Bula do Omniscan produzido pelo laboratorio ge Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Medico-Hospitalares Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
OMNISCAN®
GE Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Médico-
hospitalares LTDA.
Forma Farmacêutica: Solução Injetável
Concentração: Gadodiamida 0,5 mmol/mL
MODELO DE BULA – INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
gadodiamida 0,5 mmol/mL
APRESENTAÇÕES
Solução injetável em frasco-ampola de 10, 15 ou 20 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução contém 287 mg de gadodiamida (equivalente a 0,5 mmol).
Excipientes: caldiamida sódica e água para injeção.
O pH da solução (6,0 - 7,0) é ajustado com ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio.
Não contém conservante antimicrobiano.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Esse produto farmacêutico é indicado somente para uso diagnóstico.
Meio de contraste para imagem por ressonância magnética (RM) do crânio e coluna
vertebral e para RM geral do corpo incluindo cabeça e pescoço, espaço torácico incluindo
coração, extremidades, abdome e pelve (próstata e bexiga), mama, abdome (pâncreas e
fígado), espaço retroperitoneal (rim), sistema musculoesquelético e vasos (angiografia)
por administração intravenosa. O produto facilita a visualização de estruturas anormais ou
lesões em diversas partes do corpo e ajuda na diferenciação entre tecido saudável e
patológico.
Sistema nervoso central (SNC)
Em estudos clínicos iniciais com 439 adultos, OMNISCAN 0,1 mmol/kg foi av aliado e
mostrou-se útil em fornecer realce da imagem por ressonância magnética do SNC em
adultos.
Outros cinco estudos comparativos, utilizando a dose de 0,1 mmol/kg de OMNISCAN,
foram realizados em indivíduos adultos com lesões conhecidas ou suspeitas n o SNC.
OMNISCAN proporcionou realce de contraste na maioria dos indivíduos com achados
anormais. O realce do contraste, nesses casos, melhorou o delineamento da borda da
lesão, conspicuidade da lesão, a visualização de lesões internas e a definição do tum or
versus edema, em um elevado número de indivíduos (81%, 83%, 78% e 62% dos
indivíduos, respectivamente). Portanto, o realce de contraste auxiliou no processo
diagnóstico por proporcionar o diagnóstico em 23% dos indivíduos, alterar o diagnóstico
em 28%, facilitar o diagnóstico em 72%, aumentar a confiança no diagnóstico em 86% e
auxiliar no tratamento em 70% dos individuos. Em alguns indivíduos com estruturas
anormais, a ausência de realce de contraste auxiliou o diagnóstico por exclusão de tumor
ou outras anormalidades. Na maioria dos casos onde houve diferenças no número de
lesões observadas antes e após o uso do contraste, mais lesões foram detectadas após o
contraste, porém houve alguns casos em que mais lesões foram observadas antes do
contraste ou foram obscurecidas após o uso do contraste. Os resultados foram similares
para os três diferentes meios de contraste avaliados nestes cinco estudos em indivíduos
com lesões conhecidas ou suspeitas no SNC.
Não houve diferenças clinicamente relevantes entre OMNISCAN e os medicamentos de
controle, gadopentetato de dimeglumina e gadoterato de meglumina, na mesma dose.
Onze estudos clínicos comparativos foram realizados para documentar a segurança e a
eficácia do OMNISCAN com dose alta.
Cinco estudos foram especialmente desenhados para avaliar a eficácia e comparar a
utilidade diagnóstica da dose padrão e da dose alta do OMNISCAN. Seis estudos foram
desenhados principalmente para a avaliação da segurança da dose alta de OMNISCAN em
comparação com a dose padrão de OMNISCAN ou com 0,1 mmol/kg de gadopentetato de
dimeglumina.
