Bula do Noripurum Fólico produzido pelo laboratorio Takeda Pharma Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
NORIPURUM®
FÓLICO
Takeda Pharma Ltda.
Comprimido mastigável
ferripolimaltose 100 mg + ácido fólico 0,35 mg
Página 1 de 6
ferripolimaltose, ácido fólico
APRESENTAÇÕES
Comprimido mastigável de 100 mg (ferro III) + 0,35 mg (ácido fólico). Embalagens com 10 e 30 unidades.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido mastigável contém:
ferro III*.................................................................................................... 100 mg
ácido fólico ............................................................................................... 0,35 mg
* Na forma de ferripolimaltose.
Excipientes: ciclamato de sódio, vanilina, talco, macrogol, aroma de chocolate, manitol, cacau, celulose microcristalina e povidona.
Noripurum®
Fólico é indicado:
• em anemias ferro e folicoprivas;
• em profilaxia e tratamento das anemias da gravidez, do puerpério e no período de amamentação, caracterizadas por ferropenia e hipofolinemia;
• em anemias ferropênicas graves, pós-hemorrágicas, pós-ressecção gástrica, pós-parto e pós-operatórias;
• no pré-operatório de pacientes anêmicos;
• em anemia hipocrômica essencial, cloroanemia aquílica, anemias alimentares qualitativas e quantitativas;
• como aadjuvante no tratamento da subnutrição.
A eficácia clínica de ferripolimaltose mais ácido fólico na prevenção e no tratamento da anemia por deficiência de ferro durante a gravidez foi
demonstrada em diferentes estudos clínicos controlados, conduzidos em mulheres grávidas com ou sem deficiência de ferro [1,2,3,4]. O complexo
ferripolimaltose mais ácido fólico foi também estudado em mulheres anêmicas não grávidas [7] e em mulheres lactantes [5].
Complexo ferripolimaltose mais ácido fólico comparado com formulações padrão de ferro (II) mais ácido fólico
Em um estudo que incluiu 90 mulheres grávidas não anêmicas (do terceiro ao quinto mês de gravidez), Geisser et al compararam ferripolimaltose
mais ácido fólico (100 mg de ferro, 350 mcg de ácido fólico) com dois diferentes preparados de ferro mais ácido fólico: sulfato ferroso (105 mg de
ferro) mais 305 mcg de ácido fólico e 500 mg de vitamina C, e fumarato ferroso (100 mg de ferro), mais 300 mcg de ácido fólico e 300 mcg de
cianocobalamina [1]. Os indivíduos receberam 100 mg de ferro (mais ácido fólico) por dia durante oito semanas. No final do tratamento, não se
observaram diferenças significativas entre os grupos de tratamento quanto a Hb, hematócrito, volume corpuscular médio (MCV) ou ferritina sérica.
Os níveis de Hb mantiveram-se em todos os três grupos de tratamento e os níveis de folato revelaram aumento da absorção de folato em todos os três
preparados.
Em outro estudo, em gestantes não anêmicas, o efeito da suplementação diária com ferripolimaltose mais ácido fólico sobre os níveis de Hb e
peroxidação lipídica foi comparado ao da suplementação diária ou semanal com sulfato ferroso mais ácido fólico [4]. Noventa mulheres grávidas
com 14 a 18 semanas de gestação foram divididas aleatoriamente em três grupos e tratadas até o parto: o grupo I recebeu diariamente sulfato ferroso
e ácido fólico (100 mg de ferro / 500 mcg de ácido fólico por dia ), o grupo II recebeu semanalmente sulfato ferroso e ácido fólico (200 mg de ferro /
1000 mcg de ácido fólico por semana) e o grupo III recebeu diariamente ferripolimaltose mais ácido fólico (100 mg de ferro / 350 mcg de ácido
fólico por dia ). Nos grupos I e III, os níveis de Hb se mantiveram, enquanto no grupo II caíram ligeiramente (-3,9 g/l, p = 0,004); o MCV diminuiu
ligeiramente em todos os três grupos (p ≤ 0,09). A peroxidação lipídica foi medida com base no nível de ácido tiobarbitúrico (TBARS), que aumenta
com o aumento da peroxidação, e de glutationa, que diminui com o aumento da produção de peróxidos lipídicos. Considerando que o tratamento
com sulfato ferroso / ácido fólico diário resultou em aumento significativo de TBARS (0,61 mmol/l, p = 0,000), o tratamento diário com a
ferripolimaltose mais ácido fólico (0,007 mmol/l, p = 0,519) ou semanal com sulfato ferroso / ácido fólico (0,02 mmol/ l, p = 0,096) não. A
glutationa não se alterou significativamente em nenhum dos grupos. Não houve diferença significativa entre os três grupos na incidência de
complicações da gestação ou dos resultados neonatais.
