Bula do Montelucaste de Sódio produzido pelo laboratorio Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
MONTELUCASTE DE SÓDIO
Aché Laboratórios Farmacêuticos
Comprimidos revestidos
10mg
montelucaste de sódio comprimidos_BU 03_VPS 1
BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
montelucaste de sódio
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de 10 mg: caixas com 10 e 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de 10 mg contém:
montelucaste de sódio (equivalente a 10 mg do ácido livre) .............................................................10,4 mg
Excipientes: celulose microcristalina, lactose mono-hidratada, croscarmelose sódica, hiprolose, estearato
de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, corante óxido de ferro amarelo e
corante óxido de ferro vermelho.
I- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Montelucaste de sódio é indicado para a profilaxia e o tratamento crônico da asma em adultos, incluindo a
prevenção de sintomas diurnos e noturnos, da broncoconstrição induzida pelo exercício e o tratamento de
pacientes com asma sensíveis à aspirina.
Montelucaste de sódio é eficaz isoladamente ou em associação a outros medicamentos utilizados no
tratamento da asma crônica. Montelucaste de sódio pode ser utilizado concomitantemente a
corticosteroides inalatórios com efeitos aditivos no controle da asma ou para reduzir a dose do
corticosteroide inalatório e manter a estabilidade clínica.
Montelucaste de sódio é indicado para o alívio dos sintomas diurnos e noturnos da rinite alérgica em
adultos, incluindo congestão nasal, rinorreia, prurido nasal, espirros; congestão nasal ao despertar,
dificuldade de dormir e despertares noturnos; lacrimejamento, prurido, hiperemia e edema oculares.
Estudos Clínicos - Asma
ADULTOS (IDADE A PARTIR DE 15 ANOS)
A eficácia de montelucaste de sódio no tratamento crônico da asma em adultos, com idade superior a 15
anos, foi demonstrada em dois estudos duplos-cegos, controlados com placebo, com desenhos
semelhantes, duração de 12 semanas e que incluíram 1.325 pacientes (795 foram tratados com
montelucaste de sódio e 530 receberam placebo).
Os pacientes eram sintomáticos e utilizavam aproximadamente 5 puffs de β-agonistas por dia, conforme
necessário. No período basal, a média pré-estabelecida para o volume expiratório forçado em 1 segundo
(VEF1) foi de 66% (variação aproximada, 40 a 90%). Nesses estudos, os sintomas relacionados à asma, a
função respiratória e o uso de β-agonistas conforme necessário foram mensurados. Os desfechos foram
avaliados em cada estudo e em uma análise combinada de acordo com um plano pré-especificado de
análise dos dados. A seguir serão mostrados os resultados clínicos observados:
Sintomas de Asma e Parâmetros Relativos à Asma: a dose diária de 10 mg de montelucaste de sódio
administrada uma vez à noite melhorou significativamente a avaliação de sintomas diurnos e despertares
noturnos relatados pelo paciente em cada estudo, em uma análise combinada, quando comparada ao
placebo. Em pacientes com despertares noturnos em pelo menos duas noites por semana, montelucaste de
sódio reduziu os despertares noturnos em 34% a partir do período basal, significativamente mais que a
redução de 14% ocorrida no grupo do placebo (análise combinada).
Montelucaste de sódio, comparado com placebo, melhorou significativamente os parâmetros avaliados
relativos à asma. Em uma análise combinada, montelucaste de sódio, comparado com placebo, diminuiu
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as crises de asma em 37%, o uso de corticosteroides de resgate em 39%, a descontinuação causada por
agravamento da asma em 65%, as exacerbações da asma em 38% e aumentou a quantidade de dias sem
asma em 42%.
A avaliação global da asma e a avaliação da asma especificamente relacionada à qualidade de vida, feitas
por médicos e pacientes (em todos os critérios, incluindo atividades diárias e sintomas de asma), foi
significativamente melhor com montelucaste de sódio em comparação ao placebo em cada estudo e na
análise combinada.
Função Respiratória: comparado ao placebo, montelucaste de sódio demonstrou significativa melhora
nos parâmetros da função respiratória (VEF1 e TPFE, taxa do pico do fluxo expiratório) em cada estudo e
na análise combinada.
Efeito de montelucaste de sódio, 10 mg ao dia, parâmetros da função respiratória em adultos a
partir de 15 anos de idade (análise combinada).
montelucaste de sódio N=795 Placebo
N=530
VEF1 matinal (% alteração a
partir do período basal)
10,4* 2,7
TPFE no período da manhã
(L/min – alteração a partir do
período basal)
24,5* 3,3
TPFE no período da tarde
17,9* 2,0
*Significativamente melhor que o placebo (p ≤ 0,001)
Uso de β-agonista: comparado com o placebo, montelucaste de sódio diminuiu significativamente a
necessidade do uso de β-agonista em 26,1% a partir do período basal em comparação com 4,6% no grupo
do placebo, na análise combinada. A diminuição também foi significativa em cada um dos estudos
(p≤0,001).
Início de Ação e Manutenção de Benefícios: em cada estudo e na análise combinada, o efeito do
tratamento com montelucaste de sódio, avaliado por meio de parâmetros estabelecidos em um cartão-
diário que incluía o escore de sintomas, o uso de β-agonistas conforme necessário e a medição da TPFE,
foi atingido após a primeira dose e mantido durante o intervalo entre as doses (24 horas). O efeito do
tratamento também se manteve durante a administração contínua uma vez ao dia em estudos de extensão
de até um ano. A descontinuação de montelucaste de sódio em pacientes com asma após 12 semanas de
uso contínuo não causou efeito rebote em relação ao agravamento da asma (veja também efeitos da
broncoconstrição induzida por exercícios físicos).
