Bula do Nicord produzido pelo laboratorio Marjan Indústria e Comércio Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Nicord®
Marjan Indústria e Comércio Ltda.
Comprimido
Besilato de Anlodipino
5,0 mg e 10,0 mg
besilato de anlodipino
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 5 mg: cartucho contendo 10 ou 20 comprimidos.
Comprimidos de 10 mg: cartucho contendo 20 comprimidos sulcados.
USO ADULTO
VIA ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 5 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 5 mg de anlodipino base)........6,94 mg
Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio e fosfato de
cálcio dibásico di-hidratado..................1 comprimido
Cada comprimido sulcado de 10 mg contém:
besilato de anlodipino (equivalente a 10 mg de anlodipino base)....13,88 mg
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Nicord®
(besilato de anlodipino) é indicado como fármaco de primeira linha no tratamento da
hipertensão, podendo ser utilizado na maioria dos pacientes como agente único de controle da
pressão sanguínea. Pacientes que não são adequadamente controlados com um único agente anti-
hipertensivo podem ser beneficiados com a adição de anlodipino, que tem sido utilizado em
combinação com diuréticos tiazídicos, alfabloqueadores, agentes betabloqueadores adrenérgicos
ou inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA).
é indicado no tratamento da isquemia miocárdica como fármaco de primeira linha,
devido tanto à obstrução fixa (angina estável) como ao vasoespasmo/vasoconstrição (angina de
Prinzmetal ou angina variante) da vasculatura coronária. Nicord®
pode ser utilizado em situações
clínicas sugestivas, mas não confirmadas, de possível componente vasoespástico/vasoconstritor.
Pode ser utilizado isoladamente, como monoterapia, ou em combinação com outros fármacos
antianginosos em pacientes com angina refratária a nitratos e/ou doses adequadas de
betabloqueadores.
Uso em Pacientes com Doença Arterial Coronária1
Os efeitos do anlodipino na morbidade e mortalidade cardiovascular, a progressão de
aterosclerose coronária e aterosclerose carótida foram estudadas no estudo clínico Avaliação
Prospectiva Randomizada dos Efeitos Vasculares do Anlodipino (PREVENT - Prospective
Randomized Evaluation of the Vascular Effects of Amlodipine Trial). Este estudo multicêntrico,
randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, acompanhou por 3 anos 825 pacientes com doença
arterial coronária (DAC) definida angiograficamente. A população incluiu pacientes com infarto
prévio do miocárdio (IM) (45%), angioplastia coronária percutânea transluminal (ACPT) na linha
de base (42%) e história de angina (69%). A gravidade da DAC variou de 1 vaso doente (45%) a
3 ou mais vasos doentes (21%). Os pacientes com hipertensão não controlada (pressão arterial
diastólica [PAD] > 95 mmHg) foram excluídos do estudo. Um comitê de avaliação de desfecho
avaliou, de modo cego, os principais eventos cardiovasculares. Embora não tenha existido
nenhum efeito demonstrável da velocidade de progressão das lesões na artéria coronária, o
anlodipino impediu a progressão do espessamento da íntima-média da carótida. Foi observada
uma redução significante (-31%) em pacientes tratados com anlodipino no desfecho combinado
de morte cardiovascular, infarto do miocárdio, derrame, angioplastia coronária percutânea
transluminal (ACPT), revascularização cirúrgica do miocárdio, hospitalização para angina
instável e piora da insuficiência cardíaca congestiva. Uma redução significante (-42%) nos
procedimentos de revascularização (ACPT e revascularização cirúrgica do miocárdio) também foi
observada em pacientes tratados com anlodipino. Foi observado um número de hospitalizações (-
33%) menor para angina instável em pacientes tratados quando comparado ao grupo placebo.