Complexo ferripolimaltose mais ácido fólico comparado com formulações padrão de ferro (II)
A eficácia de ferripolimaltose mais ácido fólico foi comparada com a de sulfato ferroso no tratamento de anemia por deficiência de ferro (Hb 90-110
g/l) em 39 mulheres grávidas durante o terceiro trimestre [2]. As pacientes foram alocadas aleatoriamente para receber por 30 dias comprimidos de
sulfato ferroso na dose de 210 mg de ferro por dia (n = 18) ou ferripolimaltose mais ácido fólico, 100 mg de ferro por dia, (n = 19). Ao final do
estudo, a Hb aumentou 16,2 g/l (p <0,05) e 21,6 g/l (p <0,05) respectivamente nos grupos tratados com sulfato ferroso e com ferripolimaltose mais
ácido fólico. A diferença entre os grupos de tratamento não foi significativa (p>0,05). A ferritina dos glóbulos vermelhos e a saturação da transferrina
também melhorou em ambos os grupos de tratamento. Os níveis séricos de ferritina caíram em dois grupos, mas permaneceram dentro da escala
normal. A diminuição da ferritina foi significativamente maior no grupo de sulfato ferroso (p<0,05). Eventos adversos, incluindo náuseas e
constipação, foram relatados apenas no grupo tratado com sulfato ferroso.
Reddy et al, 2001 compararam ferripolimaltose mais ácido fólico com fumarato ferroso em 100 crianças anêmicas (Hb <100g/l) do sexo feminino
(não grávidas) [7]. Administrou-se diariamente ferripolimaltose mais ácido fólico (100 mg de ferro) durante 3 meses. Os níveis de hemoglobina
aumentaram em ambos os grupos de tratamento (59,4 g/l com ferripolimaltose mais ácido fólico, 39,5 g/l com fumarato ferroso), embora o aumento
tenha sido significativamente maior no grupo tratado com ferripolimaltose mais ácido fólico. Houve relatos de eventos adversos por 56% (28/50) do
grupo tratado com fumarato ferroso de por 14% (7/50) do grupo tratado com ferripolimaltose mais ácido fólico. Os eventos adversos mais comuns
Página 2 de 6
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
foram intolerância gastrointestinal, diarreia e prisão de ventre no grupo tratado com fumarato ferroso e intolerância gastrointestinal e diarreia no
grupo tratado com ferripolimaltose mais ácido fólico.
A eficácia e a tolerabilidade de ferripolimaltose mais ácido fólico também foram demonstrada em pacientes idosos (60 a 75 anos) com anemia por
deficiência de ferro [8].
