Bula do Olmetec produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
OLMETEC®
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA
Comprimidos revestidos
20 mg e 40 mg
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Olmetec®
olmesartana medoxomila
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Olmetec®
Nome genérico: olmesartana medoxomila
APRESENTAÇÕES
Olmetec® 20 mg ou 40 mg em embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos revestidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Olmetec® 20 mg ou 40 mg contém 20 mg ou 40 mg de olmesartana medoxomila,
respectivamente.
Excipientes: celulose microcristalina, hiprolose de baixa substituição, lactose monoidratada, hiprolose, estearato
de magnésio, dióxido de titânio, talco e hipromelose.
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Olmetec® (olmesartana medoxomila) é indicado para o tratamento da hipertensão essencial (primária). Pode ser
usado como monoterapia ou em combinação com outros agentes anti-hipertensivos.
Os efeitos anti-hipertensivos de olmesartana medoxomila foram demonstrados em sete estudos clínicos
randomizados, duplos-cegos e paralelos, controlados com placebo nas fases 2 e 3. Esses estudos envolveram
pacientes com hipertensão, que receberam doses crescentes de 2,5 a 80 mg por seis a 12 semanas, e mostraram
reduções estatisticamente significativas da pressão arterial. Foram analisados 2.693 pacientes com hipertensão,
sendo 2.145 no grupo tratado com olmesartana medoxomila e 548 no grupo tratado com placebo. A
administração de olmesartana medoxomila uma vez ao dia provocou redução da PA (pressão arterial) de maneira
dose-dependente e superior àquela obtida com placebo. Para a dose de 20 mg ao dia, a redução de PA sistólica
(PAS) e diastólica (PAD), além do efeito do placebo, foi de 10/6 mm Hg, respectivamente (em valores absolutos
-15,1 mm Hg e -12,2 mm Hg). Para a dose de 40 mg, a redução da PA sistólica e diastólica, além do efeito do
placebo, foi de 12/7 mm Hg, respectivamente (- 17,6 mm Hg e -13,1 mm Hg).
O percentual de pacientes com PAD controlada no grupo olmesartana medoxomila (variando de 38% a 51%) foi
significativamente maior (p 0,001) do que o observado com placebo (23%). O controle da PAS também foi
significativamente maior (p 0,001) para a olmesartana medoxomila (35% a 42%) em comparação com o
placebo (16%). Os índices de resposta nos grupos olmesartana medoxomila para a PAD casual (56% a 72%) e
para a PAS casual (56% a 68%) foram significativamente maiores (p 0,001) do que os observados nos grupos
tratados com placebo (37% e 30%). O efeito anti-hipertensivo se manteve por um período de 24 horas, com
picos de resposta entre 57% e 70%. Doses de olmesartana superiores a 40 mg não apresentaram resultados
adicionais significativos.
O início do efeito anti-hipertensivo ocorreu dentro de uma semana e se manifestou amplamente depois de duas
semanas de tratamento.
Em pacientes tratados durante um ano ou mais, o efeito redutor da pressão arterial provocado pela olmesartana
medoxomila, associada ou não à hidroclorotiazida, se manteve. Não houve evidência de taquifilaxia durante o
período de tratamento nem de efeito rebote com a retirada abrupta do medicamento após esse mesmo período.
O efeito anti-hipertensivo foi similar em ambos os sexos e em idosos acima de 65 anos. Em pacientes negros, o
efeito foi menor, assim como já foi observado para outros agentes anti-hipertensivos, tais como inibidores da
ECA, bloqueadores de receptor de angiotensina e betabloqueadores. A olmesartana medoxomila apresenta efeito
adicional na redução da pressão arterial quando associado à hidroclorotiazida.
Num estudo duplo-cego, controlado com placebo de olmesartana medoxomila (20 mg/dia) em 199 pacientes
constatou-se redução significativa dos marcadores de inflamação após seis semanas de tratamento no grupo
tratado com olmesartana medoxomila, independente de seu efeito anti-hipertensivo. As reduções foram: proteína
C reativa ultrassensível 15,1% (p < 0,05), fator de necrose tumoral-alfa 8,9% (p < 0,02), interleucina-6 14% (p <
0,05) e proteína quimiotática do monócito-1 6,5% (p < 0,01). O acréscimo de pravastatina (20 mg/dia) aos dois
grupos de tratamento não alterou o resultado dos marcadores de inflamação no grupo placebo apesar de baixar
significativamente o colesterol em todos os pacientes. Num estudo duplo-cego, comparativo de olmesartana
medoxomila (40 mg/dia) com atenolol (100 mg/dia) em 100 pacientes não diabéticos constatou-se, após um ano
de tratamento, redução significativa da razão parede/luz de artérias da gordura subcutânea da região glútea (p <
0,001) apenas no grupo tratado com olmesartana medoxomila, independente de seu efeito antihipertensivo.