Estes estudos comparativos entre a dose alta de OMNISCAN de 0,1 mmol/kg de
gadopentetato de dimeglumina não foram desenhados para mostrar diferenças na utilidade
diagnóstica. Entretanto parece que houve uma vantagem a favor da dose alta de
OMNISCAN uma vez que o diagnóstico foi modificado para 18 indivíduos (36%) com esta
dose e 14 indivíduos (28%) com o gadopentetato de dimeglumina em um dos estudos e
para 11 indivíduos (30%) com a dose alta de OMNISCAN e 13 indivíduos (26%) com o
gadopentetato de dimeglumina no outro estudo. Em um dos estudos, mais indivíduos que
receberam a dose alta de OMNISCAN tiveram mais informações diagnóstica pós -contraste
do que os que receberam gadopentetato de dime glumina, ao considerar apenas os
indivíduos com anormalidades (p = 0,043). Para outros parâmetros de eficácia, a dose alta
de OMNISCAN e o gadopentetato de dimeglumina produziram resultados
significativamente melhores após o contraste comparados aos result ados antes do
contraste, mas não houve diferença entre os dois meios de contraste.
OMNISCAN foi avaliado em dois estudos duplo -cegos, paralelos, com grupo comparador
com gadopentetato de dimeglumina, em um total de 173 crianças encaminhadas para RM
do SNC. As crianças receberam OMNISCAN ou o gadopentetato de dimeglumina em uma
dose única de 0,1 mmol/kg. OMNISCAN foi administrado em 84 crianças (45 meninos e
39 meninas) com idade média de 8,9 (2 -18) anos, sendo 92% caucasianas, 7% negras e 1%
de outras raças. As características demográficas eram semelhantes para as 89 crianças que
receberam gadopentetato de dimeglumina. Os resultados da RM após o uso de contraste
mostraram que a adição de informação diagnóstica, a confiança diagnóstica e as
informações novas para o manejo do paciente foram fornecidas em aproximadamente 76%,
67% e 52%, respectivamente, das crianças que receberam OMNISCAN. Estes achados
foram semelhantes aos observados com gadopentetato de dimeglumina. TC ou exame
histopatológico foram realizados em 70 (42%) das 173 crianças que receberam
OMNISCAN e gadopentetato de dimeglumina. Em 69 delas (98,6%), os achados foram
confirmados.
OMNISCAN como uma dose única de 0,1 mmol/kg foi avaliado em 7 pacientes pediátricos
com idade média de 8,9 (2-18) anos encaminhados para RM do SNC. A RM após o
contraste forneceu informação diagnóstica adicional e informação nova para a conduta do
paciente em 76%, 67% e 52% respectivamente dos pacientes pediátricos.
Corpo (intratorácico [não cardíaco], intra -abdominal, pélvico e retroperitoneal)
Dezoito estudos foram realizados para avaliar a eficácia e segurança de OMNISCAN em
várias áreas do corpo. Destes, 16 foram realizados em indivíduos adultos.
Três estudos foram conduzidos em 167 indivíduos com lesões de cabeça e pescoço, dois
estudos foram realizados em 149 indivíduos com lesões nas extremidades, três estudos em
126 indivíduos com lesões no abdômen ou na pelve, e quatro estudos em 486 indivíduos
com lesões mamárias. Finalmente, dois estudos foram realizados em 330 indivíduos com
lesões localizadas em várias áreas do corpo, incluindo músculo -esquelético e fígado,
enquanto dois estudos foram realizados em 120 indivíduos submetidos à angiografia.
Um total de 1378 indivíduos adultos foi recrutado nestes estudos, 1378 e 1329 foram
avaliados para segurança e eficácia, respectivamente.
Dos 1378 indivíduos tratados, isto é, avaliados quanto à segurança, 459, 169 e 669
receberam OMNISCAN na dose de 0,1, 0,2 e 0,3 mmol Gd/kg, respectivamente, e 81
pacientes receberam a dose de 0,2 mmol Gd/kg de gadopentetato de
dimeglumina,respectivamente].
