Bula do Nebilet produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
NEBILET®
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.
Comprimido
cloridrato de nebivolol 5mg
Biolab Sanus Nebilet (Profissional de Saúde) – 07/2014 – 1
MODELO DE BULA
DO PROFISSIONAL DA SAÚDE
nebivolol, cloridrato
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Comprimido 5mg. Embalagem com 7, 28 e 56 comprimidos.
USO ORAL. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
cloridrato de nebivolol ................................................. 5,45 mg
(equivalente a 5 mg de nebivolol: 2,5 mg de d-nebivolol e 2,5 mg de l-nebivolol)
Excipientes: polissorbato 80, hipromelose, lactose monoidratada, amido de milho, croscarmelose sódica,
celulose microcristalina, sílica coloidal anidra, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hipertensão
Tratamento da hipertensão arterial (hipertensão em todos os estágios).
Insuficiência cardíaca (IC)
Tratamento da insuficiência cardíaca, em associação com as terapêuticas padronizadas em pacientes
idosos com idade ≥ 70 anos e com fração de ejeção ≤ 35%.
Os efeitos hemodinâmicos do nebivolol foram avaliados em voluntários saudáveis e em pacientes com
hipertensão.
Nebivolol aumentou significativamente a fração de ejeção ventricular esquerda, volume sistólico, débito
cardíaco e volume diastólico final. Nebivolol diminuiu a resistência periférica e manteve o débito
cardíaco por um volume sistólico aumentado. 1,2
Nebivolol possui um perfil exclusivo de tolerabilidade, caracterizado por um efeito modesto sobre a
frequência cardíaca e sem efeito prejudicial sobre o desempenho ventricular esquerdo. 3,4
Nebivolol possui uma ótima razão vale-pico, possibilitando um efetivo controle da pressão arterial com
dose única em 24 horas. A razão vale-pico do nebivolol é de 0,90, demonstrando que a maior parte do
efeito hipotensivo ainda está presente 24 horas após a dose. O efeito hipotensivo do nebivolol segue o
ritmo circadiano de pressão arterial, conforme monitorado por medidas ambulatoriais de pressão arterial.
5, 6
Nebivolol reduz a pressão arterial diastólica e sistólica e a hipertrofia ventricular esquerda (HVE). 7
Estudos em pacientes com insuficiência cardíaca crônica ou hipertrofia ventricular esquerda demonstram
melhora no desempenho ventricular esquerdo sistólico e diastólico e aumento da capacidade de exercício.
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Nebivolol melhora o perfil hemodinâmico, tanto em pacientes hipertensos com insuficiência cardíaca
diastólica, quanto em pacientes com cardiomiopatia dilatada.8,9
A ação vasodilatadora de nebivolol é dependente de óxido nítrico, que pode ser responsável também pela
melhora na capacidade de exercício. 10
Efeitos benéficos do nebivolol nos parâmetros hemodinâmicos foram obtidos também em pacientes com
cardiomiopatia dilatada, independente da classe funcional. Nebivolol reduziu a frequência cardíaca e
aumentou significativamente o volume sistólico e a fração de ejeção, ao passo que o débito cardíaco foi
mantido. 11
O estudo SENIORS (Estudo dos Efeitos da Intervenção com nebivolol nos Desfechos e Re-hospitalização
em Idosos com Insuficiência Cardíaca) avaliou o efeito do nebivolol na mortalidade e morbidade em
pacientes idosos com insuficiência cardíaca independentemente da fração de ejeção. Nebivolol prolongou
significantemente o tempo de ocorrência de mortes ou hospitalizações por motivos cardiovasculares.12
1- De Cree J, Geukens H, Verhaegen H. Non invasive cardiac haemodynamics of nebivolol. An
overview. Drug Invest 1991; 3:40-50.
2- Eichstadt H, Kaiser W, Mockel M et al. Haemodynamic measurements in patients under the β1
receptor blocker nebivolol. Perfusion 1997; 12:449-54.
3- Kamp O, Sieswerda GT, Visser CA. Comparison of effects on systolic and diastolic left ventricular
function of nebivolol versus atenolol in patients with uncomplicated essential hypertension. Am J Cardiol
2003; 92:344-8.
4- Schnaper H, Jackson D, Sit SP. Nebivolol a new generation of β-blockers in hypertension. Am J
Hypert 1991; 4:23A.
5- Sieben G, Van Nueten L, Symoens J. Nebivolol in hypertension. Drug Invest.1991; 3(1):190-2.
6- Van Nueten L, Dupont A, Vertommen GC. A dose response trial of nebivolol in essential
hypertension J Human Hypert.1997; 11:139-44.
