Bula do Movacox produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Movacox®
meloxicam
APRESENTAÇÕES
(meloxicam) comprimido simples 7,5 mg. Embalagem contendo 10 comprimidos.
(meloxicam) comprimido simples 15 mg. Embalagem contendo 10 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 7,5 mg contém:
meloxicam..................................................... 7,5 mg
excipientes q.s.p. .......................................... 1 comprimido
(celulose microcristalina, lactose, povidona, estearato de magnésio, crospovidona, citrato de sódio e dióxido de
silício).
Cada comprimido de 15 mg contém:
meloxicam..................................................... 15 mg
(celulose microcristalina, lactose, povidona, estearato de magnésio, crospovidona, citrato de sódio, dióxido de silício).
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Movacox®
é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) indicado para o tratamento sintomático da artrite reumatoide
e osteoartrites dolorosas (artroses, doenças degenerativas das articulações).
Em estudo realizado nos Estados Unidos, com o objetivo de avaliar a eficácia do meloxicam em pacientes com
osteoartrite de joelho ou quadril em fase de agudização, 47,7% e 55,8% dos pacientes relataram melhora dos sintomas
com meloxicam 7,5 mg e 15 mg, respectivamente. Esta melhora foi semelhante à observada com o comparador ativo
(diclofenaco de sódio 50 mg, duas vezes ao dia) e superior ao placebo.
A redução das pontuações de WOMAC globais foi de aproximadamente 15 e 20 pontos, sendo que o principal
componente a contribuir para esta redução foram as pontuações de dor, com redução de 3,5 e 4,5 pontos, para
meloxicam 7,5 e 15 mg, respectivamente.
Yocum D, Fleischmann r, Dalgin P, Caldwell J, Hall D, Roszko P. Safety and Efficacy of Meloxicam in the Treatment
of Osteoarthritis. Arch Intern Med 2000; 160 , 2947-2954.
Farmacodinâmica
Movacox®
é um anti-inflamatório não-esteroidal (AINE) pertencente à classe do ácido enólico, que nos estudos
farmacológicos em animais apresentou propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antipiréticas. Meloxicam
demonstrou potente atividade anti-inflamatória em todos os modelos clássicos de inflamação. Um mecanismo de ação
comum para os efeitos acima descritos é a inibição, pelo meloxicam, da biossíntese das prostaglandinas, conhecidos
mediadores da inflamação.
A comparação entre a dose ulcerogênica e a dose anti-inflamatória eficaz, realizada em modelos adjuvantes de artrite
em ratos, confirmou uma margem terapêutica superior à dos anti-inflamatórios nãoesteroidais (AINEs) de referência
em animais. In vivo, meloxicam inibiu a biossíntese de prostaglandinas mais intensamente no local da inflamação do
que na mucosa gástrica ou nos rins.
Supõe-se que essas diferenças estejam relacionadas à inibição preferencial da COX-2 em relação à COX-1 e acredita-
se que a inibição da COX-2 promova os efeitos terapêuticos dos AINEs, enquanto que a inibição da COX-1
constitucional possa ser responsável pelos efeitos colaterais gástricos e renais.
A inibição preferencial da COX-2 pelo meloxicam foi demonstrada in vitro e ex vivo, em vários testes. No estudo com
sangue total humano, meloxicam demonstrou inibir, seletivamente, a COX-2 in vitro. Meloxicam (7,5 e 15 mg)
demonstrou uma inibição maior da COX-2 ex vivo, como demonstrado por uma maior inibição da produção de PGE2
estimulada por lipopolissacáride (COX-2) em relação à produção de tromboxano no sangue coagulado (COX-1).
Esses efeitos foram dose-dependentes. Nas doses recomendadas, meloxicam mostrou não ter efeito sobre a agregação
plaquetária nem no tempo de sangramento ex vivo, enquanto a indometacina, diclofenaco, ibuprofeno e naproxeno
inibiram, significativamente, a agregação plaquetária e prolongaram o tempo de sangramento.
Estudos clínicos demonstraram uma incidência menor de eventos adversos gastrintestinais (p. ex. dispepsia, vômitos,
náusea e dor abdominal) com meloxicam 7,5 e 15 mg em relação a outros AINEs.
A incidência de relatos de lesão perfurativa do trato gastrintestinal superior, úlceras e sangramentos associados ao
meloxicam são baixas e dependentes da dose.