OMNISCAN, administrado na dose de 0,3 mmolkg em indivíduos submetidos a exames de
RM em várias áreas do corpo [mama, abdômen, espaço retroperitonial, pelve e sistema
musculoesquelético], mostrou-se efetivo em todos os parâmetros analisados. Entretanto, a
eficácia avaliada em diferentes áreas do corpo apresentou alguma variação. O realce de
contraste foi obtido em 88-100% dos indivíduos nas cinco áreas do corpo avaliadas. A
porcentagem de indivíduos com lesões detectadas pós -contraste foi de 93, 97, 100, 100 e
93% dos indivíduos com lesões detectadas em qualquer exame pré ou pós contraste, para
as cinco áreas do corpo, respectivamente. Dezenove, 20, 12, 58 e 5% dos indivíduos
tiveram detecção aumentada de lesões com preenchimento discreto do espaço pós -
contraste, respectivamente, para as cinco áreas do corpo. As porcentagens de indivíduos
com uma taxa menor de detecção após o uso do contraste foram de 0, 9, 2, 0 e 0%. Após o
uso do contraste observou-se valor diagnóstico adicional em 94, 70, 90, 42 e 81% dos
indivíduos, mudança de diagnóstico em 13, 4, 7, 0 e 13% e informações novas que
afetaram a conduta em 44, 41, 54, 15 e 46% dos indivíduos, respectivamente, para as
cinco áreas do corpo avaliadas.
Em dois estudos não comparativos de várias partes do corpo, houve o aumento da
qualidade de delineamento e da confiança do diagnóstico após o uso do OMNISCAN em
uma proporção estatisticamente significante dos indivíduos [p <0,001]. Para ambos o s
estudos houve uma diferença estatisticamente significante entre a proporção de indivíduos
com uma melhora na confiança do diagnóstico antes do contraste e depois do contraste e a
proporção de indivíduos com um nível de confiança diagnóstica diminuída. O diagnóstico
pós-contraste foi consistente com informação confirmatória de 95% e 90% dos indivíduos
para os quais a informação confirmatória estava disponível.
OMNISCAN é um meio de contraste paramagnético não -iônico com as seguintes
propriedades físico-químicas:
Osmolalidade (mOsm/kg água) a 37º C 780
Viscosidade (mPa.s) a 20º C
a 37º C
2,8
1,9
Densidade a 20º C (kg/L) 1,15
Relaxividade molar
r1(mM-1
s-1
) a 20 MHz a 37o
C
) a 10 MHz a 37o
r2(mM-1
3,9
4,6
5,1
pH 6,0 a 7,0
A gadodiamida é livremente hidrossolúvel.
Propriedades farmacodinâmicas
OMNISCAN é um meio de contraste paramagnético para uso em imagem por ressonância
magnética (RM).
OMNISCAN contém gadodiamida que afeta, principalmente, o tempo de relaxamento T 1
dos prótons. Após injeção intravenosa, isso leva à intensidade aumentada do sinal e,
consequentemente, realce pelo contraste em avaliações utilizando a RM. Na faixa de
potências de campo investigadas, de 0,15 a 1,5 Tesla, constatou -se que o contraste
relativo de imagem foi independente da potência de campo aplicada.
OMNISCAN proporciona realce do contraste e facilita a visualização de estruturas
anormais ou lesões em diversas partes do corpo incluindo o sistema nervoso central
(SNC).
OMNISCAN não atravessa a barreira hematoencefálica intacta. Em casos de disfunção da
barreira hematoencefálica, a administração de OMNISCAN pode levar a intensificação da
visualização de alterações patológicas e lesões com vascularidade anormal (ou aquelas
supostas de causar anormalidades na barreira hematoencefálica) no tecido cerebral (lesões
intracranianas), da medula espinhal e outros associados, assim como lesões nas cavidades
torácica, pélvica e espaço retroperitoneal. OMNISCAN também melhora o delineamento
tumoral, determinando, assim, a extensão da infiltração. OMNISCAN não se acumula no
cérebro normal ou em lesões que não apresentem vascularidade anormal. (ex. cistos,
cicatrizes maduras pós-operatórias). O incremento no sinal não é visto em todos os tipos
de processos patológicos, por ex., alguns tipos de malignidades de baixo grau ou placas
MS inativas não são contrastadas. OMNISCAN pode, assim, ser utilizado para o
diagnóstico diferencial entre tecidos sadios e patológicos, diferentes estruturas
patológicas e na diferenciação entre tumor e recorrência de tumor e tecido cicatricial após
tratamento.