Complexo ferripolimaltose mais ácido fólico oral versus sacarato de hidróxido férrico mais ácido fólico intravenoso
Al et al, 2005 [3] compararam o tratamento oral de ferro com ferripolimaltose (acrescida de um suplemento de ácido fólico) com terapia com ferro
intravenoso à base de sacarato de hidróxido férrico (mais um suplemento de ácido fólico) em 90 mulheres grávidas com anemia por deficiência de
ferro (Hb: 80-105 g/ l ; ferritina <13 mcg/ l). No grupo tratado com ferripolimaltose oral (n = 45) administraram-se aos pacientes 300 mg de ferro
mais 500 mcg de ácido fólico por dia. No grupo tratado com medicação intravenosa (n = 45), as doses foram calculadas com base nos níveis reais de
Hb das pacientes, em seu peso corpóreo e no nível de Hb alvo (110 g/ l). A dose média administrada foi de 600 mg de ferro. No início do tratamento,
todas as pacientes estavam em seu terceiro trimestre. Ambos os grupos apresentaram aumento significativo dos níveis de hemoglobina durante o
estudo, embora em qualquer momento do período de medição os aumentos fossem significativamente maiores no grupo intravenoso do que no grupo
tratado com ferripolimaltose oral. Na semana 4, os níveis de Hb alvo (110 g/l) foram atingidos por 20% das pacientes (n = 9) tratadas com
ferripolimaltose oral e por 62,2% das pacientes (n = 28) tratadas com ferro endovenoso (p <0,001 entre os grupos). No parto, os níveis de Hb alvo
foram alcançados por 62,2% (n = 28) das pacientes tratadas com ferripolimaltose e por 95,6% (n = 43) das tratadas por via intravenosa (p <0,001
entre os grupos). Os níveis de ferritina aumentaram em ambos os grupos de tratamento, mas aumentaram mais rapidamente e foram
significativamente maiores no grupo de ferro intravenoso. Ambos os tratamentos foram bem tolerados, embora a incidência de sintomas
gastrointestinais fosse maior no grupo tratado com ferripolimaltose oral do que no grupo de ferro intravenoso.
Complexo ferripolimaltose mais ácido fólico em lactantes
Em um estudo, 14 mães lactantes com anemia por deficiência de ferro leve entre 7 e 12 semanas após o parto foram tratadas com ferripolimaltose
mais ácido fólico na dose de 300 mg de ferro por dia, tendo a anemia se reduzido à metade depois de 2,5 a 3 meses de tratamento [5].
Adicionalmente, sete lactentes foram tratados com ferripolimaltose sem ácido fólico. De 3,5 a 4 meses após o tratamento, os parâmetros
hematológicos das mães aumentaram para dentro da faixa normal (por exemplo Hb: 91 a 121 g/l; ferritina sérica: 6 a 34 mcg/l) e os níveis de ferro e
lactoferrina medidos no leite materno aumentaram. Os índices de glóbulos vermelhos também melhoraram nos lactentes, com aumento da
hemoglobina de 114,1 para 124,3 g/l.
Os efeitos preventivos da ferripolimaltose em lactentes e mães tratadas com ferripolimaltose foram semelhantes aos descritos no estudo de Malikova
e Rassadina [6].
Referências bibliográficas:
1 Geisser P, Hohl H, Müller A. Clinical efficacy of three different iron preparations in pregnant women (Translated by PharmaPart AG, June
20, 2002). Schweiz Apoth Ztg. 1987 Jul;125(14):1-5.
2 Shilina EA, Breusenko LE, Shalina PI. Comparison of the efficacy of the use of different iron preparations in pregnant women with iron-
deficiency anaemia in the third trimester. Moscow, Russia: Department of Obstetrics and Gynaecology of the Paediatric Faculty of the Russian State
Medical University, Moscow; 2001.
3 Al RA, Unlubilgin E, Kandemir O, Yalvac S, Cakir L, Haberal A. Intravenous versus oral iron for treatment of anemia in pregnancy. A
randomized trial. Obstetr Gynecol. 2005;106(6):1335-40.
4 Bhatla N, Kaul N, Lal N, Kriplani A, Agarwal N, Saxena R, et al. Comparison of effect of daily versus weekly iron supplementation during
pregnancy on lipid peroxidation. J Obstet Gynaecol Res. 2009;35(3):438-45.
5 Soboleva MK. Iron-deficiency anaemia in children and breast-feeding mothers and its treatment and prophylaxis with Maltofer and Maltofer-
Fol (Translated). Pediatria. 2001;6:1-11.
6 Malikova GB, Rassadina MV. The effect of the anti-anaemic drug Maltofer on iron metabolism indices in breast-feeding mothers and their
breast-fed infants (Translated). Pediatriya. 2005;4.
7 Reddy PSN, Adsul BB, Gandewar K, Korde KM, Desai A. Evaluation of efficacy and safety of iron polymaltose complex and folic acid
(Mumfer) vs iron formulation (ferrous fumarate) in female patients with anaemia. Drug Trial Report. p. 154-5.
8 Bogdanova OM, Pashenko IG. Comparative evaluation of efficacy of iron salt and hydroxide polymaltose iron complex in elderly patients
with iron deficiency anemia. Hematology and Transfusiology. 2004;49(1):29-31.
