Bula do Naprix para o Profissional

Bula do Naprix produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Naprix
Libbs Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NAPRIX PARA O PROFISSIONAL

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NAPRIX

(ramipril)

Libbs Farmacêutica Ltda.

Comprimidos

2,5/5,0/10 mg

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NAPRIX®

ramipril

APRESENTAÇÕES

Comprimidos com 2,5 mg, 5 mg ou 10 mg de ramipril. Embalagem com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém 2,5 mg, 5 mg ou 10 mg de ramipril.

Excipientes: hipromelose, amido, celulose microcristalina, óxido férrico vermelho, estearilfumarato de sódio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Naprix®

é destinado ao tratamento de:

− Hipertensão arterial;

− Insuficiência cardíaca congestiva;

− Redução da mortalidade em pacientes pós-infarto do miocárdio;

− Tratamento de nefropatia glomerular manifesta e nefropatia incipiente, em pacientes diabéticos ou não diabéticos;

− Prevenção de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia cardiovascular e redução da

necessidade de realização de procedimentos de revascularização, em pacientes com alto risco cardiovascular, como

coronariopatia manifesta (com ou sem antecedentes de infarto do miocárdio), caso anterior de acidente vascular

cerebral ou de doença vascular periférica;

− Prevenção de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia cardiovascular, em pacientes

diabéticos;

− Prevenção da progressão de microalbuminúria e nefropatia manifesta.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de ramipril pode ser comprovada no estudo de Yusuf e colaboradores1

, controlado com placebo (Estudo

HOPE), com duração de cinco anos, conduzido em pacientes com 55 anos ou mais, apresentando risco cardiovascular

aumentado devido a doenças vasculares (doença cardíaca coronariana manifesta, história de acidente vascular cerebral ou

história de doença vascular periférica) ou apresentando diabetes mellitus com no mínimo um fator de risco adicional

(microalbuminúria, hipertensão, níveis elevados de colesterol total, baixos níveis de HDL-colesterol, tabagismo),

ramipril foi administrado concomitante a uma terapia padrão em 4.645 pacientes com objetivo de prevenção. Este estudo

comprovou que ramipril reduz de maneira significativa a incidência de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral

ou mortes causadas por doenças cardiovasculares, além de reduzir a mortalidade total, bem como a necessidade de

revascularizações, também atrasa o início e a progressão da insuficiência cardíaca congestiva. Na população em geral e

entre os diabéticos, ramipril reduz o risco de desenvolvimento de nefropatia. O ramipril também reduz a ocorrência de

microalbuminúria.

Ruggenenti2

publicou um estudo multicêntrico controlado envolvendo 338 pacientes para controle da pressão por 19

meses comprovando a eficácia na diminuição da pressão arterial com ramipril.

O estudo AIRE3

demonstrou que o ramipril reduz o risco de mortalidade em 27% quando comparado ao placebo, em

pacientes com evidência clínica de insuficiência cardíaca que iniciaram o tratamento três a dez dias após infarto agudo do

miocárdio. Subanálises revelaram que os riscos de morte súbita e da progressão de insuficiência cardíaca

severa/resistente sofreram reduções adicionais (30% e 23%, respectivamente). Adicionalmente, a probabilidade de

hospitalização posterior devido à insuficiência cardíaca foi reduzida em 26%.

No estudo MICRO-HOPE4

3.577 pacientes com diabetes foram incluídos neste estudo e a eficácia de ramipril mostrou

reduzir o risco do resultado primário combinado de 25%, infarto do miocárdio em 22%, acidente vascular cerebral em

33%, morte cardiovascular em 37 %, a mortalidade total em 24%, de revascularização em 17% e nefropatia em 24%.

Ramipril foi benéfico para eventos cardiovasculares e nefropatia manifesta em pessoas com diabetes. O benefício

cardiovascular foi maior que o atribuído à diminuição da pressão arterial.

Ostergren5

em seu estudo randomizado duplo cego, controlado com placebo, em 8986 pacientes acompanhados por

quatro anos e seis meses, comprovou a eficácia de ramipril prevenindo eventos cardiovasculares em pacientes com

doença arterial periférica subclínica.

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Referências Bibliográficas

(1) Yusuf S, et al. Effects of an angiotensin-converting-enzyme inhibitor, ramipril, on cardiovascular events in high-risk

patients. The Heart Outcomes Prevention Evaluation Study Investigators. N Engl J Med. 2000 Jan; 342(3):145-53.

(2) Ruggenenti P, et al. Blood-pressure control for renoprotection in patients with non-diabetic chronic renal disease

(REIN-2): multicentre, randomised controlled trial. Lancet. 2005 Mar; 365(9463):939-46.

(3) Hall AS, et al. Follow-up study of patients randomly allocated ramipril or placebo for heart failure after acute

myocardial infarction: AIRE Extension (AIREX) Study. Acute Infarction Ramipril Efficacy. Lancet. 1997 May;

349(9064):1493-7.

(4) Heart Outcomes Prevention Evaluation Study Investigators. Effects of ramipril on cardiovascular and microvascular

outcomes in people with diabetes mellitus: results of the HOPE study and MICRO-HOPE substudy. Lancet. 2000 Jan;

355(9200):253-9.