Efeitos Relativos aos Corticosteroides Inalatórios: em um dos dois estudos duplos-cegos com 12
semanas de duração que incluíram adultos (multinacional), montelucaste de sódio foi comparado com
beclometasona inalatória (200 µg duas vezes ao dia, com uso de espaçador). Montelucaste de sódio
demonstrou resposta inicial mais rápida, embora na duração total do estudo a beclometasona tenha
proporcionado efeito de tratamento em média melhor. Entretanto, uma alta porcentagem de pacientes
tratados com montelucaste de sódio atingiu respostas clínicas similares em comparação à beclometasona
inalatória.
PACIENTES PEDIÁTRICOS DE 6 A 14 ANOS DE IDADE
A eficácia de montelucaste de sódio em pacientes pediátricos com idade entre 6 e 14 anos foi
demonstrada em um estudo duplo-cego, controlado com placebo, com 8 semanas de duração e que incluiu
336 pacientes (201 foram tratados com montelucaste de sódio e 135 receberam placebo) que usavam β-
agonistas conforme necessário. A porcentagem média prevista para VEF1 foi 72% no período basal
(variação aproximada, 45 a 90%) e aproximadamente 36% dos pacientes usavam corticosteroides
inalatórios.
Em comparação ao placebo, a dose diária de montelucaste de sódio em comprimidos mastigáveis de 5 mg
administrada à noite diminuiu significativamente a porcentagem de dias com exacerbação de asma. A
avaliação global da asma feita pelos pais e a avaliação da qualidade de vida feita pelos pacientes
pediátricos relacionada especificamente à asma (em todos os critérios, incluindo atividades normais
diárias e
montelucaste de sódio comprimidos_BU 03_VPS 3
sintomas de asma) foram significativamente melhores com montelucaste de sódio em comparação ao
placebo.
Em comparação ao placebo, houve melhora significativa do VEF1 matutino (alteração de 8,7% versus
4,2% a partir do período basal no grupo que recebeu placebo, p< 0,001) e diminuição significativa da
necessidade do uso de β-agonista (diminuição de 11,7% a partir do período basal versus aumento de 8,2%
a partir do período basal no grupo do placebo, p ≤ 0,050).
Da mesma forma que ocorreu em estudos que incluíram adultos, o efeito do tratamento foi obtido após a
primeira dose e permaneceu constante durante a administração contínua diária em estudos clínicos com
duração de até 6 meses.
Taxa de Crescimento de Pacientes Pediátricos: dois estudos clínicos controlados mostraram que o
montelucaste não afeta a taxa de crescimento em pacientes pediátricos pré-puberdade com asma. No
estudo que incluiu crianças com idade entre 6 e 11 anos, a taxa de crescimento, avaliada pelo aumento do
comprimento da parte inferior da perna, foi similar em pacientes tratados com montelucaste 5 mg uma
vez ao dia por 3 semanas quando comparada ao placebo e significativamente menor em pacientes tratados
com budesonida inalatória (200 mcg duas vezes ao dia) por 3 semanas quando comparada ao placebo. Em
um estudo de 56 semanas que incluiu crianças com idade entre 6 e 8 anos, a taxa de crescimento linear foi
similar em pacientes que receberam diariamente montelucaste 5 mg e placebo (média de quadrados
mínimos [QM] para o montelucaste e o placebo: 5,67 e 5,64 cm/ano, respectivamente) e
significativamente menor (média de QM, 4,86 cm/ano) em pacientes tratados com beclometasona
inalatória (200 mcg duas vezes ao dia), em comparação ao placebo (diferença na média de QM [IC 95%]:
-0,78 [-1,06; -0,49] cm/ano). Tanto o montelucaste quanto a beclometasona versus placebo demonstraram
benefício significativo em relação ao uso de medicamentos de resgate para pacientes com asma leve.
PACIENTES PEDIÁTRICOS DE 6 MESES A 5 ANOS DE IDADE
A eficácia de montelucaste de sódio em comprimidos mastigáveis de 4 mg uma vez ao dia, administrados
à noite, em pacientes pediátricos com 2 a 5 anos de idade foi demonstrada em um estudo duplo-cego,
controlado com placebo, com 12 semanas e que incluiu 689 pacientes (461 foram tratados com
montelucaste de sódio e 228 receberam placebo). montelucaste de sódio melhorou significativamente
vários desfechos de eficácia e melhorou os parâmetros de controle da asma.
Montelucaste de sódio foi significativamente melhor em comparação ao placebo nos seguintes desfechos
de eficácia para os responsáveis por cuidar do paciente com asma diariamente: dias com sintomas diurnos
de asma, escore de sintomas diurnos de asma (incluindo tosse, chiado, dificuldade para respirar e
atividade das crianças), uso de beta-agonista, resgate com corticosteroides, dias sem asma e sintomas de
asma durante a noite (p<0,05). Além disso, houve tendência favorável do efeito do tratamento para o
desfecho de eficácia crises de asma (p= 0,107).
A avaliação global feita pelos médicos e a média da avaliação global da asma feita por médicos e pelos
responsáveis por cuidar das crianças com asma foram significativamente melhores com montelucaste de
sódio em comparação ao placebo (p= 0,007 e 0,015, respectivamente). O efeito do tratamento foi obtido
após a primeira dose. Além disso, a contagem total de eosinófilos no sangue diminuiu significativamente
(p= 0,034).
A eficácia de montelucaste de sódio em pacientes com 6 meses a 2 anos de idade é embasada pela
extrapolação da eficácia demonstrada em pacientes com idade ≥2 anos com asma e baseada em dados
farmacocinéticos semelhantes, bem como na suposição de que o curso da doença, a fisiopatologia e o
efeito da medicação são substancialmente semelhantes nessas populações.
EFEITOS EM PACIENTES QUE UTILIZAM CONCOMITANTEMENTE
CORTICOSTEROIDES INALATÓRIOS
Diferentes estudos com adultos demonstraram a propriedade aditiva de montelucaste de sódio no efeito
clínico de corticosteroides inalatórios, permitindo a diminuição gradual dos esteroides quando usados
concomitantemente.