Noripurum®
Fólico age como antianêmico especificamente indicado para o tratamento das anemias nutricionais e microcíticas causadas por
deficiência de ferro e ácido fólico.
O ferro de Noripurum®
Fólico apresenta-se sob a forma de um complexo macromolecular não iônico, o que confere ao produto características
vantajosas: boa absorção e utilização pelo organismo, baixa toxicidade e boa tolerabilidade, ausência de interação com certos medicamentos (p.ex.
tetraciclinas, anticoncepcionais, hormônios esteroides), preservação do seu volume utilizável sem perdas por eliminação renal nem por depósito no
tecido adiposo.
Propriedades farmacodinâmicas
Os núcleos polinucleares de hidróxido de ferro III são envolvidos em moléculas de polimaltose de ligação não covalente, resultando em um complexo
de massa molecular de aproximadamente 50 kD, de tamanho tal que a difusão através da membrana da mucosa é cerca de 40 vezes menor do que a
difusão do ferro II hexáquo. O complexo é estável e não libera ferro iônico em condições fisiológicas. A estrutura da ligação do ferro nos núcleos
polinucleares é similar à estrutura da ferritina. Devido a essa similaridade, apenas o ferro III do complexo é absorvido por um processo de absorção
ativa. Por meio de troca competitiva de ligações, qualquer proteína ligante de ferro no fluido gastrintestinal e na superfície do epitélio pode retirar o
ferro III do complexo polimaltosado. O ferro absorvido é armazenado principalmente do fígado, ligado à ferritina. Posteriormente, na medula, ele é
incorporado à hemoglobina.
O complexo de ferripolimaltose não apresenta atividade pró-oxidativa, como os sais de ferro II. A susceptibilidade à oxidação das lipoproteínas como
VLDL + LDL é reduzida.
Propriedades farmacocinéticas
Estudos que empregaram técnica de isótopos (55
Fe e 59
Fe) demonstram que a absorção de ferro medida como hemoglobina em eritrócitos é
inversamente proporcional à dose administrada (quanto maior a dose, menor a absorção). Estatisticamente há uma correlação negativa entre a
extensão da deficiência de ferro e a quantidade de ferro absorvida (quanto maior a deficiência de ferro, melhor a absorção). A maior absorção de
Página 3 de 6
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
ferro ocorre no duodeno e no jejuno. O ferro não absorvido é excretado nas fezes. Devem ser consideradas as situações de maior necessidade de ferro.
Fisiologicamente, a excreção via esfoliação das células epiteliais do trato gastrintestinal e da pele, assim como na transpiração, na bile e na urina
chega a apenas cerca de 1 mg de ferro por dia; em mulheres deve-se levar em consideração a perda de ferro durante a menstruação.
O ácido fólico é absorvido principalmente no intestino delgado, particularmente no duodeno e no jejuno. Dentro de 30-60 minutos são atingidas altas
concentrações no sangue. Pode-se esperar absorção de cerca de 80% com uma dose de 0,35 mg. O ácido fólico é metabolizado nas células hepáticas
e no intestino, além de em outras. Esses folatos, ligados a proteínas transportadoras, são distribuídos a todos os órgãos. A eliminação ocorre
principalmente nos rins e no trato digestivo.
Dados de segurança pré-clínicos
Não se pôde determinar a DL50 da ferripolimaltose em estudos com ratos e camundongos trataados com doses orais de até 2.000 mg de ferro/kg de
peso corporal, comprovando-se assim a elevada segurança do complexo de ferripolimaltose em comparação com os sais de ferro.
Noripurum® Fólico é contraindicado nos casos de:
• hipersensibilidade aos sais de ferro, ao ácido fólico ou a qualquer um dos componentes do produto;
• todas anemias não ferropênicas, particularmente aquelas caracterizadas por acúmulo de ferro ou incapacidade da sua utilização, tais como
hemocromatose, hemosiderose, anemia falciforme, anemia hemolítica, anemias provocadas por chumbo, anemia sídero-acréstica, talassemia,
anemias por tumores ou infecções (sem deficiência de ferro), anemias associadas à leucemia aguda ou crônica; hepatopatia aguda;
• processos que impedem a absorção de ferro ou ácido fólico por via oral, como diarreias crônicas ou retocolite ulcerativa.
