Bula do Naproxeno Sódico produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
naproxeno sódico
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Comprimido Revestido
550mg
naproxeno sódico – comprimido revestido – Bula para o profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES:
Comprimido revestido 550mg: Embalagens contendo 10 ou 20 comprimidos revestidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de naproxeno sódico contém:
naproxeno sódico..................................................................................................................................550mg
excipiente – q.s.p........................................................................................................1comprimido revestido
(lactose, povidona, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, talco,
dióxido de titânio, corante laca azul FD&C n° 2 alumínio, citrato de trietila, macrogol, copolímero de
ácido metacrílico e metacrilato de metila)
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
O naproxeno sódico é indicado para:
alívio de estados dolorosos agudos nos quais exista um componente inflamatório como, por
exemplo, dor de garganta;
uso analgésico e antipirético em adultos, como por exemplo para dor de dente, dor abdominal
e pélvica, cefaleia, sintomas de gripe e resfriado;
condições periarticulares e musculoesqueléticas, como por exemplo torcicolo, bursite,
tendinite, lombalgia, artralgia, dor nas pernas, cotovelo do tenista, dor reumática;
condições pós-traumáticas: entorses, distensões, contusões, lesões leves decorrentes de prática
esportiva.
A eficácia analgésica do naproxeno/naproxeno sódico foi avaliada através do uso de modelos clínicos
bem estabelecidos para indicações como dor dentária pós-cirúrgica, dor de garganta, cefaleia, dores
musculares e dor de artrite.
1.509 participantes provenientes de 15 estudos foram incluídos numa revisão sistemática sobre a
eficácia do naproxeno no tratamento de várias condições dolorosas incluindo dor pós-operatória. Onze
estudos avaliaram o naproxeno sódico e 4 estudos avaliaram o naproxeno. Em nove estudos (784
participantes) usando 500/550mg de naproxeno ou naproxeno sódico, o número-necessário-para-
tratar-para-beneficiar (NNT) para pelo menos 50% do alívio da dor no período de quatro a seis horas
foi 2.7 (95% CI 2.3 a 3.2).
O tempo médio para usar o medicamento de resgate foi 8.9 horas para o naproxeno 500/550mg e 2.0
horas para o placebo. O uso do medicamento de resgate foi significativamente menos comum com o
naproxeno quando comparado com o placebo. Os eventos adversos associados foram, de maneira
geral, de severidade leve a moderada e raramente foi necessária a retirada. Doses equivalentes a
500mg e 400mg de naproxeno administradas por via oral forneceram uma analgesia efetiva para
adultos com dor aguda pós-operatória moderada a severa. Aproximadamente metade dos participantes
tratados com estas doses experimentou melhora clínica nos níveis de alívio da dor, comparados com
15% do grupo placebo, e metade precisou de medicação adicional dentro de nove horas, comparado
com duas horas com o placebo. Os eventos adversos associados não diferiram do placebo.
DERRY, C. et al. Single dose oral naproxen and naproxen sodium for acute postoperative pain in
adults. Cochrane Database Syst Rev. Jan 21;(1):CD004234, 2009.
Uma meta-análise dos estudos clínicos de naproxeno sódico 220mg ou 440mg comparados com
placebo foi realizada em modelo de dor dentária. A estimativa de eficácia foi baseada no NNR
(necessidade de uso de medicamento resgate) e comparada com o escore de 50% alívio máximo da dor
total (50% TOTPAR). A necessidade de medicamento resgate e 50% TOTPAR mostraram estimativas
comparáveis de eficácia do naproxeno sódico (220 e 440mg) em relação ao placebo em dor dentária
com 8 e 12 horas após o recebimento da dose. Esta meta-análise demonstrou que, em dor dentária,
acima do período de 12 horas, o NNR foi mais elevado nos pacientes tratados com dose única de
naproxeno sódico 440 ou 220mg quando comparado com o placebo.
Li-Wan-Po A et al. No need for rescue medication (NNR) as an easily interpretable efficacy outcome
measure in analgesic trials: validation in an individual-patient meta-analysis of dental pain placebo-
controlled trials of naproxen. J Clin Pharm Ther. Feb;38(1):36-40, 2013. Erratum in: J Clin Pharm
Ther. 2013 Aug;38(4):339.
