Bula do Mesilato de Codergocrina para o Profissional

Bula do Mesilato de Codergocrina produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Mesilato de Codergocrina
Biosintética Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO MESILATO DE CODERGOCRINA PARA O PROFISSIONAL

 

mesilato de codergocrina

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Solução oral

1 mg/mL

mesilato de codergocrina_BU 01_VPS 1

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Solução oral 1mg/mL: Embalagem com 1 frasco de 30 mL.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada mL (30 gotas) de solução oral de mesilato de codergocrina contém:

mesilato de codergocrina......................................................................................... 1 mg

Excipientes: água purificada, glicerol, propilenoglicol e álcool etílico.

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

• Sinais e sintomas de deterioração mental, especialmente aqueles relacionados ao envelhecimento:

tontura, cefaleia, pouca concentração, desorientação, comprometimento da memória, falta de iniciativa,

depressão do humor, insociabilidade, dificuldades com as atividades diárias e cuidados pessoais.

• Doença vascular cerebral aguda.

• Distúrbios vasculares periféricos.

• Sintomas subjetivos associados a hipertensão arterial.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Ensaios clínicos controlados mostraram que mesilato de codergocrina é eficaz na melhora de muitos dos

sintomas de deterioração mental, especialmente sintomas relacionados à idade, nas áreas de cuidado

pessoal, comportamento social, estado emocional e desempenho mental.

Mesilato de codergocrina também tem um efeito estabilizador sobre o tom dos vasos cranianos, que

explica o seu efeito profilático na enxaqueca.

Considera-se que seu efeito benéfico em distúrbios vasculares periféricos e em sintomas subjetivos

associados a hipertensão arterial seja devido a seu efeito dilatador sobre os esfíncteres pré-capilares e sua

atividade alfa-bloqueadora.

Weil, C. Hydergine® - Pharmacologic and clinical facts. Editor: Springer-Verlag, 1988.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Grupo farmacoterapêutico: vasodilatador periférico, código ATC: C04A E01.

Os estudos em animais demonstraram que mesilato de codergocrina modifica a neurotransmissão

cerebral, e há evidências de um efeito estimulante sobre os receptores de dopamina e serotonina e de um

efeito bloqueador ao nível dos alfa-adrenoceptores. Mesilato de codergocrina melhora a função

metabólica cerebral comprometida, um efeito que se reflete em alterações na atividade elétrica do

cérebro, especialmente no padrão de potenciais do eletroencefalograma. Este efeito benéfico sobre a

função cerebral foi confirmado em estudos experimentais no homem. Também foi observado que

mesilato de codergocrina encurta o tempo de circulação cerebral.

mesilato de codergocrina_BU 01_VPS 2

Farmacocinética

Absorção

A absorção de mesilato de codergocrina após administração oral é de 25%. Concentrações plasmáticas

máximas são obtidas após 0,5 a 1,5 horas. Devido ao efeito de primeira passagem, a biodisponibilidade

oscila entre 5 e 12%.

Distribuição

O volume de distribuição é de 1.100 litros (16 L/kg aproximadamente) e a fixação às proteínas

plasmáticas é de 81%.

Biotransformação

Experimentos in vitro sugerem que a CYP3A4 é a principal isoenzima do citocromo P450 responsável

pelo metabolismo dos componentes ergocriptídicos do mesilato de codergocrina.

Eliminação

A eliminação é bifásica, com meia-vida curta de 1,5 a 2,5 horas (fase alfa) e outra mais longa, de 13 a 15

horas (fase beta).

Mesilato de codergocrina é excretado principalmente com a bile nas fezes. A eliminação com a urina

chega a 2% para o fármaco inalterado e seus metabólitos e a menos de 1% para a substância inalterada. A

depuração total é de cerca de 1.800 mL/min.