7- Liu GS, Wang LY, van Nueten L et al. The effect of nebivolol on left ventricular hypertrophy in
hypertension. Cardiovasc Drugs Ther 1999; 13:549-51.
8- Lechat PH et al. Pilot study of cardiovascular effects of nebivolol in congestive heart failure. Drug
Invest 1991; 3:69-81.
9- Rousseau MF, Chapelle F, Van Eyll C et al. Medium-term effects of beta-blockade on left ventricular
mechanics: A double-blind, placebo-controlled comparison of nebivolol and atenolol in patients with
ischemic left ventricular dysfunction. J Cardiac Failure 1996; 2:15-23.
10- Wisenbaugh T et al. Long term (3 months) effect of a new b-blocker (nebivolol) on cardiac
performance in dilated cardiomyopathy. J Am Coll Cardiol 1993; 21:1094-1100
11- Nodari S, Metra M, Dei Cas L. Beta blocker treatment of patients with diastolic heart failure and
arterial hypertension.. A prospective, randomized, comparison of the long-term effects of atenolol vs
nebivolol. Eur J Heart Failure 2003; 5:621-7.
12- Flather MD, Shibata MC, Coats AJ, Van Veldhuisen DJ, Parkhomenko A, Borbola J, Cohen-Solal A,
Dumitrascu D, Ferrari R, Lechat P, Soler-Soler J, Tavazzi L, Spinarova L, Toman J, Bohm M, Anker SD,
Thompson SG, Poole-Wilson PA; SENIORS Investigators. Randomized trial to determine the effect of
nebivolol on mortality and cardiovascular hospital admission in elderly patients with heart failure
(SENIORS). Eur Heart J 2005; 26(3):215-25.
3. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
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Nebilet contém o princípio ativo nebivolol, um medicamento com atividade cardiovascular que apresenta
um duplo mecanismo de ação: é um β-bloqueador de terceira geração, que combina um bloqueio seletivo
de receptor β1-adrenérgico com uma propriedade vasodilatadora, mediada pela L-arginina /NO (óxido
nítrico).
O nebivolol é um racemato de dois enantiômeros, d-nebivolol (ou SRRR-nebivolol) e l-nebivolol (ou
RSSS-nebivolol). É um fármaco que alia duas atividades farmacológicas:
- é um bloqueador β-receptor competitivo e seletivo: este efeito é atribuído ao d-enantiômero.
- tem propriedades vasodilatadoras rápidas, devidas a uma interação com a via L-arginina/óxido nitrico
(NO).
Doses únicas e repetidas de nebivolol reduzem a frequência cardíaca e a pressão arterial em repouso e
durante o exercício, tanto em indivíduos normotensos como em pacientes hipertensos. O efeito anti-
hipertensivo é mantido durante o tratamento crônico.
Em doses terapêuticas, o nebivolol é desprovido de bloqueio alfa-adrenérgico.
Durante o tratamento agudo e crônico com nebivolol em pacientes hipertensos, a resistência vascular
sistêmica é diminuída. Apesar da redução da frequência cardíaca, a redução do débito cardíaco durante o
repouso e o exercício pode ser limitada devido a um aumento do volume de ejeção. A relevância clínica
destas diferenças hemodinâmicas, quando comparadas com outros bloqueadores dos receptores β 1, não
está completamente estabelecida.
Em pacientes hipertensos, o nebivolol aumenta a resposta vascular mediada pelo NO (óxido nítrico) à
acetilcolina (ACh) que é reduzida em pacientes com disfunção endotelial.
Nebivolol difere dos β-bloqueadores clássicos devido à sua alta seletividade por β1-adrenoceptores.
Nebivolol é um agente β1-bloqueador competitivo e altamente seletivo. A cardiosseletividade do
nebivolol foi avaliada in vitro por estudos de ligação à β1 e β2 em comparação com outros agentes β-
bloqueadores. A seletividade por β1 reside no d-enantiômero, ao passo que o l-enantiômero mostrou a
mais baixa afinidade e nenhuma seletividade pelos β1-receptores. A alta seletividade pelos receptores β1-
adrenérgicos do nebivolol foi também demonstrada pela relação de ligação de receptores β2/β1, muito
maior do que para muitos outros agentes β–bloqueadores. No miocárdio humano, a seletividade por β1 do
nebivolol foi superior ao do bisoprolol, metoprolol e carvedilol. No miocárdio ventricular esquerdo
humano deficiente, a potência inotrópica negativa do nebivolol foi menor do que a do metoprolol e
carvedilol.
Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que o nebivolol não tem atividade
simpaticomimética intrínseca.
Experiências “in vitro” e “in vivo” em animais mostraram que em doses farmacológicas o nebivolol não
apresenta ação estabilizadora da membrana.