A eficácia clínica do naproxeno sódico no tratamento da osteoartrite do joelho foi avaliada em dois
estudos idênticos, multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, multidose, controlados por placebo e
por ativo, desenho-paralelo, por 7 dias. Ambos os regimes posológicos do naproxeno sódico foram
mais eficazes no alívio da dor em comparação ao placebo. O naproxeno sódico foi mais eficaz que o
ibuprofeno em relação à dor noturna. A eficácia foi combinada com boa segurança e tolerabilidade.
SCHIFF, M., MINIC, M. Comparison of the analgesic efficacy and safety of nonprescription doses of
naproxen sodium and Ibuprofen in the treatment of osteoarthritis of the knee. J Rheumatol.
Jul;31(7):1373-1383, 2004.
465 pacientes provenientes de dois estudos idênticos, randomizados, duplo-cegos, multidose que
compararam doses de venda livre do naproxeno sódico, acetaminofeno e placebo foram avaliados a
fim de determinar a eficácia e segurança na osteoartrite do joelho por sete dias. Os pacientes foram
designados randomicamente para um dos seguintes grupos: a) naproxeno sódico 220 mg três vezes ao
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dia com uma dose diária máxima total (TDD) = 660 mg (pacientes com 65 ou mais tomaram a dose de
220mg duas vezes ao dia com TDD máximo = 440mg); b) acetaminofeno TDD = 4000mg; c)
Placebo. Os parâmetros da doença e as variáveis de eficácia em ambos os estudos foram idênticos e
diretamente comparáveis. Em cada um dos dois estudos, ambos os investigadores e participantes
fizeram avaliações a partir da dor na linha de base e na visita de seguimento. Na análise de eficácia
dos 452 pacientes, o naproxeno sódico (n=158) versus placebo (n=149) forneceu melhora
significativamente maior a partir da linha de base na dor após repouso (manhã) (P<.01) bem como na
dor em repouso (P<.05), na movimentação passiva (P<.05), no carregamento de peso (P<0.01), dor
diurna e noturna (P<.0001 e P=.01, respectivamente). Entretanto, o tratamento com acetaminofeno
(n=145) versus placebo foi significativamente melhor em fornecer alívio da dor diurna apenas.
GOLDEN, H.E. et al. Analgesic efficacy and safety of nonprescription doses of naproxen sodium
compared with acetaminophen in the treatment of osteoarthritis of the knee. Am J Ther.
Mar;11(2):85-94, 2004.
Num estudo paralelo com três braços, a eficácia e segurança do naproxeno sódico (550mg) (n=51),
acetaminofeno (650mg) (n=50) e placebo foram comparados com um tratamento único para cefaleia
tensional leve a moderada. A eficácia foi baseada na intensidade da dor e no alívio da dor acima de 12
horas após o tratamento. Dos pacientes que receberam o placebo, 46.3% (n=19) necessitaram de
medicamento de resgate comparados com 18% (n=7) dos pacientes do grupo que receberam naproxeno
sódico, todos em aproximadamente 3 horas após o tratamento inicial. O alívio da dor estatisticamente
significativo foi alcançado com naproxeno sódico comparado com placebo em 1 hora após o tratamento e
foi mantido pela duração do estudo; adicionalmente, o alívio total da dor (TOTPAR) superior para o
naproxeno sódico comparado com placebo também foi alcançado (P <.0001). A eficácia superior do
naproxeno sódico em relação ao placebo no tratamento da cefaleia tensional foi claramente demonstrada
neste estudo.
MILLER, D.S. et al. A comparison of naproxen sodium, acetaminophen and placebo in the treatment of
muscle contraction headache. Headache. Jul;27(7):392-396, 1987.
Um estudo randomizado, duplo-pareado, cruzado, controlado por placebo foi realizado comparando
naproxeno sódico (550mg), paracetamol (1000mg) + cafeína (130mg) e placebo no alívio da dor da
cefaleia tensional. Noventa e nove pacientes foram divididos em 6 grupos, baseado nas permutações de
cada possível sequência de tratamento. Os desfechos de eficácia mensurados foram a diferença na
intensidade da dor da pré-dose e pós-dose, e alívio total da dor, que é a soma das avaliações de dor pós-
dose.
