Bula do Norestin para o Profissional

Bula do Norestin produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Norestin
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NORESTIN PARA O PROFISSIONAL

Biolab Sanus

NORESTIN®

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.

Comprimido

noretisterona

0,35 mg

MODELO DE BULA

DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Comprimido 0,35 mg – Caixa com 35 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

noretisterona.................................................................................................0,35 mg

Excipientes: croscarmelose sódica, celulose microcristalina, laurilsulfato de sódio, talco, estearato de

magnésio, lactose, corante vermelho 40.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Contracepção. Tratamento das hemorragias uterinas disfuncionais e distúrbios do ciclo menstrual.

Dismenorreia. Tensão pré-menstrual. Algias pélvicas. Mastodínia. Distúrbios da fertilidade por

insuficiência progestínica.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em humanos, a noretisterona provou ser um inibidor altamente efetivo da ovulação. O contraceptivo oral

Norestin®

previne a concepção através da supressão da ovulação em aproximadamente metade das

usuárias, do espessamento do muco cervical para inibir a penetração do esperma, da diminuição do ciclo

médio do hormônio luteinizante (LH) e de picos do hormônio folículo-estimulante (FSH), da diminuição

do movimento do óvulo pelas trompas de falópio, e afetando adversamente a implantação por alteração

do endométrio.

Se usados perfeitamente, a taxa de falha no primeiro ano para contraceptivos orais à base de

progestagênios é de somente 0,5%. No entanto, a taxa de falha típica é estimada como próxima a 5%,

devido a pílulas atrasadas ou omitidas. A Tabela 1 lista as taxas de gravidez para usuárias de todos os

principais métodos de contracepção.

Biolab Sanus

Tabela 1: Porcentagem de mulheres passando por uma gravidez indesejada durante o primeiro ano

de uso típico e o primeiro ano de uso perfeito de contraceptivos e a porcentagem continuando o uso

ao final do primeiro ano. Estados Unidos.

Método % de mulheres experienciando uma

gravidez indesejada dentro do primeiro

ano de uso

% de mulheres

continuando o uso no

1º ano3

Uso típico1

Uso perfeito2

Sem uso de método

contraceptivo4 85 85

Espermecidas5

26 6 40

Abstinência periódica 25 63

Tabelinha (Ogino-Knaus) 9

Método de ovulação 3

Sintotérmico6

2

Pós-ovulação 1

Capuz cervical7

Mulheres com paridade 40 26 42

Mulheres nuligestas 20 9 56

Esponja cervical

Mulheres com paridade 40 20 42

Diafragma7

20 6 56

Coito interrompido 19 4

Preservativo8

Feminino 21 5 56

Masculino 14 3 61

Pílula 5 71

Progestagênio somente 0,5

Combinada 0,1

Dispositivo intrauterino

Cobre T380A 0,8 0,6 78

Sistema intrauterino de

liberação hormonal –

levonorgestrel 20 mcg/dia

0,1 0,1 81

Depo-Provera®

0,3 0,3 70

Norplant®

e Norplant-2®

0,05 0,05 88

Esterilização feminina 0,5 0,5 100

Esterilização masculina 0,15 0,10 100

Fonte: referência 1

1

Dentre os casais típicos que iniciam o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez), a

porcentagem daqueles que vivenciaram uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não

pararam o uso por qualquer outra razão.

Dentre os casais que iniciaram o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez) e aqueles

que o usaram perfeitamente (ambos consistente e corretamente), a porcentagem daqueles que vivenciaram

uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por nenhuma outra razão.

3

Dentre os casais tentando evitar gravidez, a porcentagem que continuou a usar o método por 1 ano.

4

As porcentagens em mulheres vivenciando uma gravidez não pretendida dentro do primeiro ano de uso

foram baseadas em dados de população em que a contracepção não é usada e de mulheres que cessaram o

uso de contracepção com o intuito de engravidarem. Dentre estas populações, cerca de 89% engravidaram

dentro de 1 ano. Esta estimativa diminuiu levemente (para 85%) para representar a porcentagem que iria

engravidar dentro de 1 ano dentre as mulheres agora contando com métodos reversíveis de contracepção

se elas abandonassem a contracepção como um todo.