Em voluntários saudáveis, o nebivolol não diminui a capacidade de exercício, um conhecido efeito
colateral dos β-bloqueadores que pode alterar a qualidade de vida.
A elevada β1-seletividade do nebivolol é responsável por seus efeitos desprezíveis na resistência das vias
aéreas em seres humanos.
Nebivolol possui efeito vasodilatador mediado pelo óxido nítrico, isto foi demonstrado “in vitro” e “in
vivo”, em voluntários saudáveis e pacientes hipertensos. Nebivolol influi favoravelmente na
complacência arterial e possui efeito positivo sobre a pressão de pulso. A administração oral de nebivolol
leva a uma vasodilatação dependente do endotélio em indivíduos saudáveis (estudo clínico) e em
pacientes com hipertensão arterial essencial, condição clínica caracterizada por disfunção endotelial com
disponibilidade de NO basal reduzida e estimulada. A vasodilatação induzida por nebivolol também foi
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demonstrada pela diminuição na resistência vascular sistêmica observada em diversos estudos
hemodinâmicos em pacientes com hipertensão arterial ou doença cardíaca.
Propriedades farmacocinéticas
Ambos os enantiômeros do nebivolol são rapidamente absorvidos após administração oral, atingindo
concentração plasmática de pico no período de ½ -2 horas após a ingestão. A absorção de nebivolol não é
afetada pelos alimentos; o nebivolol pode ser dado durante ou fora das refeições.
O nebivolol é extensamente metabolizado, parcialmente em hidroxi-metabólitos ativos. O nebivolol é
metabolizado através de hidroxilação alicíclica e aromática, N-desalquilação e glucuronidação; além
disso, formam-se glucuronidos dos hidroxi-metabólitos. O metabolismo do nebivolol por hidroxilação
aromática é condicionado pelo CYP450 2D6 (CYP2D6) dependente do polimorfismo genético oxidativo.
A biodisponibilidade oral do nebivolol é, em média, de 12% nos metabolizadores extensivos ou normais
(MEs) e é virtualmente completa (100%) nos metabolizadores pobres (MPs). Nebivolol é extensamente
metabolizado no fígado, particularmente para um hidróximetabólito ativo; a hidroxilação aromática é
deficiente nos MPs e ativa nos MEs. No regime estacionário e para a mesma dose, o pico da
concentração plasmática do nebivolol inalterado é cerca de 23 vezes mais elevado nos metabolizadores
fracos do que nos metabolizadores extensos. Quando se considera o fármaco inalterado e os metabólitos
ativos, a diferença dos picos das concentrações plasmáticas é de 1,3 a 1,4 vezes.
Apesar das diferenças farmacocinéticas entre os fenótipos, farmacodinâmica e efeitos terapêuticos
similares são observados. Portanto não é necessário recomendação de dose especial para baixos
metabolizadores.
Nos metabolizadores extensivos ou normais, a meia-vida de eliminação dos enantiômeros do nebivolol é
em média 10 horas. Nos metabolizadores pobres é cerca de 3-5 vezes mais longa. Nos metabolizadores
extensivos, os níveis plasmáticos do enantiômero RSSS são ligeiramente mais elevados do que os do
enantiômero SRRR.
Nos metabolizadores pobres esta diferença é maior. Nos metabolizadores extensivo ou normais a meia-
vida de eliminação dos hidroxi-metabólitos de ambos os enantiômeros é, em média, 20 horas e é duas
vezes mais longa nos metabolizadores lentos.
Na maioria dos indivíduos (metabolizadores extensivos ou normais) o regime estacionário dos níveis
plasmáticos é atingido em 24 horas para o nebivolol e em poucos dias para os hidroxi-metabólitos. As
concentrações plasmáticas são proporcionais às doses entre 5 e 30 mg. A farmacocinética do nebivolol
não é afetada pela idade.
No plasma, ambos os enantiômeros do nebivolol estão predominantemente ligados à albumina. A ligação
às proteínas plasmáticas é de 98,1% para o SRRR-nebivolol e de 97,9% para o RSSS-nebivolol.
Uma semana após a administração de 15 g de nebivolol, 38% da dose é excretada pela urina e 48% pelas
fezes. A excreção urinária de nebivolol inalterado é inferior a 0,5% da dose, tanto em metabolizadores
extensivos quanto nos pobres.
A farmacocinética de medicamento inalterado em pacientes com doença renal moderada a severa foi
semelhante àquela em sujeitos saudáveis estudados; entretanto, o aumento da concentração plasmática
dos enantiômeros mais os metabólitos hidroxilados sugerem limitar a dose a 2,5 mg uma vez ao dia.
- Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a algum dos excipientes;
- Insuficiência hepática ou função hepática diminuída;
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- Insuficiência cardíaca aguda, choque cardiogênico ou episódios de descompensação da insuficiência
cardíaca a requerer terapêutica inotrópica por via i.v.
Adicionalmente, tal como outros agentes ß-bloqueadores, Nebilet está contraindicado nas seguintes
situações:
- Doença do nó sinusal, incluindo o bloqueio sino-auricular;
- Bloqueio cardíaco do segundo e terceiro grau (sem marcapasso);
- História de broncospasmo e asma;
- Feocromocitoma não tratado;
- Acidose metabólica;
- Bradicardia (frequência cardíaca < 60 b.p.m. antes do início do tratamento);
- Hipotensão arterial (pressão arterial sistólica < 90 mmHg);
- Perturbações circulatórias periféricas graves.
As advertências e precauções recomendadas são as geralmente aplicáveis aos bloqueadoresβ-
adrenérgicos.
Anestesia:
A manutenção do bloqueio β reduz o risco de arritmias durante a indução e intubação. Quando se decide
interromper um bloqueio β na preparação para uma cirurgia, a terapêutica com um bloqueador β-
adrenérgico deve ser interrompida pelo menos 24 horas antes.
Devem ser tomadas precauções no uso de certos fármacos anestésicos que causem depressão do
miocárdio. O paciente pode ser protegido contra reações vagais por administração intravenosa de
atropina.
Cardiovascular:
Em geral, os bloqueadores β-adrenérgicos não devem ser administrados a pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva não tratada, a não ser que a sua situação tenha sido estabilizada.
Nos pacientes com doença cardíaca isquêmica, o tratamento com um bloqueador β-adrenérgico deve ser
interrompido gradualmente, isto é, durante 1 - 2 semanas. Se for necessária uma terapêutica de
substituição, esta deverá ser iniciada ao mesmo tempo para evitar exacerbação de angina de peito.
Os bloqueadoresβ-adrenérgicos podem induzir bradicardia: se a frequência cardíaca diminuir para menos
de 50-55 batimentos por minuto em repouso e/ou o paciente apresentar sintomas sugestivos de
bradicardia, a posologia deve ser reduzida.
Os bloqueadores β-adrenérgicos devem ser usados com precaução:
- em pacientes com perturbações circulatórias periféricas (doença ou síndrome de Raynaud, claudicação
intermitente) porque pode ocorrer agravamento dessas perturbações;
- em pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau, devido ao efeito negativo dos β-bloqueadores
sobre o tempo de condução;
- em pacientes com angina de Prinzmetal devida a vasoconstrição da artéria coronária mediada pelo
receptor α: os bloqueadores β-adrenérgicos podem aumentar o número e a duração dos ataques anginosos.
A associação de nebivolol com bloqueadores dos canais de cálcio do tipo verapamil e diltiazem, com
medicamentos antiarrítmicos de classe I e com medicamentos hipotensores de ação central não é
geralmente recomendada.
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Metabólico / Endocrinológico:
- Nebilet não interfere com os níveis de glicose em pacientes diabéticos. Contudo, deve usar-se com
precaução em pacientes diabéticos, porque o nebivolol pode mascarar certos sintomas de hipoglicemia
(taquicardia, palpitações).
Os β-bloqueadores podem mascarar os sintomas de taquicardia no hipertiroidismo. A suspensão abrupta
pode intensificar os sintomas.
Respiratório:
- Em pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas, os bloqueadores β-adrenérgicos devem ser
usados com precaução, porque a constrição das vias respiratórias pode ser agravada.
Outros:
- Pacientes com história de psoríase só devem tomar bloqueadoresβ-adrenérgicos após cuidadosa
ponderação.
- Os bloqueadores β-adrenérgicos podem aumentar a sensibilidade aos alérgenos e a gravidade das
reações anafiláticas.
O início do tratamento da insuficiência cardíaca crônica com nebivolol necessita de uma monitorização
regular. A descontinuação do tratamento não deve ser feita abruptamente a não ser que claramente
indicada.
Este medicamento contém lactose. Os pacientes com situações hereditárias raras de intolerância à
galactose, deficiência de lactase de Lapp ou má absorção de glicose-galactose não devem tomar este
medicamento.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de conduzir e de usar máquinas. Estudos
farmacodinâmicos mostraram que Nebilet não afeta a função psicomotora. Os pacientes que conduzam
veículos ou trabalhem com máquinas devem ter em consideração que, ocasionalmente, podem ocorrer
tonturas e fadiga.
Este medicamento deve ser administrado somente pela via recomendada para evitar riscos.