Características em pacientes

As concentrações plasmáticas são um pouco mais elevadas nos pacientes idosos do que nos mais jovens

(em idosos saudáveis a depuração plasmática é reduzida em aproximadamente 30% comparada a adultos

jovens e há um aumento de 2,5 vezes na biodisponibilidade, possivelmente como resultado da velocidade

reduzida de depuração). Em pacientes portadores de insuficiência renal, redução da dose raramente é

necessária, pois somente uma quantidade mínima do fármaco e de seus metabólitos é eliminada pelos

rins.

Dados de segurança pré-clínicos

Os dados de segurança pré-clínicos para mesilato de codergocrina não revelam riscos especiais para

humanos baseando-se em estudos de segurança farmacológica convencionais, de toxicidade de dose única

e repetida, genotoxicidade, mutagenicidade, potencial carcinogênico, toxicidade na reprodução ou

tolerância local.

Efeitos nos estudos pré-clínicos foram observados somente em exposições consideradas suficientemente

excedentes à exposição humana máxima, indicando pequena relevância para uso clínico.

Reações adversas foram observadas em estudos pré-clínicos somente sob altas dosagens. Elas foram

atribuídas à atividade farmacodinâmica de mesilato de codergocrina ou à sensibilidade espécie-específica

dos animais de teste.

Toxicidade aguda

Valores de DL50 após injeção intravenosa única de mesilato de codergocrina foram 180 mg/kg em

camundongos; 86 mg/kg em ratos e 18,5 mg/kg em coelhos.

Toxicidade subcrônica e crônica

Mesilato de codergocrina é desprovido de toxicidade aguda ou toxicidade crônica potencial após

administração oral ou parenteral.

Não há toxicidade a um órgão específico. Efeitos adversos, ocorridos com altas doses, foram atribuídos à

atividade farmacodinâmica de mesilato de codergocrina ou sensibilidade espécie-específica dos animais

de teste. Em geral, derivados do ergot 9-10 di-hidrogenados são menos tóxicos que alcaloides naturais e

apresentam potencial reduzido de vasoconstrição e embriotoxicidade.

Margens de segurança suficientes existem entre os níveis de efeito não tóxico em experimentos animais e

doses humanas terapêuticas (aproximadamente 0,1mg/Kg/dia por via oral ou 0,02 mg/kg/dia por via

intravenosa).

Mutagenicidade e potencial carcinogênico

Não há evidências de que mesilato de codergocrina tenha potencial mutagênico ou carcinogênico.

Toxicidade na reprodução

Não há evidências de que mesilato de codergocrina tenha potencial teratogênico em ratos e coelhos.

Foram observados efeitos limítrofes em ratos tratados com 10 mg/kg/dia (cerca de 100 vezes a dose

terapêutica oral humana pretendida).

Toxicidade materna e efeitos fetotóxicos como ganho de peso reduzido em progenitoras, fetos com peso

reduzido e aumento do número de fetos com ossificação tardia foram observados em 30 e 100 mg/kg/dia.

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O mesilato de codergocrina e os alcaloides do ergot 9-10 di-hidrogenados demonstraram possuir um

pequeno potencial de interferência no desenvolvimento embriogênico e fetal, o qual está correlacionado

com seu baixo potencial de vasoconstrição em comparação com os alcaloides do ergot insaturados.

Tolerância local

Um estudo de tolerância local foi conduzido em coelhos. Os locais de injeção foram examinados macro e

microscopicamente 24 e 48 horas após as injeções. Mesilato de codergocrina solução injetável foi bem

tolerado por via intramuscular. A leve irritação inicial de mesilato de codergocrina solução injetável, foi

concentração dependente e reduziu consideravelmente após 24 horas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade conhecida ao mesilato de codergocrina ou a qualquer outro excipiente da formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade a um ou mais

componentes da fórmula.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

É necessário cautela em pacientes com bradicardia grave.

Pacientes com insuficiência hepática moderada a grave devem ser adequadamente monitorados. Uma

dose inicial mais baixa pode ser considerada e uma dose de manutenção mais baixa pode ser requerida.

