Bula do Nistatina para o Profissional

Bula do Nistatina produzido pelo laboratorio Nova Quimica Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Nistatina
Nova Quimica Farmacêutica S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO NISTATINA PARA O PROFISSIONAL

nistatina

NOVA QUÍMICA FARMACÊUTICA LTDA.

Suspensão oral

100.000 UI/mL

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Suspensão oral de 100.000 UI/mL

Embalagem com 1 frasco contendo 50ml, com conta gotas.

Embalagem com 1 frasco contendo 40ml, com conta gotas.

Embalagem com 50 frascos contendo 50ml, com 50 conta gotas (embalagem hospitalar).

Embalagem com 50 frascos contendo 40ml, com 50 conta gotas (embalagem hospitalar).

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL da suspensão oral contém:

nistatina......................................100.000 UI

veículo q.s.p.........................................1 mL

Excipientes: hietelose, simeticona, sacarina sódica, propilparabeno, metilparabeno, hidróxido de sódio,

glicerol, fosfato de sódio dibásico, essência de framboesa, edetato dissódico di-hidratado, álcool etílico,

ácido cítrico, água purificada.

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento destina-se ao tratamento da candidíase do trato digestivo. Nistatina suspensão oral é

indicado para o tratamento de candidíase da cavidade bucal e do trato digestivo superior - Esofagite por

Candida - encontrada em pacientes com moléstias que necessitaram uso prolongado de antibióticos,

radioterapia ou drogas imunodepressoras que provocaram queda de resistência orgânica e na Síndrome da

Imunodeficiência Adquirida (AIDS).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A nistatina é altamente ativa contra fungos do tipo levedura, incluindo o gênero Candida, e sua eficácia

foi fortemente estabelecida em infecções por Candida, tais como estomatite, vulvovaginite e dermatite

intertriginosa. É improvável que a nistatina cause efeitos adversos devido à toxicidade ou

hipersensibilidade.

Graham tratou 29 crianças sofrendo de candidíase oral, com suspensão de nistatina quatro vezes ao dia e

tratou outras 26 crianças com solução de violeta genciana, duas vezes ao dia. 22 das crianças tratadas com

nistatina foram curadas da infecção dentro de uma semana, e em 28 das 29 crianças, o caso foi resolvido

no final de duas semanas. Das 26 crianças tratadas com violeta genciana, 8 foram curadas da infecção

dentro de uma semana e em um total de 16 crianças, o caso foi resolvido em duas semanas. Em uma outra

investigação, 28 crianças recém-nascidas sofrendo de monilíase oral foram tratadas com suspensão de

nistatina, administrada por via oral após cada refeição. 24 responderam dentro de 1 a 4 dias e as quatro

crianças remanescentes responderam dentro de 5 a 9 dias.

Dois relatos a respeito do tratamento de monilíase oral em hospitais pediátricos foram publicados por

Harris. Das 714 crianças recémnascidastratadas com uma instilação rotineira de 100.000 unidades de

nistatina por via oral, nenhuma criança desenvolveu candidíase oral no hospital e apenas 3 desenvolveram

candidíase oral dentro de uma semana após alta; das 728 crianças não tratadas, 18 desenvolveram

monilíase oral no hospital e mais treze em sua primeira semana em casa. Após extensão do estudo para

um total de 4.243 crianças, Harris concluiu que uma instilação de nistatina no terceiro dia de vida reduz a

incidência de monilíase oral em crianças de 4,0 para 0,4%, enquanto que duas instilações, uma no

segundo e outra no quinto dia de vida, irão prevenir a incidência de monilíase oral em 100% dos bebês

internados em hospital.

Simon e Klose-Gerlich reportaram que a administração de 100.000 unidades de nistatina, três vezes ao dia

no primeiro e no terceiro dia de vida, reduz a incidência de monilíase oral de 20% para 3% em bebês

prematuros com terapia antibiótica (cuja incidência era 60%). O uso rotineiro de nistatina suspensão oral

para profilaxia, assim como para tratamento, é recomendável, devido a segurança e eficácia de nistatina

e devido ao fato de que cepas resistentes a nistatina não foram isoladas de pacientes.

Candidíase esofágica, que pode se estender a partir da boca ou ocorrer sem evidência de monilíase oral, é

frequentemente uma complicação da terapia antibiótica ou corticosteroidal.

Esofagite causada por Candida e sua resposta de prontidão à nistatina oral foram descritas em detalhes.

Kozinn e Taschdjian relataram a respeito da eficácia de nistatina em uma extensa série de casos de

candidíase intestinal, enquanto que El-Gholmi et al conduziram um estudo controlado de nistatina no

tratamento de diarreia em crianças portadoras de marasmo e mostrou que não apenas casos leves, mas

também os crônicos e mesmo os intratáveis podem ser definitivamente beneficiados.

