Bula do Noctal para o Profissional

Bula do Noctal produzido pelo laboratorio Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Noctal
Abbott Laboratórios do Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NOCTAL PARA O PROFISSIONAL

Abbott laboratórios do Brasil Ltda. Rua Michigan 735, Brooklin

São Paulo - SP

CEP: 04566-905

Tel: 55 11 5536 7000

Fax: 55 11 5536 7126

MODELO DE BULA DO PROFISSIONAL

Noctal®

(estazolam)

Abbott Laboratórios do Brasil Ltda.

comprimidos

2 mg

Rua Michigan 735, Brooklin

Abbott Laboratórios do Brasil Ltda

MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

NOCTAL®

estazolam

APRESENTAÇÃO

(estazolam) comprimidos de 2 mg: embalagem com 20 comprimidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

estazolam ............................................................................................. 2 mg

excipientes: amido, hiprolose, estearato de magnésio, lactose e água purificada.

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um total de 223 pacientes com insônia entre 18 e 65 anos participaram de um estudo duplo-cego,

controlado por placebo, multicêntrico, com duração de 7 noites, para comparar a eficácia hipnótica

de estazolam em duas doses (1 mg e 2 mg) com a de flurazepam (30 mg).

As respostas dos pacientes ao questionário do sono e a avaliação global do médico indicaram que

pacientes em uso de estazolam 2 mg e flurazepam 30 mg tiveram significativa melhora no escore

de todos os parâmetros de sono quando comparados ao grupo placebo. Não houve diferença nas

avaliações entre estazolam 2 mg e flurazepam 30 mg. Estazolam 1 mg demonstrou melhora

significativa quando comparado ao placebo em todos os parâmetros de sono com exceção da

latência do sono. A avaliação global dos médicos indicou uma melhora significativa na qualidade

do sono, como melhora na profundidade do sono, na duração do sono e nos despertares noturnos

em todos os grupos de tratamento ativo. Estazolam 2 mg e flurazepam 30 mg diminuíram

significativamente a latência do sono. A porcentagem de pacientes que relataram qualquer

experiência adversa foi de 68% para flurazepam, 58% para estazolam 2 mg, 54% para estazolam 1

mg e 43% para o grupo placebo.

Em resumo, estazolam 2 mg foi considerado tão eficaz quanto o hipnótico flurazepam 30 mg.

Estazolam 1 mg também é igualmente efetivo no tratamento de pacientes com insônia.

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Referências Bibliográficas

Cohn JB, Wilcox CS, Bremner J, Ettinger M. Hypnotic. “Efficacy of estazolam compared with

flurazepam in outpatients with insomnia”. J Clin Pharmacol. 1991 Aug; 31(8):747-50.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

O estazolam, um derivado triazolobenzodiazepínico, é um agente hipnótico oral.

Farmacocinética

A absorção dos comprimidos de estazolam é equivalente à das soluções orais. A ligação a proteínas

plasmáticas do estazolam é de 93%, independente da concentração. Em indivíduos saudáveis, que

receberam até três vezes a dose recomendada de estazolam, os picos de concentração plasmática do

fármaco ocorreram, em média, 2 horas após a ingestão (variação de 30 minutos a 6 horas) e foram

proporcionais à dose administrada, sugerindo farmacocinética linear. A variação da estimativa da

meia-vida de eliminação é de 10 a 24 horas. A depuração de benzodiazepínicos é acelerada em

fumantes, se comparada a não-fumantes, e há evidências de que isto ocorre com estazolam. Esta

diminuição da meia-vida, presumivelmente devida à indução enzimática causada pelo fumo, é

consistente com outros fármacos com características de depuração hepática similares. Em todos os

tipos de pacientes, e com qualquer dose utilizada, a meia-vida de eliminação parece independer da

dose. Em estudo com pacientes idosos (59 a 68 anos), os picos de concentração do estazolam foram

similares àqueles de pacientes jovens, com a média de meia-vida de eliminação de 18,4 horas