(5) Ostergren J, et al. Impact of ramipril in patients with evidence of clinical or subclinical peripheral arterial disease. Eur

Heart J. 2004 Jan;25(1):17-24.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Modo de ação

O ramiprilato, metabólito ativo do pró-fármaco ramipril, inibe a enzima dipeptidilcarboxipeptidase I (sinônimos: enzima

conversora de angiotensina (ECA), cininase II). No plasma e tecidos, esta enzima catalisa a conversão de angiotensina I

em angiotensina II, substância vasoconstritora ativa, assim como o esgotamento da bradicinina, substância vasodilatadora

ativa. A redução da formação de angiotensina II e a inibição do esgotamento de bradicinina conduzem à vasodilatação.

Como a angiotensina II também estimula a secreção de aldosterona, o ramiprilato promove redução da secreção de

aldosterona. O aumento da atividade de bradicinina contribui, provavelmente, para os efeitos cardioprotetor e endotélio-

protetor observados em estudos com animais. Ainda não está estabelecida também, a relação destes efeitos, com certas

reações adversas (por exemplo: tosse irritativa). Os inibidores da ECA são eficazes mesmo em pacientes com hipertensão

de baixa renina. A resposta média ao inibidor da ECA em monoterapia é menor em pacientes negros (afro-caribenhos) e

hipertensos (geralmente população hipertensa de baixa renina) do que em pacientes não negros.

Propriedades farmacodinâmicas

A administração de ramipril causa redução acentuada da resistência arterial periférica. Geralmente, não ocorrem

alterações significativas no fluxo plasmático renal e na taxa de filtração glomerular. A administração de ramipril em

pacientes com hipertensão promove redução da pressão arterial, tanto na posição supina quanto na posição ereta, sem

causar aumento compensatório na frequência cardíaca. Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo

torna-se aparente após uma ou duas horas da administração oral de dose única, sendo que o efeito máximo é alcançado

três a seis horas após essa administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose única é geralmente de 24

horas. O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua de ramipril é geralmente observado após três a

quatro semanas. Foi demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é sustentado em tratamentos prolongados durante dois

anos. A interrupção abrupta de ramipril não produz aumento rebote rápido e excessivo na pressão arterial.

Propriedades farmacocinéticas

Metabolismo: o pró-fármaco ramipril passa por um extenso metabolismo hepático pré-sistêmico, que é essencial para a

formação do ramiprilato, único metabólito ativo (por meio de hidrólise, que ocorre predominantemente no fígado).

Adicionalmente a esta ativação em ramiprilato, o ramipril é glicuronizado e transformado em ramipril dicetopiperazina

(éster). O ramiprilato também é glicuronizado e transformado em ramiprilato de dicetopiperazina (ácido). Como

resultado dessa ativação/metabolização do pró-fármaco, a biodisponibilidade do ramipril administrado por via oral é de

aproximadamente 20%. A biodisponibilidade do ramiprilato após administração oral de 2,5 e 5,0 mg de ramipril é de

aproximadamente 45% comparada a sua disponibilidade após a administração intravenosa das mesmas doses.

Eliminação: após a administração oral de 10 mg de ramipril radiomarcado, aproximadamente 40% da radioatividade

total é excretada nas fezes e aproximadamente 60% na urina. Após administração intravenosa de ramipril,

aproximadamente 50 a 60% da dose foi detectada na urina (como ramipril e seus metabólitos); aproximadamente 50% foi

eliminada aparentemente por vias não renais. Após a administração intravenosa de ramiprilato, aproximadamente 70% da

substância e seus metabólitos foi encontrado na urina, indicando eliminação não renal de ramiprilato de

aproximadamente 30%. Após a administração oral de 5 mg de ramipril em pacientes com drenagem dos ductos biliares,

aproximadamente a mesma quantidade de ramipril e seus metabólitos foi excretada pela urina e pela bile nas primeiras 24

horas. Aproximadamente 80 a 90% dos metabólitos encontrados na urina e na bile foram identificados como ramiprilato

ou metabólitos do ramiprilato. Ramipril glicuronídeo e ramipril dicetopiperazina representaram aproximadamente 10 a

20% da quantidade total de metabólitos, enquanto que a quantidade de ramipril não metabolizado foi de

aproximadamente 2%.

Distribuição: estudos realizados em animais durante a fase de amamentação demonstraram que o ramipril passa para o

leite materno. O ramipril é rapidamente absorvido após a administração oral. Como foi determinado através da

recuperação da radioatividade na urina, que representa apenas uma das vias de eliminação, a absorção de ramipril é de

pelo menos 56%. A administração de ramipril concomitante com alimentos não apresenta efeito relevante sobre a