Gravidez:
O nebivolol apresenta efeitos farmacológicos que podem causar efeitos prejudiciais na gravidez e/ou no
feto/recém-nascido. Em geral, os β-bloqueadores reduzem a perfusão placentária, fato que pode estar
associado com o atraso de crescimento, morte intrauterina, aborto ou parto prematuro. Podem ainda
ocorrer efeitos adversos (como hipoglicemia e bradicardia) no feto ou no recém-nascido. Se o tratamento
com β-bloqueadores for necessário, é preferível selecionar os bloqueadores β-adrenérgicos β1–seletivos.
Nebivolol não deve ser usado durante a gravidez, a não ser quando for claramente necessário. Se o
tratamento com nebivolol for considerado necessário, o fluxo uteroplacentário e o crescimento do feto
devem ser monitorizados. Em caso de efeitos prejudiciais na gravidez ou no feto, deve ser considerado
um tratamento alternativo. Os recém-nascidos devem ser cuidadosamente monitorizados. Geralmente,
podem ser esperados sintomas de hipoglicemia e bradicardia nos primeiros três dias.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. O médico
deve ser imediatamente informado em caso de suspeita de gravidez.
Lactação:
Estudos efetuados em animais mostraram que o nebivolol é excretado no leite materno. Desconhece-se se
o nebivolol é excretado no leite humano. A maioria dos β-bloqueadores, especialmente os compostos
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lipofílicos como o nebivolol e os respectivos metabolitos ativos, passam ao leite, numa percentagem
variável.
Portanto, a amamentação não é recomendada durante a administração de nebivolol.
Pediatria – Não existem estudos específicos em crianças e adolescentes. Portanto não se recomenda o
seu uso em crianças e adolescentes.
Geriatria (idosos) – Em pacientes idosos pode ser necessário o ajuste da dose. – vide item “Posologia”
Insuficiência renal - Em pacientes com insuficiência renal pode ser necessário o ajuste da dose. – vide
item “Posologia”
Insuficiência hepática – A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática ou com
função hepática diminuída é limitada. Por isso, o uso de Nebilet nestes pacientes está contraindicado.
As interações seguintes são as geralmente aplicáveis aos bloqueadores -adrenérgicos.
Associações não recomendadas
- Antiarritmicos de classe I (quinidina, hidroquinidina, cibenzolina, flecaínida, disopiramida, lidocaína,
mexiletina, propafenona): o efeito no tempo da condução átrio-ventricular pode ser potencializado e o
efeito inotrópico negativo aumentado.
- Bloqueadores dos canais de cálcio tipo verapamil/diltiazem: influência negativa na contratilidade e
condução atrio-ventricular. A administração intravenosa de verapamil em pacientes tratados com β-
bloqueadores pode levar a uma hipotensão profunda e bloqueio átrio-ventricular.
- Anti-hipertensores de ação central (clonidina, guanfacina, moxonidina, metildopa, rilmenidina): o uso
concomitante de medicamentos anti-hipertensores de ação central pode agravar a insuficiência cardíaca
devido a uma diminuição do tônus simpático central (redução da frequência cardíaca e débito cardíaco,
vasodilatação). A suspensão abrupta, principalmente se for anterior à descontinuação do β-bloqueador,
pode aumentar o risco de hipertensão reativa.
Associações que devem ser utilizadas com precaução
- Antiarrítmicos de classe III (amiodarona): o efeito no tempo da condução átrio-ventricular pode ser
potencializado
- Anestésicos-halogenados voláteis: o uso concomitante de bloqueadores β-adrenérgicos e de fármacos
anestésicos pode reduzir a taquicardia reflexa e aumentar o risco de hipotensão. Como regra geral, evitar
a interrupção brusca do tratamento com o β-bloqueador. O anestesista deve ser informado sempre que o
paciente estiver tomando Nebilet.
- Fentanil: o uso concomitante com bloqueadores beta-adrenérgicos pode resultar em hipotensão severa.
- Insulina e antidiabéticos orais: embora o nebivolol não afete os níveis de glicose, o uso concomitante
pode mascarar certos sintomas de hipoglicemia (palpitações, taquicardia).
- Baclofeno (antiespástico), amifostina (antineoplásico): o uso concomitante de anti-hipertensivos pode
aumentar a queda da pressão arterial, desta forma a dose do anti-hipertensivo deve ser ajustada
adequadamente.
Biolab Sanus Nebilet (Profissional de Saúde) – 07/2014 – 8
Associações a serem consideradas
- Glicosídeos digitálicos: o uso concomitante pode aumentar o tempo da condução átrio-ventricular.
Ensaios clínicos com nebivolol não mostraram evidência clínica de interação. O nebivolol não influencia
a cinética da digoxina.
