Bula do Micozen produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Micozen®
Loção 20mg/mL
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
nitrato de miconazol
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 1 e 50 frascos com 30mL.
USO TÓPICO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da loção contém:
nitrato de miconazol.........................................................................................................20mg
Veículo q.s.p......................................................................................................................1mL
Excipientes: água de osmose reversa, butil-hidroxianisol, cera autoemulsionante não iônica,
edetato dissódico, metilparabeno, miristato de isopropila, polissorbato 80, propilenoglicol,
propilparabeno e trolamina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Micozen®
é destinado ao tratamento de infecções vulvovaginais e perianais produzidas por
Candida.
Propriedades Farmacodinâmicas: O nitrato de miconazol, substância ativa de Micozen®
, é
um agente antifúngico com amplo espectro de ação, atingindo igualmente os dermatófitos e
leveduras patogênicos para o homem. Apresenta uma ação fungistática de alta potência,
capaz de inibir o crescimento de colônias de diferentes espécies de Candida.
Seu mecanismo de ação está baseado na inibição da biossíntese de ergosterol do fungo e
alteração da composição de outros componentes lipídicos da membrana do fungo, o que
resulta na necrose destas células.
As pesquisas realizadas demonstraram que após a adição do nitrato de miconazol às
culturas de fungos em meio líquido de Sabouraud, incubadas a 25°C durante 14 dias, não
houve crescimento de Candida albicans ou outra espécie desse gênero.
Mesmo nas formas mais rebeldes à terapia, que são as que acometem as gestantes e as
diabéticas, os resultados são excelentes.
Seu efeito antipruriginoso é potente, proporcionando alívio imediato após as primeiras
aplicações.
Propriedades Farmacocinéticas:
-Absorção: o miconazol persiste na vagina por até 72 horas após uma única aplicação. A
absorção sistêmica do miconazol após administração intravaginal é limitada, com
biodisponibilidade de 1 a 2% após a administração intravaginal de uma dose de 1200mg.
As concentrações plasmáticas de miconazol são mensuráveis após 2 horas de administração
de alguns pacientes, com níveis máximos observáveis após 12 a 24 horas depois da
administração. A concentração plasmática diminui lentamente a seguir, sendo ainda
mensurável na maioria dos pacientes, 96 horas após a aplicação. Uma segunda dose
administrada 48 horas após, resultou em um perfil plasmático semelhante ao da primeira
aplicação.
-Distribuição: o miconazol absorvido fica ligado às proteínas plasmáticas em 88,2% e aos
eritrócitos em 10,6%.
-Metabolismo e excreção: a pequena quantidade de miconazol que é absorvida é eliminada
predominantemente nas fezes, igualmente como droga inalterada ou seus metabólitos, em
um período de até quatro dias após a administração. Quantidades menores da droga
inalterada e seus metabólitos também aparecem na urina. A meia-vida média de eliminação
aparente é de 57 horas.
Micozen®
loção não deve ser administrado em pacientes que tenham apresentado
hipersensibilidade ao miconazol ou a quaisquer dos componentes da fórmula.
O tratamento deve ser interrompido se ocorrer reação alérgica ou de hipersensibilidade
local ao medicamento.
Quando o parceiro sexual também estiver infectado, deve-se indicar terapia apropriada. O
contato de nitrato de miconazol com diafragmas e preservativos a base de látex, usados
para contracepção, deve ser evitado, uma vez que a borracha pode ser danificada.
É sabido que a administração sistêmica de miconazol inibe a CYP3A4/2C9. Devido à
disponibilidade sistêmica limitada após aplicação vaginal, é improvável que ocorram
interações clinicamente relevantes. Entretanto, em pacientes recebendo anticoagulantes
orais, como varfarina, deve-se ter cautela e o efeito anticoagulante deve ser monitorado.
Medidas habituais de higiene devem ser tomadas, como por exemplo, não compartilhar a
toalha de banho. O parceiro sexual também deve ser tratado.