A pressão arterial pode cair e deve, portanto, ser verificada após a administração parenteral.

É preciso cautela quando mesilato de codergocrina é administrado a pacientes que apresentam patologias

do sistema nervoso central, relacionadas ao sistema dopaminérgico e serotoninérgico.

Gravidez

Em animais, foi demonstrado que o mesilato de codergocrina e os alcaloides do ergot 9-10 di-

hidrogenados possuem pouca influência no desenvolvimento embrionário ou fetal e isso está

correlacionado aos seus potenciais reduzidos de vasoconstrição em comparação com os alcaloides do

ergot insaturados.

Os dados sobre o uso de mesilato de codergocrina em mulheres grávidas são muito limitados. Casos

isolados de malformações fetais têm, contudo, sido relatados e mesilato de codergocrina não deve ser

utilizado durante a gravidez.

Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Lactação

Não se sabe se mesilato de codergocrina passa para o leite materno, mas é provável que sim porque outros

alcaloides passam para o leite materno. O mesilato de codergocrina tem propriedades de agonista

dopaminérgico e a di-hidroergocriptina (um dos seus constituintes) demonstrou inibir a lactação. Mesilato

de codergocrina não deve, portanto, ser administrado a mulheres que estejam amamentando.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas

Mesilato de codergocrina pode causar vertigens, portanto deve-se ter cautela ao dirigir ou operar

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Componentes do mesilato de codergocrina tem demonstrado ser tanto substratos quanto inibidores do

CYP3A4 (vide “Farmacocinética”).

Precaução é, portanto, requerida quando mesilato de codergocrina é utilizado concomitantemente com

inibidores potentes da CYP3A4 – como antibióticos macrolídeos (por ex.: troleandomicina, eritromicina,

claritromicina), inibidores de HIV protease ou de transcriptase reversa (por ex.: ritonavir, indinavir,

nelfinavir, delavirdina), ou antifúngicos azólicos (por ex.: cetoconazol, itraconazol, voriconazol) – pois a

exposição à codergocrina pode aumentar e efeitos predominantemente dopaminérgicos exacerbados

podem ser induzidos.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Mesilato de codergocrina é uma solução incolor (sem cor) a levemente amarelada, isenta de partículas.

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados

os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de

sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

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Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

3 a 6 mL da solução oral de 1 mg/mL, divididas em 3 doses diárias, preferencialmente antes das refeições,

ou em dose única diária.

Nos pacientes com deterioração mental, o alívio dos sintomas é normalmente gradual, manifestando-se

após 3 a 4 semanas. Nestes casos, recomenda-se uma terapia prolongada (3 meses ou mais) e o tratamento

pode ser repetido conforme for necessário.

Pacientes com insuficiência hepática moderada a grave devem ser adequadamente monitorados. Uma

dose inicial mais baixa pode ser considerada e uma dose de manutenção mais baixa pode ser requerida.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas estão apresentadas na Tabela 1 e dispostas de acordo com a frequência, sendo as

mais frequentes listadas primeiro, utilizando-se a seguinte convenção: muito comuns (≥1/10); comuns

(≥1/100, <1/10); incomuns (≥1/1.000, <1/100); raras (≥1/10.000, <1/1.000); muito raras (<1/10.000),

incluindo casos isolados.

Tabela 1:

Distúrbios do sistema nervoso

Raras Vertigens, cefaleia

Distúrbios cardíacos

Rara Bradicardia

Distúrbios vasculares

Rara Hipotensão

Distúrbios respiratórios, torácicos e

mediastinais

Rara Congestão nasal

Distúrbios gastrintestinais

Raras Náuseas, desconforto estomacal, vômito e diarreia

Muito rara Fibrose retroperitoneal

Distúrbios de pele e tecido subcutâneo

Rara Rash (erupção cutânea)

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.