Uso em Pacientes com Insuficiência Cardíaca2
Estudos hemodinâmicos e estudos clínicos controlados baseados na resposta ao exercício em
pacientes portadores de insuficiência cardíaca classes NYHA II a IV, demonstraram que o
anlodipino não levou a uma deterioração clínica quando avaliada em relação à tolerância ao
exercício, fração de ejeção ventricular esquerda e sintomatologia clínica.
Um estudo placebo-controlado (PRAISE) para avaliar pacientes portadores de insuficiência
cardíaca classes NYHA III e IV recebendo digoxina, diuréticos e inibidores da enzima conversora
de angiotensina (ECA) demonstrou que o anlodipino não leva a um aumento no risco da
mortalidade ou mortalidade e morbidades combinadas em pacientes com insuficiência cardíaca.
Em um estudo placebo-controlado com anlodipino, de acompanhamento de longo prazo
(PRAISE-2), em pacientes com insuficiência cardíaca classes NYHA III e IV, sem sintomas
clínicos ou sinais sugestivos de doença isquêmica preexistente, em doses estáveis de inibidores da
ECA, digitálicos e diuréticos, o anlodipino não teve qualquer efeito na mortalidade total ou
cardiovascular. Nesta mesma população, o fármaco foi associado a um aumento de relatos de
edema pulmonar, apesar de não existir qualquer diferença significante na incidência de piora da
insuficiência cardíaca quando comparada ao placebo.
Referência Bibliográfica
1
Pitt B, Byington RP, Furberg CD, Hunninghake DB, Mancini GB, Miller ME, Riley W. Effect of
amlodipine on the progression of atherosclerosis and the occurrence of clinical events. PREVENT
Investigators. 2000;102(13):1503-10.
2
Packer M, O’Connor CM, Ghali JK, Pressler ML, Carson PE, Belkin RN, Miller AB, Neuberg
GW, Frid D, Wertheimer JH, Cropp AB, DeMets DL. Effect of amlodipine on morbidity and
mortality in severe chronic heart failure. Prospective Randomized Amlodipine Survival Evaluation
Study Group.1996;335(15):1107-14.
Propriedades Farmacodinâmicas
O anlodipino é um inibidor do influxo do íon de cálcio (bloqueador do canal lento de cálcio ou
antagonista do íon cálcio) e inibe o influxo transmembrana do íon cálcio para o interior da
musculatura lisa cardíaca e vascular.
O mecanismo da ação anti-hipertensiva deve-se ao efeito relaxante direto na musculatura vascular
lisa. O mecanismo preciso pelo qual o anlodipino alivia a angina não está completamente
definido, mas reduz o grau de isquemia total pelas duas seguintes ações:
- dilata as arteríolas periféricas e, desta maneira, reduz a resistência periférica total (pós-carga)
contra o trabalho cardíaco. Uma vez que a frequência cardíaca permanece estável, esta redução de
carga diminui o consumo de energia miocárdica e a necessidade de oxigênio.
- o mecanismo de ação também envolve, provavelmente, a dilatação das artérias coronárias
principais e arteríolas coronárias, em regiões normais e isquêmicas. Esta dilatação aumenta a
liberação de oxigênio no miocárdio em pacientes com espasmo coronariano arterial (angina de
Prinzmetal ou angina variante) e abranda a vasoconstrição coronariana induzida pelo fumo.
Em pacientes com hipertensão, a dose única diária proporciona reduções clinicamente
significantes na pressão sanguínea durante o intervalo de 24 horas, tanto nas posições supina
quanto do indivíduo em pé. Devido ao lento início de ação, a hipotensão aguda não constitui uma
característica da administração de anlodipino.
Em pacientes com angina, a administração de dose única diária de anlodipino aumenta o tempo
total de exercício, tempo de início da angina e tempo para atingir 1 mm de depressão no segmento
ST, além de diminuir a frequência de crises anginosas e o consumo de comprimidos de
nitroglicerina.
Os estudos in vitro demonstraram que cerca de 97,5% do anlodipino circulante está ligado às
proteínas plasmáticas.