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absorção. As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de uma hora após a administração oral. A meia-

vida de eliminação é de aproximadamente uma hora. As concentrações plasmáticas máximas de ramiprilato são atingidas

em duas a quatro horas após a administração oral de ramipril. A queda das concentrações plasmáticas do ramiprilato é

polifásica. A meia-vida da distribuição inicial e da fase de eliminação é de aproximadamente três horas. É seguida por

uma fase intermediária (meia-vida de aproximadamente 15 horas) e por uma fase terminal com concentrações

plasmáticas de ramiprilato muito baixas e com meia-vida de aproximadamente quatro a cinco dias. A fase terminal está

relacionada à dissociação lenta do ramiprilato da sua ligação restrita, mas saturável, à ECA. Apesar da longa fase

terminal, a dose única diária maior ou igual a 2,5 mg de ramipril promove concentrações plasmáticas de ramiprilato no

estado de equilíbrio após aproximadamente quatro dias. A meia-vida "efetiva", que é relevante para a determinação da

dose, é de 13 a 17 horas quando da administração de doses múltiplas. Após administração intravenosa, o volume de

distribuição sistêmica de ramipril é de aproximadamente 90 L e o volume de distribuição sistêmica relativa do

ramiprilato é de aproximadamente 500 L. Em estudos in vitro, o ramiprilato demonstrou constantes inibitórias gerais de 7

pmol/L e meia-vida de dissociação da ECA de 10,7 horas, que são indicativos de alta potência. As taxas de ligação à

proteína do ramipril e do ramiprilato são de aproximadamente 73% e 56%, respectivamente.

− Populações especiais

Idosos: em voluntários saudáveis com idade entre 65 e 76 anos, os parâmetros farmacocinéticos do ramipril e do

ramiprilato são semelhantes aos de voluntários saudáveis jovens.

Insuficiência Renal: a excreção renal do ramiprilato é reduzida em pacientes com alterações da função renal e o

clearance renal do ramiprilato é proporcionalmente relacionado ao clearance da creatinina. Isso resulta na elevação das

concentrações plasmáticas de ramiprilato, que diminuem de maneira mais lenta do que em pessoas com função renal

normal.

Insuficiência Hepática: a alteração da função hepática retarda a ativação de ramipril à ramiprilato quando são

administradas doses elevadas (10 mg) de ramipril, resultando na elevação do nível plasmático de ramipril e na

diminuição da eliminação de ramiprilato.

Hipertensão: assim como em pessoas saudáveis e pacientes com hipertensão, também não foi observado acúmulo

relevante de ramipril e ramiprilato após administração oral de 5 mg de ramipril uma vez ao dia, durante duas semanas,

em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

− Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda: com uma DL50 superior a 10.000 mg/Kg de peso corpóreo em camundongos e ratos e superior a

1000 mg/Kg de peso corpóreo em cães da raça beagle, considerou-se que a administração oral de ramipril não apresenta

toxicidade aguda.

Toxicidade crônica: estudos de toxicidade crônica foram conduzidos em ratos, cães e macacos. Em ratos, doses diárias

na ordem de 40 mg/Kg de peso corpóreo provocaram alterações nos eletrólitos plasmáticos e anemia. Com doses diárias

≥ 3,2 mg/Kg de peso corpóreo, foram encontradas algumas evidências de alterações na morfologia renal (atrofia do

túbulo distal). Entretanto, estes efeitos podem ser explicados farmacodinamicamente e são característicos desta classe de

substâncias. Doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo foram toleradas por ratos sem que fossem observados efeitos

tóxicos. A atrofia tubular foi observada em ratos, mas não em cães e macacos. Como uma expressão da atividade

farmacodinâmica do ramipril (um sinal do aumento da produção de renina como reação à redução da formação de

angiotensina II), foi observada hipertrofia pronunciada do aparelho justaglomerular em cães e em macacos -

especialmente com doses diárias ≥ 250 mg/Kg de peso corpóreo. Também foram observadas, em cães e em macacos,

alterações nos eletrólitos plasmáticos e no perfil sanguíneo. Cães e macacos toleraram doses de 2,5 mg/Kg de peso

corpóreo e 8 mg/Kg de peso corpóreo, respectivamente, sem que fossem observados efeitos tóxicos.

Toxicidade reprodutiva: estudos de toxicidade reprodutiva foram conduzidos em ratos, coelhos e macacos e não

evidenciaram nenhuma propriedade teratogênica. A fertilidade não foi alterada tanto nas fêmeas quanto nos machos. A

administração de doses diárias de ramipril ≥ 50 mg/Kg de peso corpóreo em ratas durante o período fetal e o período de

amamentação produziu danos renais irreversíveis (dilatação da pélvis renal) na prole. Quando inibidores da ECA foram

administrados em mulheres durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez, foram observados efeitos tóxicos nos

fetos e recém-nascidos, incluindo, às vezes em conjunto com oligoidrâmnios (provavelmente como resultado de alteração

da função renal fetal), deformidades craniofaciais, hipoplasias pulmonares, contraturas nos membros fetais, hipotensão,

anúria, insuficiência renal irreversível e reversível, assim como óbito. Também foram relatados em humanos partos

prematuros, crescimento intrauterino retardado e persistência do ducto de Botallo. Entretanto, não é conhecido se estes

fenômenos são uma consequência da exposição aos inibidores da ECA.

Toxicidade imunológica: estudos toxicológicos demonstraram que o ramipril não possui nenhum efeito imunotóxico.