- Bloqueadores do cálcio do tipo dihidropiridina (anlodipina, felodipina, lacidipina, nifedipina,
nicardipina, nimodipina, nitrendipina): o uso concomitante pode aumentar o risco de hipotensão, e não
pode ser excluído um aumento do risco de uma posterior deterioração da bomba ventricular em pacientes
com insuficiência cardíaca.
- Antipsicóticos (fenotiazinas), antidepressivos tricíclicos, e barbitúricos e: o uso concomitante pode
potencializar o efeito hipotensor dos beta-bloqueadores (efeito aditivo).
- Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs): não produzem efeito na diminuição da
pressão arterial produzida pelo nebivolol.
- Agentes simpaticomiméticos: o uso concomitante pode neutralizar o efeito dos bloqueadores β-
adrenérgicos. Os agentes β-adrenérgicos podem conduzir a uma atividade α-adrenérgica não oposta dos
agentes simpaticomiméticos com efeitos α e β-adrenérgicos (risco de hipertensão, bradicardia grave e
bloqueio cardíaco).
Apesar de estudo pré-clínico demonstrar que o inibidor da fosfodiestarase tipo 5 sildenafil não
potencializa as propriedades vasodilatadoras de nebivolol, até o momento recomenda-se que o uso
concomitante deve ser evitado, porque pode resultar na redução da concentração do sildenafil no sangue e
maior risco de hipotensão.
Interações farmacocinéticas:
Uma vez que o metabolismo do nebivolol envolve a isoenzima CYP2D6, a co-administração de
substâncias inibidoras desta enzima, nomeadamente a paroxetina, fluoxetina, tioridazina e quinidina,
podem levar a um aumento dos níveis plasmáticos de nebivolol associado a um risco acrescido de
bradicardia excessiva e de efeitos adversos.
A co-administração de cimetidina aumenta os níveis plasmáticos de nebivolol, sem alterar o efeito
clínico. A co-administração de ranitidina não afeta a farmacocinética do nebivolol. Desde que Nebilet
seja tomado com a refeição e os antiácidos entre as refeições, ambos os tratamentos podem ser prescritos
simultaneamente.
A associação de nebivolol com nicardipina aumenta ligeiramente os níveis plasmáticos de ambos os
fármacos, sem alterar o efeito clínico. A coadministração de álcool, furosemida ou hidroclorotiazida não
afetou a farmacocinética do nebivolol. O nebivolol não tem efeito sobre a farmacocinética e a
farmacodinâmica da varfarina.
Principais interações com alimentos:
Nebilet pode ser tomado com comida ou com o estômago vazio, mas é melhor tomar o comprimido com
um pouco de água.
Principais interações com testes laboratoriais:
Não há relatos de relevância clínica do efeito do uso de nebivolol nos exames laboratoriais e eletrólitos no
sangue.
Em estudos clínicos o nebivolol foi associado a alguns casos de aumento de ácido úrico, porém sem
relevância clínica ou estatística.
Notavelmente, não houve alterações da glicemia.
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Em estudos clínicos o nebivolol mostrou não causar qualquer alteração significativa dos triglicerídeos e
do HDL, e em alguns estudos foram relatados uma redução dos triglicerídeos.
Mantenha Nebilet em temperatura ambiente (15 a 30ºC) e ao abrigo da umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos de Nebilet são circulares, brancos e sulcados em cruz. Eles podem ser partidos em
quatro partes iguais.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com um pouco de água.
Hipertensão
Adultos:
A dose recomendada é de um comprimido (5 mg) ao dia, de preferência à mesma hora do dia. Os
comprimidos podem ser tomados junto com as refeições.
A redução da pressão arterial é evidente após 1-2 semanas de tratamento. Ocasionalmente, o efeito ótimo
só é atingido no final de 4 semanas.
Associação com outros agentes anti-hipertensivos:
Os β-bloqueadores podem ser utilizados isolados ou em associação com outros agentes anti-hipertensivos
Até à data apenas foi observado um efeito anti-hipertensor aditivo quando se associaram 5 mg de
Nebilet com 12,5 - 25 mg de hidroclorotiazida.
Pacientes com insuficiência renal:
Nos pacientes com insuficiência renal, a dose inicial recomendada é 2,5 mg por dia. Se necessário, a dose
diária pode ser aumentada até 5 mg.
Pacientes com insuficiência hepática:
A informação disponível sobre pacientes com insuficiência hepática ou com função hepática diminuída é
limitada. Por isso, o uso de Nebilet nestes pacientes está contraindicado.
Idosos:
Nos pacientes com mais de 65 anos, a dose inicial recomendada é de 2,5 mg por dia. Se necessário a dose
diária pode ser aumentada para 5 mg. Contudo, face à pouca experiência em pacientes com idade
superior a 75 anos, devem ser tomadas precauções e proceder a uma monitorização rigorosa destes
pacientes.