O anlodipino não foi associado a qualquer efeito metabólico adverso ou alteração nos lípides
plasmáticos, sendo adequada para uso em pacientes com asma, diabetes e gota.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral de doses terapêuticas, o anlodipino é bem absorvido com picos
plasmáticos entre 6 e 12 horas após a dose. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e
80%. O volume de distribuição é de aproximadamente 21 L/kg. A absorção não é alterada pela
ingestão de alimentos.
Metabolismo/Eliminação
A meia-vida de eliminação terminal plasmática é de cerca de 35 a 50 horas, o que é consistente
com a dose única diária. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio (steady state) são obtidos
após 7 a 8 dias de doses consecutivas. O anlodipino é amplamente metabolizado no fígado em
metabólitos inativos, com 10% do fármaco inalterado e 60% dos metabólitos excretados na urina.
Uso em Pacientes Idosos
O tempo para alcançar o pico de concentração plasmática do anlodipino é similar para indivíduos
jovens e idosos. Em pacientes idosos, o clearance tende a estar diminuído, resultando em
aumentos na área sob a curva (AUC) e na meia-vida de eliminação plasmática. Em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva (ICC), aumentos na área sob a curva (AUC) e na meia-vida de
eliminação ocorreram conforme o esperado para pacientes com a idade do grupo estudado.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Carcinogênese
Ratos e camundongos tratados com anlodipino na dieta por 2 anos, em concentrações calculadas
para fornecer níveis de dose diária de 0,5; 1,25 e 2,5 mg/kg/dia, não demonstraram nenhuma
evidência de carcinogenicidade.
A dose mais alta (similar no caso de camundongos, e o dobro* no caso ratos, à dose clínica
máxima recomendada de 10 mg na base de mg/m2
) estava próxima à dose máxima tolerada por
camundongos, mas não por ratos.
Mutagênese
Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados ao fármaco, mesmo em níveis de
genes ou cromossomos.
Distúrbios da Fertilidade
Não houve efeito na fertilidade de ratos tratados com anlodipino (machos por 64 dias e fêmeas
por 14 dias antes da reprodução) em doses até 10 mg/kg/dia (8 vezes* a dose máxima
recomendada para humanos – 10 mg - na base de mg/m2
).
*baseada em um paciente com peso de 50 kg.
Nicord®
é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade às diidropiridinas* ou a
qualquer componente da fórmula.
*o anlodipino é um bloqueador do canal de cálcio diidropiridino.
ADVERTÊNCIAS
Uso em Pacientes com Insuficiência Cardíaca
Em um estudo placebo-controlado de longo prazo com anlodipino (PRAISE-2) em pacientes com
insuficiência cardíaca de etiologia não isquêmica classes III e IV da New York Heart Association
(NYHA), o anlodipino foi associado a um aumento de relatos de edema pulmonar, apesar de não
existir nenhuma diferença significante na incidência de piora da insuficiência cardíaca quando
comparado com o placebo (vide item 3. Características Farmacológicas - Propriedades
Farmacodinâmicas).
Uso Durante a Gravidez e Lactação
A segurança do anlodipino na gravidez humana ou lactação não está estabelecida. O anlodipino
não demonstrou toxicidade em estudos reprodutivos em animais, a não ser atraso do parto e
prolongamento do trabalho de parto em ratos, em níveis de dose 50 vezes superiores à dose
máxima recomendada em humanos. Desta maneira, o uso na gravidez é recomendado apenas
quando não existir alternativa mais segura e quando a doença por si só acarreta risco maior para a
mãe e para o feto. Não houve efeito sobre a fertilidade de ratos tratados com anlodipino (vide
item 3. Características Farmacológicas – Dados de Segurança Pré-Clínicos).
