada tanto pelo fígado quanto pela

mucosa intestinal no derivado inativo ácido N-acetil-5aminosalicílico (Ac-5-ASA). A eliminação fecal ocorre na forma

de mesalazina e Ac-5-ASA, e a eliminação da fração absorvida ocorre predominantemente através dos rins na forma do

metabólito Ac-5-ASA. Parte da droga também é excretada pela bile. A meia-vida de eliminação da mesalazina é de

aproximadamente uma hora, e a da acetilmesalazina é de poucas horas. Após a administração repetida dos comprimidos

durante sete dias, pela manhã e à noite, as quantidades de mesalazina absorvida, eliminada de forma inalterada e como

metabólito N-acetilado, são respectivamente de 21,2 e 20,9% no estado de equilíbrio.

Dados de segurança pré-clínicos

Como a mesalazina é a parte ativa da sulfassalazina e a farmacologia da sulfassalazina é bem conhecida, não se

realizaram novas investigações farmacológicas pré-clínicas com a mesalazina. A toxicidade da mesalazina após

administração oral foi avaliada em vários experimentos com dose única e doses repetidas, e não se observou toxicidade

significativa. Quando uma dose de 1 g/kg/dia foi administrada repetidamente em ratos, houve danos nos rins e no trato

gastrintestinal.

No teste de Ames, a mesalazina não se mostrou mutagênica e não mostrou propriedades carcinogênicas em estudos com

camundongos e ratos. Também não se observaram efeitos teratogênicos em ratos (dose de 360 mg/kg) ou coelhos (dose

de 480 mg/kg). Além disso, a mesalazina não afetou a fertilidade de ratos machos e fêmeas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade a salicilatos e aos componentes da fórmula de mesalazina comprimido.

Este medicamento é contraindicado para pacientes com insuficiências hepática e renal graves, com uma taxa de

filtração glomerular menor que 30 ml/min, úlcera gástrica e duodenal ativa ou com tendência elevada a

sangramento.

Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 2 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Assim como todos os salicilatos, a mesalazina deve ser utilizada com cautela por pacientes com úlceras gástricas ou

duodenais, por pacientes asmáticos e por pacientes com função renal prejudicada em razão das reações de

hipersensibilidade.

Em casos isolados, devido à alteração do trânsito e/ou do pH intestinal, pode ocorrer a eliminação do comprimido de

mesalazina nas fezes, sem ocorrer sua completa desintegração. Nestes casos a terapia deve ser reavaliada. Um número

limitado de relatos de comprimidos íntegros nas fezes foi recebido. O que parece ser os comprimidos intactos pode em

alguns casos, ser o revestimento completamente vazio do comprimido. Os comprimidos liberam seu conteúdo no

intestino mesmo que o revestimento não dissolva completamente. Uma vez que o pH 7 é alcançado, rachaduras no

revestimento do comprimido são suficientes para liberar a mesalazina dos comprimidos. Esse processo é irreversível a

partir desse ponto e a mesalazina será liberada continuamente, independente do pH intestinal. Se essa ocorrência

persistir, o paciente deve consultar seu médico.

O produto contém lactose e deve ser evitado por pacientes com intolerância a esta substância.

A diminuição da contagem e da função dos espermatozoides observada com a sulfassalazina parece não estar associada

à mesalazina.

Podem ocorrer reações de hipersensibilidade cardíaca (miocardite e pericardite). Usar com cautela em pacientes que

tenham predisposição a essas condições.

Em pacientes com doenças tromboembólicas ou outros fatores de risco, recomenda-se monitoramento dos parâmetros

hematológicos.

Pacientes com hipersensibilidade à sulfassalazina devem usar o produto com cautela e observação médica por risco de

reação cruzada.

Em caso de prejuízo na função pulmonar, especialmente asma, os pacientes precisam ser cuidadosamente monitorados.

Em pacientes com histórico de hipersensibilidade à sulfassalazina, a terapia deve ser iniciada somente sob supervisão

médica cuidadosa. O tratamento deve ser interrompido imediatamente se sintomas agudos de intolerância ocorrerem,

tais como cólicas, dor abdominal, febre, dor de cabeça severa ou rash.

Casos muito raros de discrasia sanguínea foram reportados. Investigações hematológicas, incluindo contagem sanguínea

completa, devem ser realizadas antes do início e durante a terapia, de acordo com a avaliação médica. Tais testes são

recomendados 14 dias após o início do tratamento com 2-3 medições após outras 4 semanas. Se os resultados forem

normais, os testes são recomendados trimestralmente. No caso do aparecimento de doenças adicionais, mais testes de

controle são necessários. Este procedimento deve ser seguido especialmente se o paciente desenvolver sinais e sintomas

sugestivos de discrasia sanguínea durante o tratamento, tais como sangramentos sem explicação, hematomas, púrpura,

anemia, febre persistente ou dor de garganta. Tratamento com mesalazina deve ser interrompido imediatamente se

houver suspeita ou evidência de discrasia sanguínea e os pacientes devem procurar orientação médica imediata.