Três grandes estudos com montelucaste de sódio demonstraram benefícios adicionais a pacientes que
tomavam corticosteroides. Um estudo randômico, controlado com placebo, de grupos paralelos (n= 226),
em pacientes com asma controlada que recebiam dose inicial de corticosteroides inalatórios de
aproximadamente 1.600 mcg por dia reduziu o uso desses corticosteroides em aproximadamente 37%
durante o período de run in com placebo. Montelucaste de sódio propiciou também redução adicional de
47% na dose de corticosteroides inalatórios em comparação com 30% para o placebo ao longo do período
de 12 semanas com tratamento ativo (p≤0,050).
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Em outro estudo randômico, controlado com placebo e de grupos paralelos (n= 642) que incluiu uma
população similar de pacientes que recebiam corticosteroides inalatórios (400 mcg/dia de beclometasona)
– mas cuja asma não estava controlada, montelucaste de sódio comprimidos proporcionou benefícios
clínicos adicionais, quando comparado com placebo. A interrupção abrupta e completa da beclometasona
em pacientes que receberam ambos os tratamentos causou deterioração clínica em alguns pacientes,
indicando que a retirada gradual de corticosteroides inalatórios é mais bem tolerada do que a interrupção
abrupta destes, sendo, portanto, preferida.
Em pacientes com asma sensíveis ao ácido acetilsalicílico, sendo que quase todos recebiam
corticosteroides inalatórios e/ou orais concomitantemente, incluídos em um estudo randômico, de grupos
paralelos e com duração de 4 semanas (n= 80), foi demonstrado que montelucaste de sódio, comparado
com placebo, melhorou significativamente os parâmetros de controle da asma.
EFEITOS NA BRONCOCONSTRIÇÃO INDUZIDA POR EXERCÍCIOS FÍSICOS
Em um estudo de grupos paralelos e com 12 semanas de duração que incluiu 110 pacientes adultos com
≥15 anos de idade, montelucaste de sódio 10 mg evitou a broncoconstrição induzida por exercício físico
(BIE) como demonstrado pela redução significativa dos seguintes parâmetros, em comparação com o
placebo:
a extensão e duração da queda no VEF1 ao longo de 60 minutos após o exercício físico (conforme
avaliado pela área sob a curva da queda percentual no VEF1 versus tempo após o exercício físico,
AUC);
a porcentagem de queda máxima no VEF1 após o exercício físico;
o tempo até recuperação de 5% do VEF1 pré-exercício.
Esse efeito persistiu durante todo o período de tratamento de 12 semanas, indicando que não ocorreu
tolerância. Em um estudo cruzado separado, a proteção foi observada após duas doses administradas uma
vez ao dia.
Em pacientes pediátricos de 6 a 14 anos de idade, que receberam comprimido mastigável de 5 mg, um
estudo cruzado com o mesmo desenho demonstrou proteção semelhante que foi mantida durante o
intervalo entre as doses (24 horas).
EFEITOS NA INFLAMAÇÃO CAUSADA PELA ASMA
Vários estudos têm mostrado que montelucaste de sódio inibe os parâmetros da inflamação causada pela
asma. Em um estudo cruzado controlado com placebo (n= 12), montelucaste de sódio inibiu a
broncoconstrição de fase imediata e tardia estimulada por antígeno em 75 e 57%, respectivamente.
Considerando que a infiltração de células inflamatórias (eosinófilos) é uma importante característica da
asma, o efeito de montelucaste de sódio nos eosinófilos da circulação periférica e vias áreas foi estudado.
Na fase IIb/III dos estudos clínicos em adultos, montelucaste de sódio diminuiu significativamente os
eosinófilos na circulação periférica em aproximadamente 15% desde o período basal, em comparação
com o placebo. Em pacientes pediátricos de 6 a 14 anos de idade, montelucaste de sódio também
diminuiu significativamente os eosinófilos na circulação periférica em 13% ao longo de 8 semanas de
tratamento, em comparação com o placebo.
Em um estudo clínico randômico, de grupos paralelos, com 4 semanas de duração e que incluiu adultos
(n= 40), montelucaste de sódio diminuiu significativamente os eosinófilos nas vias aéreas (como avaliado
na expectoração) em 48% a partir do período basal, em comparação com aumento de 23% a partir do
período basal para o placebo. Nesse estudo, os eosinófilos da circulação periférica diminuíram
significativamente e os desfechos clínicos da asma melhoraram com o tratamento com montelucaste de
sódio.
ESTUDOS CLÍNICOS – RINITE ALÉRGICA
A eficácia de montelucaste de sódio para o tratamento da rinite alérgica sazonal foi avaliada em estudos
com desenho semelhante, randômicos, duplos-cegos, controlados com placebo e com duração de 2
semanas que incluíram 4.924 pacientes (1.751 pacientes tratados com montelucaste de sódio). Os
pacientes tinham idade ≥15 anos e histórico de rinite alérgica sazonal, teste cutâneo positivo a pelo menos
um alérgeno sazonal relevante e sintomas ativos de rinite alérgica sazonal no início do estudo.
Em uma análise combinada de três estudos pivotais, a administração à noite de montelucaste de sódio em
comprimidos de 10 mg uma vez ao dia a 1.189 pacientes resultou em melhora estatisticamente
significativa do desfecho primário, escore de sintomas nasais diurnos e componentes individuais
(congestão nasal, rinorreia, prurido nasal e espirros); escore de sintomas noturnos e componentes
individuais (congestão nasal ao despertar, dificuldade para dormir e despertares noturnos); escore de
sintomas oculares diurnos e componentes individuais (lacrimejamento, prurido, vermelhidão e edema
ocular); avaliação global da rinite alérgica por pacientes e médicos; e escore de sintomas composto
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(composto dos escores de sintomas nasais diurnos e sintomas noturnos), em comparação com o placebo.