A diferença de intensidade de dor aumentou durante o tempo a partir da linha de base no grupo naproxeno
sódico comparado com placebo (P<.05). Além disso, a tolerabilidade expressa pelos pacientes como
“excelente” ou “muito boa” favoreceu os usuários de naproxeno sódico significativamente (51.6%)
comparado com os usuários de placebo (41.7%) (P<.05). Somente 3,3% dos pacientes no grupo
naproxeno usaram o medicamento de resgate comparado com 10% dos pacientes no grupo placebo. O
naproxeno sódico (550mg) foi mais eficaz que o placebo.
PINI, L.A. et al. Tolerability and efficacy of a combination of paracetamol and caffeine in the treatment
of tension-type headache: a randomised, double-blind, double-dummy, cross-over study versus placebo
and naproxen sodium. J Headache Pain. Dec;9(6):367-373, 2008.
A disfunção muscular induzida pelo exercício, dano e dor foram avaliadas num estudo duplo-cego,
cruzado, em 10 homens e 5 mulheres entre 55 e 64 anos de idade. Estes participantes receberam o
tratamento com naproxeno sódico ou placebo por 10 dias após a realização de exercício excêntrico do
joelho. A perda de força no terceiro dia após o exercício foi maior no grupo placebo (-32 ± 9%) que no
grupo do naproxeno sódico (-6 ± 8%: P =.0064). A força isométrica dos pacientes no grupo tratado com
naproxeno sódico também foi menos reduzida comparado com placebo (-12 ± 7% vs.-24 ± 4%: P
=.0213) e a dor para levantar da cadeira foi maior com placebo (P <.0393) comparado com naproxeno
sódico (43 ± 7mm vs.26 ± 7mm). O naproxeno sódico atenuou o dano muscular, perda de força e a dor
após exercícios em adultos.
BALDWIN, A.C. et al. Nonsteroidal anti-inflammatory therapy after eccentric exercise in healthy older
individuals. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. Aug; 56(8):M510-M513, 2001.
A eficácia clínica do naproxeno sódico versus placebo sobre o dano muscular e a dor foi avaliada num
estudo duplo-cego, cruzado. Oito de nove adultos completaram o estudo. O tratamento com naproxeno
sódico foi, de maneira geral, superior ao placebo nas medidas musculares durante os 4 dias de
recuperação. Os participantes relataram menor dor na coxa e outras medidas subjetivas com o naproxeno
sódico. Os investigadores sugeriram que a melhora com o naproxeno sódico ocorreu, provavelmente
devido a uma resposta inflamatória atenuada ao dano muscular.
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DUDLEY, G.A. et al. Efficacy of naproxen sodium for exercise-induced dysfunction muscle injury and
soreness. Clin J Sport Med. Jan;7(1):3-10, 1997.
Nos pacientes com dor de garganta induzida experimentalmente pela administração de rhinovirus (n=36),
600mg/dia de naproxeno (equivalente a 660mg de naproxeno sódico) foi significativamente mais eficaz
que o uso de placebo durante o período de 5 dias (p=.04)
HERSH, E.V. et al. Over-the-Counter Analgesics and Antipyretics: A Critical Assessment. Clin Ther.
May; 22(5): 500-549, 2000.
Pelos dados disponíveis, o naproxeno/naproxeno sódico demonstrou ser significativamente mais efetivo
que o placebo no tratamento da dor na maioria dos modelos de dor, nos regimes terapêuticos avaliados.
Existe uma correlação observada entre os efeitos adversos/benéficos e a concentração plasmática do
naproxeno/naproxeno sódico. Exceto pelas reações de hipersensibilidade, os eventos adversos são, em sua
maioria, dependentes da dose e da duração do tratamento. Assim, quando usado nas doses aprovadas para
venda livre e por tempo curto, o perfil e risco de eventos adversos diferem significativamente do uso
prescrito e por tempo prolongado.