5

Espuma, cremes, géis, supositórios vaginais, e filme vaginal.

6

Método do muco cervical (ovulação) suplementado por calendário nas fase pré-ovulatória e temperatura

basal corporal na fase pós-ovulatória.

7

Com creme ou geleia espermicida.

8

Sem espermicidas.

A eficácia de noretisterona como um contraceptivo oral foi avaliada em 2.925 pacientes em um estudo

clínico de noretisterona 0,35 mg administrado diariamente. Um total de 1.801 pacientes completaram 6

meses de terapia, 1.380 pacientes completaram 12 meses, 828 completaram 18 meses, 203 pacientes

completaram 24 meses, e 24 pacientes completaram 30 meses de terapia.

Durante o total de 26.713 meses de terapia, 52 casos de gravidez foram registrados (taxa de gravidez de

2,34 por 100 mulheres-ano). Destes, 26 casos de gravidez foram relatadas como associadas ao uso

incorreto dos comprimidos. Os 26 casos de gravidez restantes foram relatados como associados à falha do

método (taxa de gravidez de 1,17 por 100 mulheres-ano). As taxas cumulativas de gravidez para este

estudo estão mostradas na Tabela 2.

Meses de terapia Meses de uso Falha do método Uso incorreto dos

comprimidos

n(%) pacientes

1 2.925 0 1 (0,41)

2 5.705 0 1 (0,21)

3 8.231 1 (0,15) 6 (0,87)

4 10.475 2 (0,23) 7 (0,80)

5 12.505 5 (0,48) 10 (0,96)

6 14.305 6 (0,50) 11 (0,92)

7 15.905 9 (0,68) 11 (0,83)

8 17.324 9 (0,63) 12 (0,84)

9 18.593 12 (0,77) 13 (0,84)

10 19.681 14 (0,85) 14 (0,85)

11 20.634 15 (0,87) 15 (0,87)

12 21.465 17 (0,95) 15 (0,84)

13 22.181 18 (0,97) 17 (0,92)

14 22.790 20 (1,05) 17 (0,90)

15 23.338 22 (1,13) 18 (0,93)

16 23.831 25 (1,26) 19 (0,96)

17 24.270 25 (1,24) 23 (1,14)

18 24.649 26 (1,27) 25 (1,22)

19 24.982 26 (1,25) 25 (1,20)

20 25.281 26 (1,23) 26 (1,23)

21 25.554 26 (1,22) 26 (1,22)

22 25.803 26 (1,21) 26 (1,21)

23 26.027 26 (1,20) 26 (1,20)

24 26.230 26 (1,19) 26 (1,19)

25 26.394 26 (1,18) 26 (1,18)

26 26.495 26 (1,18) 26 (1,18)

27 26.559 26 (1,17) 26 (1,17)

28 26.597 26 (1,17) 26 (1,17)

29 26.713 26 (1,17) 26 (1,17)

Tabela 2: Taxa cumulativa de gravidez. Estudo clínico com 30 meses com noretisterona.

Referências bibliográficas

Rudel HW, Kincl FA. The biology of anti-fertility steroids. Acta Endocrinol (Copenh). 1966;51(Suppl

105):1-45.

ORTHO MICRONOR® Tablets (norethindrone). United States Patient Information. June 2008.

Trussel J. Contraceptive efficacy. In Hatcher RA, Trussel J, Stewart F, Cates W, Stewart GK, Kowal D,

Guest F. (1998). Contraceptive Technology: Seventeenth Revised Edition. New York NY: Ardent Media,

Inc. p. 216-221, 405, 408, 785. Doc ID EDMS-USRA-4040755.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição

Norestin®

é uma medicação progestínica em dose adequada para uso contínuo que satisfaz plenamente, do

ponto de vista terapêutico, como substância controladora dos distúrbios do ciclo menstrual e da

fertilidade.

