Bula do Nistatina + Oxido de Zinco produzido pelo laboratorio Laboratório Globo Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
nistatina + óxido de zinco
Laboratório Globo Ltda.
Pomada dermatológica
100.000 UI/g + 200 mg/g
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Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Pomada 100.000 U.I./g + 200 mg/g. Embalagem contendo 1 bisnaga de 60g.
USO DERMATOLÓGICO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada 1g da pomada contém:
nistatina ……………………………………………………………………………………………..…100.000 U.I.
óxido de zinco ................................................................................................................................................200 mg
excipientes (butil-hidroxitolueno, estearato de octila, metilparabeno, propilparabeno, petrolato líquido, essência
delicace, cera de polietileno e oleato de sorbitana) q.s.p. …………….....................………………………...… 1 g
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A nistatina + óxido de zinco tem como indicação principal o tratamento das assaduras infantis (dermatite das
fraldas1
, dermatite amoniacal1
). Outras indicações são os intertrigos2
(mamário, perineal, interdigital, axilar ou
outros) e as paroníquias por fungos do gênero Candida3
.
1
CID: L22 - Dermatite das fraldas
2
CID: L30.4 - Intertrigos eritematosos
3
CID: B37.2 - Candidíase da pele e de unhas
A nistatina é um antibiótico polieno macrolídeo fungistático e fungicida contra uma variedade de fungos,
principalmente Candida sp. É pouco absorvida pela pele, tendo demonstrado baixa toxicidade e baixo potencial
de sensibilização alérgica. Na concentração de 100 U.I./mL é eficaz in vitro contra várias cepas de Candida sp.
Demonstrou-se uma concentração inibitória mínima (MIC) de 20 U.I./mL para C. albicans em teste com 332
isolados de C. albicans provenientes de diferentes locais de infecção humana, sem registro de resistência.
Aplicada topicamente na concentração de 100.000 U.I./g, a nistatina demonstrou eficácia para erradicar C.
albicans em vários estudos, promovendo melhora das lesões em dois a três dias e cura em dez a vinte dias. In
vitro demonstrou eficácia semelhante a dos imidazóis e da amorolfina ou foi o agente mais eficaz contra
Candida sp. A associação com óxido de zinco a 20% não diminuiu a atividade antifúngica da nistatina em
cobaias na concentração de 100.000 U.I./g.
O óxido de zinco funciona como protetor mecânico da barreira da pele, não apresentando efeitos tóxicos ou
adversos conhecidos. Além da sua ação farmacológica, agiria também por meio da correção de um déficit local
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de zinco quando aplicado topicamente. Demonstrou-se in vitro que o óxido de zinco promove degradação do
colágeno nos tecidos necróticos de crostas de pele, provavelmente pelo aumento da atividade de
metaloproteinases: esse pode ser um dos mecanismos que explicam sua ação anti-inflamatória e o efeito positivo
na cicatrização de úlceras da pele.
Provavelmente o óxido de zinco acelera o processo de cicatrização por meio do aumento da expressão dos genes
para o fator de crescimento IGF-1 (insulina like) no tecido de granulação. Demonstrou-se ação do óxido de zinco
estimulando a re-epitelização: em células basais da epiderme, tanto de pele íntegra como não íntegra de ratos,
aumento do índice mitótico, quando empregado em concentração de 25%. Além desses, há também um efeito
antibacteriano indireto atribuído ao óxido de zinco, que seria mediado pelos sistemas locais de defesa e não por
ação direta contra bactérias.
A aplicação de petrolato puro sobre a pele provoca redução de aproximadamente 50% na perda de água da pele
medida após 40 minutos da aplicação devido à propriedade oclusiva do petrolato, e resulta em ação emoliente
que melhora a função de barreira mecânica da pele. O petrolato é um veículo altamente lipofílico e hidrofóbico
que, quando associado ao óxido de zinco, rodeia as partículas do pó deste último, impedindo a absorção de água
ou de exsudatos. Preparados contendo dois componentes imiscíveis, como pó de óxido de zinco suspenso em um
veículo lipofilíco como petrolato, não têm características absortivas, sendo altamente oclusivas. O petrolato pode
incorporar-se à camada externa do estrato córneo da pele durante o processo de cicatrização e auxilia na
diminuição do processo inflamatório até que se complete a migração das células epiteliais para a superfície da
pele lesada.
A nistatina + óxido de zinco é uma pomada que associa em sua fórmula a nistatina, óxido de zinco e petrolato,
que formam uma camada protetora, reduzindo a fricção entre a pele e as fraldas e impedindo o contato da pele
com urina e fezes, além de auxiliar a cicatrização de irritações da pele e combater a infecção pela Cândida, fungo
frequentemente presente em assaduras mais intensas ou de maior duração.
Propriedades farmacocinéticas
A absorção tópica da nistatina é mínima. A absorção tópica do óxido de zinco é de 5 mcg/cm2
.h.
O produto é contraindicado em casos de hipersensibilidade à nistatina, ao óxido de zinco ou aos demais
ingredientes do produto.
Em casos raros pode haver irritação da pele com o uso do produto.
Uso pediátrico
Não há advertências ou recomendações especiais para crianças.
Uso geriátrico
Não há advertências ou recomendações especiais para pessoas idosas.
Gravidez, Categoria C.
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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
Não se conhece nenhum tipo de interação entre outros medicamentos ou alimentos e nistatina + óxido de zinco.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC). Durante a fabricação do produto é possível a entrada de
ar na bisnaga, porém isto não afeta o peso final nem a qualidade do produto. Para melhor conservação, o tubo
deve ser armazenado no cartucho com a tampa para baixo.
Prazo de validade: até 24 meses após a data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
A nistatina + óxido de zinco é uma pomada amarela, homogênea e untosa ao tato.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A nistatina + óxido de zinco deve ser aplicada depois do banho e a cada troca de fraldas, após lavagem e
secagem cuidadosa da pele. Quando usada nas demais indicações (intertrigos e paroníquias), aplicar duas ou
mais vezes ao dia nas áreas afetadas.
Para aplicar nistatina + óxido de zinco na pele da área em contato com as fraldas, siga as instruções abaixo:
1) A pele da área coberta pela fralda deve ser bem limpa, para eliminar qualquer resíduo de urina ou fezes, que
pode agir como irritante para a pele do bebê. Quando houver somente urina, a região deve ser lavada apenas com
água morna. Se houver fezes, lavar com água morna e sabonete de glicerina, ou sabonete suave para bebês, e
enxaguar bem.
2) Em seguida, secar delicadamente, usando uma toalha macia. É importante evitar limpeza e esfregação
exageradas, pois, além de desnecessárias, podem causar irritação da pele.
3) Após a secagem cuidadosa, aplicar uma camada fina de nistatina + óxido de zinco em toda a região da pele
coberta pelas fraldas.
4) As toalhas do bebê (e também as fraldas de pano) devem ser lavadas de preferência com sabão de coco e
enxaguadas com água em abundância para que não fiquem resíduos de sabão. Não usar produtos para amaciar
roupas ou outros produtos químicos.
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Em casos raros, pode haver irritação da pele com o uso do produto.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.