Bula do Myleran produzido pelo laboratorio Glaxosmithkline Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Myleran
GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Comprimidos Revestidos
2mg
Myleran®
comprimidos
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LEIA ESTA BULA ATENTAMENTE ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
bussulfano
APRESENTAÇÃO
é apresentado em frascos com 25 comprimidos revestidos contendo 2 mg de bussulfano.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
bussulfano............................................................................................................................................................................................. 2 mg
excipientes* ..........................................................................q.s.p. ........................................................................................1 comprimido
*lactose, amido, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio e triacetina.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Myleran®
é indicado para o tratamento da leucemia granulocítica crônica.
O bussulfano tem sido o fármaco padrão para LGC por 30 anos. A taxa de resposta é muito alta, o tratamento é simples e sem sobressaltos, e
os efeitos colaterais são mínimos no curto prazo.1
Uma comparação da eficácia da irradiação esplênica versus bussulfano no tratamento da leucemia granulocítica crônica mostra que o uso de
bussulfano é uma forma de terapia superior à luz de todos os critérios examinados. 2
Os pacientes em um grupo (B) deveriam ser tratados com bussulfano, e aqueles no outro grupo (R), com radioterapia. A sobrevida mediana
do grupo bussulfano foi de 170 semanas e a do grupo radioterapia, de 120 semanas após o início do tratamento. Bussulfano foi superior na
consecução da elevação da concentração de hemoglobina até níveis “normais” arbitrariamente escolhidos. Apenas um dos 48 pacientes não
conseguiu atingir a faixa inferior dos níveis normais, em comparação a sete dos 54 pacientes no grupo radioterapia. 3
1. SPIERS, A.S.D. et al. Chronic Granulocytic Leukemia. Medical Clinics North America, 68(3): 713-27, 1984.
2. CONRAD, CFG. et al. Survival in chronic granulocytic leukemia. Splenic irradiation vs busulfan. Arch Inter Med, 13: 684-5, 1973.
3. WITTS, L. J. et al. Chronic Granulocytic Leukaemia: Comparison of Radiotherapy and Busulphan Therapy. Brit Med I, 1: 201-208, 1968.
Propriedades farmacodinâmicas
O bussulfano é um agente alquilante bifuncional. Presume-se que seu mecanismo de ação se dê através da ligação ao DNA, tendo sido
isolados derivados di-guanil. Porém, a ligação cruzada entre as cadeias ainda não foi demonstrada de modo conclusivo.
As bases para o efeito seletivo único de Myleran®
sobre a granulocitopoiese não estão completamente definidas. Embora não seja curativo,
Myleran®
é muito efetivo na redução da massa total de granulócitos, alivia os sintomas da doença e melhora o estado clínico do paciente.
demonstrou ser superior à irradiação esplênica, quando avaliado pelos períodos de sobrevida e de manutenção dos níveis de
hemoglobina, e é tão eficaz quanto a irradiação no controle do tamanho do baço.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A área sob a curva (AUC) e os picos de concentração plasmática (Cmáx) do bussulfano apresentam reação dose-dependente linear. Após
administração de uma dose única oral de 2 mg do bussulfano, a AUC e os Cmáx foram 125 ± 17 ng.h/mL e 28 ± 5ng/mL, respectivamente.
O intervalo de tempo entre a administração de bussulfano e sua detecção no plasma pode chegar a duas horas.
A biodisponibilidade oral do Myleran®
mostrou variação entre 47% e 103% (média de 80%) em adultos.
Tratamento com altas doses
O produto foi testado tanto por cromatografia líquida gasosa com detecção por captura de elétrons quanto por cromatografia líquida de alta
performance (HPLC).