O uso ininterrupto da noretisterona produz alterações bioquímicas do muco cervical e adaptações

endometriais típicas da fase luteínica do ciclo menstrual, ligadas à fisiologia feminina da menstruação e

da fertilidade.

O índice de falha durante o primeiro ano de uso é de 0,5% quando usado rigorosamente como

recomendado e de cerca de 5% quando da ocorrência de atraso ou omissão na tomada do medicamento. O

risco de gravidez aumenta a cada esquecimento de tomada de comprimido durante o ciclo menstrual.

Além da nítida atividade progestacional, destacamos a ínfima toxicidade e a sua eficácia e segurança.

Em uso contínuo, Norestin®

tem sido empregado, com bastante sucesso, nos distúrbios do ciclo

menstrual, notadamente a dismenorreia, tensão pré-menstrual, algias pélvicas e mastodínia,

proporcionando o controle de várias condições ginecológicas, relacionadas com a ação hormonal

progestínica.

Biolab Sanus

Se o procedimento de uso for corretamente seguido, Norestin®

protege contra a gravidez a partir do

primeiro dia de uso.

Propriedades Farmacodinâmicas

Pílulas à base de progestagênio puro evitam a gravidez através de diferentes mecanismos independentes,

com extensa variação interindividual e intraindividual. Cinco formas de ação foram descritas. São elas:

1. Inibição da ovulação em aproximadamente metade dos ciclos.

2. Diminuição dos picos de LH e de FSH no meio do ciclo.

3. Redução do deslocamento do óvulo nos tubos uterinos.

4. Espessamento do muco cervical para impedir a penetração do espermatozoide.

5. Alteração do endométrio, tornando-o desfavorável à implantação do óvulo.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

A noretisterona é absorvida rapidamente após a administração oral. O pico do nível de progestina sérica é

atingido aproximadamente duas horas após a administração oral, seguido de rápida distribuição e

eliminação.

A biodisponibilidade da noretisterona é cerca de 60% (47 - 73% em vários estudos).

Vinte e quatro horas após a administração oral, os níveis séricos estão próximos aos níveis de base,

tornando a eficácia dependente de uma rigorosa aderência ao esquema posológico. Há uma grande

variação nos níveis séricos entre cada paciente.

Metabolismo

A noretisterona é parcialmente inativada durante o metabolismo de primeira passagem no intestino e no

fígado.

Eliminação

A administração de progestagênio puro resulta em um nível de progestina sérica no estado de equilíbrio e

meia-vida de eliminação menor do que quando há administração concomitante com estrogênios.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro não devem ser utilizados por mulheres que

atualmente possuam as seguintes condições:

 Suspeita ou confirmação de gravidez;

 Suspeita ou confirmação de câncer de mama;

 Sangramento vaginal anormal não diagnosticado;

 Hipersensibilidade a algum dos componentes da formulação.

Este medicamento é contraindicado para uso por grávidas.

Categoria de risco na gravidez: X.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Biolab Sanus

Este medicamento pode interromper a menstruação por períodos prolongados e/ou causar

sangramentos intermenstruais severos.

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

Norestin®

não contém estrógenos e, portanto, esta bula não discute os riscos à saúde que têm sido

associados ao componente estrogênico dos anticoncepcionais combinados. A discussão destes riscos é

encontrada em informações técnicas de anticoncepcionais orais combinados. A relação entre

anticoncepcionais orais que contêm progestagênio puro e seus riscos não está completamente definida. O

médico deve permanecer alerta às manifestações iniciais de qualquer doença grave e descontinuar o

anticoncepcional oral quando for apropriado.

