Bula do Metronidazol para o Profissional

Bula do Metronidazol produzido pelo laboratorio Sanval Comércio e Indústria Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Metronidazol
Sanval Comércio e Indústria Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO METRONIDAZOL PARA O PROFISSIONAL

SSAANNVVAALL Comércio e Indústria Ltda.

Indústria Farmacêutica

R. Nicolau Alayon, 441 - Interlagos - CEP 04802-000 - PABX (11) 56604004 / 56604021 / FAX (11) 5666-8664 – São Paulo

- SP - Site: www.sanval.com.br - E-mail: sac@sanval.com.br

metronidazol

Sanval Comércio e Indústria Ltda.

Geléia vaginal

100 mg/g

R. Nicolau Alayon, 441 - Interlagos - CEP 04802-000 - PABX (11) 5660-4000 - FAX (11) 5666-8664 - São Paulo - SP - E-mail: sac@sanval.com.br

Bula Versão Profissional da Saúde

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“Medicamento Genérico, Lei n° 9.787, de 1999”

APRESENTAÇÕES

Metronidazol geleia vaginal 100 mg/g - Embalagens contendo 1 bisnaga com 50 g acompanhada de 10

aplicadores descartáveis e 50 bisnagas com 50 g acompanhadas de 500 aplicadores descartáveis.

USO GINECOLÓGICO

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada 1 g de metronidazol geleia vaginal contém:

metronidazol............................................................................................................................................100 mg

excipientes*.....................................................................................................................................................1 g

*carmelose sódica, metilparabeno, propilparabeno, fosfato de sódio monobásico, água deionizada.

1. INDICAÇÕES

Metronidazol ginecológico é indicado para o tratamento de tricomoníase.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de metronidazol geléia no tratamento da vaginose bacteriana pode ser comprovada no estudo

duplo cego, placebo controlado cruzado de Hillier SL. et al., que mostrou um alto índice de cura (87% -

placebo e 91% - cruzado) no tratamento de 53 mulheres portadoras da vaginose (HILLIER, 1993).

Outro estudo que mostra ser eficaz no tratamento de vaginose bacteriana inespecífica com metronidazol é o

de Bistoletti et al. envolvendo 38 mulheres após 7 dias de uso de metronidazol gel (BISTOLETTI, 1986).

O tratamento de tricomoníase vaginal foi comprovado eficaz no estudo de Netto C.G. e Miyata C.C., onde

21 pacientes foram tratadas com metronidazol gel por 10 dias e apresentaram índice de cura de 66.6% após

30 dias do tratamento (NETTO, 1966).

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmaodinâmicas

O metronidazol é um anti-infeccioso de uso local do grupo dos nitro-5-imidazóis. O espectro antimicrobiano

do metronidazol é o seguinte:

- Espécies habitualmente sensíveis (MIC < 4 μg/mL) (mais do que 90% das cepas da espécie são sensíveis):

Peptostreptococcus, Clostridium perfringens, Clostridium difficile, Clostridium sp, Bacteroides sp,

Bacteroides fragilis, Prevotella, Fusobacterium, Veillonella.

- Espécies com sensibilidade variável: a porcentagem de resistência adquirida é variável. A sensibilidade é

imprevisível na ausência de antibiograma. Bifidobacterium, Eubacterium.

- Espécies habitualmente resistentes (pelo menos 50% das cepas da espécie são resistentes):

Propionibacterium, Actinomyces, Mobiluncus.

Atividade antiparasitária: Entamoeba histolytica, Trichomonas vaginalis, Giárdia intestinalis.

Propriedades farmacocinéticas

A absorção máxima ocorre entre 8 a 12 horas.

Após administração por via vaginal, a passagem sistêmica é pequena. A meia-vida plasmática é de 8 a 10

horas e a ligação às proteínas plasmáticas é baixa, inferior a 20%. A distribuição é rápida e importante nos

pulmões, rins, fígado, bile, líquor, pele, saliva e secreções vaginais.

O metronidazol atravessa a barreira placentária e é excretado através do leite materno. Seu metabolismo é

principalmente hepático: são formados 2 metabólitos óxidos ativos não conjugados (atividade de 5 a 30%).