Após a administração oral de altas doses de bussulfano (1mg/kg a cada seis horas por quatro dias), a AUC e os Cmáx em adultos apresentaram
grande variação,sendo de 8.260 ng.h/mL (variando de 2.484 a 21.090) e 1.047 ng/mL (variando de 295 a 2.558), respectivamente, quando
medidos por HPLC, e 6.135 ng.h/mL (variando de 3.978 a 12.304) e 1.980 ng/mL (variando 894 a 3.800), respectivamente, usando
cromatografia gasosa.
Distribuição
O volume de distribuição do bussulfano é de 0,064 ± 0,12 L/kg em adultos.
O bussulfano demonstrou penetrar no líquor, quando administrado em doses elevadas, em níveis comparáveis àqueles encontrados no
plasma, com uma proporção líquor/plasma de 1,3:1. A distribuição saliva/plasma do bussulfano foi de 1,1:1.
A ligação, de forma reversível, do bussulfano às proteínas plasmáticas varia de desprezível a aproximadamente 55%. A ligação irreversível
da droga às células sanguíneas e às proteínas plasmáticas foi de 47% e 32%, respectivamente.
Metabolismo
O metabolismo do bussulfano envolve a reação com a glutationa, que ocorre por via hepática e é mediada pela glutationa-S-transferase.
Foram identificados metabólitos urinários do bussulfano, como 3-hidroxissulfolana, óxido1-tetra-hidropenteno e sulfolano, em pacientes
tratados com doses elevadas de bussulfano.
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Eliminação
A meia-vida do bussulfano é de 2,3 a 2,8 horas. O clearance do bussulfano em pacientes adultos varia de 2,4 a 2,6 mL/min/kg. Houve
redução no tempo de meia-vida de eliminação do bussulfano com a repetição da dose, sugerindo que o bussulfano aumenta potencialmente
seus próprios metabólitos.
Uma quantidade muito pequena (1 a 2%) de bussulfano inalterado é excretada na urina.
Populações de pacientes especiais
Crianças
Há uma grande variação intraindividual (22 a 120%, média: 67%) da biodisponibilidade oral do bussulfano em crianças.
O clearance plasmático do bussulfano foi de duas a quatro vezes maior em crianças do que em adultos, quando receberam 1 mg/kg a cada
seis horas por quatro dias. A dosagem para crianças, de acordo com a área de superfície corporal, mostrou valores de AUC e Cmáx similares
aos observados em adultos. A AUC em crianças abaixo de 15 anos mostrou ser metade da AUC observada em adultos; e em crianças abaixo
de 3 anos, mostrou ser um quarto da AUC em adultos.
O volume de distribuição do bussulfano em crianças é de 1,15 ± 0,52 L/kg.
Quando o bussulfano é administrado em doses de 1 mg/kg a cada seis horas durante quatro dias, a razão líquor:plasma demonstrou ser
1,02:1. Entretanto, quando a dose administrada foi de 37,5 mg/m2
a cada seis horas por quatro dias, a razão foi de 1,39:1.
Pacientes obesos
O clearance do bussulfano aumenta em obesos. A dose baseada na área de superfície corporal ou ajustada ao peso corporal ideal deve ser
considerada na obesidade.
Myleran®
não deve ser utilizado em pacientes que já tenham demonstrado resistência ao tratamento com bussulfano ou que tenham
apresentado reação de hipersensibilidade ao bussulfano ou a qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Myleran®
é um agente citotóxico ativo para uso apenas sob supervisão de médicos experientes na administração destes agentes.
A imunização com vacinas contendo micro-organismos vivos tem o potencial de causar infecções em pacientes imunodeficientes. Assim, não
é recomendada a imunização com vacinas elaboradas com micro-organismos vivos nesses pacientes.
deve ser descontinuado caso o paciente desenvolva toxicidade pulmonar (ver Reações adversas).
Geralmente, Myleran®
não deve ser administrado em conjunto com radioterapia, nem logo após seu término.
não é efetivo em casos de transformação blástica.