Em um estudo separado de 4 semanas, no qual montelucaste de sódio foi administrado uma vez ao dia
pela manhã, a eficácia durante as duas semanas iniciais foi significativamente diferente do placebo e
consistente com os efeitos observados em estudos que utilizaram doses noturnas. Além disso, o efeito ao
longo do período de 4 semanas foi consistente com o resultado das duas semanas. Em pacientes com
rinite alérgica sazonal e idade ≥15 anos que receberam montelucaste de sódio, notou-se diminuição
mediana de 13% na contagem de eosinófilos na circulação periférica, em comparação com o placebo,
durante os períodos de tratamento duplo-cego.
A eficácia de montelucaste de sódio para o tratamento da rinite alérgica perene foi avaliada ainda em dois
estudos semelhantes, randômicos, duplos- cegos, controlados com placebo, com duração de 6 semanas e
que incluíram 3.235 pacientes (1.632 pacientes tratados com montelucaste de sódio. Os pacientes com 15
a 82 anos de idade apresentavam histórico de rinite alérgica perene, teste cutâneo positivo para alérgenos
presentes independentemente da estação do ano (incluindo ácaros, pelos de animais e esporos de fungos)
e sintomas ativos de rinite alérgica perene no início do estudo.
Em um estudo, montelucaste de sódio em comprimidos de 10 mg foi administrado uma vez ao dia a 1.000
pacientes, o que resultou em melhora estatisticamente significativa do desfecho primário, escore de
sintomas nasais diurnos e seus componentes individuais (congestão nasal, rinorreia e espirros), em
comparação com o placebo. Montelucaste de sódio também demonstrou melhora da rinite alérgica
perceptível ao paciente, conforme avaliado pelos desfechos secundários: avaliação global da rinite
alérgica pelo paciente e escore geral da qualidade de vida em pacientes com rinoconjuntivite (média de
pontos para os sete critérios: atividade, sono, sintomas não relacionados aos olhos e nariz, problemas de
aspecto prático, sintomas nasais, sintomas oculares e emocionais), em comparação com o placebo.
A eficácia de montelucaste de sódio para o tratamento de rinite alérgica em pacientes pediátricos de 2 a
14 anos de idade é embasada pela extrapolação da eficácia demonstrada em pacientes com rinite alérgica
e idade a partir de 15 anos, assim como na suposição de que o curso da doença, sua fisiopatologia e o
Mecanismo de Ação: os leucotrienos cisteínicos (LTC4, LTD4, LTE4) são potentes eicosanoides
inflamatórios, produtos do metabolismo do ácido araquidônico e liberados de várias células, incluindo
mastócitos e eosinófilos. Esses importantes mediadores pró-asmáticos ligam-se aos receptores dos
leucotrienos cisteínicos (CysLT). O receptor CysLT tipo 1 (CysLT1) encontra-se nas vias aéreas de
humanos (inclusive células musculares lisas e macrófagos da via aérea) e em outras células pró-
inflamatórias (inclusive eosinófilos e determinadas células-tronco mieloides). Os CysLT foram
correlacionados com a fisiopatologia da asma e da rinite alérgica. Na asma, os efeitos mediados pelos
leucotrienos, inclusive um número de ações nas vias aéreas, incluem broncoconstrição, secreção de muco,
aumento da permeabilidade vascular e recrutamento de eosinófilos. Na rinite alérgica, os CysLT são
associados aos sintomas e liberados da mucosa nasal depois da exposição ao alérgeno durante as fases de
reação precoce e tardia. A estimulação intranasal com os CysLTs tem mostrado aumento na resistência da
via nasal e dos sintomas de obstrução nasal.
O montelucaste é um potente composto ativo por via oral que melhora significativamente os parâmetros
da inflamação asmática. Com base nos bioensaios bioquímicos e farmacológicos, ele se liga com alta
afinidade e seletividade ao receptor CysLT1 (preferindo-o a outros receptores farmacologicamente
importantes das vias aéreas, tais como os receptores prostanoides, colinérgicos ou β-adrenérgicos). O
montelucaste inibe as ações fisiológicas do LTC4, LTD4 e LTE4 no receptor CysLT1 sem atividade
agonista.
Absorção: o montelucaste é rápida e quase completamente absorvido após a administração oral. A
concentração plasmática máxima média (Cmáx) dos comprimidos revestidos de 10 mg é atingida 3 horas
(Tmáx) após a administração a adultos em jejum. A biodisponibilidade oral média é de 64%. A
biodisponibilidade oral e a Cmáx não são influenciadas por uma refeição-padrão.
A Cmáx dos comprimidos mastigáveis de 5 mg é atingida 2 horas após a administração a adultos em jejum.
A biodisponibilidade oral média é de 73%. A alimentação não tem influência clinicamente importante na
administração regular.
A Cmáx dos comprimidos mastigáveis de 4 mg é atingida 2 horas após a administração a pacientes
pediátricos de dois a cinco anos de idade em jejum.
A formulação do granulado os de 4 mg é bioequivalente à dos comprimidos mastigáveis de 4 mg quando
administrados a adultos em jejum. A coadministração de papinha de maçã ou de uma refeição-padrão
com o granulado não teve efeito significante na farmacocinética de montelucaste, conforme determinado
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pela AUC (1225,7 versus 1223,1 ng·h/mL, com ou sem papinha de maçã, respectivamente, e 1191,8
versus 1148,5 ng·h/mL, com ou sem uma refeição-padrão, respectivamente). Vamos deixar? Já não está
na bula do granulado?
A segurança e eficácia de montelucaste de sódio comprimidos revestidos foram demonstradas em estudos
clínicos com a administração dos comprimidos de 4 mg, 5 mg e 10 mg, independentemente do horário de
ingestão de alimentos. Estudos clínicos também demonstraram o perfil de segurança de montelucaste de
sódio granulado com a administração do granulado de 4 mg, independentemente do horário de ingestão
de alimentos.