Gravidez e lactação: Deve-se ter cuidado quando mesalazina for administrada à pacientes gravidas ou lactantes. Em

princípio, o produto não deve ser empregado em gestantes e lactantes, exceto quando absolutamente necessário. O risco

teórico de kernicterus relacionado à sulfapiridina (parte da molécula da sulfassalazina) é evitado com mesalazina.

Estudos pré-clínicos não revelaram evidência de efeitos teratogênicos ou de toxicidade fetal oriundos da mesalazina. A

pequena experiência de uso da mesalazina durante a gravidez não revelou efeito prejudicial ao feto; entretanto, a

mesalazina deve ser usada com cautela durante a gravidez e somente quando os benefícios para a mãe forem superiores

aos riscos potenciais ao feto. Detectaram-se baixas concentrações de mesalazina e de seu metabólito N-acetilado no

leite materno, mas o significado clínico desta evidência ainda não foi determinado. Portanto, deve-se ter cautela na

administração da mesalazina a lactantes.

Categoria B de risco na gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes idosos: Em pacientes idosos existe o risco de ocorrência de discrasias sanguíneas. O uso em idosos deve ser

feito com cuidado e somente em pacientes com função renal normal.

Pacientes pediátricos: Ainda não está estabelecida a segurança do produto em crianças.

Pacientes com insuficiência renal: mesalazina não é recomendado para pacientes com a função renal prejudicada,

devendo-se ter cautela com pacientes com proteinúria ou cujos níveis sanguíneos de uréia estejam aumentados. A

mesalazina é rapidamente excretada pelos rins, principalmente o seu metabólito ácido N-acetil-5-aminosalicílico. Em

ratos, altas doses da mesalazina administradas por via IV causaram toxicidade tubular e glomerular. Em caso de

ocorrência de problemas renais durante o tratamento deve-se suspeitar de nefrotoxicidade induzida pela mesalazina.

Nesses casos recomenda-se monitorar a função renal, especialmente no início do tratamento. Em tratamentos

prolongados é também necessário monitorar regularmente a função renal, iniciando-se, geralmente, após 14 dias do

início da medicação, com 2-3 medições após outras 4 semanas. No caso de mesalazina comprimidos revestidos, se os

resultados forem normais, recomenda-se realizar o exame trimestralmente. Para mesalazina supositório, se os resultados

forem normais, recomenda-se realizar os exames a cada 6 meses e anualmente após 5 anos. No caso do aparecimento de

doenças adicionais, mais testes serão necessários. Tratamento com mesalazina deve ser interrompido imediatamente se

houver evidência de insuficiência renal e os pacientes devem procurar orientação médica imediata.

Em pacientes com doença renal moderada ou grave relataram-se alterações na função renal e até falência renal.

Portanto, recomenda-se cautela no uso de mesalazina nesses pacientes. O médico deverá avaliar a relação

risco/benefício para o seu uso.

Pacientes com insuficiência hepática: Em pacientes com doença hepática existem relatos de insuficiência hepática com

uso de mesalazina. Portanto, recomenda-se cautela no uso do mesalazina nesses pacientes. O médico deverá avaliar a

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A ação hipoglicemiante das sulfonilureias pode ser intensificada, assim como a hemorragia gastrintestinal causada por

cumarínicos.

A administração oral da mesalazina pode potencializar a toxicidade do metotrexato. O efeito uricosúrico da probenecida

e da sulfimpirazona pode ser diminuído, assim como a ação diurética da furosemida e da espironolactona. A ação

tuberculostática da rifampicina também pode ser diminuída. Em tese, a administração concomitante de anticoagulantes

orais deve ser feita com cautela.

Substâncias como a lactulose, que diminuem o pH do cólon, podem reduzir a liberação da mesalazina dos comprimidos

revestidos de mesalazina.

A mesalazina pode aumentar o efeito imunossupressivo da azatioprina e 6-mercaptopurina. Ao se iniciar a terapia

combinada, a contagem sanguínea, especialmente de leucócitos e linfócitos, deve ser monitorada repetidamente (vide

item “Advertências e Precauções”).

Sulfassalazina reduz a absorção da digoxina. Não há dados da interação entre mesalazina e digoxina.

O uso concomitante agentes nefrotóxicos conhecidos, com anti-inflamatórios não esteroidais e azatioprina pode

aumentar o risco de reações renais. Entretanto, não houve eventos adversos relatados com essa interação (vide item

“Advertências e Precauções”).

Estudos de interação em pacientes adultos e pediátricos não foram realizados.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Manter à temperatura ambiente (15°C a 30°C). Proteger da luz e manter em lugar seco.

Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Comprimido revestido na cor vermelha, oblongo, biconvexo e monossectado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose recomendada é de 800 a 2400 mg por dia, igualmente dividida a critério médico, dependendo da gravidade do

caso. Nos casos mais graves a posologia pode ser aumentada para 4.800 mg ao dia.