Categoria de risco na gravidez: Categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
É sabido que a administração sistêmica de miconazol inibe a CYP3A4/2C9. Devido à
disponibilidade sistêmica limitada após aplicação vaginal, é muito raro ocorrer interações
clinicamente relevantes. Em pacientes recebendo anticoagulantes orais, como varfarina,
deve-se ter cautela e o efeito anticoagulante deve ser monitorado. As ações e os efeitos
colaterais de alguns outros medicamentos como hipoglicemiantes orais e fenitoína, quando
administrados concomitantemente ao miconazol, podem ser aumentados, devendo-se ter
cautela.
O contato de nitrato de miconazol com diafragmas e preservativos (camisinha) a base de
látex, usados para contracepção, deve ser evitado, uma vez que a borracha pode ser
danificada.
Não interrompa as aplicações durante o período menstrual. Veja as instruções de uso do
aplicador a seguir:
1) Retire a tampa da bisnaga e perfure o lacre da bisnaga, introduzindo o pino perfurante da
tampa.
2) Adapte o aplicador ao bico da bisnaga.
3) Aperte a base da bisnaga com os dedos, de maneira a forçar a entrada do creme no
aplicador, preenchendo todo o espaço vazio, com cuidado para que o creme não extravase o
êmbolo.
4) Retire o aplicador e feche novamente a bisnaga.
5) Introduza delicadamente o aplicador na vagina, o mais profundamente possível, e
empurre o êmbolo para dentro, até esvaziar o aplicador.
6) A aplicação faz-se com maior facilidade estando a paciente deitada de costas, com as
pernas
dobradas.
7) Quando utilizado seguindo as instruções, o aplicador cheio contém a dose adequada (5g
de creme), considerando ainda o resíduo que permaneceu no aplicador.
Utilizar um aplicador completamente preenchido com aproximadamente 5g, inserido o
mais profundamente possível na vagina, uma vez ao dia, ao deitar, durante 14 dias
consecutivos. Não deve ser utilizado mais de 5g (1 aplicador preenchido) por dia.
Dados de estudo clínico: Eventos adversos, independentemente da causa, relatados em
dois estudos clínicos fase III estão demonstrados abaixo. Um total de 537 mulheres com
candidíase microbiologicamente confirmada e sintomas (prurido vulvovaginal,
ardência/irritação); ou sinais de eritema vulvar, edema, escoriações; eritema vaginal ou
edema foram tratados com miconazol intravaginal. As pacientes foram randomicamente
agrupadas para o tratamento com uma cápsula de 1200mg em dose única ou 7 dias de
aplicação de creme vaginal a 2% de miconazol. Não houve controle com placebo. A
segurança foi auto-avaliada diariamente com um cartão de eventos. Na tabela estão
incluídos os eventos relatados por 5% das pacientes em cada grupo de tratamento.
3)1) 4)2) 5)
Orgão ou sistema Miconazol creme 2% 7 dias Miconazol cápsula 1.200mg
Evento adverso (N=265), % (N=272), %
Todos os eventos adversos 64 70
Distúrbios do sistema nervoso
Cefaleia 18,9 17,6
Distúrbios urinários e renais
Infecção do trato urinário não
especificada
--- 5,1
Distúrbios da mama e sistema reprodutivo
Prurido genital feminino 26,8 19,1
Sensação de ardência genital 23,8 26,1
Irritação vaginal 15,5 20,2
Corrimento vaginal 4,5 10,3
Dados de pós-comercialização: as reações adversas obtidas através de relatos espontâneos
durante o período de pós-comercialização mundial com nitrato de miconazol encontram-se
abaixo, segundo o critério a seguir. As reações adversas estão ordenadas por frequência,
usando a seguinte convenção:
Frequência das Reações Adversas
> 1/10 (> 10%) muito comum
> 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%) comum (frequente)
> 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%) incomum (infrequente)
> 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%) rara
< 1/10.000 (< 0,01%) muito rara
As frequências observadas abaixo refletem as taxas de reações adversas relatadas
espontaneamente e não representam a estimativa mais precisa da incidência que poderia ser
obtida em estudos clínicos ou epidemiológicos.