Não há estudo único com poder adequado para detectar diferenças estatísticas na incidência de eventos adversos
clinicamente significativos no trato gastrintestinal superior, tais como perfuração gastrintestinal, obstrução ou
sangramento, entre meloxicam e outros AINEs.
Realizou-se uma análise conjunta de 35 estudos clínicos envolvendo pacientes tratados com meloxicam com indicação
para osteoartrite, artrite reumatoide e espondilite anquilosante. O tempo de exposição ao meloxicam nesses estudos
variou de 3 semanas a um ano (a maioria dos pacientes foi admitida em estudos de um mês). Quase a totalidade dos
pacientes participou de estudos que permitiam o recrutamento de pacientes com história anterior de perfuração
gastrintestinal, úlceras ou sangramentos. As incidências de perfuração do trato gastrintestinal superior, obstrução ou
sangramento (POS) clinicamente significativo foram avaliadas retrospectivamente, seguida de uma revisão cega
independente. Os resultados estão na tabela a seguir:
Risco cumulativo de perfuração, obstrução e sangramento (POS) para meloxicam 7,5 mg e 15 mg a partir de
estudos clínicos em comparação ao diclofenaco e ao piroxicam (estimativas de Kaplan-Meier).
Tratamento
dose diária
Dias Pacientes POS Risco (%) Intervalo de
confiança de
95%
meloxicam
7,5 mg 1 a 29 9363 2 0,02 0,00 – 0,05
30 a 90 551 1 0,05 0,00 – 0,13
15 mg 1 a 29 2785 3 0,12 0,00 – 0,25
30 a 90 1683 5 0,40 0,12 - 0,69
91 a 181 1090 1 0,50 0,16 – 0,83
182 a 364 642 0 0,50
diclofenaco
100 mg
1 a 29
30 a 90
5110
493
7
2
0,14
0,55
0,04 – 0,24
0,00 – 1,13
piroxicam
20 mg
5071
532
10
6
0,20
1,11
0,07 – 0,32
0,35 – 1,86
Farmacocinética
Absorção
Meloxicam é bem absorvido pelo trato gastrintestinal, o que é refletido por uma alta biodisponibilidade ao redor de
90% após administração oral.
A extensão de absorção do meloxicam após administração oral não é alterada pela ingestão concomitante de alimento
ou pelo uso de antiácidos inorgânicos. A linearidade da dose foi demonstrada após administração oral na faixa de
dosagem de 7,5 mg a 15 mg.
A concentração plasmática máxima mediana é atingida dentro de 5 a 6 horas após a administração de uma única dose
do comprimido de meloxicam.
Após doses múltiplas, o estado de equilíbrio é obtido dentro de 3 a 5 dias. A administração única diária proporciona
concentrações plasmáticas médias variando de 0,4 - 1,0 mcg/ml para doses de 7,5 mg e de 0,8 - 2,0 mcg/ml para doses
de 15 mg, respectivamente (Cmín e Cmáx no estado de equilíbrio, correspondentemente).
A concentração plasmática máxima média de meloxicam no estado de equilíbrio é atingida dentro de 5 a 6 horas.
O tempo médio para o inicio da ação é de 80 a 90 minutos após a ingestão.
Distribuição
Meloxicam liga-se fortemente às proteínas plasmáticas, principalmente à albumina (99%). Meloxicam penetra no
líquido sinovial onde atinge, aproximadamente, metade da concentração plasmática. O volume de distribuição após
administração de múltiplas doses orais de meloxicam (7,5 mg ou 15 mg) fica em torno de 16 litros, com coeficientes
de variação entre 11 a 32%.
Biotransformação
Meloxicam passa por extensa biotransformação hepática. Identificam-se na urina 4 diferentes metabólitos, todos
farmacodinamicamente inativos.
O principal metabólito, 5’-carboximeloxicam (60% da dose), é formado pela oxidação de um metabólito intermediário
5’-hidroximetilmeloxicam, que também é excretado em menor quantidade (9% da dose). Estudos in vitro sugerem que
CYP 2C9 exerce um importante papel nessa via metabólica, com uma pequena contribuição da isoenzima CYP 3A4.
A atividade da peroxidase do paciente é provavelmente responsável pelos outros 2 metabólitos, estimados em 16% e
4% da dose administrada, respectivamente.