Crianças e adolescentes:
Não existem estudos específicos em crianças e adolescentes. Portanto não se recomenda o seu uso em
crianças e adolescentes.
Insuficiência cardíaca (IC)
O tratamento da insuficiência cardíaca tem de ser iniciado com um ajuste posológico gradual até que a
dose ótima individual de manutenção seja alcançada.
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Os pacientes devem ter insuficiência cardíaca estabelecida sem manifestação de insuficiência cardíaca
aguda nas últimas seis semanas. É recomendável que o médico tenha experiência no tratamento da
insuficiência cardíaca.
Para os pacientes já medicados com terapêutica cardiovascular incluindo diuréticos e/ou digoxina e/ou
inibidores da ECA e/ou antagonistas da angiotensina II, a dose destes fármacos deve ser estabilizada duas
semanas antes de se iniciar o tratamento com Nebilet.
O ajuste posológico inicial deve ser estabelecido por fases, com intervalos de uma a duas semanas, de
acordo com a tolerabilidade do paciente:
1,25 mg de nebivolol uma vez ao dia aumentando para 2,5 mg uma vez ao dia, depois para 5 mg uma vez
ao dia e posteriormente para 10 mg uma vez ao dia.
A dose máxima recomendada é de 10 mg de nebivolol uma vez por dia.
O início do tratamento e cada aumento da dose devem ser monitorizados pelo médico, durante pelo
menos 2 horas, a fim de assegurar que o estado clínico do paciente se mantenha estável (sobretudo a
respeito à pressão arterial, frequência cardíaca, distúrbios da condução, sinais de agravamento de
insuficiência cardíaca).
A ocorrência de efeitos adversos pode impedir que todos pacientes possam ser tratados com a dose
máxima recomendada. Se necessário, a dose alcançada pode ser diminuída passo a passo e reintroduzida
se for adequado.
Durante a fase de ajuste posológico, em caso de agravamento de insuficiência cardíaca ou intolerância,
recomenda-se em primeiro lugar a redução da dose de nebivolol ou a suspensão imediata, se for
necessária (em caso de hipotensão severa, agravamento da insuficiência cardíaca com edema pulmonar
agudo, choque cardiogênico, bradicardia sintomática ou bloqueio átrio-ventricular).
O tratamento da insuficiência cardíaca com o nebivolol é geralmente um tratamento de longa duração.
Não é recomendável suspender abruptamente o tratamento com nebivolol uma vez que pode originar um
agravamento transitório da insuficiência cardíaca. No caso de ser aconselhável a descontinuação do
tratamento, a dose deve ser gradualmente diminuída para metade, semana a semana.
Os comprimidos podem ser tomados com as refeições.
Não é necessário ajuste posológico em presença de insuficiência renal leve a moderada, uma vez que a
dose máxima tolerada é ajustada individualmente.
Não há experiência em pacientes com insuficiência renal grave (creatinina sérica ≥ 250 µmol/L), pelo que
não se recomenda a utilização de nebivolol nestes pacientes.
A informação disponível relativa à pacientes com insuficiência hepática é limitada. Por isso, o uso de
Nebilet nestes pacientes está contraindicado.
Não é necessário ajustamento posológico uma vez que a dose máxima tolerada é ajustada
individualmente.
Não existem estudos específicos em crianças e adolescentes. Por isso, não se recomenda o seu uso em
As reações adversas estão listadas em separado para a hipertensão e para a IC devido às diferenças
existentes nas doenças subjacentes.
Biolab Sanus Nebilet (Profissional de Saúde) – 07/2014 – 11
Hipertensão
As reações adversas relatadas, que são na maioria dos casos de intensidade leve a moderada estão
sumarizadas no seguinte Quadro e ordenadas pela sua frequência:
Classes de Sistemas de
Orgãos
Comum
(≥1/100 a
<1/10)
Incomum
(≥1/1000 a ≤ 1/100)
Muito rara
(≤ 1/10.000)
Desconhecido
Doenças do sistema
imunológico
edema
angioneurótico,
hipersensibilidade
Doenças psiquiátricas pesadelos,
depressão
nervoso
cefaleias,
tonturas,
parestesia.
síncope
Afeções oculares diminuição da visão
Cardiopatias bradicardia,
insuficiência
cardíaca, redução da
condução
AV/bloqueio AV
Vasculopatias hipotensão,
claudicação
intermitente
Doenças respiratórias,
torácicas e do mediastino
dispneia broncospasmo
Doenças gastrintestinais obstipação,
náusea e
diarreia
dispepsia,
flatulência, vômitos
Afeções dos tecidos
cutâneos e subcutâneos
prurido, erupção
eritematosa
agravamento
da psoríase
Doenças dos orgãos
genitais e da mama
impotência
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
fadiga, edema
Com alguns bloqueadores β-adrenérgicos foram ainda relatadas as seguintes reações adversas:
alucinações, psicose, confusão, extremidades frias/cianóticas, fenômeno de Raynaud, olhos secos e
toxicidade óculo-mucocutânea.