Ao avaliar o risco / benefício do uso de contraceptivos orais, o médico deve estar familiarizado com as

seguintes condições, as quais podem aumentar o risco de complicações associadas ao seu uso:

• Doença arterial / cardiovascular atual ou história passada;

• Tumor benigno ou maligno do fígado;

• Doença hepática aguda ou crônica com função hepática anormal;

• Fatores de risco para doença arterial, por exemplo, tabagismo, hiperlipidemia, hipertensão ou obesidade;

• Enxaqueca com aura focal;

• Gravidez ectópica anterior;

• Tabagismo.

Precauções

1. Gerais

Os pacientes devem ser alertados que este produto não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras

doenças sexualmente transmissíveis.

Em caso de sangramento vaginal anormal não diagnosticado, persistente ou recorrente, medidas

apropriadas devem ser realizadas para excluir malignidades.

Antes da administração de pílulas contraceptivas orais deve-se aguardar três meses (ou seis meses após

um quadro grave) a partir da normalização dos testes de função hepática após qualquer hepatite.

É considerado como boa prática médica para mulheres sexualmente ativas que utilizam anticoncepcionais

orais a realização de anamnese e exames anuais. Os exames devem ser repetidos periodicamente.

2. Gravidez Ectópica

A incidência de gestações ectópicas em usuárias de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro

é de 5 por 1000 mulheres por ano, que é maior que para mulheres usando outros métodos contraceptivos,

porém similar à incidência em mulheres que não usam nenhuma anticoncepção. Até 10% das gestações

relatadas nos estudos clínicos com usuárias de anticoncepcionais contendo apenas progestagênio foram

extrauterinas. Embora sintomas de gravidez ectópica mereçam atenção, um histórico de gravidez ectópica

não precisa ser considerado como uma contraindicação ao uso deste método anticoncepcional. Os

profissionais de saúde devem estar alertas quanto à possibilidade de uma gravidez ectópica em mulheres

que engravidam, ou quando queixam-se de dor abdominal baixa em uso de anticoncepcionais orais à base

de progestagênio puro. Sangramento vaginal e dor abdominal são sintomas típicos de gravidez ectópica.

As mulheres que relatarem estes sintomas devem ser avaliadas.

3. Atresia Folicular Tardia/ Cistos ovarianos

Caso ocorra desenvolvimento folicular, a atresia do folículo é ocasionalmente retardada e o mesmo pode

continuar a crescer além do tamanho que alcançaria em um ciclo normal. Geralmente, este folículo

aumentado desaparece espontaneamente. São frequentemente assintomáticos, sendo que em alguns casos

são associados à dor abdominal leve. Raramente eles podem sofrer torção ou ruptura, requerendo

intervenção cirúrgica.

4. Sangramento Vaginal Irregular

Padrões menstruais irregulares são comuns entre mulheres que utilizam anticoncepcionais orais à base de

progestagênio puro. Se o sangramento genital é sugestivo de infecção, malignidade ou outras condições

anormais, tais causas não farmacológicas devem ser pesquisadas. Se ocorrer amenorreia prolongada, a

possibilidade de gravidez deve ser avaliada.

5. Carcinoma de Mama e de Órgãos Reprodutivos

Diversos estudos epidemiológicos foram realizados para verificar a incidência de câncer de mama,

endometrial, ovariano e cervical em mulheres usando contraceptivos orais. Uma metanálise de 54 estudos

epidemiológicos mostrou que existe um risco relativo ligeiramente aumentado de ter câncer de mama

diagnosticado em mulheres que fazem uso de contraceptivos orais. O padrão observado de aumento de

risco pode ser devido ao diagnóstico mais precoce de câncer de mama nas mulheres que usam

contraceptivos orais, aos efeitos biológicos dos contraceptivos orais, ou uma combinação de ambos os

fatores. Os casos adicionais de câncer de mama diagnosticados nas mulheres que usam contraceptivos

orais combinados ou em mulheres que usaram contraceptivos orais combinados nos últimos 10 anos são

mais propensos a serem localizados na mama e menos prováveis a terem se espalhado além da mama, do

que naquelas mulheres que nunca usaram contraceptivo oral.