(variação de 13,5 a 34,6 horas). O estazolam é extensivamente metabolizado, e seus metabólitos

são excretados principalmente na urina. Menos de 5% de uma dose de 2 mg de estazolam são

excretados na urina sem metabolização, e somente 4% da dose aparece nas fezes. O estazolam é

primeiramente metabolizado pela isoforma CYP3A e seu principal metabólito, o 4-hidroxi-

estazolam, é o principal metabólito circulante no plasma. Após 8 horas da administração, chega a

12% da concentração do composto principal. Um metabólito secundário, o 1-oxo-estazolam, tem

alguma atividade farmacológica, porém a baixa potência e reduzida concentração predizem que sua

contribuição para o efeito hipnótico do estazolam é insignificante.

Relação entre taxas de eliminação dos hipnóticos benzodiazepínicos e seus perfis de efeitos

indesejáveis: o tipo e a duração dos efeitos hipnóticos e o perfil dos efeitos indesejados durante a

administração de benzodiazepínicos podem ser influenciados pela meia-vida biológica do fármaco

administrado e por qualquer metabólito ativo formado. Se as meias-vidas são longas, o fármaco ou

metabólitos podem acumular-se durante os períodos de administração noturna e podem ser

associados a prejuízo cognitivo e/ou de performance motora durante as horas de vigília; a

possibilidade de interação com outros fármacos psicoativos ou álcool estará aumentada. Por outro

lado, se as meias-vidas são curtas, o fármaco ou metabólitos serão eliminados antes da ingestão da

próxima dose, fazendo com que os efeitos relacionados com sedação excessiva ou depressão do

sistema nervoso central sejam mínimos ou inexistentes. Entretanto, o uso noturno por um período

prolongado pode desenvolver tolerância farmacodinâmica ou adaptação a alguns efeitos dos

hipnóticos benzodiazepínicos. Se o fármaco tiver meia-vida de eliminação rápida, é possível que

possa ocorrer uma deficiência relativa do fármaco ou de seus metabólitos ativos (isto é, em relação

ao seu receptor) em alguns pontos no intervalo entre as administrações noturnas. Esta sequência de

eventos pode contabilizar dois achados clínicos, que ocorrem após várias semanas de uso noturno

de benzodiazepínicos de eliminação rápida, que são o aumento dos despertares no último terço da

noite e o aumento da ansiedade, em um grupo específico de pacientes.

Eficácia: estudos clínicos controlados com placebo foram realizados em pacientes com insônia

crônica, com comprovação consistente da superioridade do estazolam sobre o placebo, tanto na

indução do sono quanto na duração do mesmo.

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4. CONTRAINDICAÇÕES

NOCTAL®

(estazolam) é contraindicado para uso por pacientes com conhecida

hipersensibilidade à droga ou a qualquer um dos componentes de sua formulação.

(estazolam) é contraindicado para uso por pacientes com miastenia grave e com

depressão respiratória grave.

(estazolam) é contraindicado para ser administrado em conjunto com

cetoconazol, itraconazol ou substâncias similares que são potentes inibidores da CYP3A.

(estazolam) é contraindicado durante a gravidez e lactação.

Os benzodiazepínicos podem causar dano fetal quando administrados durante a gravidez. Diversos

estudos sugeriram um risco aumentado de más formações congênitas, associadas ao uso de

diazepam e clordiazepóxido, durante o primeiro trimestre de gestação. A distribuição

transplacentária resulta em depressão do sistema nervoso central fetal, além do que, após ingestão

de doses terapêuticas de hipnóticos benzodiazepínicos durante as últimas semanas de gravidez,

ocorreram sintomas de abstinência.

Se houver a possibilidade da paciente engravidar durante o uso de estazolam, ela deve ser advertida

do risco potencial para o feto e orientada para descontinuar a ingestão do fármaco antes de

engravidar. Deve ser considerada a possibilidade de que uma mulher em idade fértil possa

engravidar no período da instituição do tratamento.