Estudos clínicos comparativos
A eficácia da olmesartana medoxomila foi avaliada em estudos comparativos competitivos diretos com outros
anti-hipertensivos: bloqueadores de receptores de angiotensina II, inibidores da enzima conversora de
angiotensina, bloqueadores de canais de cálcio e betabloqueadores, nos quais se observou uma eficácia favorável
para a olmesartana medoxomila. Em um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego com duração de 8
semanas, comparou-se a eficácia anti-hipertensiva em 578 pacientes com hipertensão leve a moderada. Esses
pacientes receberam a dose inicial de olmesartana medoxomila 20 mg/dia (n=145), ou losartana potássica 50
mg/dia (n=146), ou valsartana 80 mg/dia (n=142), ou irbesartana 150 mg/dia (n=145). A redução da PAD casual
obtida com olmesartana medoxomila (- 11,5 mm Hg) foi significativamente superior à obtida com losartana
potássica (-8,2 mm Hg), valsartana (- 7,9 mm Hg) ou irbesartana (-9,9 mm Hg). As reduções da PAS casual com
olmesartana medoxomila (- 11,3 mm Hg), losartana potássica (-9,5 mm Hg), valsartana (-8,4 mm Hg) ou
irbesartana (-11,0 mm Hg) não foram significativamente diferentes. Na avaliação feita pela MAPA, a redução na
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PAD com olmesartana (- 8,5 mm Hg) foi significativamente maior do que as reduções obtidas com losartana
potássica (-6,2 mm Hg) e valsartana (-5,6 mm Hg), apresentando uma tendência à significância em comparação
com a irbesartana (- 7,4 mm Hg; p=0,087). A redução da PAS na MAPA obtida com olmesartana (-12,5 mm Hg)
foi significativamente maior do que as reduções com losartana potássica e valsartana (-9,0 e -8,1 mm Hg,
respectivamente) e equivalente à redução obtida com irbesartana (-11,3 mm Hg). Uma revisão de eficácia com
base no alcance das metas de PA revelou que 32,4% dos pacientes do grupo da olmesartana medoxomila
alcançou a meta de PA<140/90 mm Hg e 12,5% alcançou a meta mais rigorosa de PA<130/85 mm Hg. Esses
resultados são, respectivamente, de duas a quatro vezes maiores do que os obtidos com a losartana potássica e
valsartana.
Em outro estudo, pacientes com hipertensão leve a moderada foram distribuídos para receber a dose inicial de
olmesartana medoxomila 20 mg/dia (n= 293) ou de candesartana cilexetila 8 mg/dia (n= 311). Na oitava semana
de tratamento, as reduções da PA média pela MAPA em 24 horas com a olmesartana medoxomila
[-9,1 mm Hg (PAD) e -12,7 mm Hg (PAS)] foram superiores às da candesartana [-7,7 mm Hg (PAD) e - 11,0
mm Hg (PAS)]. Houve significância estatística na redução da PAD média em 24 horas em favor da olmesartana
medoxomila (p= 0,0143).
Em outra comparação entre olmesartana medoxomila 40 mg, losartana potássica 100 mg, valsartana 160 mg e
placebo (8 semanas de tratamento), o decréscimo na PAD casual foi significativamente maior com olmesartana
medoxomila comparado à losartana potássica e à valsartana. A eficácia da olmesartana medoxomila na redução
da PAS foi estatisticamente superior à da valsartana (reduções de -16,2 mm Hg e -13,2 mm Hg,
respectivamente).
Na comparação com besilato de anlodipino e placebo (oito semanas de tratamento, n=397), a redução na PAD
casual além do efeito do placebo foi de 7,2 mm Hg para olmesartana medoxomila (20 mg) e 6,5 mm Hg para
besilato de anlodipino (5 mg/dia). A porcentagem de pacientes que alcançaram as metas mais exigentes
(PA130/85 mm Hg na MAPA) foi significativamente superior no grupo tratado com olmesartana medoxomila
(PAD = 48% e PAS = 33,9%) em comparação àqueles tratados com o besilato de anlodipino [PAD = 34,3% (p =
0,01) e PAS = 17,4% (p 0,001)].