Câncer de mama é raro em mulheres com menos de 40 anos de idade quando usam, ou não,

contraceptivos orais.

Embora o risco aumente com a idade, o número excedente de diagnósticos de câncer de mama em

mulheres que fazem uso, recente ou não, de pílulas de progesterona é pequeno em relação ao risco total

de câncer de mama, possivelmente de magnitude semelhante à associada ao uso de contraceptivos orais

combinados. Entretanto, para as pílulas de progesterona, a evidência é baseada em uma população de

usuárias muito menor e, portanto, menos conclusiva do que para os contraceptivos orais.

O fator de risco mais importante para o câncer de mama em mulheres que usam pílula de progesterona é a

idade de interrupção do uso da pílula. Quanto maior a idade em que ocorre a interrupção, mais cânceres

de mama são diagnosticados. A duração do uso é menos importante e o risco excedente desaparece

gradualmente durante os 10 anos decorrentes após a interrupção, de modo que passados 10 anos o risco

excedente parece não mais existir.

A evidência sugere que, comparado com mulheres que nunca usaram pílulas de progesterona, entre

10.000 mulheres que usam estas pílulas por até cinco anos, mas interrompem o uso até os 20 anos de

idade, haveria menos do que um caso extra de câncer de mama diagnosticado em até 10 anos após. Para

aquelas que interromperam o uso até os 30 anos de idade, após 5 anos de uso da pílula de progesterona,

haveria um número estimado de 2 a 3 casos extras (além dos 44 casos de câncer de mama por 10.000

mulheres nesta faixa etária, nunca expostas a contraceptivos orais). Para aquelas pacientes que param até

os 40 anos de idade, após 5 anos de uso, haveria um número estimado de 10 casos adicionais

diagnosticados em até 10 anos após (além dos 160 casos de câncer de mama por 10.000 mulheres nesta

faixa etária, nunca expostas a contraceptivos).

É importante informar as pacientes que as usuárias de todas as pílulas contraceptivas parecem ter um

pequeno aumento no risco de ter diagnóstico de câncer de mama, quando comparado com não usuárias de

contraceptivos orais, mas isto deve ser avaliado em relação aos benefícios conhecidos.

Alguns estudos sugerem que o uso de anticoncepcional oral tem sido associado com um aumento do risco

de neoplasia cervical intraepitelial em algumas populações de mulheres. Entretanto, continua havendo

controvérsias quanto à extensão que tais achados possam ser devido a diferenças no comportamento

sexual e outros fatores. Não há dados suficientes para determinar se o uso de anticoncepcionais orais à

base de progestagênio puro aumenta o risco de desenvolvimento de neoplasia cervical intraepitelial.

6. Neoplasia Hepática

A incidência de tumores hepáticos benignos e malignos (adenoma hepático e carcinoma hepatocelular) é

rara.

Estudos de caso-controle indicaram que o risco destes tumores pode aumentar em associação ao uso e à

duração da terapia com contraceptivos orais. A ruptura de adenomas hepáticos benignos pode causar

óbito através de hemorragia intra-abdominal. Não existem dados suficientes para determinar se os

contraceptivos à base de progestagênio puro aumentam o risco de desenvolvimento de neoplasia hepática.

7. Metabolismo de Carboidratos e Lipídeos

As alterações no metabolismo de carboidratos em indivíduos saudáveis, nos estudos clínicos, são

variadas.

A maioria dos estudos mostra ausência de alteração, mas algumas usuárias podem experimentar pequena

diminuição na tolerância à glicose, com aumentos da insulina plasmática. Mulheres diabéticas que

utilizam anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro geralmente não apresentam alterações em

suas necessidades de insulina. No entanto, mulheres pré-diabéticas e diabéticas em particular devem ser

cuidadosamente monitoradas enquanto estiverem tomando anticoncepcionais orais à base de

progestagênio puro.