Caso seja necessário administrar anestesia a pacientes com possível toxicidade pulmonar pelo bussulfano, deve-se manter a concentração de
oxigênio inspirado tão baixa quanto a segurança permitir e dar atenção especial aos cuidados respiratórios pós-operatórios.
Hiperuricemia e/ou hiperuricosúria não são ocorrências incomuns em pacientes com leucemia granulocítica crônica e devem ser corrigidas
antes do início do tratamento com Myleran®
. Durante o tratamento, o risco de hiperuricemia e nefropatia por ácido úrico deve ser evitado
pela profilaxia adequada, que inclui hidratação e uso de alopurinol.
Tratamento com doses convencionais
Pacientes que estão utilizando concomitantemente itraconazol ou metronidazol com doses convencionais de Myleran®
devem ser
monitorados para sinais de toxicidade pelo bussulfano, e, semanalmente, devem ser realizadas contagens sanguíneas (ver Interações
medicamentosas).
Tratamento com altas doses
Se forem prescritas altas doses de Myleran®
, os pacientes devem fazer profilaticamente tratamento anticonvulsivante, de preferência com
benzodiazepínicos, em vez de fenitoína (ver Reações adversas e Interações medicamentosas).
A administração concomitante de itraconazol ou metronidazol com altas doses de Myleran®
está associada ao aumento do risco de
toxicidade pelo bussulfano (ver Interações medicamentosas). A coadministração de metronidazol e Myleran®
não é recomendada. A
coadministração de itraconazol com altas doses de Myleran®
deve ser baseada na avaliação risco/benefício.
Houve redução da incidência de doença hepática veno-oclusiva e de outras toxicidades dose-dependentes em pacientes tratados com altas
doses de Myleran®
e ciclofosfamida, quando a primeira dose de ciclofosfamida foi dada mais de 24 horas após a última dose de Myleran®
.
Monitoramento
Deve ser dada atenção à contagem sanguínea durante o tratamento, para evitar a possibilidade de mielossupressão excessiva e o risco de
aplasia irreversível da medula óssea (ver Reações adversas).
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob
imunossupressão devem estar atentos quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando todos os cuidados para o
diagnóstico precoce e o tratamento.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não existem estudos sobre o efeito do bussulfano na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Um efeito prejudicial nessas
atividades não pode ser previsto a partir da farmacologia da droga.
Gravidez e lactação
Como acontece com todos os quimioterápicos citotóxicos, deve-se aconselhar a adoção de medidas contraceptivas quando um dos parceiros
estiver em tratamento com Myleran®
. Sempre que possível, deve-se evitar o uso de Myleran®
na gravidez, particularmente durante o
primeiro trimestre. Em cada caso, o benefício esperado do tratamento da mãe deve ser comparado aos possíveis riscos ao feto.
Poucos casos de anormalidades congênitas, não necessariamente associadas ao uso de Myleran®
, foram descritos, e a exposição durante o
terceiro trimestre de gravidez pode estar associada ao crescimento intrauterino prejudicado. Entretanto, também foram descritos muitos casos
de recém-nascidos aparentemente normais após a exposição ao bussulfano no útero, mesmo durante o primeiro trimestre de gravidez.
Estudos em animais em tratamento com bussulfano demonstraram toxicidade reprodutiva. O risco potencial para humanos é desconhecido.
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Não se sabe se Myleran®
ou seus metabólitos são excretados no leite humano. As mães em tratamento com Myleran®
não devem
amamentar seus filhos.
Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Mutagenicidade
Foram observadas várias aberrações cromossômicas em células de pacientes que estavam tomando Myleran®
Carcinogenicidade
Com base em testes de curta duração, Myleran®
foi classificado como potencialmente carcinogênico pela IARC (Agência Internacional de
Pesquisa em Câncer). A Organização Mundial da Saúde concluiu que há relação causal entre a exposição a Myleran®
e o câncer.