A olmesartana medoxomila, substância ativa de Olmetec®, é descrita quimicamente como 2,3-diidroxi-2-
butenil-4-(1-hidroxi-1-metiletil)-2-propil-1-[p-(o-1H-tetrazol-5-il-fenil)benzil]imidazol-5-carboxilato,2,3
carbonato cíclico. Sua fórmula empírica é C29H30N606.
Trata-se de um pró-fármaco que, durante a absorção pelo trato gastrintestinal, é hidrolisado para olmesartana, o
composto biologicamente ativo. É um antagonista seletivo do receptor de angiotensina II subtipo AT1.
A angiotensina II é formada a partir da angiotensina I em uma reação catalisada pela enzima conversora da
angiotensina (ECA, cininase II). A angiotensina II é o principal agente pressórico do sistema renina-
angiotensina, com efeitos que incluem vasoconstrição, estimulação da síntese e liberação de aldosterona,
estimulação cardíaca e reabsorção renal de sódio. A olmesartana liga-se de forma competitiva e seletiva ao
receptor AT1 e impede os efeitos vasoconstritores da angiotensina II, bloqueando seletivamente sua ligação ao
receptor AT1 no músculo liso vascular. Sua ação é independente da via de síntese da angiotensina II.
O bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II inibe o feedback negativo regulador sobre a secreção de renina,
entretanto, o aumento resultante na atividade de renina plasmática e nos níveis de angiotensina II circulante não
suprime o efeito da olmesartana sobre a pressão arterial.
Não é esperado o aparecimento de tosse devido à alteração da resposta à bradicinina pelo fato da olmesartana
medoxomila não inibir a ECA.
Receptores AT2 também são encontrados em outros tecidos, mas se desconhece a sua associação com a
homeostasia cardiovascular. A olmesartana tem uma afinidade 12.500 vezes superior ao receptor AT1 quando
comparada ao receptor AT2.
Farmacocinética
Absorção, distribuição, metabolismo e excreção: a olmesartana medoxomila é rápida e completamente
bioativada por hidrólise do éster para a olmesartana durante a absorção pelo trato gastrintestinal. Parece ser
eliminada de maneira bifásica, com uma meia-vida de eliminação de seis a 15 horas. A farmacocinética da
olmesartana é linear após doses orais únicas e doses orais múltiplas maiores do que as doses terapêuticas. Os
níveis no estado de equilíbrio são atingidos após as primeiras doses, e não ocorre nenhum acúmulo no plasma
com a administração única diária.
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Após a administração, a biodisponibilidade absoluta da olmesartana é de aproximadamente 26%. A concentração
plasmática máxima (Cmax) após a administração oral é atingida depois de aproximadamente 2 horas. Os
alimentos não afetam a biodisponibilidade da olmesartana.
Após a rápida e completa conversão da olmesartana medoxomila em olmesartana durante a absorção, não há,
virtualmente nenhum metabolismo adicional. O clearance plasmático total é de 1,3 l/h, com um clearance renal
de 0,5-0,7 l/h. Aproximadamente de, 30% a 50% da dose absorvida é recuperada na urina, enquanto o restante é
eliminado nas fezes; por intermédio da bile.
O volume de distribuição é de 16-29 litros. Possui alta ligação a proteínas plasmáticas (99%) e não penetra nos
glóbulos vermelhos. A ligação proteica é constante mesmo com concentrações plasmáticas de olmesartana muito
acima da faixa atingida com as doses recomendadas.
Estudos em ratos mostraram que a olmesartana atravessa a barreira hematoencefálica em quantidade mínima e
pela barreira placentária, alcança o feto. É detectada no leite materno em níveis baixos.
Populações especiais
Pediatria: a farmacocinética da olmesartana não foi investigada em pacientes menores de 18 anos.
Geriatria: a farmacocinética da olmesartana foi estudada em idosos com 65 anos ou mais. Em geral, as
concentrações plasmáticas máximas foram similares entre os adultos jovens e os idosos. Em idosos foi
observado um pequeno acúmulo com a administração de doses repetidas (a ASCss-foi 33% maior em pacientes
idosos, correspondendo a aproximadamente 30% de redução no clearance renal).