As propriedades farmacológicas, resultados de eficácia e segurança estão compiladas na seguinte
literatura: TODD, P.A.; CLISSOLD, S.P. Naproxen. A reappraisal of its pharmacology, and therapeutic
use in rheumatic diseases and pain states. Drugs. Jul;40(1):91-137, 1990.
Propriedades farmacodinâmicas
O naproxeno sódico pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroidais que exerce atividade
analgésica, antipirética e anti-inflamatória através da inibição reversível da síntese de prostaglandinas.
O naproxeno sódico alivia a dor, reduz a febre e a resposta inflamatória.
Propriedades farmacocinéticas
O naproxeno sódico é dissolvido no suco gástrico, sendo rápida e completamente absorvido no trato
gastrintestinal. Níveis plasmáticos significativos e início do alívio da dor são obtidos em 20 minutos
após sua administração. O pico plasmático (Cmax) é atingido em aproximadamente 1 hora (Tmax).
Mais de 99% do naproxeno se liga à albumina sérica. O volume de distribuição é de cerca de 0,1 l/kg
e o tempo de meia-vida de eliminação (t1/2) é de aproximadamente 14 horas. O naproxeno é
metabolizado no fígado e excretado principalmente (≥ 95%) por via renal. Os dados farmacocinéticos
demonstram linearidade nas doses recomendadas. Pacientes com deficiência hepática grave podem
apresentar níveis mais elevados de naproxeno livre. A eliminação de naproxeno está prejudicada na
insuficiência renal grave, mas não tem sido observado acúmulo significativo nas doses recomendadas.
Dados pré-clínicos de segurança
Como outros anti-inflamatórios não esteroidais, o naproxeno sódico retarda o trabalho de parto em
animais.
O naproxeno sódico é contraindicado para:
pacientes com hipersensibilidade conhecida ao naproxeno ou a qualquer outro
componente do medicamento;
pacientes com histórico de asma, urticária ou reações alérgicas decorrentes de ingestão
de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs);
pacientes com histórico de sangramento ou perfuração gastrintestinal relacionados à
terapia anterior com anti-inflamatórios não esteroidais;
pacientes com antecedente ou história atual de úlcera péptica recorrente ou hemorragia
(dois ou mais episódios distintos de ulceração ou sangramento);
pacientes com insuficiência cardíaca grave.
Gravidez Categoria C
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em
animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
O naproxeno sódico não é indicado em caso de dor de origem gastrintestinal.
Deve-se evitar o uso concomitante de naproxeno com outros AINEs, inclusive com os inibidores
seletivos da ciclooxigenase-2.
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Os efeitos adversos podem ser minimizados utilizando-se a dose eficaz mais baixa pelo menor
tempo necessário para o controle dos sintomas.
Úlcera, sangramento e perfuração gastrintestinal
Há relatos de que todos os AINEs podem provocar sangramento, úlcera ou perfuração
gastrintestinal, que podem ser fatais, a qualquer momento durante o tratamento, com ou sem
sinais de alerta ou história pregressa de eventos gastrintestinais graves.
O risco de sangramento, úlcera ou perfuração gastrintestinal é maior com o aumento da dose do
anti-inflamatório, nos pacientes com histórico de úlcera, particularmente se complicada com
hemorragia ou perfuração e nos idosos. Esses pacientes devem iniciar o tratamento com a menor
dose possível. Para esses pacientes ou para os que necessitem de tratamento concomitante com
baixas doses de ácido acetilsalicílico ou outros fármacos passíveis de aumentar o risco
gastrintestinal, deve-se considerar o tratamento combinado com agentes protetores (p. ex.
misoprostol ou inibidores de bomba de prótons).
Pacientes com antecedente de toxicidade gastrintestinal, particularmente se idosos, devem
relatar ao médico quaisquer sintomas abdominais incomuns (especialmente sangramento
gastrintestinal), principalmente nos estágios iniciais do tratamento. Recomenda-se precaução
em pacientes que usem concomitantemente medicamentos que possam aumentar o risco de
úlceras ou sangramentos, como corticosteroides orais, anticoagulantes como varfarina,
inibidores seletivos da recaptação de serotonina ou antiagregantes plaquetários, como o ácido
acetilsalicílico.