Durante o tratamento com Noripurum®
Fólico pode ocorrer escurecimento das fezes, o que não tem nenhum significado clínico.
Noripurum®
Fólico contém ácido fólico, o que pode mascarar a deficiência de vitamina B12.
Em casos de anemias associadas a infecções ou neoplasias, o ferro substituído é armazenado no sistema retículo-endotelial, de onde é mobilizado e
utilizado somente após a cura da doença primária.
Como todos os preparados férricos, Noripurum®
Fólico deve ser administrado com cautela na presença de alcoolismo, hepatite, infecções agudas e
estados inflamatórios do trato gastrintestinal (enterites, colite ulcerativa), pancreatite e úlcera péptica.
O uso de Noripurum®
Fólico não deverá ter impacto sobre a administração de insulina diária em pacientes com diabetes. Consulte a bula da
medicação antidiabética para mas informações.
A administração do produto em pacientes submetidos a repetidas transfusões de sangue deve ser realizada sob rigoroso controle médico e observação
do quadro sanguíneo, visto que a concomitância da aplicação de sangue com alto nível de ferro eritrocitário e sais de ferro por via oral pode resultar
em sobrecarga férrica.
Aos portadores de próteses dentárias - particularmente à base de "Luva Light" - recomenda-se lavar a boca e escovar as próteses imediatamente após
uso do preparado a fim de evitar o escurecimento delas.
Gravidez e lactação: Os estudos de toxicidade embriofetal da ferripolimaltose em animais não revelaram nenhum risco para o feto. Com base nesses
estudos com animais, não há nenhuma evidência de algum risco durante o primeiro trimestre. Estudos em gestantes após o primeiro trimestre não
demonstraram nenhum efeito indesejável da ferripolimaltose ou da ferripolimaltose acrescida de ácido fólico nas mães e/ou nos neonatos. Portanto, é
improvável uma influência negativa sobre o feto com a administração de Noripurum®
Fólico.
O leite materno contém naturalmente ferro ligado à lactoferrina. A quantidade de ferro que passa do complexo para o leite materno é desconhecida. É
improvável que a administração de Noripurum®
Fólico a mulheres que estejam amamentando cause efeitos indesejáveis ao lactente.
Durante a gravidez e a lactação, Noripurum®
Fólico só deve ser usado após consulta a um médico. É recomendável que se faça uma avaliação de
risco/benefício.
Categoria B de risco na gravidez – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
Até o momento não há relatos de casos de interação medicamentosa com o uso do produto. Graças à alta estabilidade do seu complexo, Noripurum®
Fólico - diferentemente dos sais ferrosos - não sofre diminuição da sua absorção por interação com certos medicamentos (p.ex. tetraciclinas,
antiácidos, hormônios esteroides e anticoncepcionais, tais como etinilestradiol, norgestrel e medroxiprogesterona) ou com certos alimentos que
contenham fitatos, oxalatos, taninos, etc. (p.ex. legumes, grãos, verduras, frutas, chá e chocolate) porventura ingeridos concomitantemente.
O teste para detecção de sangue oculto nas fezes não é afetado, portanto não se requer interrupção da terapia.
A administração concomitante de ferro parenteral e oral deve ser evitada, uma vez que a absorção de ferro será drasticamente inibida.
A ingestão excessiva de álcool causa incremento do depósito hepático de ferro, razão por que aumenta a probabilidade de efeitos adversos e até
tóxicos do ferro quando em uso prolongado.
O tratamento com ácido fólico pode aumentar o metabolismo da fenitoína, resultando na diminuição das concentrações séricas de fenitoína,
particularmente em pacientes com deficiência de folato. Embora normalmente esta interação não seja relevante na prática clínica, pode ocorrer
aumento na frequência das crises em alguns pacientes. Pacientes em tratamento com fenitoína ou qualquer medicação anticonvulsivante devem
consultar um médico antes de usar suplementação com ácido fólico.
Consta que a administração concomitante de ácido fólico e cloranfenicol em pacientes com deficiência de ácido fólico possa resultar em
antagonismo da resposta hematopoiética ao ácido fólico. Apesar da importância e do mecanismo da interação não serem claros, a resposta
hematológica ao ácido fólico em pacientes tratados com ambas as drogas deve ser cuidadosamente monitorada.