Distribuição: a ligação do montelucaste às proteínas plasmáticas é superior a 99%. O volume de
distribuição em estado de equilíbrio do montelucaste é de aproximadamente 8 a 11 litros. Estudos em
ratos, que utilizaram montelucaste marcado radioativamente, demonstraram mínima distribuição pela
barreira hematoencefálica. Além disso, as concentrações do material radiomarcado, 24 horas após a dose,
foram mínimas em todos os outros tecidos.
Metabolismo: o montelucaste é amplamente metabolizado. Em estudos nos quais se utilizou doses
terapêuticas, as concentrações plasmáticas dos metabólitos do montelucaste, em estado de equilíbrio,
foram indetectáveis em adultos e em pacientes pediátricos. Estudos in vitro em microssomos de fígado
humano indicam que as isoenzimas do citocromo P450 3A4, 2C8 e 2C9 estão envolvidas no metabolismo
do montelucaste. Resultados de estudos posteriores in vitro em microssomos de fígado humano
demonstraram que as concentrações plasmáticas terapêuticas do montelucaste não inibem as isoenzimas
3A4, 2C9, 1A2, 2A6, 2C19 ou 2D6 do citocromo P450.
Eliminação: a depuração plasmática do montelucaste é de aproximadamente 45 mL/min em adultos
saudáveis. Após uma dose oral de montelucaste marcado radioativamente, 86% da radioatividade foi
recuperada em coletas fecais durante 5 dias e <0,2% foi recuperada na urina. Considerando-se as
estimativas da biodisponibilidade oral do montelucaste, isso indica que o montelucaste e seus metabólitos
são excretados quase que exclusivamente pela bile.
Em diversos estudos, a meia-vida plasmática média do montelucaste foi de 2,7 a 5,5 horas em jovens
saudáveis. A farmacocinética do montelucaste é quase linear para doses de até 50 mg administradas por
via oral. Nenhuma diferença na farmacocinética foi notada entre as doses administradas pela manhã ou à
noite. Com a administração de 10 mg de montelucaste uma vez ao dia, houve pequeno acúmulo do
medicamento inalterado no plasma (aproximadamente 14%).
Hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
A eficácia oral de montelucaste de sódio para o tratamento das crises agudas de asma não foi
estabelecida. Desta forma, montelucaste de sódio não deve ser usado para o tratamento das crises agudas
de asma. Os pacientes devem ser aconselhados a ter medicamento de resgate adequado disponível.
Montelucaste de sódio não deve ser usado como monoterapia para o tratamento e controle da
broncoconstrição induzida pelo exercício. Pacientes que apresentam exacerbações de asma após o
exercício devem continuar a utilizar seu esquema habitual de β-agonistas inalatórios como profilaxia e ter
disponível para resgate um β-agonista inalatório de ação rápida.
Pacientes com asma sensíveis ao ácido acetilsalicílico devem continuar a evitar o ácido acetilsalicílico ou
outros anti-inflamatórios não esteroides durante o tratamento com montelucaste de sódio. Embora
montelucaste de sódio seja eficaz na melhora da função das vias aéreas de pacientes com asma e
sensibilidade comprovada ao ácido acetilsalicílico, não foi demonstrada a diminuição da broncoconstrição
em resposta ao ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios não esteroides em pacientes com asma
sensíveis ao ácido acetilsalicílico.
Apesar de as doses do corticosteroide inalatório usado concomitantemente poderem ser gradualmente
reduzidas sob supervisão médica, montelucaste de sódio não deve substituir abruptamente os
corticosteroides inalatórios ou orais.
Foram relatados eventos neuropsiquiátricos em pacientes que receberam montelucaste de sódio (veja
REAÇÕES ADVERSAS). Ainda que outros fatores possam contribuir com o surgimento desses eventos,
não se sabe se esses são relacionados a montelucaste de sódio. Os médicos devem discutir esses eventos
adversos com seus pacientes e/ou responsáveis pelo paciente. Pacientes e/ou responsáveis pelos pacientes
devem ser instruídos a notificar seus médicos caso ocorra alguma dessas alterações.
Em casos raros pacientes que recebem medicamentos para o controle da asma, inclusive antagonistas do
receptor de leucotrienos, apresentaram uma ou mais das seguintes alterações clínicas ou laboratoriais:
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eosinofilia, exantema vasculítico, agravamento de sintomas pulmonares, complicações cardíacas e/ou
neuropatia, às vezes diagnosticada como síndrome de Churg-Strauss, vasculite eosinofílica sistêmica.
Estes casos foram por vezes associados a redução ou retirada da terapia oral de corticosteróide Embora a
relação causal com o antagonismo do receptor de leucotrienos não tenha sido estabelecida, recomenda-se
cautela e monitoramento clínico em pacientes que recebem montelucaste de sódio.
Gravidez e Amamentação: categoria B. Montelucaste sódico não foi estudado em gestantes.
Montelucaste de sódio deve ser usado durante a gravidez somente se claramente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Durante a comercialização mundial, raramente foram relatados defeitos congênitos de membros nos filhos
de mulheres tratadas com montelucaste de sódio durante a gravidez. A maioria dessas mulheres também
estava tomando outros medicamentos para asma durante a gravidez. Não foi estabelecida relação causal
entre esses eventos e montelucaste de sódio. Não se sabe se montelucaste de sódio é excretado no leite
humano. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano, deve-se ter cautela quando
montelucaste de sódio for administrado a nutrizes.