Insuficiência cardíaca
Biolab Sanus Nebilet (Profissional de Saúde) – 07/2014 – 12
A informação disponível sobre as reações adversas em pacientes com IC provém de um ensaio clínico
controlado com placebo que envolveu 1067 pacientes medicados com nebivolol e 1061 pacientes a
receber placebo. Neste estudo, 449 pacientes medicados com nebivolol (42,1%) relataram reações
adversas possivelmente relacionadas com a terapêutica, comparativamente com 334 pacientes tratados
com placebo (31,5%). As reações adversas mais frequentes nos pacientes medicados com nebivolol foram
bradicardia e tonturas, ocorrendo ambas em aproximadamente 11% dos pacientes. A frequência das
reações nos pacientes que receberam placebo foi aproximadamente 2% e 7%, respectivamente.
Foram relatadas as seguintes incidências para reações adversas (possivelmente relacionadas com o
medicamento) e que são consideradas especificamente relevantes no tratamento da insuficiência cardíaca:
- O agravamento da insuficiência cardíaca ocorreu em 5,8% de pacientes que tomaram
nebivolol contra 5,2% de pacientes que tomaram placebo.
- A hipotensão postural foi relatada em 2,1% de pacientes que tomaram nebivolol contra 1,0%
de pacientes que tomaram placebo.
- A intolerância ao medicamento ocorreu em 1,6% de pacientes que tomaram nebivolol contra
0,8% de pacientes que tomaram placebo.
- Bloqueio átrio-ventricular de primeiro grau ocorreu em 1,4% de pacientes que tomaram
nebivolol contra 0,9% de pacientes que tomaram placebo.
- Edema dos membros inferiores foi relatado em 1,0% de pacientes que tomaram nebivolol
contra 0,2% de pacientes que tomaram placebo.
Os seguintes efeitos adversos foram identificados através de notificação espontâneas sem estimar sua
frequência ou estabelecer uma relação causal com o uso de Nebilet: função hepática anormal (incluindo
aumento de TGO, TGP e bilirrubina), edema pulmonar agudo, insuficiência renal aguda, infarto do
miocárdio, sonolência e trombocitopenia.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos
adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Não existem dados disponíveis relativos à superdosagem com Nebilet.
Sintomas:
Os sintomas de superdosagem com β-bloqueadores são: bradicardia, hipotensão, broncospasmo e
insuficiência cardíaca aguda.
Tratamento:
Se ocorrer overdose o tratamento deve ser interrompido e medidas de suporte gerais, baseadas na
farmacologia dos beta-bloqueadores devem ser consideradas para os casos de insuficiencia cardíaca
congestiva (uso de digitálicos e diuréticos) e broncoespasmos (uso de aminofilina ou beta2-agonista
inalatório).
Em caso de superdosagem ou de hipersensibilidade, o paciente deve ser mantido sob rigorosa vigilância e
ser tratado numa unidade de cuidados intensivos. Devem ser determinados os níveis de glicose no
sangue. A absorção de qualquer porção do fármaco ainda presente no trato gastrintestinal deve ser
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evitada por lavagem gástrica, administração de carvão ativado e de um laxante. Pode ser necessário
instituir respiração artificial. A bradicardia ou as reações vagais extensas devem ser tratadas por
administração de atropina ou metilatropina. A hipotensão e o choque devem ser tratados com
plasma/substitutos do plasma e, se necessário, com catecolaminas. O efeito -bloqueador pode ser
neutralizado pela administração intravenosa lenta de cloridrato de isoprenalina, começando com uma dose
de aproximamente 5 g/minuto, ou dobutamina, começando com uma dose de 2,5 g/minuto, até ter se
obter o efeito desejado. Em casos refratários a isoprenalina, pode ser associada com dopamina. Se ainda
não se produzir o efeito desejado, pode ser considerada a administração intravenosa de 50-100 g/kg de
glucagon. Se necessário, a injeção pode ser repetida dentro de uma hora, e ser seguida, por uma infusão
i.v. de glucagon na dose de 70 g/kg/h. Em casos extremos de bradicardia resistente ao tratamento pode-
se colocar um marcapasso.
Devido a alta ligação à proteína, não se espera que hemodiálise aumente a excreção de nebiviolol.
Nos casos de intoxicação, onde existam sintomas de choque, o tratamento deve ocorrer por períodos
consistentes com a meia-vida efetiva do nebivolol (12-19 horas).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.