Em caso de sangramento ou úlcera gastrintestinal, o uso de naproxeno sódico deve ser suspenso.
Os AINEs devem ser administrados com cautela em pacientes com histórico de doenças
gastrintestinais (colite ulcerativa, doença de Crohn), pois o quadro pode ser exacerbado.
Retenção de sódio/líquidos em quadros cardiovasculares e edema periférico
É necessário cautela antes de iniciar o tratamento com naproxeno sódico (avaliação médica ou
farmacêutica) em pacientes com histórico de hipertensão e/ou insuficiência cardíaca pois
existem relatos de retenção de líquidos, hipertensão e edema associados ao tratamento com
AINEs.
Pessoas que necessitam de dieta com restrição de sal (sódio) devem considerar que cada
comprimido revestido de naproxeno sódico 550mg contém aproximadamente 50mg de sódio. Em
pacientes com insuficiência renal, naproxeno sódico só deverá ser usado sob orientação médica.
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Dados epidemiológicos e estudos clínicos sugerem que o uso de coxibes e alguns AINEs
(particularmente em altas doses e por período prolongado) podem estar associado a um pequeno
incremento no risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo: infarto do miocárdio ou
acidente vascular cerebral). Embora os dados sugiram que o risco associado ao tratamento com
naproxeno (1000mg por dia) seja menor, não se pode excluí-lo. Os dados quanto aos efeitos de
baixas doses de naproxeno (220mg – 660mg por dia) são insuficientes para efetuar conclusões
sobre a relação com possíveis riscos trombóticos.
Reações cutâneas
Apesar de muito raros, há relatos de reações cutâneas graves, algumas delas fatais, associadas
com o tratamento com AINEs, como dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e
necrólise epidérmica tóxica. O risco de apresentar essas reações parece ser maior no início do
tratamento. O naproxeno sódico deve ser descontinuado aos primeiros sinais de erupção
cutânea, lesões das mucosas ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
Reações anafiláticas (anafilactóides)
Pacientes com ou sem histórico de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, a outros anti-
inflamatórios não esteroides ou a produtos contendo naproxeno podem apresentar reações de
hipersensibilidade, inclusive reações anafiláticas (anafilactóides). Essas reações também podem
ocorrer em indivíduos com histórico de angioedema, hiper-reatividade brônquica (p. ex. asma),
rinite, pólipos nasais, doenças alérgicas, doença respiratória crônica ou sensibilidade ao ácido
acetilsalicílico, bem como em pacientes que apresentem reações alérgicas (p. ex. reações
cutâneas, urticária pruriginosa) ao naproxeno ou a outros anti-inflamatórios não esteroidais.
Reações anafilactóides, como anafilaxia, podem ser fatais.
Efeitos hepáticos
naproxeno sódico – comprimido revestido – Bula para o profissional da saúde 6
Há relatos de reações cruzadas, bem como reações hepáticas graves, inclusive de icterícia e
hepatite (alguns casos fatais) relacionadas ao uso de naproxeno sódico ou de outros anti-
inflamatórios não esteroides.
Precauções relacionadas à fertilidade
Há certa evidência de que as substâncias inibidoras da ciclooxigenase/ síntese de
prostaglandinas podem prejudicar a fertilidade feminina através de um efeito na ovulação, que
é reversível com a interrupção do tratamento.
O uso de naproxeno sódico deve ser feito sob adequada e cuidadosa supervisão médica em
pacientes com os seguintes antecedentes médico:
pacientes em uso de qualquer outro analgésico;
pacientes em uso de esteroides;
pacientes com distúrbios de coagulação ou em uso de medicamentos que influenciam a
hemostasia;
em tratamento diurético intensivo;
comprometimento grave renal, hepático ou cardíaco;
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C
Tal como ocorre com outros medicamentos da mesma classe, o naproxeno sódico provoca atraso
no trabalho de parto em animais e também afeta o sistema cardiovascular fetal no ser humano
(fechamento do ducto arterioso). Portanto, naproxeno sódico não deve ser utilizado durante a
gestação, exceto se estritamente necessário e sob orientação médica. O tratamento com
naproxeno sódico durante a gestação requer uma análise criteriosa dos possíveis benefícios e
potenciais riscos para a mãe e o feto, especialmente durante o primeiro e o terceiro trimestre.