O metabolismo lipídico é ocasionalmente afetado, podendo haver diminuição de HDL, HDL2 e

apolipoproteína A-I e A-II, e aumento da lipase hepática. Normalmente não há alterações no colesterol

total, HDL3, LDL ou VLDL.

8. Cefaleia

O início ou exacerbação de enxaqueca ou desenvolvimento de cefaleia com um novo padrão, recorrente,

persistente ou grave, requer a descontinuação do uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio

puro e avaliação da causa.

9. Gravidez e lactação

Muitos estudos não têm encontrado efeitos no desenvolvimento fetal associados com o uso prolongado de

doses contraceptivas de progestagênios orais. Os poucos estudos sobre o crescimento e desenvolvimento

infantil que têm sido conduzidos não demonstraram efeitos adversos significantes. Suspeita de gravidez

deve ser descartada antes de iniciar o uso de qualquer contraceptivo hormonal.

Na maioria das mulheres, contraceptivos com progestagênios apenas, como o Norestin®

, não afetaram a

quantidade e qualidade do leite materno ou extensão da lactação. Entretanto, casos isolados na pós-

comercialização de redução da produção de leite foram relatados. Estudos com vários contraceptivos

progestagênicos orais não-combinados demonstraram que pequenas quantidades de progestagênio passam

pelo leite materno resultando em níveis de esteroides no plasma do lactente. Não foram encontrados

efeitos adversos sobre o desempenho da amamentação ou na saúde, crescimento ou desenvolvimento do

lactente.

Pequenas quantidades de progestagênio passam para o leite materno, resultando em níveis de esteroide no

plasma da criança de 1-6% dos níveis plasmáticos maternos.

10. Fertilidade após a Descontinuação

Os dados disponíveis são limitados e indicam um rápido retorno da ovulação normal e da fertilidade após

a descontinuação do uso de anticoncepcionais orais à base de progestagênio puro.

11. Tabagismo

O hábito de fumar aumenta o risco de doença cardiovascular grave. Mulheres que utilizam

anticoncepcionais orais devem ser firmemente orientadas a não fumar.

Em fumantes que usam anticoncepcionais orais o risco de efeitos secundários cardiovasculares aumenta

em relação à idade (acima de 35 anos) e ao consumo de cigarros (15 ou mais por dia). As mulheres nestas

condições deverão ser severamente advertidas para não fumarem.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Se uma mulher em tratamento com noretisterona também utilizar um medicamento ou um fitoterápico

indutor de uma enzima que metaboliza a noretisterona, principalmente a CYP3A4, deve ser aconselhada a

utilizar um método contraceptivo adicional ou diferente (ex.: método de barreira). Medicamentos ou

fitoterápicos que induzem tais enzimas podem diminuir as concentrações plasmáticas de noretisterona, e

podem reduzir a eficácia de noretisterona ou aumentar o “sangramento de escape”. Alguns medicamentos

ou fitoterápicos que podem diminuir a eficácia de contraceptivos hormanais incluem:

• alguns antiepilépticos (por exemplo, carbamazepina, fenitoína);

• (fos)aprepitanto;

• barbitúricos;

• bosentana;

• griseofulvina;

• alguns (combinações de) inibidores de protease do HIV (por exemplo, nelfinavir, alguns inibidores de

protease com reforço de ritonavir);

• alguns inibidores da transcriptase reversa não nucleosídeos (por exemplo, nevirapina);

• rifampicina e rifabutina;

• erva de São João (Hypericum perforatum).

Biolab Sanus

Estudos in vitro sugerem que carvão ativado se liga à noretisterona; entretanto, o efeito terapêutico da

noretisterona não é afetado quando o carvão ativado é administrado 3 horas após a dose prévia ou 12

horas antes da próxima dose.

Aconselha-se que os médicos consultem a bula de medicamentos utilizados concomitantemente para

obter maiores informações sobre as interações com contraceptivos hormonais ou o potencial para

alterações enzimáticas e a possível necessidade de ajuste de doses.