Mutagenicidade: testes extensivos de mutagenicidade utilizando vários sistemas de testes demonstraram que o ramipril

não apresenta nenhuma propriedade mutagênica ou genotóxica.

Carcinogenicidade: estudos prolongados em ratos e camundongos não demonstraram nenhuma indicação de efeito

tumorigênico. Em ratos, túbulos renais com células oxifílicas e túbulos com hiperplasia celular oxifílica foram

considerados como uma resposta às alterações funcionais e morfológicas e não como uma resposta neoplásica ou pré-

neoplásica.

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4. CONTRAINDICAÇÕES

Naprix®

é contraindicado:

− em pacientes com hipersensibilidade ao ramipril, a qualquer outro inibidor da ECA ou a qualquer um dos

componentes da formulação;

− em pacientes com histórico de angioedema;

− em pacientes com estenose da artéria renal hemodinamicamente relevante, bilateral ou unilateral em rim único;

− em pacientes com quadro hipotensivo ou hemodinamicamente instáveis;

− em pacientes com diabetes ou com disfunção renal moderada a severa (clearance de creatinina < 60 mL/min) que

utilizam medicamentos com alisquireno;

− em pacientes com nefropatia diabética que utilizam um antagonista do receptor de angiotensina II (ARAII);

− durante a gravidez.

Deve-se evitar o uso concomitante de inibidores da ECA e tratamentos que utilizem circulação extracorpórea nos quais o

sangue entra em contato com superfícies carregadas negativamente, pois este uso pode levar a reações anafilactoides

severas. Estes tratamentos extracorpóreos incluem diálises ou hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (por

exemplo: poliacrilonitrila) e aferese de lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano.

Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

− ADVERTÊNCIAS

Angioedema de cabeça, pescoço ou extremidades: caso ocorra o desenvolvimento de angioedema durante o tratamento

com inibidores da ECA, o mesmo deve ser interrompido imediatamente. Angioedema da face, extremidades, lábios,

língua, glote ou laringe têm sido relatados em pacientes tratados com inibidores da ECA. O tratamento emergencial de

angioedema com risco de vida inclui administração imediata de epinefrina (administração subcutânea ou intravenosa

lenta), acompanhado de monitorização do ECG e da pressão arterial. Recomenda-se hospitalização e monitorização do

paciente por no mínimo 12 a 24 horas e alta hospitalar somente após o desaparecimento completo dos sintomas.

Angioedema intestinal: angioedema intestinal tem sido relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA. Esses

pacientes se apresentaram com dor abdominal (com ou sem náusea ou vômito); em alguns casos também ocorreu

angioedema facial. Os sintomas de angioedema intestinal foram resolvidos após a interrupção da administração de

inibidores da ECA. Não existem dados suficientes disponíveis sobre o uso de Naprix®

em crianças, pacientes com

insuficiência severa dos rins (depuração de creatinina abaixo de 20 mL/min/1,73 m2

de área de superfície corpórea) e

pacientes sob diálise.

Naprix®

não representa um tratamento de escolha para hiperaldosteronismo primário.

− PRECAUÇÕES

O tratamento com Naprix®

requer acompanhamento médico regular.

Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-

aldosterona por combinação de Naprix®

com um antagonista do receptor de angiotensina II (ARAII) ou com alisquireno

não é recomendado tendo em vista que há um risco de aumento da hipotensão, hipercalemia e alterações da função renal

comparado com a monoterapia.

O uso de Naprix®

em combinação com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus ou insuficiência

renal (clearance de creatinina < 60 mL/min) (vide “Contraindicações”).

em combinação com um ARAII é contraindicado em pacientes com nefropatia diabética (vide

“Contraindicações” e “Interações Medicamentosas”).

Monitoração da função renal: recomenda-se monitorização da função renal, principalmente nas primeiras semanas de

tratamento com um inibidor da ECA. Uma monitoração cuidadosa é particularmente necessária em pacientes com:

− Insuficiência cardíaca;

− Doença vascular renal, incluindo pacientes com estenose unilateral de artéria renal hemodinamicamente relevante.

Neste grupo de pacientes, mesmo um pequeno aumento da creatinina sérica pode ser indicativo de perda unilateral

da função renal;

− Alteração da função renal e;

− Transplante renal.

Monitoração eletrolítica: recomenda-se monitoração regular do potássio e sódio séricos. Em pacientes com alteração da

função renal, é necessária monitorização mais frequente do potássio sérico.

Monitoração hematológica: a contagem de leucócitos deve ser monitorizada para detectar uma possível leucopenia.

Avaliações mais frequentes são recomendadas na fase inicial do tratamento, em pacientes com alteração da função renal,

naqueles com doença de colágeno (por exemplo: lúpus eritematoso ou esclerodermia) concomitante ou naqueles tratados

com outros medicamentos que podem causar alterações no perfil hematológico (vide “Reações Adversas”).