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em
animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Lactação
O naproxeno foi detectado no leite materno. Portanto, deve-se evitar o uso de naproxeno sódico
durante a amamentação.
Capacidade para dirigir veículos e operar máquinas
Não existem estudos sobre os efeitos na capacidade para dirigir ou operar máquinas.
Entretanto, observaram-se efeitos adversos, tais como sonolência, tontura, vertigens e insônia
durante o tratamento com naproxeno sódico. Os pacientes devem ser alertados a observar as
suas reações antes de dirigir ou operar máquinas.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Pacientes idosos apresentam maior incidência de reações adversas aos AINEs, principalmente
Interação com outros medicamentos
Ciclosporina: pode ocorrer aumento das concentrações de ciclosporina, elevando o risco de
nefrotoxicidade.
Lítio: pode ocorrer aumento dos níveis de lítio, induzindo a náusea, polidipsia, poliúria, tremor e
confusão.
Metotrexato em doses iguais ou acima de 15mg/semana: aumento da concentração e
consequentemente da toxicidade do metotrexato.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) incluindo o ácido acetilsalicílico: aumento do risco de
úlcera e sangramento gastrintestinal.
Anticoagulantes: os AINEs podem aumentar o efeito de anticoagulantes, como a varfarina. Os
anticoagulantes e outras substâncias que influenciam a hemostasia aumentam o risco de
sangramento e requerem cuidadoso monitoramento.
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Antiplaquetários e inibidores seletivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de
sangramento gastrintestinal.
Corticosteroides: maior risco de úlcera ou sangramento gastrintestinal.
Diuréticos e anti-hipertensivos, inclusive os inibidores da enzima conversora de angiotensina
(ECA): Especialmente em pacientes com nefropatia preexistente, a eficácia dos diuréticos e anti-
hipertensivos pode ser reduzida.
Durante tratamentos de curta duração com naproxeno sódico, não parece haver interações
clinicamente significativas e relevantes com os seguintes medicamentos: antiácidos, medicamentos
para diabetes, hidantoína, probenecida e zidovudina.
Interação com alimentos
A administração com alimentos pode retardar ligeiramente a absorção de naproxeno.
Interferência em exames laboratoriais
O naproxeno sódico pode interferir nas análises urinárias de esteroides 17-cetogênicos e do ácido 5-
hidroxiindolacético (5-HIAA).
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30° C). Proteger da luz e umidade.
O prazo de validade do medicamento e de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O de naproxeno sódico 550mg é um comprimido revestido oblongo azul.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O comprimido revestido deve ser ingerido com um pouco de líquido, sem mastigar.
O naproxeno sódico deve ser administrado por via oral. Cada dose deve ser tomada com água e em
jejum ou com alimentos. A absorção pode ser levemente retardada com alimentos.
Dose para adultos:
Comprimidos revestidos de 550mg: tomar 1 comprimido revestido 1 vez por dia ou a critério médico.
A dose diária (24 horas) de 550mg não deve ser excedida, salvo prescrição médica.
Os efeitos indesejáveis podem ser diminuídos tomando-se a menor dose eficaz pelo menor tempo
necessário para controlar os sintomas.
Não se deve usar naproxeno sódico por mais de 10 dias consecutivos, exceto sob orientação médica.
Se a dor ou a febre persistirem ou se os sintomas mudarem, o médico deverá ser consultado.
Doses em idosos: sendo os idosos mais propensos a efeitos adversos, devem ser consideradas doses
mais baixas.
Doses em crianças: crianças menores de 12 anos não devem tomar este produto, salvo prescrição
médica.
Doses em graves insuficiências hepática, renal ou cardíaca: pode haver necessidade de redução da
dose em pacientes com graves insuficiências hepática, renal e/ou cardíaca.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
-Distúrbios cardiovasculares: há relatos de edema, hipertensão e insuficiência cardíaca
associados ao tratamento com AINEs.