Nicord®
é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Uso em Pacientes na Insuficiência Hepática
Assim como com todos os antagonistas de cálcio, a meia-vida do anlodipino é prolongada em
pacientes com insuficiência hepática e as recomendações posológicas neste caso não estão
estabelecidas. Portanto, o fármaco deve ser administrado com cautela nestes pacientes.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e/ou Operar Máquinas
A experiência clínica com anlodipino indica que é improvável o comprometimento da habilidade
de dirigir ou operar máquinas.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso em idosos: as mesmas orientações dadas aos adultos jovens devem ser seguidas pelos
pacientes idosos (vide item 3. Características Farmacológicas - Uso em Pacientes Idosos).
Uso em crianças: a segurança e eficácia do anlodipino não foram estabelecidas para pacientes
pediátricos.
Uso na insuficiência cardíaca: vide item 2. Resultados de Eficácia - Uso em Pacientes com
O anlodipino tem sido administrado com segurança com diuréticos tiazídicos, alfabloqueadores,
betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), nitratos de longa
ação, nitroglicerina sublingual, anti-inflamatórios não esteroides, antibióticos e hipoglicemiantes
orais.
Dados in vitro de estudos com plasma humano indicam que o anlodipino não afeta a ligação às
proteínas dos fármacos testados (digoxina, fenitoína, varfarina ou indometacina).
sinvastatina: a coadministração de múltiplas doses de 10 mg de anlodipino com 80 mg de
sinvastatina resultou em um aumento de 77% na exposição à sinvastatina em comparação com a
sinvastatina isolada. Limitar a dose de sinvastatina em pacientes utilizando anlodipino 20 mg
diariamente.
Suco de grapefruit: a coadministração de 240 mL de suco de grapefruit com uma dose oral única
de 10 mg de anlodipino em 20 voluntários sadios não teve efeito significativo na farmacocinética
do anlodipino. O estudo não permitiu a avaliação do efeito do polimorfismo genético no
CYP3A4, a enzima primária responsável pelo metabolismo do anlodipino; portanto a
administração de anlodipino com grapefruit ou suco de grapefruit não é recomendada uma vez
que a biodisponibilidade pode ser aumentada em alguns pacientes resultando em maiores efeitos
da redução da pressão sanguínea.
Inibidores de CYP3A4: a coadministração de uma dose diária de 180 mg de diltiazem com 5 mg
de anlodipino em pacientes idosos hipertensos (69 a 87 anos de idade) resultou em um aumento de
57% na exposição sistêmica do anlodipino. A coadministração de eritromicina a voluntários sadios
(18 a 43 anos de idade) não mudou significativamente a exposição sistêmica do anlodipino (22% de
aumento na área sob a curva de concentração versus tempo [AUC]). Embora a relevância clínica
desses achados seja incerta, as variações farmacocinéticas podem ser mais pronunciadas em
pacientes idosos. Inibidores fortes da CYP3A4 (por ex. cetoconazol, itraconazol, ritonavir) podem
aumentar as concentrações plasmáticas do anlodipino por uma extensão superior ao diltiazem. O
anlodipino deve ser usado com cautela quando administrado com inibidores de CYP3A4.
claritromicina: a claritromicina é um inibidor de CYP3A4. Existe um risco maior de hipotensão
em pacientes recebendo claritromicina com anlodipino. Recomenda-se observação atenta de
pacientes quando o anlodipino for coadministrado com claritromicina.
Indutores de CYP3A4: não há dados disponíveis relacionados ao efeito dos indutores de CYP3A4
sobre o anlodipino. O uso concomitante de indutores de CYP3A4 (por ex. rifampicina, Hypericum
perforatum) pode diminuir as concentrações plasmáticas de anlodipino. O anlodipino deve ser
usado com cautela quando administrado com indutores de CYP3A4.
Nos estudos listados a seguir, não há alterações significativas na farmacocinética tanto do
anlodipino quanto da outra droga do estudo, quando os mesmos são coadministrados.