Interação com exames laboratoriais

Certos testes endócrinos, de função hepática e de componentes sanguíneos podem ser afetados pelo uso

de anticoncepcionais orais à base de progestagênio somente:

- As concentrações de globulina de ligação de hormônio sexual (SHBG) podem estar diminuídas.

- As concentrações de tiroxina podem estar diminuídas devido a uma diminuição da globulina de ligação

da tireoide (TBG).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da umidade.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto

Norestin®

: Comprimido de cor rosa, podendo apresentar pontos de coloração rósea mais intensa, circular,

de faces paralelas, liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Tomar 1 comprimido ao dia, por via oral, sempre na mesma hora, ininterruptamente, iniciando o

tratamento a partir do primeiro dia da menstruação. A medicação não deve ser interrompida durante o

fluxo menstrual.

Recomendações para administração

Os comprimidos devem ser tomados todos os dias, sempre na mesma hora. Para a obtenção do efeito

terapêutico desejado, é necessário que Norestin®

seja tomado com a regularidade preconizada. Qualquer

alteração no esquema posológico fica a critério médico.

Adultos

A administração deve ser contínua, não deve haver intervalos entre uma embalagem e outra. A próxima

embalagem de Norestin®

deve sempre estar pronta para uso, e deve ser iniciada no dia seguinte ao

término da última embalagem.

Biolab Sanus

O primeiro ciclo de terapia deve ter início no primeiro dia do período menstrual: um comprimido ao dia

com água sempre na mesma hora do dia por 28 dias. Se este procedimento for corretamente seguido,

Norestin®

protege contra a gravidez a partir do primeiro dia de uso.

Crianças (16 anos de idade ou menos)

A segurança e a eficácia de Norestin®

foram estabelecidas em mulheres em idade reprodutiva. Espera-se

que a segurança e a eficácia sejam semelhantes em adolescentes pós-puberais com menos de 16 anos e em

usuárias com 16 anos ou mais. O uso de Norestin®

antes da menarca não é indicado.

Pacientes Idosas

O uso de Norestin®

em mulheres na pós-menopausa não é indicado.

Uso após o parto

As mulheres que não forem amamentar podem iniciar a terapia com contraceptivo oral à base de

progestagênio puro imediatamente após o parto. Aquelas que estão amamentando devem iniciar

6 semanas após o parto.

Entretanto, em mulheres que não estão amamentando exclusivamente com leite materno (mulheres que

estão complementando com alguma fórmula ou alimento) a fertilidade pode retornar após 4 semanas do

parto, sendo que a possibilidade de gravidez deve ser considerada quando Norestin®

for iniciado depois

de 4 semanas pós parto.

Uso após aborto

Após a ocorrência de um aborto, contraceptivos orais à base de progestagênio puro podem ser iniciados

no dia seguinte. Como a fertilidade pode retornar em 10 dias após o aborto, a possibilidade de gravidez

deve ser considerada quando se iniciar Norestin®

depois de 10 dias da ocorrência do aborto.

Sangramento de escape ou “spotting”

Na eventualidade de ocorrência de sangramento de escape ou “spotting”, o tratamento deve ser

continuado. Sangramento de escape é frequente em mulheres em uso de contraceptivo oral à base de

progestagênio puro. Se o sangramento de escape persistir ou se for acompanhado de dor abdominal, uma

avaliação médica adicional deve ser considerada.

Em caso de vômito

Se ocorrer vômito no período de 2 horas após a administração do comprimido ou se ocorrer diarreia grave

por um período maior do que 24 horas, a eficácia da contracepção pode ser reduzida. O tratamento não

deve ser interrompido e, no dia seguinte, Norestin®

deve ser administrado normalmente no horário

habitual. Outro método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por

exemplo) durante a doença e nas 48 horas seguintes deve ser usado.