Os estudos de farmacologia de segurança em cães e ratos demonstraram que OMNISCAN
não tem efeitos significativos sobre o sistema cardiovascular. Estudos in vitro
demonstraram nenhum efeito ou efeito insignificante sobre a liberação de histamina dos
mastócitos, na ativação de fatores do complemento do soro humano, na atividade da
colinesterase eritrocitária humana, na atividade da lisozima, na fragilidade e morfologia
dos eritrócitos humanos, e na tensão dos vasos sanguíneos de bovinos isolados. Não há
evidências de antigenicidade em teste cutâneo em cobaias.
Estudos farmacocinéticos em várias espécies animais demonstraram que OMNISCAN é
rapidamente distribuído no volume extracelular, e quantitativamente excretado pelos rins
por filtração glomerular. As meia -vidas de eliminação no homem e no macaco são
semelhantes. O volume de distribuição calculado é de aproximadamente 25% do tamanho
do corpo.
Estudos toxicológicos demonstraram uma tolerância aguda alta do OMNISCAN, a DL 50
aproximada em camundongos foi > 30 mmol / kg. Um achado comum após dose única alta
ou doses repetidas foi vacuolização tubular proximal, que foi reversível, e não foi
associada com função renal alterada. OMNISCAN não é irritante após a administração
intravenosa, intra-arterial, paravenosa, subcutânea e intramuscular, ou quando aplicado
sobre a pele ou os olhos.
Propriedades farmacocinéticas
A gadodiamida é um complexo de gadolínio quelado não iônico distribuído para o fluido
extracelular. A gadodiamida está intimamente relacionada a outro meio de contraste
contendo gadolínio, o gadopentetato. Estes compostos desenvolvem um momento
magnético quando colocados num campo magnético que pode aumentar a taxa de
relaxamento dos prótons da água nas proximidades do agente paramagnético. Na
ressonância magnética (RM), a visualização do tecido cerebral normal e patológico
depende de variações na intensidade do sinal de radiofrequência que ocorrem com: 1)
mudanças na densidade de prótons; 2) alteração do spin -lattice ou do tempo de
relaxamento longitudinal (T1) e 3) variação do spin-spin ou tempo de relaxamento
transversal (T2). Os meios de contraste contendo gadolíneo diminuem os tempos de
relaxamento T1 e T2 nos tecidos onde se acumulam.
Os agentes de contraste paramagnéticos como OMNISCAN podem prejudicar a
visualização de lesões que são observadas em RM sem contraste. Isto pode s er devido aos
efeitos do agente de contraste paramagnético, ou dos parâmetros da imagem. Tenha
cuidado quando exames de RM com OMNISCAN são interpretados na ausência de um
exame de RM sem contraste.
Os meios de contraste contendo gadolíneo não atravessam a barreira hematoencefálica
normal ou barreira placentária. No entanto, o rompimento da barreira hematoencefálica ou
vascularização anormal permite ao acúmulo de meios de contraste em lesões como
neoplasias, abscessos e infartos subagudos.
Nos tecidos fora do SNC, o endotélio vascular é facilmente permeável à gadodiamida que,
consequentemente, se distribui rapidamente no fluido extracelular. A concentração de
gadodiamida em vários tecidos irá refletir principalmente na visualização e no volume do
espaço extracelular. Tumores e alterações inflamatórias a ltamente visualizados devem
mostrar uma maior realce do que o tecido circundante. A distribuição no fluido
extracelular nos tecidos fora do SNC torna o OMNISCAN adequado como meio de
contraste para exames de RM do corpo todo, já que sua distribuição é razoavelmente igual
em todas as áreas do corpo com retenção ou captação não específica para células ou
órgãos. A dose ideal absoluta de um meio de contraste paramagnético como a
gadodiamida, é contudo, muito dependente da lesão a ser detectada, do fluxo sanguíneo,
do fluxo sanguíneo no tecido circundante e das seqüências e campo de força da máquina
de RM. Os estudos clínicos demonstram que a dose padrão fornece diagnóstico adequado
em todas as áreas do corpo, mas a tendência observada em alguns dos estudos indica que
doses altas podem fornecer informações adicionais que contribuem para o diagnóstico
completo. Os resultados dos estudos de dose -resposta indicam que há diferenças mínimas
entre as doses ótimas para as várias áreas do corpo/tipos de lesões, e que estas diferenças
podem ser difíceis de detectar em estudos de dose -reposta de tamanho razoável.