A excreção é principalmente urinária: o metronidazol e seus metabólitos óxidos, excretados através da urina,

representam aproximadamente 35 a 65% da dose absorvida.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Metronidazol ginecológico é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade ao

metronidazol ou outro derivado imidazólico e/ou aos demais componentes do produto.

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Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.

Este medicamento é contraindicado para uso por homens.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Caso o tratamento com metronidazol, por razões especiais, necessite de uma duração maior do que a

geralmente recomendada, devem-se realizar testes hematológicos regularmente, principalmente contagem

leucocitária, e o paciente deve ser monitorizado quanto ao aparecimento de reações adversas, como

neuropatia central ou periférica, por exemplo: parestesia, ataxia, tontura e convulsões.

As pacientes devem ser alertadas que metronidazol pode provocar escurecimento da urina (devido aos

metabólitos de metronidazol).

Durante a menstruação, o tratamento com metronidazol geléia não é afetado. Se houver previsão de início

do próximo ciclo menstrual antes do término do tratamento prescrito, recomenda-se, quando possível,

postergar o início do tratamento para o dia seguinte ao término do ciclo menstrual. Caso o tratamento não

esteja no início, complete-o até o seu término.

As pacientes devem ser aconselhadas a não ingerir bebidas alcoólicas ou medicamentos que contenham

álcool em sua formulação durante e no mínimo 1 dia após o tratamento com metronidazol, devido à

possibilidade de reação do tipo dissulfiram (efeito antabuse).

Gravidez e lactação

O uso de metronidazol durante a gravidez deve ser cuidadosamente avaliado visto que atravessa a barreira

placentária e seus efeitos sobre a organogênese fetal humana ainda são desconhecidos.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica.

Visto que o metronidazol é excretado no leite materno, a exposição desnecessária ao medicamento deve ser

evitada.

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Populações especiais

Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento em pacientes

idosas.

Metronidazol ginecológico deve ser administrado com cautela em pacientes com encefalopatia hepática.

Metronidazol ginecológico deve ser utilizado com cautela em pacientes com doença severa, ativa ou

crônica, do sistema nervoso central e periférico, devido ao risco de agravamento do quadro neurológico.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Os pacientes devem ser alertados sobre a possibilidade de confusão, tontura, alucinações, convulsões ou

distúrbios visuais e aconselhados a não dirigir veículos ou operar máquinas caso estes sintomas ocorram

(vide reações adversas).

Carcinogenicidade

O metronidazol mostrou ser carcinogênico em camundongos e ratos. Contudo, estudos semelhantes em

hamsters mostraram resultados negativos e estudos epidemiológicos em humanos não mostraram qualquer

evidência de aumento do risco carcinogênico em humanos.

Portanto, o uso de metronidazol em tratamento com duração prolongada deve ser cuidadosamente avaliado

(Vide advertências e precauções).

Mutagenicidade

O metronidazol mostrou ser mutagênico em bactérias in vitro. Em estudos conduzidos em células de

mamíferos in vitro, assim como em roedores ou humanos in vivo, houve evidência inadequada de efeito

mutagênico do metronidazol, com alguns estudos reportando efeitos mutagênicos, enquanto outros não.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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Álcool: bebidas alcoólicas e medicamentos contendo álcool não devem ser ingeridos durante o tratamento

com metronidazol e no mínimo 1 dia após o mesmo, devido à possibilidade de reação do tipo dissulfiram

(efeito antabuse), com aparecimento de rubor, vômito e taquicardia.

Dissulfiram: foram relatadas reações psicóticas em pacientes utilizando concomitantemente metronidazol e

dissulfiram.

Terapia com anticoagulante oral (tipo varfarina): potencialização do efeito anticoagulante e aumento do

risco hemorrágico, causado pela diminuição do catabolismo hepático. Em caso de administração

concomitante, deve-se monitorizar o tempo de protrombina com maior frequência e realizar ajuste

posológico da terapia anticoagulante durante o tratamento com metronidazol.

Lítio: os níveis plasmáticos de lítio podem ser aumentados pelo metronidazol. Deve-se, portanto,

monitorizar as concentrações plasmáticas de lítio, creatinina e eletrólitos em pacientes recebendo tratamento

com lítio, enquanto durar o tratamento com metronidazol.