Caso ocorra esquecimento de tomar o comprimido

Se ocorrer esquecimento de tomar o comprimido por mais de três horas além do horário habitual:

1. Tomar o comprimido assim que tenha se lembrado.

2. Voltar a tomar o próximo comprimido no horário habitual, mesmo que isto signifique tomar 2

comprimidos em 1 dia.

3. Utilizar um método anticoncepcional não hormonal adicional de segurança (preservativo, por exemplo)

a cada vez que tiver relações sexuais nas 48 horas seguintes.

Para trocar de comprimidos anticoncepcionais

Se for realizar a troca de anticoncepcionais orais combinados para Norestin®

, tomar o primeiro

comprimido no dia seguinte ao que tomar o último comprimido combinado. A paciente deve ser alertada

de que muitas mulheres têm períodos irregulares após trocar para anticoncepcionais à base de

progestagênio puro, na maioria das vezes transitório.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações adversas são eventos adversos que foram considerados razoavelmente associados ao uso de

noretisterona, com base na avaliação abrangente das informações de eventos adversos disponíveis. Uma

relação causal com noretisterona não pode ser estabelecida com segurança em casos individuais. Além

disso, uma vez que os estudos clínicos são realizados sob condições amplamente variáveis, as taxas de

reações adversas observadas em estudos clínicos de um medicamento não podem ser comparadas

diretamente às taxas nos estudos clínicos de outro medicamento, podendo não refletir as taxas observadas

na prática clínica.

Dados de Estudos Clínicos

A segurança de Norestin®

foi avaliada em 3.099 indivíduos em 2 estudos clínicos. Destes, 2.925

indivíduos participaram de um estudo clínico de Norestin®

0,35 mg administrado diariamente e 174

0,35 mg/dia administrado em 21 dias por

ciclo. As Reações Adversas relatadas por ≥ 1% de indivíduos tratados com Norestin®

são apresentadas na

Tabela 3.

Tabela 3. Reações Adversas ao Medicamento Relatadas por ≥1% dos Indivíduos tratados com

noretisterona em 2 estudos clínicos com noretisterona.

Classe de Sistema/Órgão

Reação adversa

Noretisterona

%

(n = 3,099)

Distúrbios do Sistema Nervoso

Dor de cabeça

Tontura

Distúrbios Gastrintestinal

Náusea

Vômito

Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas

Metrorragia

Amenorreia

Sensibilidade nas mamas

Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração

Fadiga

Investigações

Aumento de peso

5,6

1,8

8,7

2,0

34,3

5,4

1,3

1,0

Biolab Sanus

As Reações Adversas relatadas por <1% dos indivíduos tratados com norestisterona nos estudos clínicos

anteriormente citados são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4. Reações Adversas ao Medicamento Relatadas por <1% dos indivíduos tratados com

noretisterona em 2 estudos clínicos de noretisterona

Reação Adversa

Distúrbios psiquiátricos

Depressão

Nervosismo

Distúrbios Gastrintestinais

Distúrbio Gastrintestinal

Distúrbios da Pele e Tecido Subcutâneo

Acne

Hirsutismo

Distúrbios do Tecido Conjuntivo e Muscoloesquelético

Dor nas extremidades

Secreção Genital

Distúrbios Gerais e Condições no Local de Administração

Edema

Dados pós-comercialização

As reações adversas são apresentadas por frequência baseada nas taxas de relatos espontâneos.

Reação muito rara (<1/10.000): reação anafilactoide/anafilática, hipersensibilidade; dor abdominal,

hepatite, icterícia colestática; alopecia, erupção cutânea, erupção cutânea prurítica; gravidez ectópica; dor

nas mamas, atraso na menstruação, menstruação irregular, cisto ovariano, lactação suprimida, hemorragia

vaginal, menorragia e sangramento de privação quando o produto é interrompido.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

SUPERDOSE

Não foram relatados efeitos adversos graves após a ingestão aguda de doses elevadas de contraceptivos

orais. A superdose pode causar náusea, vômito e, em mulheres jovens, sangramento vaginal. Não existem

antídotos e o tratamento deve ser sintomático.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.