Crianças: Montelucaste de sódio foi estudado em pacientes pediátricos (veja 8. POSOLOGIA E
MODO DE USAR). O perfil de segurança e a eficácia em pacientes pediátricos mais jovens do que 6
meses de idade não foram estudados. Os estudos demonstraram que montelucaste de sódio não afeta a
velocidade de crescimento dos pacientes pediátricos. O perfil da concentração plasmática de montelucaste
após a administração de um comprimido revestido de 10 mg é semelhante em adolescentes com idade a
partir de 15 anos e em adultos jovens. O comprimido revestido de 10 mg é recomendado para pacientes
com idade a partir de 15 anos.
Estudos farmacocinéticos mostram que o perfil plasmático do granulado de 4 mg em pacientes pediátricos
de 6 meses a 2 anos de idade, dos comprimidos mastigáveis de 4 mg em pacientes pediátricos de 2 a 5
anos de idade e dos comprimidos mastigáveis de 5 mg em pacientes pediátricos de 6 a 14 anos de idade
foi similar ao perfil plasmático dos comprimidos revestidos de 10 mg em adultos. O comprimido
mastigável de 5 mg deve ser usado em pacientes pediátricos de 6 a 14 anos de idade e o comprimido
mastigável de 4 mg, em pacientes pediátricos de 2 a 5 anos de idade. O granulado de 4 mg devem ser
usados em pacientes pediátricos de 6 meses a 2 anos de idade. Como a formulação em granulado de 4 mg
é bioequivalente à do comprimido mastigável de 4 mg, ele também pode ser usado como formulação
alternativa aos comprimidos mastigáveis de 4 mg em pacientes pediátricos de 2 a 5 anos de idade.
Idosos: em estudos clínicos, não houve diferenças relacionadas à idade no perfil de segurança e eficácia
de montelucaste sódico. O perfil
farmacocinético e a biodisponibilidade oral de uma dose oral única de 10 mg de montelucaste são
semelhantes em idosos e adultos mais jovens. A meia-vida plasmática do montelucaste é levemente mais
longa em idosos. Não é necessário ajuste posológico para idosos.
Raça: diferenças farmacocinéticas relacionadas à raça não foram estudadas. Em estudos clínicos, não
pareceu haver quaisquer diferenças em efeitos clinicamente importantes.
Insuficiência Hepática: os pacientes com insuficiência hepática leve a moderada e evidência clínica de
cirrose apresentaram evidência de redução do metabolismo do montelucaste, o que resultou em aumento
de aproximadamente 41% da área média sob a curva (AUC) de concentração plasmática do montelucaste
após uma dose única de 10 mg. A eliminação do montelucaste é ligeiramente prolongada quando
comparada àquela observada em indivíduos saudáveis (meia-vida média de 7,4 horas). Não é necessário
ajuste posológico para pacientes com insuficiência hepática leve a moderada. Não há dados clínicos em
pacientes com insuficiência hepática grave (escore de Child-Pugh >9).
Insuficiência Renal: uma vez que o montelucaste e seus metabólitos não são excretados na urina, a
farmacocinética do montelucaste não foi avaliada em pacientes com insuficiência renal. Não é
recomendado ajuste posológico para esses pacientes.
Dirigir e operar máquinas: não há evidências que o uso de montelucaste de sódio possa afetar a
Montelucaste de sódio pode ser administrado com outros medicamentos usados rotineiramente para a
profilaxia e o tratamento crônico da asma e para o tratamento da rinite alérgica. Em estudos de interações
medicamentosas, a dose terapêutica recomendada de montelucaste não teve efeitos clinicamente
importantes na farmacocinética dos seguintes medicamentos: teofilina, prednisona, prednisolona,
contraceptivos orais (etinilestradiol/noretindrona 35 mg/1 mg), terfenadina, digoxina e varfarina.
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Embora não tenham sido realizados outros estudos específicos de interação, montelucaste de sódio foi
usado em estudos clínicos concomitantemente a uma ampla variedade de medicamentos comumente
prescritos, sem evidência de interações clínicas adversas.
Essas medicações incluíram hormônios tireoidianos, sedativos hipnóticos, agentes anti-inflamatórios não
esteroides, benzodiazepínicos e descongestionantes.
A área sob a curva de concentração plasmática-tempo (AUC) do montelucaste diminuiu
aproximadamente 40% em indivíduos para os quais foi administrado fenobarbital concomitantemente.
Não é recomendado ajuste posológico para montelucaste de sódio.
Estudos in vitro demonstraram que o montelucaste é um inibidor do CYP 2C8. No entanto, os dados do
estudo clínico de interação medicamentosa com montelucaste e rosiglitazona (representante do grupo de
medicamentos metabolizados principalmente pelo CYP2C8) demonstraram que o montelucaste não inibe
o CYP2C8 in vivo. Portanto, não se espera que o montelucaste altere o metabolismo de medicamentos
metabolizados por essa enzima (por exemplo, paclitaxel, rosiglitazona e repaglinida).
Estudos in vitro demonstraram que montelucaste é um substrato do CYP 2C8, 2C9 e 3A4. Dados de
estudo clínico de interação medicamentosa com montelucaste e genfibrozila (um inibidor de CYP 2C8 e
2C9) demonstraram que a genfibrozila aumenta a exposição sistêmica do montelucaste em 4,4 vezes. A
coadministração de itraconazol, um potente inibidor do CYP 3A4, com genfibrozila e montelucaste não
aumentou mais a exposição sistêmica do montelucaste. O efeito de genfibrozila na exposição sistêmica do
montelucaste não é considerado clinicamente significativo com base nos dados clínicos de segurança com
doses maiores que a dose de 10 mg aprovada para adultos (por exemplo, 200 mg/dia em pacientes adultos
por 22 semanas e até 900 mg/dia em pacientes por aproximadamente uma semana) onde eventos adversos
clinicamente importantes não foram observados. Portanto, nenhum ajuste de dosagem de montelucaste é
requerido no momento da coadministração com genfibrozila. Baseado em dados in vitro, as interações
medicamentosas clinicamente importantes com outros inibidores conhecidos do CYP 2C8 (por exemplo,
trimetoprima) não são esperadas. Além disso, a coadministração de montelucaste com itraconazol isolado
resultou em aumento não significativo na exposição sistêmica do montelucaste.