A farmacocinética da gadodiamida administrada por via intravenosa em indivíduos
normais está de acordo com um modelo aberto, de dois compartimentos, com distribuição
média e meia-vida de eliminação (apresentadas como média ± DP) de 3,7 ± 2,7 minutos e
77,8 ± 16 minutos, respectivamente. A gadodiamida é eliminada principalmente pela urina
com 95,4 ± 5,5% (média ± DP) da dose administrada eliminada em 24 horas. As taxas de
depuração renal e plasmática da gadodiamida são quase idênticas (1,7 e 1,8 mL / min / kg,
respectivamente), e são semelhantes ao de substâncias excretadas principalmente por
filtração glomerular. O volume de distribuição da gadodiamida (200 ± 61 mL / kg) é
equivalente ao da água extracelular. A gadodiamida não se liga a proteínas séricas
humanas in vitro. Estudos farmacocinéticos e farmacodinâmicos não tem sido
sistematicamente conduzidos para determi nar a dose ideal e o tempo de imagem em
pacientes com função renal anormal ou insuficiência renal, nos idosos, ou em pacientes
pediátricos com função renal imatura.
OMNISCAN não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilida de conhecida
à gadodiamida ou a quaisquer de seus componentes. A gadodiamida é contraindicada
em pacientes portadores de insuficiência renal grave (TFG < 30 mL/min/1,73m 2
),
naqueles que foram submetidos a transplante de fígado e em recém -nascidos até 4
semanas, uma vez que aumenta o risco de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN).
Todos os pacientes devem ser submetidos a exames de laboratório para
avaliação da função renal antes da administração de OMNISCAN.
Precauções
Hipersensibilidade
Reações alergóides e outras reações idiossincrásicas que podem ocorrer com
todos os meios de contraste de aplicação intravenosa, também podem ocorrer
com OMNISCAN e podem se manifestar na forma de reações cardiovasculares,
respiratórias e cutâneas até choque. A maioria dessas reações ocorre dentro de
30 minutos após a administração do meio contraste. Em raras ocasiões, podem
ocorrer reações tardias (após horas ou dias), da mesma forma que com outros
meios de contraste da mesma classe.
Se reações de hipersensibilidade ocorrerem, a administração do meio de
contraste deve ser interrompida imediatamente. A fim de garantir ação imediata
em casos de emergências, as medicações e os equipamentos necessários para
suporte à intubação e ventilação adequada devem estar disponíveis para o uso
imediato.
O risco de reações de hipersensibilidade está aumentado nos seguintes casos:
- Pacientes com predisposição a alergias
- Pacientes com asma brônquica; nesses pacientes, o risco de broncospasmo é
especialmente aumentado
- Pacientes com história de reações graves a agentes de contraste
Pacientes com disfunção renal
Antes da administração de OMNISCAN, todos os pacientes devem ser avaliados para
disfunção renal através de exames laboratoriais.
Tem-se relatos de fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) associada com o uso de
OMNISCAN e alguns outros agentes de contraste baseados em gadolínio em pacientes
com insuficiência renal aguda ou crônica (TFG < 30 mL/min/1,73m 2
). Pacientes que se
submetem a transplante de fígado estão, particularmente, em risco uma vez que a
incidência de falência renal aguda é elevada nesse grupo. Sendo assim, OMNISCAN
não deve ser utilizado em pacientes com comprometimento severo da função renal, em
pacientes no período pré-operatório de transplante hepático e em recém nascidos.
Para pacientes com comprometimento moderado da função renal (TFG 30 -59
mL/min/1,73m2
) OMNISCAN somente deve ser utilizado após cuidadosa avaliação do
risco/benefício, e sujeito a restrição de dose . A dose não deve ser mai or do que uma
injeção da dose mínima (0,1 mmol/kg) durante o exame e, quando a admnistração
repetida for necessária, deve haver um intervalo mínimo de 7 dias entre as
administrações.
A FSN pode resultar em fibrose fatal ou debilitante que afeta a pele, músculos e
órgãos internos.