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Gravidez e lactação: Naprix®

não deve ser administrado durante a gravidez (vide “Contraindicações”). Portanto, a

possibilidade de gravidez deve ser excluída antes do início do tratamento. A gravidez deve ser evitada nos casos em que

o tratamento com inibidores da ECA é indispensável. O tratamento com Naprix®

deve ser interrompido, por exemplo,

com a substituição por outra forma de tratamento em pacientes que pretendem engravidar. Se a paciente engravidar

durante o tratamento, Naprix®

deve ser substituído assim que possível por tratamento sem inibidores da ECA. Caso

contrário existe risco de dano fetal. Devido à insuficiência de informações em relação ao uso de ramipril durante a

lactação, ramipril não é recomendado, sendo preferível um tratamento alternativo com perfis seguramente estabelecidos,

principalmente em relação a recém-nascidos ou prematuros.

Populações especiais

Pacientes idosos: alguns pacientes idosos podem ser especialmente responsivos ao tratamento com inibidores da ECA.

Recomenda-se avaliação da função renal no início do tratamento. Vide também “Posologia e Modo de usar”.

Pacientes com sistema renina-angiotensina hiperestimulado: são recomendados cuidados especiais no tratamento de

pacientes com o sistema renina-angiotensina hiperestimulado (vide “Posologia e Modo de usar”). Estes pacientes estão

sob risco de uma queda aguda pronunciada da pressão arterial e deterioração da função renal devido à inibição da ECA,

especialmente quando um inibidor da ECA ou um diurético concomitante é administrado pela primeira vez ou é

administrado em uma dose maior pela primeira vez. Em ambos os casos deve-se realizar monitorização rigorosa da

pressão arterial até que se exclua a possibilidade de queda aguda da pressão arterial.

A ativação significante do sistema renina-angiotensina pode ser precipitada, por exemplo:

− em pacientes com hipertensão severa e, principalmente, com hipertensão maligna. A fase inicial do tratamento

requer supervisão médica especial;

− em pacientes com insuficiência cardíaca, principalmente com insuficiência severa ou tratados com outras substâncias

que apresentam potencial anti-hipertensivo. Em caso de insuficiência cardíaca severa, a fase inicial do tratamento

− em pacientes com impedimento hemodinamicamente relevante do influxo ou do efluxo ventricular esquerdo (por

exemplo: estenose da válvula aórtica ou da válvula mitral). A fase inicial do tratamento requer supervisão médica

especial;

− em pacientes com estenose da artéria renal hemodinamicamente relevante. A fase inicial do tratamento requer

supervisão médica especial. A interrupção do tratamento com diuréticos pode ser necessária. Vide subitem

"Monitorização da função renal";

− em pacientes pré-tratados com diuréticos, nos quais a interrupção do tratamento ou a diminuição da dose de diurético

não é possível, a fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;

− em pacientes que apresentam ou podem desenvolver deficiência hídrica ou salina (como resultado da ingestão

insuficiente de sais ou líquidos, ou como resultado de diarreia, vômito ou sudorese excessiva, nos casos em que a

reposição de sal ou líquidos é inadequada).

Geralmente recomenda-se que, quadros de desidratação, hipovolemia ou deficiência de sal sejam corrigidos antes do

início do tratamento (em pacientes com insuficiência cardíaca, entretanto, isto deve ser cuidadosamente avaliado em

relação ao risco de sobrecarga de volume). Caso esta condição torne-se clinicamente relevante, o tratamento com

deve ser iniciado ou continuado somente se medidas apropriadas forem empregadas simultaneamente,

prevenindo a queda excessiva da pressão arterial e deterioração da função renal.

- Pacientes com doenças hepáticas: em pacientes com alteração da função hepática, a resposta ao tratamento com

pode estar reduzida ou aumentada. Adicionalmente, em pacientes que apresentam cirrose hepática severa com

presença de edema e/ou ascite, o sistema renina-angiotensina pode estar significativamente ativado; portanto, deve-se ter

cautela especial no tratamento destes pacientes (vide “Posologia e Modo de usar”).

- Pacientes com risco especial de queda acentuada da pressão arterial: a fase inicial do tratamento requer supervisão

médica especial em pacientes que apresentam risco de queda acentuada indesejável da pressão arterial (ex. pacientes com

estenoses de artérias coronarianas ou artérias cerebrais hemodinamicamente relevantes).

- Alterações na capacidade de dirigir e operar máquinas: algumas reações adversas (por exemplo: alguns sintomas de

redução da pressão arterial, como superficialização de consciência e vertigem) podem prejudicar a habilidade de

concentração e reação do paciente e, portanto, constituem um risco em situações em que estas habilidades são

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

− Associações contraindicadas

Tratamentos extracorpóreos nos quais o sangue entra em contato com superfícies carregadas negativamente, como diálise

ou hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (por exemplo: membranas de poliacrilonitrila) e aferese de

lipoproteína de baixa densidade com sulfato de dextrano: risco de reações anafilactoides severas (vide

“Contraindicações”).

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A administração concomitante de Naprix®

com medicamentos contendo alisquireno é contraindicada em pacientes com

diabetes mellitus ou com disfunção renal moderada a severa (clearance de creatinina < 60 mL/min) (vide

“Contraindicações”). Antagonistas do receptor de angiotensina II (ARAII): o uso de Naprix®

em combinação com um

ARAII é contraindicado em pacientes com nefropatia diabética e não é recomendado em outros pacientes (vide

“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”).