Relatos de eventos adversos pós-comercialização:
-Distúrbios do sistema imune:
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este
medicamento): condições alérgicas incluindo anafiláticas e anafilactoides e edema
angioneurótico.
-Distúrbios do tecido subcutâneo e pele:
medicamento): urticária, prurido e erupção cutânea.
-Distúrbios da mama e sistema reprodutivo:
medicamento): dor pélvica (cólica), sensação de ardência genital, prurido genital feminino,
irritação vaginal, corrimento vaginal (vaginite).
-Distúrbios gerais e do local de aplicação:
medicamento): reações no local de aplicação.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
O uso excessivo de Micozen®
pode ocasionar irritação local, que desaparece com a
interrupção do tratamento. O nitrato de miconazol é destinado para aplicação local e não
para uso oral. No caso de ingestão acidental de grandes quantidades do medicamento, caso
necessário, deve-se utilizar um método apropriado de esvaziamento gástrico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
M.S. no
1.0370.0241
Farm. Resp.: Andreia Cavalcante Silva
CRF-GO no
2.659
LABORATÓRIO
TEUTO BRASILEIRO S/A.
CNPJ – 17.159.229/0001 -76
VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 – DAIA
CEP 75132-140 – Anápolis – GO
Indústria Brasileira
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação
A eficácia do miconazol no tratamento de vulvovaginites causadas por fungos foi avaliada
em um estudo duplo-cego controlado com placebo, envolvendo 230 pacientes com cultura
positiva para alguma espécie de Candida (principalmente, Candida albicans). O controle
terapêutico, da mesma forma que o diagnóstico e identificação do patógeno, foi feito
através de exames ginecológicos e laboratoriais. As pacientes foram tratadas com:
miconazol creme 1%, miconazol creme 2%, comparativo por via oral ou creme contendo
apenas o veículo. Ao final do tratamento, o grupo miconazol creme 2% apresentou taxa de
cura (95%) significantemente melhor que os grupos miconazol 1% creme, comparativo por
via oral (p < 0,0001) e controle (p < 0,0001).1
Em um estudo randomizado envolvendo 139 pacientes com diagnóstico de candidíase da
vulva e da vagina, das quais 46 eram gestantes, foi realizado o tratamento com creme de
nitrato de miconazol 2% (1 aplicador uma vez ao dia, ao deitar, durante 14 dias) ou com um
comparativo por via oral. Entre as 56 pacientes tratadas com miconazol na forma de creme,
51 (91,1%) obtiveram cura em comparação com 46 (76,7%) daquelas tratadas por via oral.2
Foi realizado um estudo clínico envolvendo 48 pacientes com teste laboratorial positivo
para Candida e com presença de leucorreia e prurido. Dessas pacientes 35 eram portadoras
de vaginite aguda e 13 de vaginite crônica ou recidivante, com idade média de 33 anos. A
posologia preconizada de 1 aplicador tratamento e, ao final deste, os exames laboratoriais
foram negativos em 91,7% dos casos.3
Referências:
1. PROOST, J. et al. Miconazole in the Treatment of Mycotic Vulvovaginitis. Am J Obstet
Gynecol, v.112, n.5, p.688-92, mar. 1972.
2. DAVES, J.E., et al. Comparative Evaluation of Monistat and Mycostatin in the
Treatment of Vulvovaginal Candidiasis. Obstetrics and Gynecology. v.44, n.3, p. 403-
406, fev.1974.
3. GODTS, P., VERMYLER, P., VAN CUTSEM. J. Clinical Evaluation of Miconazole
Nitrate in the Treatment of Vaginal Candidiasis. Arzneim. Forsch., v.21, p.65-257, 1971.
Hipersensibilidade ao nitrato de miconazol ou aos excipientes da formulação.
Durante as primeiras semanas da gravidez e durante a amamentação, o uso de qualquer
medicação deve ser feito sob orientação médica.
Categoria de risco na gravidez: Categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.