Foi observada displasia epitelial disseminada em pacientes tratados com Myleran®
por longos períodos, com algumas das alterações
assemelhando-se a lesões pré-cancerosas.
Alguns tumores malignos foram relatados em pacientes que haviam recebido tratamento com Myleran®
Há evidências crescentes de que Myleran®
, juntamente com outros agentes alquilantes, seja leucemogênico. Em um estudo prospectivo
controlado, no qual Myleran®
foi administrado por dois anos como adjuvante à cirurgia para câncer de pulmão, o acompanhamento de longo
prazo mostrou aumento da incidência de leucemia aguda quando comparado ao grupo tratado com placebo. A incidência de tumores sólidos
A imunização com vacinas contendo micro-organismos vivos não é recomendada em imunodeficientes (ver Advertências e precauções).
A toxicidade pulmonar pode ser exarcerbada com o uso concomitante de outros agentes citotóxicos (ver Reações adversas).
A administração de fenitoína a pacientes recebendo altas doses de Myleran®
pode resultar em redução do efeito mieloablativo.
A administração de itraconazol reduz o clearance de bussulfano em aproximadamente 20%, com correspondente aumento dos níveis
plasmáticos de bussulfano em pacientes recebendo altas doses de Myleran®
. Os níveis plasmáticos de bussulfano aumentam em
aproximadamente 80% com o uso concomitante de metronidazol. Consequentemente, altas doses de Myleran®
em combinação com
itraconazol ou metronidazol estão associadas ao aumento do risco de toxicidade por bussulfano. O fluconazol não teve efeito no clearance do
bussulfano (ver Advertências e precauções).
Houve redução da incidência de doença hepática veno-oclusiva e outras toxicidades dose-dependentes em pacientes tratados com altas doses
de Myleran®
e ciclofosfamida, quando a primeira dose de ciclofosfamida foi dada mais de 24 horas após a última dose de Myleran®
.
Cuidados de armazenamento
Mantenha o medicamento na embalagem original e em temperatura abaixo de 25°C.O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de
fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspectos físicos / Características organolépticas
Os comprimidos revestidos de Myleran®
são brancos, com a letra M gravada em um lado e a expressão GX EF3 do outro.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de uso
Uso oral.
Myleran®
é utilizado geralmente em ciclos de tratamento ou continuamente. A dose deve ser ajustada individualmente com estreita
monitoração clínica e controle hematológico. Caso o paciente precise de uma dose média diária de Myleran®
inferior à concentração
disponível nos comprimidos, a dose pode ser ajustada pela introdução de um ou mais dias livres de Myleran®
durante o tratamento. Os
comprimidos não devem ser divididos.
Posologia
Leucemia granulocítica crônica
Indução em adultos
Normalmente, o tratamento é iniciado assim que a doença é diagnosticada. A dose diária é de 0,06 mg/kg, com uma dose diária inicial
máxima de 4 mg, que pode ser administrada em dose única.
Há uma variação individual na resposta ao Myleran®
, e em uma pequena proporção de pacientes, a medula óssea pode ser extremamente
sensível (ver Advertências e precauções). Durante a fase de indução, deve-se controlar a contagem sanguínea pelo menos uma vez por
semana. Pode ser útil registrar a contagem das células em uma planilha apropriada, para acompanhar o tratamento.
A dose deve ser aumentada somente se a resposta for inadequada após três semanas.
O tratamento deve ser continuado até que a contagem do total de leucócitos tenha atingido 15 – 25 x 109
/L (tipicamente 12 – 20 semanas). O
tratamento pode então ser interrompido, prevendo-se que mais uma queda do número de leucócitos pode ocorrer durante as duas semanas
seguintes. A continuação do tratamento com a dose de indução após essa fase ou quando a contagem de plaquetas é inferior a 100 x 109
/L
está associada com risco significativo de aplasia prolongada, e, possivelmente, irreversível, da medula óssea.