Realizar a triagem dos pacientes com lesão renal aguda e outras condições que
possam reduzir a função renal. As características da lesão renal aguda consistem em
diminuição rápida (ao longo de hora horas a dias) e geralmente re versível da função
renal, no cenário de cirurgia, infecção grave, danos ou toxicidade renal induzida por
drogas. Os níveis séricos de creatinina e TFG estimada não podem avaliar com
segurança a função renal no contexto de lesão renal aguda. Para os pacient es em risco
para função renal reduzida crônica (por exemplo, idade> 60 anos, diabetes mellitus
ou hipertensão arterial crônica), estimar a TFG por testes laboratoriais.
Entre os fatores que podem aumentar o risco para FSN estão doses repetidas ou
superiores às recomendadas de agentes de contraste baseados em gadolíneo (GBCA) e
o grau de insuficiência renal no momento da exposição. Registre o GBCA específico e
a dose administrada ao paciente. Ao administrar OMNISCAN, não exceder a dose
recomendada e permitir um período de tempo suficiente para a eliminação da droga
antes de qualquer readministração.
A hemodiálise logo após a administração de OMNISCAN pode ser útil em remover o
produto do corpo. Não existem evidências para endossar o uso da hemodiálise par a
prevenção ou tratamento de FSN em pacientes que ainda não fazem uso de
hemodiálise.
Em pacientes com insuficiência renal, insuficiência renal aguda que necessite de
diálise ou agravamento da função renal ocorreu, principalmente, dentro de 48 horas
após a injeção de OMNISCAN. O risco de insuficiência renal pode aumentar com o
aumento da dose do gadolínio. Use a menor dose necessária de contraste e avalie a
função renal em pacientes com insuficiência renal. A insuficiência renal aguda foi
observada em <1% dos pacientes em estudos clínicos com OMNISCAN. O O MNISCAN
é eliminado por filtração glomerular. A hemodiálise também aumenta a depuração do
OMNISCAN.
Pacientes pediátricos
OMNISCAN é contraindicado em neonatos com até 4 semanas de idade.
Pacientes em uso de beta-bloqueadores
Deve-se lembrar que pacientes em uso de beta -bloqueadores não necessariamente
respondem aos beta-agonistas normalmente utilizados para o tratamento de reações
de hipersensibilidade.
Pacientes com doença cardiovascular
As reações de hipersensibilidade podem ser mais severas nesse grupo de pacientes.
Particularmente em pacientes com doenças cardíacas graves (ex. insuficiência
cardíaca grave, doença arterial coronariana), as reações cardiovasculares podem se
deteriorar.
Doenças do sistema nervoso central
Em pacientes portadores de epilepsia ou lesões cerebrais, a possibilidade de
convulsões durante o exame pode estar aumentada, de acordo com o que foi
raramente observado com outros meios de contraste da mesma classe. São
necessárias precauções quando do exame desses pacientes (ex. monitorização do
paciente) e os equipamentos e medicações necessários ao rápido tratamento de
possíveis convulsões devem estar disponíveis.
Pacientes idosos
Como a depuração renal da gadodiamida pode estar comprometida nos idosos, torna-
se especialmente importante a avaliação da função renal, antes da administração de
OMNISCAN, em pacientes com 65 anos de idade ou mais. Risco de função renal
cronicamente reduzida e desenvolvimento de fibrose sistêmica nefrog ênica fatal ou
debilitante.
Testes Laboratoriais
OMNISCAN interfere nas medições do cálcio sérico em alguns métodos
colorimétricos (complexométricos) usados comumente, resultando em
concentrações séricas de cálcio inferior aos valores verdadeiros. Nos pacientes
com função renal normal, este efeito dura por 12 -24 horas. Nos pacientes com
função renal diminuída, é esperado que a interferência com as medidas de cálcio
permaneça durante a eliminação prolongada do OMNISCAN. Alterações
assintomáticas transitórias do ferro sérico foram observadas. O significado
clínico é desconhecido. Se esses exames forem essenciais, é recomendado a
utilização de outros métodos..
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.
Pacientes ambulatoriais, enquanto dirigindo veículos ou operando máquinas,
devem ter conhecimento que, ocasionalmente, pode ocorrer náusea.