Sexo: foram observadas diferenças mínimas na farmacocinética de olmesartana nas mulheres em comparação
aos homens. A ASC e Cmax foram de 10 a 15% maiores nas mulheres do que nos homens avaliados.
Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal, as concentrações séricas de olmesartana foram
elevadas, quando comparadas a indivíduos com função renal normal. Em pacientes com insuficiência renal grave
(clearance de creatinina < 20 ml/min), a ASC foi aproximadamente triplicada após doses repetidas. A
farmacocinética de olmesartana em pacientes sob hemodiálise ainda não foi estudada.
Insuficiência hepática: em comparação a voluntários sadios, observou-se um aumento de aproximadamente
48% em ASC0-em pacientes com insuficiência hepática moderada e, em comparação aos controles
equivalentes, observou-se aumento na ASC0-de cerca de 60%.
Pacientes utilizando sequestradores de ácidos biliares: a administração concomitante de 40 mg de
olmesartana medoxomila e 3750mg de colesevelam em pacientes saudáveis resultou em 28% de redução do
Cmax e 39% de redução da AUC da olmesartana. Efeitos mais brandos, 4% e 15% de redução em Cmax e AUC
respetivamente, foi observado quando a olmesartana é administrada 4 horas antes do colesevelam.
Farmacodinâmica
Doses de 2,5 a 40 mg de olmesartana medoxomila inibem o efeito pressórico da infusão de angiotensina I. A
duração do efeito inibitório está relacionada com a dose. Com doses maiores que 40 mg obtêm-se mais de 90%
de inibição em 24 horas. As concentrações plasmáticas de angiotensina I, angiotensina II e a atividade de renina
plasmática aumentaram após a administração única e repetida de olmesartana medoxomila a indivíduos sadios e
pacientes hipertensos. A administração repetida de até 80 mg teve influência mínima sobre os níveis de
aldosterona e nenhum efeito sobre o potássio sérico.
Olmetec® é contraindicado a pacientes hipersensíveis aos componentes da fórmula e durante a gravidez.
A coadministração de Olmetec®
e alisquireno é contraindicada em pacientes com diabetes (vide item 6.
Interações Medicamentosas).
O uso de drogas que agem diretamente no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestres de
gravidez foi associado com dano fetal e até morte.
Pacientes do sexo feminino em idade fértil devem ser informadas sobre as consequências da exposição a esses
fármacos durante esses trimestres de gravidez e devem ser orientadas a relatar a ocorrência de gravidez
imediatamente. Quando for diagnosticada a gravidez, Olmetec® deve ser descontinuado o mais breve possível, e
a medicação para a gestante deve ser substituída.
Não há experiência clínica de Olmetec® em mulheres grávidas.
Categoria de risco na gravidez: C (primeiro trimestre) Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
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Categoria de risco na gravidez: D (segundo e terceiro trimestres) Este medicamento não deve ser utilizado
por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente seu médico em caso
de suspeita de gravidez.
Gerais
Função renal: em pacientes cuja função renal possa depender da atividade do sistema renina-angiotensina-
aldosterona (por exemplo, pacientes com insuficiência cardíaca congestiva grave), o tratamento com drogas que
afetam esse sistema (inibidores da enzima conversora da angiotensina e antagonistas dos receptores de
angiotensina) é associado com oligúria e/ou azotemia e (raramente) insuficiência renal aguda. Resultados
similares podem ocorrer em pacientes tratados com olmesartana medoxomila.
Quando pacientes com estenose unilateral ou bilateral de artéria renal são tratados com drogas que afetam o
sistema renina-angiotensina-aldosterona há risco aumentado do desenvolvimento de insuficiência renal. Apesar
de não haver estudos relacionados ao uso prolongado de olmesartana medoxomila nesse grupo de pacientes,
resultados semelhantes podem ser esperados.
Hipotensão em pacientes com depleção de volume ou sal: em pacientes cujo sistema renina-angiotensina esteja
ativado, como aqueles com depleção de volume e/ou sal (por exemplo, pacientes em tratamento com doses altas
de diuréticos), pode ocorrer hipotensão sintomática após o início do tratamento com Olmetec®.
Enteropatia semelhante à doença celíaca: Foi reportada diarreia crônica severa em pacientes tomando
olmesartana medoxomila meses ou anos após o início do tratamento. Biopsias intestinais de pacientes
frequentemente revelaram atrofia das vilosidades. Se o paciente apresentar esses sintomas durante o tratamento
com olmesartana medoxomila considere descontinuar o tratamento em casos em que nenhuma outra etiologia é
identificada.