Estudos especiais: Efeito de Outros Agentes sobre o anlodipino
cimetidina: a coadministração de anlodipino com cimetidina não alterou a farmacocinética do
anlodipino.
alumínio/magnésio (antiácido): a coadministração de um antiácido à base de alumínio/magnésio
com uma dose única de anlodipino não teve efeito significante na farmacocinética do anlodipino.
sildenafila: uma dose única de 100 mg de sildenafila em indivíduos com hipertensão não
produziu efeito nos parâmetros farmacocinéticos do anlodipino. Quando o anlodipino e a
sildenafila foram usados em combinação, cada agente, independentemente, exerceu seu efeito
próprio na diminuição da pressão sanguínea.
Estudos Especiais: Efeito do anlodipino sobre Outros Agentes
atorvastatina: a coadministração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino e 80 mg de
atorvastatina não resultou em qualquer mudança significante nos parâmetros farmacocinéticos no
estado de equilíbrio (steady
state) da atorvastatina.
digoxina: a coadministração de anlodipino e digoxina não alterou os níveis séricos ou o clearance
renal de digoxina nos voluntários sadios.
etanol (Álcool): dose única e doses múltiplas de 10 mg de anlodipino não tiveram efeito
significante na farmacocinética do etanol.
varfarina: a coadministração de anlodipino e varfarina não alterou o tempo de resposta de
protombina da varfarina.
ciclosporina: nenhum estudo de interação medicamentosa foi conduzido com a ciclosporina e o
anlodipino em voluntários saudáveis ou outras populações com exceção dos pacientes com
transplante renal. Vários estudos com os pacientes com transplante renal relataram que a
coadministração de anlodipino com ciclosporina afeta as concentrações mínimas de ciclosporina
desde nenhuma alteração até um aumento médio de 40%. Deve-se considerar o monitoramento dos
níveis de ciclosporina em pacientes com transplante renal que recebem anlodipino.
tacrolimo: existe um risco de aumento nos níveis de tacrolimo no sangue quando coadministrado
com anlodipino. A fim de evitar a toxicidade do tacrolimo, a administração do anlodipino em um
paciente tratado com tacrolimo exige monitoramento dos níveis de tacrolimo no sangue e ajuste da
dose do tacrolimo, quando apropriado.
Interações medicamento/Testes laboratoriais: desconhecidas.
Nicord®
deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C), protegido da luz e
umidade e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Características físicas e organolépticas do produto:
5 mg: comprimido circular, de coloração branca a levemente amarelada e superfície lisa.
10 mg: comprimido circular, de coloração branca a levemente amarelada, sulcado,
concentração gravada em um dos lados e superfície lisa.
Nicord®
deve ser ingerido com quantidade de líquido suficiente para deglutição, com ou sem
alimentos.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. Exceto o comprimido de 10 mg que
pode ser partido.
POSOLOGIA
Cada comprimido de Nicord®
5 mg contém besilato de anlodipino equivalente a 5 mg de
anlodipino base.
Cada comprimido sulcado de Nicord®
10 mg contém besilato de anlodipino equivalente a 10 mg
de anlodipino base.
No tratamento da hipertensão e da angina, a dose inicial usual de Nicord®
(besilato de anlodipino)
é de 5 mg 1 vez ao dia, podendo ser aumentada para uma dose máxima de 10 mg, dependendo da
resposta individual do paciente.
Não é necessário ajuste de dose de Nicord®
na administração concomitante com diuréticos
tiazídicos, betabloqueadores e inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA).
Uso em Pacientes Idosos
utilizado em doses semelhantes em idosos e jovens é igualmente bem tolerado. Desta
maneira, são recomendados os regimes posológicos habituais.
Uso em Crianças
A eficácia e segurança de Nicord®
em crianças não foram estabelecidas.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
Vide item 5. Advertências e Precauções.