Gravidez e Lactação
Categoria de Risco: C
Não existem dados disponíveis do uso de OMNISCAN em mulheres grávidas. Estudos
animais mostraram toxicidade reprodutiva em doses altas e repetidas. OMNISCAN
não deve ser utilizado durante a gravidez a menos que a condição clínica da mulher
requeira o uso de gadodiamida.
Não se tem conhecimento se a gadodiamida é excretada no leite materno. Os dados
disponíveis em animais demonstraram a excreção de gadodiamida no leite. Não se
pode excluir o risco para a criança em amamentação. A amamentação deverá ser
interrompida por, pelo menos, 24 horas depois da administração de OMNISCAN. O
risco ao bebê não pode ser descartado.
Teratogenicidade / Efeitos na gravidez
Não se sabe se a gadodiamida atravessa a placenta. Não há dados clínicos suficientes
para estabelecer a segurança em geral da gadodiamida du rante a gravidez. Se
possível, o uso de gadodiamida durante a gravidez deve ser evitado. Não existem
estudos ou relatos de casos publicados sobre o uso de gadodiamida em mulheres
grávidas. Estudos em animais demonstraram que a gadodiamida, em dose 5 vezes a
dose humana recomendada aumenta, a incidência de anomalias fetais esqueléticas e
viscerais.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
Não há nenhuma interação conhecida.
Interações medicamentosas específicas não foram conduzidas.
OMNISCAN deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido
da luz. Não congelar.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde -o em sua embalagem
original.
OMNISCAN é uma solução aquosa estéril, l ímpida, incolor a amarelo pálido, pronta para
uso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Todos os pacientes devem ser avaliados quanto à sua função r enal através de exames
laboratoriais antes da administração do produto. OMNISCAN deve ser aspirado para
dentro da seringa imediatamente antes do uso. Os frascos -ampola devem ser usados em
apenas um paciente. O meio de contraste que restar de um exame deve ser descartado.
Para uso intravenoso: em adultos e crianças acima de 2 anos de idade, a dose necessária
deve ser administrada em uma injeção intravenosa única. Para garantir a injeção completa
de OMNISCAN, pode-se lavar o cateter intravenoso com solução fisiológica (NaCl) 0,9%
injetável após a injeção.
SNC
- Dose para adultos e crianças acima de 2 anos de idade
A dose recomendada é 0,1 mmol/kg de peso corporal (equivalente a 0,2 mL/kg) até 100
kg. Para peso corporal acima de 100 kg, 20 mL geralmente sã o suficientes para alcançar
contraste adequado ao diagnóstico.
- Apenas em adultos
Quando houver suspeita de metástases cerebrais, pode -se administrar uma dose cumulativa
de 0,3 mmol/kg de peso corporal (equivalente a 0,6 mL/kg ) até 100 kg. Para peso cop oral
acima de 100 kg, um total de 60 mL geralmente é suficiente Em pacientes com imagens
duvidosas após a administração de 0,1 mmol / kg de peso corporal, uma segunda injeção
de 0,2 mmol / kg de peso corporal (Equivalente a 0,4mL / kg) pode ser administrad o
dentro de 20 minutos após a primeira injeção .
Exame corporal total
- Dose para adultos
A dose recomendada geralmente é 0,1 mmol/kg de peso corporal (equivalente a 0,2
mL/kg) até 100 kg. Para um peso corporal acima de 100 kg, uma dose de 20 mL
geralmente é suficiente para alcançar contraste adequado ao diagnóstico. Se necessário,
0,2 mmol/kg de peso corporal (equivalente a 0,4 mL/kg de peso corporal) podem ser
administrado a adultos até 100 kg. Para peso corporal acima de 100 kg, uma dose de 60
mL é usualmente suficiente. Para a imagem do rim, a dose recomendada de OMNISCAN é
de 0,1 mL / kg (0,05 mmol / kg).
- Dose para crianças
A dose recomendada é 0,1mmol/kg de peso corporal (equivalente a 0,2mL/Kg peso
corporal). Para a imagem do rim, a dose recomend ada de OMNISCAN é de 0,1 mL / kg
(0,05 mmol / kg).