Os comprimidos de montelucaste de sódio são circulares, de cor bege e lisos em ambas as faces.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados
os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da sua data
de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Montelucaste de sódio deve ser administrado uma vez ao dia. Para asma, a dose deve ser administrada à
noite. Para rinite alérgica, o horário da administração pode ser adaptado para atender às necessidades do
paciente.
Pacientes com ambas asma e rinite alérgica devem tomar diariamente apenas um comprimido à noite.
Adultos a partir de 15 anos de idade com asma e/ou rinite alérgica: a posologia é de 1 comprimido de
10 mg diariamente.
Recomendações Gerais
O efeito terapêutico de montelucaste de sódio nos parâmetros de controle da asma ocorre em um dia.
Montelucaste de sódio em comprimidos revestidos e granulado pode ser tomado com ou sem alimentos.
Os pacientes devem ser aconselhados a continuar tomando montelucaste de sódio enquanto a asma estiver
controlada, bem como durante períodos de agravamento da asma.
Não é necessário ajuste posológico para pacientes pediátricos, idosos, pacientes com insuficiência renal
ou insuficiência hepática leve a moderada, ou ainda ajuste com base no sexo do paciente.
O Tratamento com montelucaste de sódio em Relação a Outros Tratamentos para Asma:
montelucaste de sódio pode ser adicionado ao esquema de tratamento já existente.
Redução na Terapia Concomitante:
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Tratamentos com Broncodilatadores: Montelucaste de sódio pode ser adicionado ao esquema de
tratamento dos pacientes sem controle adequado apenas com o uso de broncodilatadores. Quando a
resposta clínica for evidente (geralmente após a primeira dose), o tratamento com broncodilatador poderá
ser reduzido, conforme tolerado.
Corticosteroides Inalatórios: o tratamento com montelucaste de sódio proporciona benefício clínico
adicional aos pacientes tratados com corticosteroides inalatórios. Pode-se reduzir a dose do
corticosteroide conforme tolerado. A dose deve ser reduzida gradualmente sob supervisão médica. Em
alguns pacientes, a dose de corticosteroides inalatórios pode ser reduzida gradualmente, até a suspensão
completa. Montelucaste de sódio não deve substituir de forma abrupta os corticosteroides inalatórios.
Conduta em caso de dose omitida: se o paciente esquecer uma dose, deve ser reiniciado o esquema
habitual de um comprimido.
Montelucaste de sódio tem sido geralmente bem tolerado. As reações adversas, as quais foram
usualmente leves, geralmente não requereram descontinuação do tratamento. A incidência global das
reações adversas relatadas com montelucaste de sódio foi comparável à do placebo.
Adultos a partir de 15 anos de idade com asma: montelucaste de sódio foi avaliado em estudos clínicos
que envolveram aproximadamente 2.600 pacientes adultos com >15 anos de idade. Em dois estudos com
desenhos semelhantes e controlados com placebo durante 12 semanas, as únicas experiências adversas
relacionadas à medicação relatadas por >1% dos pacientes tratados com montelucaste de sódio e com
incidência maior do que a observada em pacientes que receberam placebo foram dor abdominal e
cefaleia. A incidência desses eventos não foi significativamente diferente entre os dois grupos de
tratamento.
Cumulativamente, nos estudos clínicos, 544 pacientes foram tratados com montelucaste de sódio durante
6 meses, no mínimo; 253, durante um ano, e 21 durante dois anos. Com o tratamento prolongado, o perfil
de experiências adversas não se alterou significativamente.
Pacientes pediátricos de 6 a 14 anos de idade com asma: montelucaste de sódio foi avaliado em
aproximadamente 475 pacientes de 6 a 14 anos de idade. O perfil de segurança em pacientes pediátricos é
geralmente similar ao perfil de segurança em adultos e ao do placebo.
Em um estudo clínico controlado com placebo com duração de 8 semanas, a única experiência adversa
relacionada à medicação relatada por >1% dos pacientes tratados com montelucaste de sódio e com
incidência maior do que a observada em pacientes que receberam placebo foi cefaleia. A incidência de
cefaleia não foi significativamente diferente entre os dois grupos de tratamento.
Nos estudos que avaliaram a velocidade de crescimento, o perfil de segurança nesses pacientes
pediátricos foi consistente com o perfil de segurança anteriormente descrito para montelucaste de sódio.
Cumulativamente, 263 pacientes de 6 a 14 anos de idade foram tratados com montelucaste de sódio
durante 3 meses, no mínimo, e 164, durante 6 meses ou mais. O perfil de experiências adversas não se
alterou com o tratamento prolongado.
Pacientes pediátricos de 2 a 5 anos de idade com asma: montelucaste de sódio foi avaliado em 573
pacientes pediátricos de 2 a 5 anos de idade. Em um estudo clínico controlado com placebo com duração
de 12 semanas, a única experiência adversa relacionada à medicação relatada por >1% dos pacientes
tratados com montelucaste de sódio e com incidência maior do que a observada em pacientes que
receberam placebo foi sede. A incidência de sede não foi significativamente diferente entre os dois grupos
de tratamento.
Cumulativamente, 426 pacientes pediátricos de 2 a 5 anos de idade foram tratados com montelucaste de
sódio por pelo menos 3 meses; 230, por 6 meses ou mais, e 63 pacientes por 12 meses ou mais. O perfil
de experiências adversas não se alterou com o tratamento prolongado.