Dados epidemiológicos e de estudos clínicos sugerem que o uso de coxibes e alguns AINEs
(particularmente em tratamentos com altas doses e de duração prolongada) podem estar
associado a um pequeno incremento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo:
infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral).
- Distúrbios gastrintestinais: os eventos adversos mais frequentes são de natureza gastrintestinal.
Podem ocorrer úlceras pépticas, sangramento e/ou perfuração gastrintestinal, algumas vezes
fatal, especialmente em idosos. Há relatos de náuseas, vômitos, diarreia, flatulência, obstipação,
dispepsia, dor abdominal, melena, hematêmese, estomatite ulcerativa, exacerbação de colite e
doença de Crohn. Menos frequentemente, observou-se gastrite.
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- Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: muito raramente, ocorreram reações bolhosas,
inclusive síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
O naproxeno sódico pode causar um leve aumento transitório e dose-dependente, no tempo de
sangramento. Entretanto, frequentemente esses valores não excedem o limite superior da faixa
de referência.
Tabulação de efeitos adversos:
Observaram-se as seguintes reações adversas para o naproxeno/naproxeno sódico, inclusive nas
doses sob prescrição médica.
Frequência Efeitos
Imunológicas
Muito rara
<0,01% e relatos isolados
Anafilaxia/reações anafilactóides, incluindo
choque desfecho fatal
Hematológicas
Distúrbios hematopoiéticos (leucopenia,
trombocitopenia, agranulocitose, anemia
aplástica, eosinofilia, anemia hemolítica)
Psiquiátricas
Distúrbios psiquiátricos, depressão, sonhos
anormais, incapacidade de concentração
Neurológicas
Frequente
= 1% a <10%
Tontura, cefaleia, torpor
Pouco frequente
= 0,1% a <1%
Sonolência, insônia, estado de
semiconsciência
Meningite asséptica, disfunção cognitiva,
convulsões
Oculares
Distúrbios visuais, córnea opaca, papilite,
neurite óptica retrobulbar, papiledema
Do ouvido e
labirinto
Vertigem
Deficiência auditiva, zumbidos, distúrbios
da audição
Cardíacas
<0,01% e relatos
Insuficiência cardíaca congestiva,
hipertensão, edema pulmonar, palpitações
isolados
Vasculares
Vasculite
Respiratórias
Dispneia, asma, pneumonite eosinofílica
Gastrintestinais
Dispepsia, náusea, azia, dor abdominal
Diarreia, obstipação, vômito
Rara
= 0,01% a <0,1%
Úlcera péptica com ou sem sangramento ou
perfuração, sangramento gastrintestinal,
hematêmese, melena
Pancreatite, colite, úlcera aftosa, estomatite,
esofagite, ulceraçõesintestinais
Hepatobiliares
Hepatite (inclusive casos fatais), icterícia
Dermatológicas
Exantema (erupção cutânea), prurido,
urticária
Edemaangioneurótico
Alopecia (geralmente reversível),
fotossensibilidade, porfiria, eritema
multiforme exsudativo, reações bolhosas
incluindo síndrome de Steven’s-Johnson e
necrólise epidérmica tóxica, eritema
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nodoso, erupção fixa à droga , líquen plano,
reação pustulosa, erupções cutâneas, lúpus
eritematoso sistêmico, reações de
fotossensibilidade inclusive porfiria cutânea
tardia (“pseudoporfiria”) ou epidermólise
bolhosa, equimose, púrpura, sudorese
Renais e
urinárias
Comprometimento renal
Nefrite intersticial, necrose renal papilar,
síndrome nefrótica, insuficiência renal,
nefropatia, hematúria, proteinúria
Gestacionais
Indução de trabalho de parto
Congênitas
Fechamento do ducto arterioso
Reprodutivas
Infertilidade feminina
Distúrbios
gerais
Edema periférico, particularmente nos
hipertensos ou com insuficiência renal,
pirexia (inclusive calafrios e febre)
Edema, sede, mal-estar
Laboratoriais
Aumento da creatinina sérica, alteração dos
testes de função hepática, hipercalemia
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.