Conserve o produto na embalagem original e à temperatura ambiente (15°C a 30ºC).
Este medicamento tem prazo de validade de 24 meses.
Número de lote e data de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Noripurum® Fólico é um comprimido redondo, plano, liso, marrom escuro, com partículas brancas e odor de chocolate.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Para fins de cálculo, note-se que cada comprimido mastigável contém 100 mg de ferro. A dose e a duração da terapia dependem da extensão da
deficiência de ferro.
Página 4 de 6
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE – RDC 47/2009
Para uso pediátrico, a dose diária de ferro a ser aplicada é calculada conforme a gravidade do caso na base de 2,5 a 5,0 mg por kg de peso. Esta dose
pode ser aumentada ou diminuída, a critério médico, e pode ser administrada em uma ou mais tomadas.
Como posologia média sugere-se:
Adultos e adolescentes:
• Deficiência de ferro manifesta: um comprimido mastigável 2 a 3 vezes por dia até a normalização dos valores de hemoglobina. Posteriormente,
a terapia deve prosseguir com um comprimido mastigável por dia nos casos de anemia na gestação pelo menos até o final da gravidez, a fim de
restaurar a reserva de ferro.
Com o fim de garantir um tratamento eficiente, com adequada reposição do estoque orgânico de ferro, recomenda-se continuar com a administração
de Noripurum®
Fólico durante mais dois a três meses após o desaparecimento dos sintomas clínicos e a normalização da taxa hemoglobínica.
• Deficiência de ferro latente e prevenção de deficiência de ferro e ácido fólico: um comprimido mastigável por dia.
Crianças de um a cinco anos: meio comprimido mastigável ao dia.
Crianças de cinco a doze anos: um comprimido mastigável ao dia.
Dose (mg) % IDR*
Ferro Ácido Fólico Ferro Ácido Fólico
Crianças (1-12 anos) 100 0,35 1.667 - 714% 368 - 146%
Gestantes 300 1,05 1.111% 296%
Lactantes 300 1,05 2.000% 356%
Adultos 300 1,05 2.143% 438%
* IDR = Ingestão Diária Recomendada. Cálculos com base na dose máxima diária recomendada em bula.
Método de administração:
A dose diária pode ser administrada de uma só vez ou ser dividida em doses separadas.
Noripurum®
Fólico comprimidos mastigáveis deve ser administrado durante ou imediatamente após as refeições.
Em casos de anemia ferropênica grave ou de necessidade elevada de ferro, as doses podem ser aumentadas a critério médico, ou pode haver
necessidade de Noripurum®
Parenteral (IM ou EV) como tratamento inicial.
As principais reações adversas ao medicamento relatadas em relação temporal e com pelo menos uma possível relação causal com a administração de
Noripurum®
Fólico ocorreram em duas classes de sistemas orgânicos:
Distúrbios gastrintestinais
Reação muito rara (< 1/10.000): dor abdominal, constipação, diarreia, náusea, dor de estômago, dispepsia e vômitos.
Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo
Reação muito rara (< 1/10.000): urticária, erupção cutânea, exantema e prurido.
Em casos de eventos adversos notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal. Informe também a empresa através do seu
serviço de atendimento.
Em casos de superdose não se observaram sinais ou sintomas de intoxicação e tampouco de sobrecarga férrica, pois o ferro de Noripurum®
Fólico se
apresenta sob a forma de complexo de ferripolimaltose, portanto não se encontra na forma de ferro livre no trato gastrintestinal e não é absorvido via
difusão passiva.
Em caso de ingestão acidental ou proposital de sais de ferro II não complexados em doses muito acima das preconizadas, , podem ocorrer sintomas
como náuseas ou sensação de plenitude gástrica. Nesses casos deve-se proceder ao esvaziamento gástrico e empregar medidas usuais de apoio.
Consta que doses excessivas de ácido fólico podem causar alterações no sistema nervoso central (descritas como mudanças do estado mental,
alterações nos padrões de sono, irritabilidade e hiperatividade), náusea, distensão abdominal e flatulência.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.