Sobre outros efeitos, deve-se considerar que crianças nascidas de mães que faziam uso de

benzodiazepínicos, podem ter risco de desenvolver sintomas de abstinência durante o período pós-

natal. Hipotonia neonatal foi relatada em criança nascida de mãe que recebeu benzodiazepínicos

durante a gravidez. O estazolam não tem uso estabelecido para trabalho de parto e nascimento.

A respeito de lactação, não foram realizados estudos em humanos, porém estudos de lactação em

ratas indicam que o estazolam e/ou seus metabólitos são secretados no leite. O uso de estazolam em

mulheres que amamentam não é recomendado.

Categoria de risco: X

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

7. CUIDADOS DE

ARMAZENAMENTO DO

MEDICAMENTO

VPS

2 MG COM CT BL AL

PLAS INC X 20

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Se NOCTAL®

(estazolam) for administrado concomitantemente a outros fármacos que atuem sobre

o SNC, a farmacologia destes deve ser cuidadosamente considerada. A ação dos benzodiazepínicos

pode ser potencializada por anticonvulsivantes, anti-histamínicos, barbitúricos, inibidores da MAO,

álcool, narcóticos, fenotiazinas, medicações psicotrópicas e outros fármacos que produzam

depressão do sistema nervoso central. Os fumantes têm a depuração de benzodiazepínicos

aumentada, se comparados com os não-fumantes; fato que foi constatado nos estudos com

estazolam.

NOCTAL®

(estazolam) é primeiramente metabolizado pela a isoforma CYP3A e seu principal

metabólito no plasma, 4-hidroxiestazolam e o metabolismo de outros triazolbenzodiazepinicos são

catalisados pela CYP3A. Consequentemente, estazolam deve ser evitado em pacientes recebendo

cetoconazol e itraconazol, que são potentes inibidores do CYP3A. Também, como observado com

outros benzodiazepínicos amplamente metabolizados pelo CYP3A, inibidores moderados de

CYP3A, como por exemplo a nefazodona, alguns antibióticos macrolídeos, fluvoxamina e

diltiazem, podem também aumentar as concentrações de estazolam até certo ponto.

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Apesar de não ter sido conduzido estudo in vivo de interações entre estazolam e outros potentes

indutores da CYP3A, é esperado que componentes que são potentes indutores da CYP3A (como

carbamazepina, fenitoína, rifampicina e barbitúricos) diminuam as concentrações de estazolam.

Um trabalho adicional “in vitro” com microssomas de fígado humano avaliou a habilidade do

estazolam de inibir o CYP3A, CYP2D6, CYP1A2, CYP2C, CYP2E1 e CYP2A6. Este trabalho

sugere que as concentrações terapêuticas de estazolam não aumentam as concentrações de outras

substâncias metabolizadas por estas isoformas do CYP.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (15-30ºC) e proteger da luz e umidade. Se armazenado nas

condições recomendadas, o produto é válido por 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características físicas

NOCTAL®

(estazolam) 2 mg: comprimido branco, redondo, com vinco em uma das faces e liso na

outra.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose de NOCTAL®

(estazolam) deve ser ajustada de acordo com a idade, condições clínicas e

patologia do paciente. O medicamento deve ser administrado por via oral.

A dose inicial recomendada para adultos é 1 mg (meio comprimido) ao deitar para dormir a noite

(meio comprimido a cada 24 horas); entretanto, alguns pacientes podem necessitar de dose de 2 mg

(1 comprimido a cada 24 horas).

Em pacientes idosos saudáveis, 1 mg (meio comprimido a cada 24 horas) também é a dose inicial

apropriada, sendo que aumentos posteriores devem ser feitos com extremo cuidado. Em pacientes

idosos franzinos ou debilitados deve-se considerar a dose inicial de 0,5 mg.