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
pode ser empregado nas doses habituais em pacientes com insuficiência renal. Alterações
nas concentrações plasmáticas do anlodipino não estão relacionadas ao grau de insuficiência
renal. O anlodipino não é dialisável.
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça-se de administrar Nicord®
no horário estabelecido, deve fazê-lo assim
que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a
dose esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para
compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Nicord®
é bem tolerado. Em estudos clínicos placebo-controlados envolvendo pacientes com
hipertensão ou angina, os efeitos colaterais mais comumente observados foram:
Classificação por Sistema Orgânico
(MedDRA)
Efeitos Indesejáveis
Sistema Nervoso dores de cabeça,
tontura, sonolência
Cardíaco palpitações
Vascular rubor Gastrintestinal dor abdominal, náusea
Geral edema, fadiga
Nestes estudos clínicos não foram observados quaisquer tipos de anormalidades clinicamente
significantes nos exames laboratoriais relacionados ao anlodipino.
Os efeitos colaterais menos comumente observados com a difusão do uso no mercado incluem:
Sanguíneo e Sistema Linfático leucopenia, trombocitopenia
Metabolismo e Nutrição hiperglicemia
Psiquiátrico insônia, humor alterado
Sistema Nervoso hipertonia, hipoestesia/parestesia, neuropatia
periférica, síncope, disgeusia, tremor, transtorno
extrapiramidal
Olhos deficiência visual
Ouvido e Labirinto tinido
Vascular hipotensão, vasculite
Respiratório, Torácico e Mediastinal tosse, dispneia, rinite
Gastrintestinal Mudança da função intestinal, boca seca, dispepsia
(incluindo gastrite), hiperplasia gengival, pancreatite,
vômito
Pele e Tecido Subcutâneo alopecia, hiperidrose, púrpura, alteração da cor da
pele, urticária
Músculo-esquelético e Tecido Conjuntivo artralgia, dor nas costas, espasmos musculares, mialgia
Renal e Urinário polaciúria, distúrbios miccionais, noctúria
Sistema Reprodutivo e Mamas ginecomastia, disfunção erétil
Geral astenia, mal estar, dor
Investigações aumento/redução de peso
Os eventos raramente relatados foram as reações alérgicas, incluindo prurido, rash, angioedema e
eritema multiforme.
Foram raramente relatados casos de hepatite, icterícia e elevações da enzima hepática (a maioria
compatível com colestase). Alguns casos graves requerendo hospitalização foram relatados em
associação ao uso do anlodipino. Em muitos casos, a relação de causalidade é incerta.
Assim como com outros bloqueadores do canal de cálcio, os seguintes eventos adversos foram
raramente relatados e não podem ser distinguidos da história natural da doença de base: infarto do
miocárdio, arritmia (incluindo bradicardia, taquicardia ventricular e fibrilação atrial) e dor
torácica.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a
Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Os dados disponíveis sugerem que uma grande superdose poderia resultar em excessiva
vasodilatação periférica e possível taquicardia reflexa. Foi relatada hipotensão sistêmica
acentuada e provavelmente prolongada, incluindo choque com resultado fatal. A administração de
carvão ativado a voluntários sadios imediatamente ou até 2 horas após a administração de 10 mg
de anlodipino demonstrou uma diminuição significante na absorção do anlodipino. Em alguns
casos, lavagem gástrica pode ser necessária. Uma hipotensão clinicamente significante devido à
superdose da anlodipino requer medida ativa de suporte cardiovascular, incluindo monitoramento
frequente das funções cardíaca e respiratória, elevação das extremidades, atenção para o volume
de fluido circulante e eliminação urinária. Um vasoconstritor pode ser útil na recuperação do
tônus vascular e pressão sanguínea, desde que o uso do mesmo não seja contraindicado.
Gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na reversão dos efeitos dos bloqueadores do
canal de cálcio. Uma vez que o anlodipino é altamente ligada às proteínas plasmáticas, a diálise
não constitui um benefício para o paciente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.