Manutenção em adultos
O controle da leucemia pode ser obtido, por longos períodos, sem tratamento adicional com Myleran®
. Novos ciclos de tratamento, são
usualmente administrados quando a contagem de leucócitos eleva-se para 50 x 109
/L (50 x 106
/mL) ou quando há recorrência dos sintomas.
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Alguns médicos preferem administrar terapia contínua de manutenção. O tratamento contínuo pode ser mais prático nos casos em que a
duração de uma remissão é curta.
O objetivo é manter a contagem de leucócitos de 10 a 15 x 109
/L. Contagens sanguíneas devem ser feitas no mínimo a cada quatro semanas.
A dose de manutenção usual é, em média, 0,5 a 2 mg/dia, mas as necessidades individuais podem ser muito menores. Caso o paciente precise
de uma dose média diária de Myleran®
inferior à concentração disponível nos comprimidos, a dose de manutenção pode ser ajustada pela
introdução de um ou mais dias livres de Myleran®
durante o tratamento.
Nota: deve-se usar doses mais baixas de Myleran®
se houver administração conjunta de outros agentes citotóxicos (ver Reações adversas e
Interações medicamentosas).
Pacientes obesos:
Na obesidade, devem ser consideradas dosagens baseadas na área de superfície corporal ou ao peso corporal ideal ajustado. A literatura
relevante deve ser consultada para mais detalhes dos esquemas de tratamento.
Crianças:
Leucemia granulocítica crônica é rara em pacientes pediátricos.
Idosos:
Não há recomendações específicas de dosagem para pacientes idosos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Não existem dados clínicos recentes que possam ser usados para determinar a frequência das reações adversas. A incidência de reações
adversas pode variar de acordo com a dose administrada e com o uso concomitante de outros agentes terapêuticos.
Reações muito comuns (>1/10): efeitos gastrintestinais como náusea e vômito, diarreia e ulceração oral com altas doses, depressão dose-
dependente da medula óssea, manifestada como leucopenia e, particularmente, como trombocitopenia; síndrome de pneumonia idiopática
após o uso de altas doses*; hiperbilirrubinemia, icterícia, anemia, doença hepática veno-oclusiva (ver Advertências e precauções e Interações
medicamentosas) e, em altas doses, fibrose sinusoidal centrolobular com atrofia hepatocelular e necrose**; supressão ovariana e amenorreia
com sintomas de menopausa, com altas doses em pacientes na pré-menopausa; falência ovariana grave e persistente, incluindo incapacidade
para alcançar a puberdade, após administração de altas doses em meninas e pré-adolescentes; esterilidade, azoospermia e atrofia testicular em
pacientes homens***.
Reações comuns (>1/100 e <1/10): leucemia aguda secundária (ver Advertências e precauções; Carcinogenicidade); tamponamento cardíaco
em pacientes com talassemia recebendo altas doses de Myleran®
; pneumonite intersticial após o uso de doses convencionais por períodos
prolongados*; cistite hemorrágica, em altas doses combinadas à ciclofosfamida; alopecia, em altas doses, e hiperpigmentação.
A hiperpigmentação ocorre particularmente em pacientes com tom de pele mais escuro. Isso é mais comum no pescoço, parte superior do
tronco, mamilos, abdômen e rugas palmares. Essas alterações também podem ocorrer como parte de uma síndrome clínica; .