Ciclosporina: risco de aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Os níveis plasmáticos de

ciclosporina e creatinina devem ser rigorosamente monitorizados quando a administração concomitante é

necessária.

Fenitoína ou fenobarbital: aumento da eliminação de metronidazol, resultando em níveis plasmáticos

reduzidos.

5-fluorouracil: diminuição do clearance do 5-fluorouracil, resultando em aumento da toxicidade do

mesmo.

Bussulfano: os níveis plasmáticos de bussulfano podem ser aumentados pelo metronidazol, o que pode

levar a uma severa toxicidade do bussulfano.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

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Depois de aberto, o medicamento deve ser mantido em sua embalagem original e ao abrigo da do calor

excessivo.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem externa.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Geléia homogênea, branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Fazer 1 aplicação de preferência à noite, ao deitar-se, durante 10 a 20 dias. Cada aplicação (5 g de geleia)

contém 500 mg de metronidazol.

1. Remover a tampa da bisnaga e rosqueá-la no

aplicador (calibrado para 5 gramas).

2. Pressionar a base da bisnaga até encher

completamente o aplicador; excedendo apenas um

pouco na ponta, para facilitar a aplicação.

3. Retirar a bisnaga e fechá-la novamente.

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4. Introduzir o aplicador profundamente na cavidade

vaginal e empurrar o êmbolo até esvaziar

completamente o aplicador. Para facilitar a

aplicação, recomenda-se que a paciente esteja

deitada, com as pernas elevadas.

Não há estudos dos efeitos de metronidazol ginecológico administrado por vias não recomendadas.

Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, o uso deve ser somente ginecológico.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (> 1/10).

Reação comum (> 1/100 e < 1/10).

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100).

Reação rara (> 1/10.000 e < 1.000).

Reação muito rara (< 1/10.000).

Distúrbios gastrintestinais: dor epigástrica, náusea, vômito, diarréia, mucosite oral, alterações no paladar

incluindo gosto metálico, anorexia, casos reversíveis de pancreatite, descoloração da língua/sensação de

língua áspera (devido ao crescimento de fungos, por exemplo).

Distúrbios do sistema Imunológico: angioedema, choque anafilático.

Distúrbios do sistema nervoso: neuropatia sensorial periférica, cefaleia, convulsões, vertigem, relatos de

encefalopatia (por exemplo, confusão) e síndrome cerebelar subaguda (por exemplo ataxia, disartria,

alteração da marcha, nistagmo e tremor), que podem ser resolvidos com a descontinuação do medicamento,

meningite asséptica.

Distúrbios psiquiátricos: alterações psicóticas incluindo confusão e alucinações, humor depressivo.

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Distúrbios visuais: alterações visuais transitórias como diplopia e miopia, visão borrada, diminuição da

acuidade visual e alteração da visualização das cores, neuropatia óptica /neurite.

Distúrbios no sangue e no sistema linfático: foram relatados casos de agranulocitose, neutropenia e

trombocitopenia.

Distúrbios hepatobiliares:

- foram relatados casos de aumento das enzimas hepáticas (AST, ALT, fosfatase alcalina), hepatite

colestática ou mista e lesão hepatocelular, algumas vezes com icterícia.

- foram relatados casos de falência hepática necessitando de transplante hepático em pacientes tratados com

metronidazol em associação com outras drogas antibióticas.

Distúrbios na pele e tecido subcutâneo: rash, prurido, rubor, urticária, erupções pustulosas, síndrome de

Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica.

Distúrbios gerais: febre.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Apesar de a correta via de administração desta apresentação de metronidazol ser vaginal e, não se dispor de

informações sobre casos de superdosagem por esta via, cabe informar que foram relatadas ingestões orais

únicas de doses de até 12 g de metronidazol em tentativas de suicídio e superdoses acidentais.

Os sintomas ficaram limitados a vômito, ataxia e desorientação leve.

Não existe antídoto específico para superdosagem com metronidazol. Em caso de suspeita de superdose

maciça, deve-se instituir tratamento sintomático e de suporte.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.