− Associações medicamento-medicamento não-recomendadas

Sais de potássio e diuréticos poupadores de potássio ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio

sérico: o aumento da concentração de potássio sérico, algumas vezes grave, pode ser antecipado. O tratamento

concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: espironolactona) sais de potássio ou outros

medicamentos que possam aumentar o potássio sérico requer monitorização rigorosa do potássio sérico.

− Associações medicamento-medicamento que exigem precauções no uso

Agentes anti-hipertensivos (por exemplo: diuréticos) e outras substâncias com potencial anti-hipertensivo (por

exemplo: nitratos, antidepressivos tricíclicos e anestésicos): a potencialização do efeito anti-hipertensivo pode ser

antecipada (em relação aos diuréticos: vide “Advertências e Precauções”, “Reações Adversas” e “Posologia”).

Recomenda-se monitorização regular do sódio sérico em pacientes recebendo terapia concomitante com diuréticos.

Vasoconstritores simpatomiméticos: podem reduzir o efeito anti-hipertensivo de Naprix®

. Recomenda-se

monitorização cuidadosa da pressão arterial.

Alopurinol, imunossupressores, corticosteroides, procainamida, citostáticos e outras substâncias que podem

alterar o perfil hematológico: aumento da probabilidade de ocorrência de reações hematológicas (vide “Precauções”).

Sais de lítio: a excreção de lítio pode ser reduzida pelos inibidores da ECA. Esta redução pode levar ao aumento dos

níveis séricos de lítio e ao aumento da toxicidade relacionada ao lítio. Portanto, os níveis de lítio devem ser

monitorizados.

Agentes antidiabéticos (por exemplo: insulina e derivados de sulfonilureia): os inibidores da ECA podem reduzir a

resistência à insulina. Em casos isolados, esta redução pode causar reações hipoglicêmicas em pacientes tratados

concomitantemente com antidiabéticos. Portanto, recomenda-se monitorização cuidadosa da glicemia durante a fase

inicial da coadministração.

Vildagliptina: um aumento na incidência de angioedema foi reportado em pacientes utilizando inibidores da ECA e

vildagliptina.

Inibidores do mTor (alvo da rapamicina em mamíferos) (ex.: tensirolimus): um aumento na incidência de

angioedema foi observado em pacientes utilizando inibidores da ECA e inibidores do mTOR.

− Associações medicamento - medicamento e medicamento - substância química a serem consideradas:

Anti-inflamatórios não-esteroidais (por exemplo: indometacina) e ácido acetilsalicílico: a atenuação do efeito anti-

hipertensivo do Naprix®

pode ser antecipada. Adicionalmente, o tratamento concomitante dos inibidores da ECA e

AINEs (anti-inflamatórios não-esteroidais) pode promover aumento do risco de deterioração da função renal e elevação

do potássio sérico.

Heparina: possível aumento da concentração de potássio sérico.

Álcool: aumento da vasodilatação. Naprix®

pode potencializar o efeito do álcool.

Sal: ingestão de sal aumentada pode atenuar o efeito anti-hipertensivo de Naprix®

.

Terapia dessensibilizante: a possibilidade e a gravidade das reações anafiláticas e anafilactoides causadas por veneno

de insetos estão aumentadas com a inibição da ECA. Considera-se que este efeito também pode ocorrer com outros

alérgenos.

Medicamento - Alimento: a absorção Naprix®

não é significativamente afetada por alimentos.

Medicamento - Exames laboratoriais: não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de ramipril em

testes laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este deve ser mantido em sua embalagem original e em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz e da

umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos / Características Organolépticas

Naprix®

2,5 mg: comprimidos são circulares, rosado, biconvexos e sulcados.

5,0 mg: comprimidos são circulares, rosa avermelhado, biconvexos e sulcados.

10 mg: comprimidos são circulares, vermelho, biconvexos e sulcados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

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8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar: Naprix®

deve ser deglutido sem ser mastigado ou amassado, e com uma quantidade suficiente de líquido

(aproximadamente, meio copo de água). Naprix®

pode ser ingerido antes, durante ou após as refeições, visto que a

absorção de ramipril não é significativamente afetada por alimentos.

Posologia: a posologia é baseada no efeito desejado e na tolerabilidade dos pacientes ao medicamento. O tratamento com

Naprix®

é geralmente em longo prazo. A duração do tratamento é determinada pelo médico em cada caso.

− Tratamento da hipertensão arterial: recomenda-se que Naprix®

seja administrado uma vez ao dia, iniciando-se com

uma dose de 2,5 mg e, se necessário e dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada para 5 mg em

intervalos de 2 a 3 semanas. A dose usual de manutenção é de 2,5 a 5 mg de Naprix®

diariamente. A dose máxima diária

permitida é de 10 mg. Ao invés de se aumentar a dose de Naprix®

acima de 5 mg por dia, pode-se considerar a

administração adicional de um diurético ou de um antagonista de cálcio.

− Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva: a dose inicial recomendada é de 1,25 mg de Naprix®

, uma vez ao

dia. Dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja

dobrada em intervalos de 1 a 2 semanas. Se a dose diária de 2,5 mg ou mais de Naprix®

é necessária, esta pode ser

administrada em tomada única ou dividida em duas tomadas. A dose máxima diária permitida é de 10 mg de Naprix®

.