A dose máxima diária recomendada é de 1 comprimido de 2 mg.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Gerais: as mais comumente observadas, que não tiveram incidência equivalente ao placebo, foram

sonolência, hipocinesia, tontura e coordenação anormal.

Associadas à descontinuação do tratamento: aproximadamente 3% dos 1.277 pacientes que

receberam estazolam em estudos clínicos descontinuaram o tratamento devido a eventos adversos;

o mais comum, que ocorreu em 1,3% dos pacientes, foi sonolência.

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Incidência de eventos adversos nos estudos clínicos placebo-controlados (%)

(eventos relatados por pelo menos 1% dos pacientes)

Sistema corpóreo/evento adverso estazolam (n = 685) placebo (n = 433)

Gerais

Cefaléia 16 27

Astenia 11 8

Mal-estar 5 5

Dor em extremidades inferiores 3 2

Dor nas costas 2 2

Dor no corpo 2 2

Dor abdominal 1 2

Dor no peito 1 1

Sistema digestivo

Náusea 4 5

Dispepsia 2 2

Sistema músculo-esquelético

Rigidez 1 -

Sistema nervoso

Sonolência 42 27

Hipocinesia 8 4

Nervosismo 8 11

Tontura 7 3

Coordenação anormal 4 1

Ressaca 3 2

Confusão 2 -

Depressão 2 3

Sonhos anormais 2 2

Pensamentos anormais 2 1

Sistema respiratório

Sintomas gripais 3 5

Faringite 1 2

Pele e anexos

Prurido 1 -

Outros eventos adversos: além dos eventos adversos já mencionados acima, a lista a seguir

mostra outros eventos adversos que ocorreram em estudos não placebo-controlados.

Todos os eventos adversos ocorridos durante o tratamento com estazolam não foram

necessariamente causados pelo fármaco.

Reação comum (>1/100 e <1/10): constipação, boca seca e ansiedade.

Reação incomum (>1.000 e <1/100): reação alérgica, resfriados, febre, dor no pescoço e dor nas

extremidades superiores, eritema e palpitação, diminuição do apetite, flatulência, gastrite, aumento

do apetite, vômitos, sede, artrite, espasmo muscular, mialgia, agitação, amnésia, apatia, labilidade

emocional, euforia, hostilidade, parestesia, convulsão, distúrbio do sono, estupor e tique nervoso,

asma, tosse, dispnéia, rinite, sinusite, eritema cutâneo, transpiração, urticária, visão anormal, dor

auricular, irritação ocular, dor ocular, inchaço nos olhos, paladar alterado, fotofobia, zumbidos,

micções frequentes, cólicas menstruais, retardamento miccional involuntário, incontinência urinária

e corrimento vaginal com prurido.

Reação rara (> 1/10.000 e <1/1.000): edema, dor na mandíbula, inchaço no peito, arritmia,

síncope, enterocolite, melena, ulcerações na boca, nódulo tireoideano, leucopenia, púrpura, inchaço

de nódulos linfáticos, aumento de TGO, ganho ou perda de peso, artralgia, ataxia, parestesia

perioral, diminuição da libido, diminuição dos reflexos, alucinações, neurite, nistagmo, tremor,

7

epistaxe, hiperventilação, laringite, acne, pele seca, audição diminuída, diplopia, escotomas,

hematúria, noctúria, oligúria, corrimento peniano e incontinência urinária.

Pequenas alterações dos padrões de EEG, geralmente atividades rápidas de baixa voltagem, foram

observadas em pacientes durante a terapia ou descontinuação de estazolam e não se conhece a

significância clínica destes eventos

Eventos adversos pós-comercialização: relatos voluntários com estazolam incluem raras

ocorrências de fotossensibilidade, síndrome de Stevens-Johnson e agranulocitose. Devido à origem

não controlada destes relatos espontâneos, a relação causal com estazolam não pode ser

determinada.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.