Eliminação
Meloxicam é excretado, predominantemente, na forma de metabólitos na mesma proporção na urina e nas fezes.
Menos de 5% da dose diária é excretada de forma inalterada nas fezes, enquanto apenas traços do composto inalterado
são excretados na urina.
A meia-vida de eliminação média varia entre 13 e 25 horas após administração oral.
A depuração plasmática total fica em torno de 7 – 12 ml/min, para doses únicas administradas oralmente.
Linearidade/não linearidade
O meloxicam apresenta farmacocinética linear na faixa de dose terapêutica de 7,5 mg a 15 mg após administração oral
ou intramuscular.
Populações Especiais
Pacientes com insuficiência renal/hepática
A insuficiência hepática e a insuficiência renal leve não interferem significativamente na farmacocinética de
meloxicam. Pacientes com dano renal moderado tiveram a depuração total da droga significativamente aumentada.
Em pacientes com falência renal terminal foi observada diminuição da ligação a proteínas. Na insuficiência renal
terminal, o aumento do volume de distribuição pode resultar em uma maior concentração de meloxicam livre, e a dose
diária de 7,5 mg não deve ser excedida.
Idosos
Pacientes idosos do sexo masculino apresentaram parâmetros farmacocinéticos médios semelhantes aos de pacientes
jovens também do sexo masculino. Pacientes idosas do sexo feminino mostraram aumento nos valores de AUC e
tempo de meia-vida de eliminação mais longo comparados àqueles de pacientes jovens de ambos os sexos.
A depuração plasmática média no estado de equilíbrio foi discretamente menor nos indivíduos idosos do que a
relatada nos indivíduos jovens.
Hipersensibilidade ao meloxicam ou aos excipientes da fórmula. Existe possibilidade de ensibilidade cruzada com o
ácido acetilsalicílico e outros AINEs;
Histórico de asma, pólipos nasais, angioedema ou urticária após o uso de ácido acetilsalicílico ou outros
AINEs;
Úlcera gastrintestinal ativa ou recente / perfuração;
Doença inflamatória intestinal ativa (Doença de Chron ou Colite Ulcerativa);
Insuficiência hepática grave;
Insuficiência renal grave não-dialisada;
Sangramento gastrintestinal ativo, sangramento cerebrovascular recente ou distúrbios de sangramento
sistêmico estabelecidos;
Insuficiência cardíaca grave não controlada;
Condições hereditárias raras de incompatibilidade a qualquer excipiente do produto;
Tratamento de dor peri-operatória após realização de cirurgia de revascularização do miocárdio ou
angioplastia.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Movacox®
é contraindicado durante a gravidez e lactação, está classificado na categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Da mesma forma que com outros AINEs, deve-se ter cautela ao administrar o produto a pacientes com antecedentes de
afecções do trato gastrintestinal e a pacientes em tratamento com anticoagulantes.
Pacientes com sintomas gastrintestinais devem ser monitorados. O tratamento com Movacox®
deve ser interrompido
se ocorrer úlcera péptica ou sangramento gastrintestinal.
Da mesma forma que com outros AINEs, ulceração, perfuração ou sangramento gastrintestinais potencialmente fatais,
podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento, com ou sem sintomatologia prévia ou antecedentes de
distúrbios gastrintestinais graves. As consequências destes eventos normalmente são mais graves em pacientes idosos.
Relataram-se muito raramente casos de reações cutâneas graves, algumas fatais, incluindo dermatite esfoliativa,
síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica associadas ao uso de AINEs.
Supõe-se que os pacientes estejam sob maior risco a essas reações no início da terapia, sendo que as reações ocorrem,
na maioria dos casos, no primeiro mês do tratamento. Movacox®
deve ser descontinuado ao primeiro sinal de
surgimento de erupções cutâneas, lesões na mucosa ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
Os AINEs podem aumentar o risco de eventos cardiovasculares trombóticos graves, infarto do miocárdio e acidente
vascular cerebral (AVC), que podem ser fatais. Este risco pode aumentar com o prolongamento do tratamento.
Pacientes com doença cardiovascular ou fatores de risco para doença cardiovascular podem estar sob maior risco.