Relatos não publicados de Hitherto, recebidos pelo Instituto Squibb de Pesquisa Médica, atestam a

segurança e eficácia de nistatina suspensão oral. Em comparação à preparação equipotente de nistatina

para reconstituição, a suspensão foi preferencial em relação ao sabor, conveniência, suspensão superior e

sedimentação reduzida. A efetividade das duas preparações foi similar e nenhuma produziu efeitos

colaterais.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

A nistatina é um antibiótico antifúngico poliênico, obtido a partir do Streptomyces noursei. O mecanismo

de ação da nistatina se dá através de ligação aos esteroides existentes na membrana celular dos fungos

susceptíveis, com resultante alteração na permeabilidade da membrana celular e consequente

extravasamento do conteúdo citoplasmático. A nistatina não apresenta atividade contra bactérias,

protozoários ou vírus.

Farmacocinética: A nistatina não é absorvida através da pele e das mucosas íntegras.

Microbiologia: A nistatina tem ação fungistática e fungicida in vitro contra uma grande variedade de

leveduras e fungos leveduriformes, incluindo Candida albicans, C. parapsilosis, C. tropicalis, C.

guilliermondi, C. pseudotropicalis, C. krusei, Torulopsis glabrata, Tricophyton rubrum, T.

mentagrophytes. Em subculturas de repetição com níveis crescentes de nistatina, a Candida albicans não

desenvolve resistência à nistatina. Geralmente a resistência à nistatina não se desenvolve durante o

tratamento.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para pacientes com história de hipersensibilidade a qualquer um de

seus componentes.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Preparações orais de nistatina não devem ser usadas para o tratamento de micoses sistêmicas.

Caso ocorra irritação ou hipersensibilidade à nistatina, deve-se descontinuar o tratamento e tomar as

medidas cabíveis.

Recomenda-se que esfregaços com KOH, culturas ou outros métodos de diagnóstico sejam usados para

confirmar o diagnóstico de

candidíase e excluir outras infecções causadas por outros patógenos.

Carcinogênese, Mutagênese, Comprometimento da Fertilidade

Não foram realizados estudos a longo prazo em animais para avaliar o potencial carcinogênico da

nistatina, nem estudos para determinar seu efeito mutagênico da fertilidade em machos e fêmeas.

Gravidez

Não foram conduzidos estudos de reprodução em animais com as apresentações orais de nistatina.

Também ainda não foi estabelecido se estas preparações podem causar efeitos nocivos ao feto quando

administradas a gestante ou pode afetar a reprodução. As preparações orais de nistatina só devem ser

prescritas pelo médico que estabelecerá se os benefícios para a mãe justificam o potencial risco para o

feto.

Categoria de risco na gravidez: C

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Lactantes

Ainda não foi comprovado se a nistatina é excretada no leite humano. Embora a absorção gastrintestinal

seja insignificante, precauções devem ser tomadas quando a nistatina for prescrita a lactantes.

Uso pediátrico: Vide POSOLOGIA.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não são conhecidas interações com outros medicamentos e/ou outras substâncias.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Você deve conservar esse medicamento em temperatura ambiente (temperatura entre 15˚C e 30˚C).

Proteger da luz e umidade.

O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Para sua segurança, mantenha o

medicamento na embalagem original.

Características físicas e organolépticas: Suspensão homogênea, na cor amarela, com sabor e odor de

framboesa, isenta de partículas e material estranho.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Para a aplicação da suspensão oral é recomendado que a higiene bucal seja feita de maneira adequada,

incluindo os cuidados necessários com a limpeza de próteses dentárias.

A suspensão deve ser bochechada e mantida por vários minutos (o maior tempo possível) na cavidade

oral antes de ser engolida. Nos lactentes e crianças menores deve-se colocar a metade da dose utilizada

em cada lado da boca.

Posologia

Prematuros e crianças de baixo peso: estudos clínicos demonstram que a dose de 1 mL (100.000 UI de

nistatina) quatro vezes ao dia é efetiva.

Lactentes: a dose recomendada é de 1 ou 2 mL (100.000 a 200.000 UI de nistatina) quatro vezes ao dia.

Crianças e adultos: a dose varia de 1 a 6 mL (100.000 a 600.000 UI de nistatina) quatro vezes ao dia.

A fim de evitar recidivas, o esquema posológico para todas as apresentações deve ser mantido no mínimo

por 48 horas após o desaparecimento dos sintomas e da negativação das culturas.

Se os sinais e sintomas piorarem ou persistirem (após o 14º dia do início do tratamento) o paciente deverá

ser reavaliado e considerar-se uma terapia alternativa.

Agite antes de usar.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A nistatina é geralmente bem tolerada por todos os grupos de idade incluindo crianças debilitadas mesmo

em terapia prolongada. Grandes doses orais ocasionalmente provocaram diarreia, distúrbios

gastrintestinais, náuseas e vômitos. Erupções cutâneas, incluindo urticária raramente foram relatadas.

Síndrome de Stevens-Johnson foi relatada muito raramente.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.