Estudos Clínicos: Dados de um estudo clínico controlado – ROADMAP (Randomised Olmesartan And Diabetes
Microalbuminuria Prevention) - e de um estudo epidemiológico conduzido nos EUA sugeriram que altas doses
de olmesartana podem aumentar o risco cardiovascular em pacientes diabéticos, mas os dados gerais não são
conclusivos.
O estudo clínico ROADMAP incluiu 4447 pacientes com diabetes tipo 2, normoalbuminúricos e com pelo
menos um risco cardiovascular adicional. Os pacientes foram randomizados com olmesartana 40mg, uma vez ao
dia, ou placebo. O estudo alcançou seu desfecho primário, o aumento no tempo para o início de
microalbuminúria. Para os desfechos secundários, os quais o estudo não foi desenhado para avaliar formalmente,
eventos cardiovasculares ocorreram em 96 pacientes (4,3%) com olmesartana e em 94 pacientes (4,2%) com
placebo. A incidência de mortalidade cardiovascular foi maior com olmesartana comparada com o tratamento
utilizando placebo (15 pacientes [0,67%] vs. 3 pacientes [0,14%] [HR=4,94, IC 95% = 1,43-17,06]), mas o risco
para infarto do miocárdio não fatal foi menor com olmesartana (HR 0,64, IC 95% =0,35, 1,18).
O estudo epidemiológico incluiu pacientes com 65 anos ou mais, com exposição geral de >300.000 pacientes por
ano. No subgrupo de pacientes diabéticos recebendo altas doses de olmesartana (40mg/dia) por 6 meses ou mais,
houve um aumento no risco de morte (HR 2,0, IC 95% = 1,1, 3,8) em comparação aos pacientes que receberam
outros bloqueadores do receptor de angiotensina. Por outro lado, o uso de altas doses de olmesartana em
pacientes não diabéticos está associado a um menor risco de morte (HR 0,46, IC 95% = 0,24, 0,86) comparado a
pacientes em condições semelhantes tomando outros bloqueadores do receptor de angiotensina. Não foi
observada diferença entre os grupos que receberam doses inferiores de olmesartana em comparação com outros
bloqueadores do receptor de angiotensina ou entre os grupos que receberam a terapia por menos de 6 meses.
Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da fertilidade
Estudos em animais demonstraram que a olmesartana medoxomila não é um agente carcinogênico.
A olmesartana medoxomila não se mostrou clastogênica nem mutagênica in vivo (teste de micronúcleo em
camundongos e teste de reparo de DNA não programado em ratos). A avaliação dos estudos in vitro com
olmesartana e olmesartana medoxomila não revelou nenhum risco clinicamente significativo de mutagenicidade.
A fertilidade em ratos não foi afetada pela administração de olmesartana medoxomila.
Uso durante a lactação
A olmesartana é secretada em concentração baixa no leite de ratas lactantes, mas não se sabe se é excretada no
leite humano. Devido ao potencial para eventos adversos sobre o lactente, cabe ao médico decidir entre
interromper a amamentação ou o uso da olmesartana medoxomila, levando em conta a importância do
medicamento para a mãe.
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Uso pediátrico: a eficácia e a segurança da olmesartana medoxomila não foram estabelecidas em pacientes
menores de 18 anos.
Uso geriátrico: do número total de pacientes hipertensos tratados com Olmetec® em estudos clínicos, mais de
20% tinham 65 anos de idade ou mais, enquanto que mais de 5% tinham 75 anos de idade ou mais. Nenhuma
diferença geral na eficácia ou na segurança foi observada entre pacientes idosos e os mais jovens. Outras
experiências clínicas relatadas não identificaram diferenças nas respostas entre os idosos e os pacientes mais
jovens, porém uma sensibilidade maior de alguns indivíduos não pode ser excluída.
Nenhuma interação medicamentosa significativa foi relatada em estudos nos quais a olmesartana medoxomila foi
coadministrada com digoxina ou varfarina em voluntários sadios. A biodisponibilidade da olmesartana não foi
significativamente alterada pela coadministração de antiácidos (hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio).
A olmesartana medoxomila não é metabolizada pelo sistema do citocromo P450 e não tem nenhum efeito sobre
as enzimas P450. Assim, não são esperadas interações com fármacos que inibem, induzem ou são metabolizados
por essas enzimas.