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): supressão ovariana e amenorreia com sintomas de menopausa em pacientes na pré-menopausa
utilizando doses convencionais. Em casos muito raros, houve recuperação da função ovariana mesmo com tratamento continuado***
Reações raras (>1/10.000 e <1.000):
- anemia aplástica, algumas vezes irreversível, tipicamente após doses convencionais durante longos períodos e também com altas doses de
Myleran®
;
- convulsões com altas doses (ver Interações medicamentosas e Advertências e precauções);
- alterações oculares e catarata, que podem ser bilaterais, adelgaçamento da córnea em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
precedido por altas doses de Myleran®
- efeitos gastrintestinais, como náusea e vômito, diarreia e ulceração oral com doses convencionais. Esses efeitos podem ser atenuados com o
uso de doses divididas;
- em doses convencionais, icterícia colestática e anormalidades na função hepática, fibrose sinusoidal centrolobular**;
- alopecia, em doses convencionais, reações na pele, incluindo urticária, eritema multiforme, eritema nodoso, porfiria cutânea tardia, rash
semelhante ao causado por alopurinol, ressecamento e fragilidade excessiva da pele associados à anidrose, ressecamento das mucosas e
queilose e síndrome de Sjögren;
- aumento do efeito da radiação na pele de pacientes recebendo radioterapia logo após altas doses de Myleran®
- ginecomastia***;
- displasia epitelial generalizada. Muitas alterações histológicas e citológicas foram observadas em pacientes tratados com Myleran®
,
incluindo displasia generalizada cervical uterina, brônquica e de outros epitélios. Muitos relatos estão relacionados ao tratamento de longo
prazo, porém anormalidades epiteliais transitórias foram observadas após tratamento de curta duração com altas doses.
Reações muito raras (<1/10.000): miastenia gravis; síndrome clínica (caracterizada por fraqueza, muito cansaço, anorexia, perda de peso,
náusea, vômito e hiperpigmentação da pele) assemelhando-se à insuficiência adrenal (doença de Addison), porém, sem evidências
bioquímicas de supressão adrenal, hiperpigmentação de mucosas e perda de cabelo.
Esta síndrome foi observada em poucos casos após tratamento prolongado com Myleran®
e remitiu, ocasionalmente, com a suspensão do
tratamento.
* A toxicidade pulmonar após o tratamento com altas doses ou doses convencionais é tipicamente representada por tosse seca inespecífica,
dispneia e hipóxia, com evidência de função pulmonar anormal. Outros agentes citotóxicos podem levar à exarcerbação dos efeitos tóxicos
pulmonares (ver Interações medicamentosas). Lesões pulmonares subclínicas causadas pelo Myleran®
podem piorar após radioterapia. Uma
vez que a toxicidade pulmonar ocorre, o prognóstico é reservado mesmo com a suspensão do Myleran®
, sendo que há pouca evidência de
que o uso de corticosteroides seja útil nesse caso.
Síndrome de pneumonia idiopática é uma pneumonia difusa não-infecciosa que usualmente ocorre nos primeiros três meses de tratamento
condicionante com altas doses de Myleran®
antes de transplante de medula óssea autólogo ou alogenético. Hemorragia alveolar difusa
também pode ser detectada por lavado brônquico em alguns casos. A radiografia ou tomografia computadorizada do tórax revela infiltrados
inespecíficos focais ou difusos, e a biópsia pulmonar mostra pneumonite intersticial, danos alveolares difusos e algumas vezes fibrose.
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A pneumonite intersticial pode ocorrer após o uso de doses convencionais por períodos prolongados e pode levar tardiamente (até anos
depois) à fibrose pulmonar. O início geralmente é insidioso, mas pode também ser agudo. Características histológicas incluem alterações
atípicas do epitélio alveolar e bronquiolar e a presença de células gigantes com grandes núcleos hipercromáticos. A doença pulmonar pode
ser complicada por infecções sucessivas. Há relatos de calcificações pulmonares distróficas e de ossificação pulmonar.
** Myleran®
não é geralmente considerado significativamente hepatotóxico em doses terapêuticas normais. No entanto, revisão
retrospectiva de relatórios post mortem mostrou evidências de fibrose sinusoidal centrolobular em pacientes que haviam sido tratados com
baixas doses de Myleran®
por pelo menos dois anos para leucemia granulocítica crônica.
.*** Estudos em animais tratados com bussulfano mostraram toxicidade reprodutiva.
Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.