− Tratamento após infarto agudo do miocárdio: a dose inicial recomendada é de 5 mg de Naprix®

diariamente,

dividida em duas administrações de 2,5 mg: uma pela manhã e outra à noite. Se o paciente não tolerar esta dose inicial,

recomenda-se que a dose de 1,25 mg seja administrada duas vezes ao dia, durante dois dias. Nos dois casos,

dependendo da resposta do paciente, a dose poderá, então, ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada,

seja dobrada em intervalos de 1 a 3 dias. Numa fase posterior, a dose diária total, inicialmente dividida, poderá ser

administrada como tomada única diária. A dose máxima diária permitida é de 10 mg de Naprix®

. A experiência no

tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca severa (NYHA IV) imediatamente após infarto do miocárdio ainda

é insuficiente. Se mesmo assim a decisão tomada for tratar estes pacientes, recomenda-se que a terapia seja iniciada

com a menor dose diária possível, ou seja, 1,25 mg de Naprix®

, uma vez ao dia, e que a dose seja aumentada somente

sob cuidados especiais.

− Tratamento de nefropatia glomerular manifesta e nefropatia incipiente: a dose inicial recomendada é de 1,25 mg

de Naprix®

uma vez ao dia. Dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada. Recomenda-se que a

dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos de 2 a 3 semanas. A dose máxima permitida é de 5 mg ao dia. Doses

acima de 5 mg de Naprix®

uma vez ao dia não foram avaliadas adequadamente em estudos clínicos controlados.

− Prevenção do infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia cardiovascular e redução

da necessidade de realização de procedimentos de revascularização em pacientes com alto risco cardiovascular;

prevenção de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia cardiovascular em

pacientes diabéticos ou prevenção da progressão de microalbuminúria e nefropatia manifesta: recomenda-se a

administração de uma dose inicial de 2,5 mg de ramipril uma vez ao dia. A dose deve ser gradualmente aumentada,

dependendo da tolerabilidade do paciente. Após uma semana de tratamento, recomenda-se duplicar a dose para 5 mg de

ramipril. Após outras três semanas, aumentar a dose para 10 mg de ramipril. Dose usual de manutenção: 10 mg/dia de

. Doses acima de 10 mg de Naprix®

uma vez ao dia não foram adequadamente avaliadas em estudos clínicos

controlados. Pacientes com insuficiência renal severa, definidos por um clearance de creatinina < 0,6 mL/segundo, não

foram adequadamente avaliados.

Risco de uso por via de administração não recomendada: não há estudos dos efeitos de Naprix®

administrado por vias

não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser

somente pela via oral.

− Populações especiais

Em pacientes com alteração da função renal apresentando clearance de creatinina entre 50 e 20 mL/min/1,73 m² de área

de superfície corpórea, a dose inicial é geralmente de 1,25 mg de Naprix®

. A dose diária máxima permitida nesses

pacientes é de 5 mg de Naprix®

Quando a deficiência de sal ou líquidos não for completamente corrigida, em pacientes com hipertensão severa, assim

como em pacientes nos quais um quadro de hipotensão constituiria um risco particular (por ex.: estenose relevante de

artérias coronarianas ou cerebrais), uma dose inicial diária reduzida de 1,25 mg de Naprix®

deve ser considerada.

Em pacientes tratados previamente com diuréticos, deve se descontinuar o diurético, no mínimo, 2 a 3 dias ou mais

(dependendo da duração da ação do diurético) antes de se iniciar o tratamento com Naprix®

, ou que seja pelo menos

reduzida gradativamente a dose do diurético. Geralmente, a dose inicial em pacientes tratados previamente com um

diurético é de 1,25 mg de Naprix®

. Em pacientes com insuficiência hepática, a resposta ao tratamento com Naprix®

pode

estar tanto aumentada quanto diminuída. O tratamento com Naprix®

em tais pacientes deverá, portanto, ser iniciado

somente sob rigorosa supervisão médica. A dose máxima diária permitida nesses pacientes é de 2,5 mg de Naprix®

Em pacientes idosos, uma dose diária inicial reduzida de 1,25 mg de Naprix®

Este medicamento não deve ser mastigado.

- 9 -

9. REAÇÕES ADVERSAS

Como Naprix®

é um anti-hipertensivo, muitas das reações adversas são efeitos secundários à ação de redução da pressão

arterial, que resulta na contrarregulação adrenérgica ou hipoperfusão nos órgãos. Numerosos outros efeitos (por exemplo:

efeitos sobre o balanço eletrolítico, certas reações anafilactoides ou reações inflamatórias das membranas mucosas) são

causados pela inibição da ECA ou por outras ações farmacológicas comuns a esta classe de fármacos.

A frequência de reações adversas é definida pela seguinte convenção: Reação muito comum (≥ 1/10); Reação comum (≥

1/100 a < 1/10); Reação incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100); Reação rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000); Reação muito rara (<

1/10.000); Não conhecido (não pode ser estimado pelos dados disponíveis). Dentro da frequência de cada grupamento, os

efeitos indesejáveis estão descritos em ordem decrescente de gravidade.