Pacientes pediátricos de 6 meses a 2 anos de idade com asma: montelucaste de sódio foi avaliado em
175 pacientes pediátricos de 6 meses a 2 anos de idade. Em um estudo clínico controlado com placebo
com duração de 6 semanas, as experiências adversas relacionadas à medicação relatadas por >1% dos
pacientes tratados com montelucaste de sódio e com incidência maior do que a observada em pacientes
que receberam placebo foram: diarreia, hipercinesia, asma, dermatite eczematosa e erupção cutânea. A
incidência dessas experiências adversas não foi significativamente diferente entre os dois grupos de
Adultos a partir de 15 anos de idade com rinite alérgica: montelucaste de sódio foi avaliado em 2.199
pacientes adultos a partir de 15 anos de idade no tratamento de rinite alérgica em estudos clínicos com 2 a
4 semanas de duração. Montelucaste de sódio administrado uma vez ao dia pela manhã ou à noite foi
montelucaste de sódio comprimidos_BU 03_VPS 10
geralmente bem tolerado, com perfil de segurança semelhante ao do placebo. Em sete estudos clínicos,
controlados com placebo e com 2 semanas de duração, não houve relatos de experiências adversas
relacionadas à medicação em ≥ 1% dos pacientes tratados com montelucaste de sódio e com incidência
maior do que a observada em pacientes que receberam placebo. Em um estudo clínico, controlado com
placebo e com 4 semanas de duração, o perfil de segurança foi consistente com o observado nos estudos
com 2 semanas de duração. Em todos os estudos, a incidência de sonolência foi similar à do placebo.
Montelucaste de sódio foi avaliado em 3.235 pacientes adultos e adolescentes a partir de 15 anos com
rinite alérgica em dois estudos clínicos controlados com placebo e com 6 semanas de duração.
Montelucaste de sódio administrado uma vez ao dia foi geralmente bem tolerado, com perfil de segurança
consistente com o observado nos outros estudos sobre rinite alérgica e semelhante ao do placebo. Nesses
dois estudos, não foram relatadas experiências adversas relacionadas à medicação em ≥ 1% dos pacientes
receberam placebo. A incidência de sonolência foi similar à do placebo.
Pacientes pediátricos de 2 a 14 anos de idade com rinite alérgica: em um estudo clínico controlado
com placebo com duração de 2 semanas, montelucaste de sódio foi avaliado em 280 pacientes pediátricos
de 2 a 14 anos de idade para o tratamento de rinite alérgica. Montelucaste de sódio administrado uma vez
ao dia à noite foi geralmente bem tolerado, com perfil de segurança similar ao do placebo. Nesse estudo,
não foram relatadas experiências adversas relacionadas à medicação em ≥ 1% dos pacientes tratados com
montelucaste de sódio e com incidência maior do que a observada em pacientes tratados com placebo.
Análises agrupadas de experiências em estudos clínicos: uma análise agrupada de 41 estudos clínicos
controlados com placebo (35 estudos com pacientes com idade a partir de 15 anos, 6 estudos com
pacientes de 6 a 14 anos de idade) foi realizada usando um método validado de avaliação de tendências
suicidas. Entre os 9.929 pacientes que receberam montelucaste de sódio e 7.780 pacientes que receberam
placebo nesses estudos, houve um paciente com ideias suicidas no grupo que recebeu montelucaste de
sódio. Não houve nenhum suicídio
consumado, tentativa de suicídio ou atos preparatórios relacionados a comportamento suicida em ambos
os grupos de tratamento.
Foi realizada uma análise agrupada distinta de 46 estudos clínicos controlados com placebo (35 estudos
com pacientes com idade a partir de 15 anos, 11 estudos com pacientes de 3 meses a 14 anos de idade)
para avaliar experiências adversas relacionadas a comportamentos (EARCs). Entre 1.1673 pacientes que
receberam montelucaste de sódio e 8.827 pacientes que receberam placebo nesses estudos, a frequência
de pacientes com pelo menos uma EARC foi de 2,73% em pacientes que receberam montelucaste de
sódio e 2,27% em pacientes que receberam placebo; a relação de probabilidade foi 1,12% (95% cl [0,93;
1,36]).
Os estudos clínicos incluídos nessas análises agrupadas não foram designados especificamente para
examinar tendências suicidas ou EARCs.
Experiências adversas relatadas após a comercialização: as seguintes reações adversas foram relatadas
após a comercialização de montelucaste de sódio. Como essas reações são relatadas voluntariamente por
uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar sua frequência de forma confiável ou
estabelecer a relação causal com a exposição ao medicamento.
Infecções e infestações: infecção no trato respiratório superior.
Distúrbios do sangue e sistema linfático: aumento de tendência a sangramento.
Distúrbios do sistema imunológico: reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia e, muito raramente,
infiltração eosinofílica hepática.
Distúrbios psiquiátricos: agitação, inclusive comportamento agressivo ou hostilidade, ansiedade,
depressão, desorientação, distúrbio de atenção, anormalidades no sonho, alucinações, insônia, perda de
memória, hiperatividade psicomotora (incluindo irritabilidade, inquietação e tremor), sonambulismo,
pensamento e comportamento suicidas.
Distúrbios do sistema nervoso: tontura, sonolência, parestesia/hipoestesia e, muito raramente, convulsão.
Distúrbios cardíacos: palpitações.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: epistaxe, eosinofilia pulmonar
Distúrbios gastrintestinais: diarreia, dispepsia, náuseas, vômitos.
Distúrbios hepatobiliares: aumento de ALT e AST e, muito raramente, hepatite (incluindo colestática,
hepatocelular, e dano hepático de padrão misto).
Distúrbios cutâneos e subcutâneos: angioedema, hematoma, eritema multiforme, eritema nodoso, prurido,
erupção cutânea, urticária.
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Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: artralgia e mialgia, inclusive cãibras musculares.
Distúrbios renais e urinários: enurese em crianças.
Distúrbios gerais e condições relacionadas ao local da administração: astenia/fadiga, edema, febre.
Casos muito raros de angeíte granulomatosa alérgica (Síndrome de Churg-Strauss) foram relatados
durante o tratamento com montelucaste de pacientes com asma.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.