Os AINEs inibem a síntese das prostaglandinas renais envolvidas na manutenção da perfusão renal. Nos pacientes que
apresentam diminuição do fluxo e do volume sanguíneo renal, a administração de um anti-inflamatório não-esteroide
pode precipitar descompensação renal que, no entanto, via de regra, retorna ao estágio pré-tratamento com a
interrupção da terapia anti-inflamatória não-esteroidal.
Os pacientes sob maior risco de tal reação são idosos, indivíduos desidratados, portadores de insuficiência cardíaca
congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica, doença renal ativa; pacientes em tratamento concomitante com
diuréticos, inibidores da ECA ou antagonistas dos receptores de angiotensina II ou que se encontram hipovolêmicos
devido à intervenção cirúrgica de grande porte. Nestes pacientes, é necessário monitorar cuidadosamente o volume
urinário e a função renal no início do tratamento.
Em casos raros, os AINEs podem provocar nefrite intersticial, glomerulonefrite, necrose medular renal ou síndrome
nefrótica.
Nos pacientes com insuficiência renal grave em hemodiálise, a dose de Movacox®
não deve exceder 7,5 mg ao dia.
Nos pacientes com insuficiência renal leve ou moderada (depuração de creatinina >25 ml/min), não há necessidade de
redução de dose.
Da mesma forma que com outros AINEs, observaram-se elevações ocasionais das transaminases séricas ou de outros
indicadores da função hepática. Na maioria dos casos, o aumento acima dos níveis normais foi transitório e pequeno.
Se as alterações forem significativas ou persistentes, a administração de Movacox®
deve ser interrompida e os exames
apropriados devem ser solicitados.
Em caso de cirrose hepática clinicamente estável, não há necessidade de redução da dose de Movacox®
®.
A tolerabilidade ao produto é menor em pacientes debilitados ou desnutridos, que devem ser cuidadosamente
supervisionados. Da mesma forma que com outros AINEs, deve-se ter cautela no tratamento de pacientes idosos, nos
quais as funções renal, hepática e cardíaca estão mais frequentemente alteradas.
Os AINEs podem causar retenção hídrica, de sódio e de potássio, além de interferir no efeito natriurético dos
diuréticos. Como resultado, pode ocorrer precipitação ou exacerbação de insuficiência cardíaca ou hipertensão em
pacientes susceptíveis. Recomenda-se monitorização clínica dos pacientes sob risco.
Meloxicam, assim como outros AINEs, pode mascarar os sintomas de doença infecciosa subjacente.
Movacox®
comprimidos contém lactose. Por isso, pacientes com condição hereditárias rara de intolerância à
galactose, p. ex. galactosemia, não devem tomar esse medicamento.
Não existem estudos específicos relativos aos efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Entretanto, os pacientes devem ser alertados sobre o fato de eles poderem apresentar efeitos indesejáveis como
alterações na visão incluindo visão borrada, tontura, sonolência, vertigem e outros distúrbios do sistema nervoso
central. Portanto, recomenda-se cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas. Se os pacientes apresentarem algum
desses efeitos, eles devem evitar tais tarefas.
Fertilidade, Gravidez e Lactação
O uso de meloxicam, assim como de qualquer droga que iniba a síntese de ciclooxigenase/prostaglandinas pode
prejudicar a fertilidade e não é recomendado em mulheres que estejam tentando engravidar. Meloxicam pode
prejudicar a ovulação. Dessa forma, para mulheres com dificuldade de engravidar ou que estejam sob investigação de
infertilidade, deve-se considerar a interrupção do uso de meloxicam.
está classificado na categoria C de risco na gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista
Este medicamento é contraindicado durante a gravidez e lactação.
A inibição da síntese de prostaglandinas pode afetar adversamente a gestação e/ou desenvolvimento embriofetal.
Dados de estudos epidemiológicos sugerem aumento do risco de aborto e de malformação cardíaca e gastrosquise
devido ao uso de inibidores da síntese de prostaglandinas no início da gestação. O risco absoluto de malformação
cardiovascular foi aumentado de menos de 1% até aproximadamente 1,5%. Acredita-se que o risco aumente em
função da dose e da duração do tratamento. Em estudos pré-clínicos, foi demonstrado aumento da perda de embriões
pré e pós-implantação e da letalidade embriofetal associado à administração de um inibidor da síntese de
prostaglandinas. Além disso, houve aumento da incidência de várias malformações, inclusive cardiovasculares, em
estudos pré-clínicos que testaram inibidores da síntese de prostaglandinas durante o período organogênico.