- lítio: foi relatado aumento nas concentrações de lítio sérico e toxicidade ocasionada por lítio durante o uso
concomitante com bloqueadores dos receptores de angiotensina II, incluindo olmesartana. Aconselha-se o
monitoramento do lítio sérico durante o uso concomitante.
- bloqueio duplo do sistema renina angiotensina (SRA): o bloqueio duplo do sistema renina angiotensina com o
uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II, inibidores da ECA e alisquireno está associado a maior
risco de hipotensão, hiperpotassemia e alterações na função renal (incluindo insuficiência renal aguda)
comparado à monoterapia. Aconselha-se o monitoramento da pressão arterial, função renal e eletrólitos em
pacientes sendo tratados com olmesartana ou outros medicamentos que afetam o sistema renina angiotensina.
- alisquireno: não coadministrar o alisquireno com olmesartana medoxomila em pacientes diabéticos. O uso
concomitante foi associado a um aumento no risco de hipotensão, hipercalemia, e alterações na função renal
(incluindo insuficiência renal aguda).
- anti-inflamatórios não esteroidais(AINES): bloqueadores do receptor de angiotensina II(BRA) podem agir
sinergicamente com AINES e reduzir a filtração glomerular. O uso concomitante desses medicamentos pode
levar a um maior risco de piora da função renal. Adicionalmente , o efeito anti-hipertensivo dos BRAs, incluindo
a olmesartana, pode ser atenuado pelos AINES, inclusive inibidores seletivos da COX-2.
- colesevelam: uso concomitante com o sequestrador do ácidos biliares, colesevelam reduz a exposição
sistêmica e concentração de pico plasmático da olmesartana.
A administração de olmesartana por no mínimo 4 horas antes do colesevelam reduz a interação medicamentosa.
7. CUIDADOS DE ARMZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Olmetec® deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e da umidade e
pode ser utilizado por 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características organolépticas:
Olmetec® 20 mg: comprimidos revestidos brancos, redondos, biconvexos, com diâmetro de aproximadamente
8,5 mm, com a inscrição C14 em baixo relevo em uma das faces.
Olmetec® 40 mg: comprimidos revestidos brancos, ovais, biconvexos, aproximadamente 15 e 7 mm, com a
inscrição “C15” em baixo relevo, em uma das faces.
Normalmente, a dose inicial recomendada de Olmetec® é de 20 mg uma vez ao dia, quando usado como
monoterapia. Para pacientes que necessitam de redução adicional da pressão arterial, a dose pode ser aumentada
para até 40 mg uma vez ao dia. Doses acima de 40 mg não aparentaram ter efeito superior. Os pacientes devem
engolir o comprimido inteiro com um pouco de água potável. O início do efeito anti-hipertensivo usualmente se
manifesta dentro de uma semana e a redução máxima da pressão arterial em geral é obtida com duas a quatro
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semanas de tratamento com Olmetec®. Nenhum ajuste da dose inicial é necessário para idosos, pacientes com
insuficiência renal leve a moderada ou com disfunção hepática leve a moderada. Para pacientes com possível
depleção de volume intravascular (por exemplo: pacientes tratados com diuréticos, particularmente aqueles com
função renal diminuída), insuficiência renal grave (CLCR40 ml/min) ou insuficiência hepática grave, o
tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa supervisão e uma dose inicial inferior deve ser considerada.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Nos diversos estudos realizados o tratamento com Olmetec® foi bem tolerado, com uma incidência de eventos
adversos similar à do placebo. Os eventos geralmente foram leves, transitórios e não tinham nenhuma relação
com a dose de olmesartana medoxomila. A frequência geral de eventos adversos não teve nenhuma relação com
a dose administrada. O evento adverso mais frequente (>1/100 e < 1/10) foi tontura. Após a comercialização de
Olmetec®, muito raramente (incidência < 1/10000) foram relatados:
Aparelho digestório: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, enteropatia semelhante à doença celíaca e
aumento das enzimas hepáticas;
Sistema respiratório: tosse;
Sistema urinário: insuficiência renal aguda, aumento dos níveis de creatinina sérica;
Pele e apêndices: rash cutâneo, prurido, edema angioneurótico e edema periférico;
Inespecífico: cefaleia, mialgia, astenia, fadiga, letargia, indisposição e reação anafilática.
Metabólico/nutricional: hiperpotassemia.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.