Comum Incomum Raro

Muito

Raro

Não conhecido

Distúrbios cardíacos

Isquemia miocárdica

incluindo angina pectoris

ou infarto do miocárdio,

taquicardia, arritmia,

palpitações, edema

periférico

Distúrbios do sistema

sanguíneo e

linfático

Eosinofilia

Diminuição na

contagem de:

leucócitos

(incluindo

neutropenia ou

agranulocitose),

hemácias,

hemoglobina e

plaquetas

Depressão da medula

óssea, pancitopenia,

anemia hemolítica

nervoso

Cefaleia, tontura

(sensação de cabeça

leve)

Vertigem, parestesia,

ageusia, disgeusia

Tremor,

distúrbio de

equilíbrio

Isquemia cerebral

incluindo derrame

isquêmico e ataque

isquêmico transitório,

habilidades

psicomotoras

prejudicadas (reações

debilitadas), sensação

de queimação,

parosmia

Distúrbios visuais

incluindo visão borrada

Conjuntivite

Distúrbios auditivos e

do

labirinto

Audição

prejudicada,

zumbido

Distúrbios

respiratórios,

torácicos e

mediastinais

Tosse seca não

produtiva,

bronquite,

sinusite, dispneia

Broncoespasmo

incluindo asma

agravada, congestão

nasal

gastrointestinais

Inflamação

gastrointestinal,

distúrbios

digestivos,

desconforto

abdominal,

dispepsia, diarreia,

náusea, vômito

Pancreatite fatal

(casos de desfecho fatal

foram muito

excepcionalmente

reportados com

inibidores

ECA), aumento das

enzimas pancreáticas,

angioedema do intestino

delgado, dor abdominal

superior incluindo

gastrite, constipação,

boca seca

Glossite Estomatite aftosa

- 10 -

Distúrbios renais e

urinários

Insuficiência renal

incluindo falência renal

aguda, aumento da

excreção urinária, piora

da proteinúria pré-

existente, aumento da

ureia sanguínea, aumento

da creatinina sanguínea

dermatológicos e

tecido subcutâneo

Rash

particularmente

maculo-papular

Angioedema com

resultado fatal

(possivelmente/torna-se

potencialmente letal,

raramente um caso

severo pode evoluir para

a fatalidade), prurido,

hiperidrose

(sudorese).

Dermatite

esfoliativa,

urticária,

onicólise

Reaçõe

s

de

fotosse

nsi-

bilidad

e

Necrólise epidérmica

tóxica, síndrome de

Stevens-Johnson,

eritema multiforme,

penfigo, psoríase

agravada, dermatite

psoriasiforme,

exantema penfigoide

ou liquenoide ou

enantema, alopécia

músculosesqueléticos

e tecido conjuntivo

Espasmos

musculares,

mialgia

Artralgia

endócrinos

síndrome de secreção

inapropriada do

hormônio

antidiurético (SIADH)

metabólicos e

nutricionais

Aumento do

potássio

sanguíneo

Anorexia, diminuição do

apetite

Diminuição do sódio

Distúrbios vasculares

Hipotensão,

diminuição

ortostática da

pressão arterial,

síncope

Rubor

Estenose

vascular,

hipoperfusão,

vasculite

Fenômeno de Raynaud

Distúrbios gerais Dor no peito, fadiga Pirexia Astenia

imune

Reações anafiláticas

ou anafilactoides

(reações anafiláticas e

anafilactoides severas a

veneno de insetos são

aumentadas sob a

inibição da ECA),

aumento de anticorpos

antinucleares

Distúrbios hepato-

biliares

Aumento das enzimas

hepáticas e/ou

bilirrubinas conjugadas

Icterícia

colestática, dano

hepatocelular

Insuficiência hepática

aguda, hepatite

colestática ou citolítica

(com desfecho fatal

muito excepcional)

reprodutivo e

mamário

Impotência erétil

transitória, diminuição da

libido

Ginecomastia

psiquiátricos

Humor deprimido,

ansiedade, nervosismo,

inquietação, distúrbio do

sono incluindo

sonolência (torpor)

Confusão Distúrbio de atenção

- 11 -

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível

em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas: a superdose pode causar vasodilatação periférica excessiva (com hipotensão acentuada e choque), bradicardia,

alterações eletrolíticas e insuficiência renal.

Tratamento: desintoxicação primária, por meio de lavagem gástrica, administração de adsorventes e sulfato de sódio (se

possível durante os primeiros 30 min). Em caso de hipotensão, a administração de agonistas alfa1-adrenérgicos (por

exemplo: norepinefrina e dopamina) ou angiotensina II (angiotensinamida), a qual está geralmente disponível somente

em escassos laboratórios de pesquisa, deve ser considerada em adição à reposição hídrica e salina.

Não existem dados disponíveis sobre a eficácia de diurese forçada, alteração do pH urinário, hemofiltração ou diálise no

aumento da velocidade de eliminação do ramipril ou do ramiprilato. Caso a diálise ou a hemofiltração sejam

consideradas, vide “Contraindicações”.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.