De forma geral recomendam-se as seguintes posologias para adultos em doses divididas diariamente:

Colite ulcerativa:

- Indução da remissão: dose de 2.400 - 4.800 mg.

- Manutenção da remissão: dose de 1.200 – 2.400 mg, podendo ser aumentada para 4.800 mg.

Doença de Crohn:

- Manutenção da remissão: dose de 2.400 mg.

Doença diverticular sintomática:

- 800 mg duas vezes ao dia durante sete dias consecutivos a cada mês.

Os comprimidos não devem ser mastigados, partidos ou triturados.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Ocorrem reações adversas como náuseas, diarreia, vômitos, dor abdominal, cefaleia e flutuações do humor em uma

pequena proporção de pacientes que previamente não toleraram a sulfassalazina.

Mesalazina pode estar associado com a exacerbação dos sintomas de colite nos pacientes que tiveram previamente

problemas com a sulfassalazina.

Os efeitos indesejados relatados de nove estudos clínicos e seis estudos abertos para os quais a associação com o uso da

mesalazina é suspeita e não pode ser descartada estão apresentados abaixo. As reações adversas reportadas somente da

experiência no pós-comercialização ou literatura são consideradas raras (<0,1%) e também estão representadas abaixo.

O efeito indesejável mais comum foi dor de cabeça. As seguintes reações indesejáveis foram relatadas: Náusea,

dispepsia, dor abdominal, tontura, rash, vômitos, artralgia, diarreia e febre medicamentosa.

Há relatos das seguintes reações adversas, distribuídas em grupos de frequência:

Reação muito comum: (>1/10): dor de cabeça.

Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): tontura, parestesia, náusea, dispepsia, dor abdominal, vômitos, diarreia, rashes,

artralgia, febre medicamentosa.

Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): anemia, zumbido, flatulência, prurido, urticária, mialgia, inefetividade

terapêutica.

Reações raras (> 1/10.000 e < 1.000): desordens sanguíneas, leucopenia por depressão da medula óssea, neutropenia,

trombocitopenia, pancitopenia, anemia aplástica, agranulocitose, miocardite, pericardite, reações alérgicas pulmonares,

pneumonia intersticial, pneumonia eosinofílica, dispneia, dor no peito, distúrbios pulmonares, tosse, pneumonia,

exacerbação dos sintomas da colite, pancreatite, hepatite, alopecia, lúpus eritematoso medicamentoso com pericardite e

pleuropericardite (como sintomas proeminentes, assim como rash e artralgia), nefrite intersticial, síndrome nefrótica,

insuficiência renal (que pode ser revertida na retirada do medicamento), aumento na bilirrubina sanguínea, resultados

anormais nos testes de função hepática.

Reações de frequência desconhecida: flutuações de humor, meta-hemoglobinemia.

Têm sido relatadas reações de hipersensibilidade (como exantema alérgico, febre, broncoespasmo, lúpus eritematoso,

rashes e artralgia).

Estes efeitos ocorrem independentemente da dose administrada.

Dos efeitos indesejáveis acima, um número desconhecido está mais associado à doença intestinal do que à mesalazina.

Isso é válido especialmente para os efeitos indesejáveis gastrointestinais e artralgia (vide item “Advertências e

Precauções”).

Deve-se suspeitar de nefrotoxicidade induzida pela mesalazina (que pode ser revertida na retirada do medicamento) em

pacientes que desenvolverem disfunção renal durante o tratamento (vide item “Advertências e Precauções”).

Para evitar a discrasia sanguínea resultante da depressão da medula óssea os pacientes devem ser monitorados com

cuidado (vide item “Advertências e Precauções”).

A co-administração de medicamentos imunossupressores tais como azatioprina e 6-Mercaptopurina pode precipitar a

leucopenia (vide item “Interações Medicamentosas”).

O uso concomitante de anti-inflamatórios não esteroidais pode aumentar o risco de reações renais (vide item “Interações

Medicamentosas”).

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal. Notifique também a empresa através do serviço de atendimento.

10. SUPERDOSE

Em vista das propriedades farmacocinéticas da mesalazina, não se esperam efeitos tóxicos diretos, mesmo após a

ingestão de grande quantidade da substância. Deve-se ter cautela, considerando os possíveis efeitos adversos

gastrintestinais.

No caso de superdose podem ocorrer os mesmos sintomas relacionados à intoxicação por salicilatos, tais como acidose

ou alcalose, hiperventilação, edema pulmonar, desidratação por transpiração excessiva e vômito, hipoglicemia,

distúrbios do sistema nervoso central e hipotermia. Neste caso, o tratamento deve ser sintomático com a restauração do

equilíbrio ácido-básico, hidratação do paciente e administração de glicose.

Na eventualidade de administração acidental de doses muito acima das preconizadas, recomenda-se lavagem gástrica e

administração intravenosa de eletrólitos para promover a diurese.

Não há antídoto específico.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.