Durante o terceiro trimestre da gestação, todos os inibidores da síntese de prostaglandinas podem expor:
o feto a:
- toxicidade cardiopulmonar (com fechamento precoce do ducto arterioso e hipertensão pulmonar);
- disfunção renal, podendo progredir para insuficiência renal com oligoidrâmnio;
a mãe e o recém nascido, no final da gravidez, a:
- possível aumento do tempo de sangramento, um efeito anti-agregante que pode ocorrer mesmo com doses muito
baixas;
- inibição das contrações uterinas, prolongando ou retardando o trabalho de parto.
Embora não haja experiência específica com meloxicam, sabe-se que os AINEs passam para o leite materno. Por isso,
Outros Inibidores da Prostaglandina Sintetase (IPS), incluindo glicocorticoides e salicilatos (ácido
acetilsalicílico): a coadministração de Inibidores da Prostaglandina Sintetase pode aumentar o risco de
úlceras e sangramentos gastrintestinais, em razão de sinergismo de ação, e não é recomendada.
O uso concomitante de meloxicam com outros AINEs (como ácido acetilsalicílico, diclofenaco de sódio,
nimesulida) não é recomendado.
A administração concomitante de aspirina (1000 mg três vezes ao dia) em voluntários sadios tendeu a aumentar a
AUC (10%) e a Cmax (24%) de meloxicam. A significância clínica dessa interação é desconhecida.
Anticoagulantes orais (como varfarina), heparina parenteral (como enoxaparina), trombolíticos (como
estreptoquinase): aumento do risco de hemorragia. Caso seja imprescindível a utilização deste tipo de
medicamento, deve-se realizar um rigoroso acompanhamento médico dos seus efeitos na coagulação.
Antiplaquetários (como dipiridamole, ticlopidina, clopidogrel) e Inibidores Seletivos de Recaptação de
Serotonina (ISRS - como fluoxetina, paroxetina, sertralina): aumento do risco de sangramento via
inibição da função das plaquetas.
Lítio: há relatos de que os AINEs aumentam a concentração plasmática de lítio (devido à diminuição da
excreção renal de lítio), que pode atingir níveis tóxicos. Não se recomenda o uso concomitante de lítio e
AINEs. Se essa combinação for necessária, as concentrações plasmáticas de lítio devem ser cuidadosamente
monitoradas durante o início, ajuste e interrupção da administração de meloxicam.
Metotrexato: AINEs podem reduzir a secreção tubular do metotrexato, aumentando sua concentração
plasmática. Por esta razão, não é recomendado o uso concomitante de AINEs nos pacientes tratados com altas
doses de metotrexato (> 15 mg/semana). O risco de interação entre os AINEs e metotrexato deve ser
considerado também em pacientes tratados com baixas doses de metotrexato, especialmente naqueles com
função renal comprometida. Nos casos em que o tratamento combinado for necessário, a contagem das
células sanguíneas e a função renal devem ser monitoradas. Deve-se ter cautela quando os AINEs e
metotrexato forem administrados concomitantemente no período de 3 dias, pois a toxicidade do metotrexato
pode aumentar devido ao aumento do seu nível plasmático.
Embora a farmacocinética do metotrexato (15 mg/semana) não seja significativamente afetada pelo
tratamento concomitante com meloxicam, deve ser considerado que a toxicidade hematológica do
metotrexato pode ser potencializada pelo tratamento com AINEs.
Contracepção: Embora ainda seja necessária confirmação, há relatos de que os AINEs diminuem a eficácia
do dispositivo intrauterino (DIU).
Diuréticos (como hidroclorotiazida; espironolactona; furosemida): O tratamento com AINEs está associado a
risco de insuficiência renal aguda em pacientes desidratados. Em caso de prescrição concomitante de
Movacox®
e diuréticos, deve-se assegurar a hidratação adequada do paciente e monitorar a função renal antes
do início do tratamento.
Anti-hipertensivos (betabloqueadores como propranolol, atenolol; inibidores da ECA, como captopril,
enalapril; vasodilatadores, como isossorbida, amlodipina; diuréticos): há relatos de diminuição do efeito
hipotensor de certos anti-hipertensivos no tratamento com AINEs, devido à inibição das prostaglandinas
vasodilatadoras.
Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) e antagonistas dos receptores de angiotensina II (como
telmisartana, valsartana), assim como os inibidores da ECA exercem efeito sinérgico na diminuição da
filtração glomerular. Isto pode levar à insuficiência renal aguda nos pacientes que já possuem a função renal
comprometida.
Colestiramina liga-se ao meloxicam no trato gastrintestinal, levando à eliminação mais rápida do
meloxicam.
Ciclosporina: os AINEs podem aumentar a nefrotoxicidade da ciclosporina através de efeitos mediados pelas
prostaglandinas renais. Durante tratamento combinado, deve-se monitorar a função renal. Meloxicam é
eliminado quase totalmente pelo metabolismo hepático, do qual aproximadamente dois terços são mediados
pelas enzimas do citocromo P450 (CYP 2C9 é responsável pela maior parte da metabolização e CYP 3A4 é
responsável pela menor parte) e um terço é metabolizado por outras vias, tais como oxidação pelas
peroxidases. Deve-se considerar interação farmacocinética potencial quando se administram
concomitantemente meloxicam e outras drogas que inibam ou que sejam metabolizadas por CYP 2C9 e/ou
CYP 3A4.
A administração concomitante de antiácidos, cimetidina, digoxina ou furosemida não revelou interação
farmacocinética significativa.
Não se podem excluir interações com hipoglicemiantes orais.
Mantenha em temperatura ambiente (15 ºC a 30 ºC), protegido da luz e da umidade.
O prazo de validade de Movacox®
é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos de Movacox®
são amarelos, circulares, biconvexo, com vinco em um dos lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos de Movacox®
devem ser ingeridos com água ou algum outro líquido, juntamente com alimentos. A
dose total diária deve ser tomada como uma dose única.
Artrite reumatoide
15 mg por dia.
De acordo com a resposta terapêutica, a dose pode ser reduzida para 7,5 mg por dia.
Osteoartrite
7,5 mg por dia.
Caso necessário, a dose pode ser aumentada para 15 mg por dia.
Adolescentes
A dose máxima recomendada para adolescentes é de 0,25 mg/kg.
Em geral, o uso de Movacox®
deve ser restrito a adolescentes e adultos.
Em pacientes com elevado risco de reações adversas, recomenda-se iniciar o tratamento com 7,5 mg/dia.
Em pacientes com insuficiência renal grave em diálise, a dose diária não deve exceder 7,5 mg.
Como o potencial para reações adversas aumenta com a dose e com o tempo de exposição, deve-se utilizar a menor
dose diária eficaz durante o menor tempo possível.
A dose diária máxima recomendada de Movacox®
é 15 mg.
Em caso de administração combinada de meloxicam oral e injetável, a dose diária total não deve exceder 15 mg.
– Reações comuns (> 1/100 e <1/10): cefaleia, dor abdominal, dispepsia, diarreia, náusea e vômitos.
– Reações incomuns (> 1/1.000 e < 1/100): anemia, hipersensibilidade imediata, tontura, sonolência, vertigem,
aumento da pressão arterial, rubor facial, hemorragia gastrintestinal oculta ou macroscópica (podendo ser fatal),
gastrite, estomatite, constipação, flatulência, eructação, testes de função hepática anormais (por exemplo, aumento da
transaminase ou bilirrubina), edema angioneurótico, rash, prurido, exames de função renal anormais (aumento da
creatinina e/ou ureia séricas), distúrbios miccionais, incluindo retenção urinária aguda, edema.
– Reações raras (>1/10.000 e < 1/1000): alteração da contagem de células sanguíneas (incluindo alteração na
contagem de células brancas), leucopenia, trombocitopenia, alteração do humor, distúrbio visual inclusive visão turva,
conjuntivite, zumbido, palpitações, asma (em indivíduos alérgicos ao ácido acetilsalicílico ou outros AINEs), úlcera
gastroduodenal (podendo ser fatal), colite, esofagite, necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Stevens-Johnson),
urticária.
– Reações muito raras (<1/10.000): perfuração gastrintestinal (podendo ser fatal), hepatite, dermatite bolhosa, eritema
multiforme, insuficiência renal aguda.
– Reações com frequência desconhecida: reação anafilática, reação anafilactoide, estado confusional, desorientação,
reação de fotossensibilidade.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.