A avaliação por RM deve começar logo após a administração de OMNISCAN, de acordo
com as seqüências de pulso usadas e o protocolo para o exame. O realce ideal é observado
nos primeiros minutos após a injeção (o tempo depende do tipo lesão/tecido). A
contrastação, em geral, permanece por até 45 minutos após a administração do meio de
contraste. As seqüências de imageamento ponderadas em T 1 são particularmente
adequadas para os exames com realce por contraste com OMNISCAN.
Angiografia
A dose recomendada é 0,1 mmoL/kg de peso corporal (equivalente a 0,2 mL/kg). Nos
casos de estenose das artérias abdominais e ilíacas, mostrou -se que uma dose mais alta de
até 0,2 mmoL/kg (equivalente a 0,4mL/kg) fornece informações diagnósticas adicionais.
O imageamento deve ser realizado durante a primeira passagem do agente de contraste,
durante e imediatamente após a injeção, de acordo com o equipamento de ressonância
magnética usado, para obter o efeito de contraste.
Populações especiais
Pacientes com insuficiência renal
OMNISCAN é contraindicado em pacientes com comprometimento severo da função renal
(TFG < 30 mL/min/1,73m2) e em pacientes no período per -operatório de transplante de
fígado. Após cuidadosa avaliação do risco/benefício envolvido, OMNISCAN somente deve
ser usado em pacientes com comprometimento moderado da função renal (TFG 30 -59
mL/min/1,73m2
) na dose não superior a 0,1 mmol/kg de peso corporal (equivalente a 0,2
mL/kg). Não deve ser utilizada mais do que uma dose durante um exame. Em função da
falta de informação sobre a administração repetida, injeções de OMNISCAN não devem
ser repetidas a menos que o intervalo das injeções seja de, pelo menos, 7 dias.
Pacientes Pediátricos
Não se deve utilizar mais do que uma dose de 0,1 mmol/kg de peso corporal por exame em
paciente pediátricos. Em função da falta de informação sobre a administração repetida,
injeções de OMNISCAN não devem ser repetidas a menos que o intervalo das injeções
seja de, pelo menos, 7 dias.
Idosos (idade igual ou superior a 65 anos) : Não é necessário o ajuste de dose. Deve -se ter
cuidado em pacientes idosos.
Atenção
OMNISCAN não deve ser misturado diretamente com outras drogas. Devem -se usar uma
seringa e agulha separada. Os frascos-ampola destinam-se a apenas um paciente. Qualquer
volume não usado dever ser descartado.
Uso adulto
Em ensaios clínicos, 1160 pacientes foram expostos a OMNISCAN. Reações adversas
comuns (3% ou menos dos pacientes) e raras (1% ou menos dos pacientes) são
relatadas a seguir.
Reação comum (> 1 / 100 e <1 / 10): dor de cabeça, náuseas e tonturas.
Reação Incomum (> 1 / 1000 e <1 / 100): reação no local da injecção, vasodilatação;
hipersensibilidade incluindo reações a nafilactóides (caracterizada por sintomas
cardiovasculares, respiratórios e cutâneo), febre, ondas de calor , calafrios, fadiga,
mal estar, dor, síncope; parada cardíaca, arritmia rara e infarto do miocárdio,
resultando em morte em pacientes com doença isquêmica do coração, rubor, dor no
peito, tromboflebite profunda; convulsões, incluindo grande mal, ataxia, coordenação
anormal, parestesia, tremor, esclerose múltipla agravada (caracterizada por
distúrbios sensoriais e motores ), enxaqueca agravada, dor abdo minal, diarréia,
eructação, boca seca / vômitos, melena, zumbido, função hepática anormal; artralgia,
mialgia, rinite, dispnéia; prurido, erupção cutânea, eritema, aumento da sudorese,
urticária; perda do paladar, alteração do paladar ; insuficiência renal aguda
reversível; visão anormal.
Reações adversas tardias podem ocorrer de horas a dias após a administração de
OMNISCAN.
Alterações assintomáticas transitórias no ferro sérico foram relatadas com o uso de
gadodiamida. A relevância clínica deste efeito é desconhecida.
Uso pediátrico
Nos 97 pacientes pediátricos em estudos do SNC com OMNISCAN e os 144 pacientes
pediátricos publicados em literatura, as reações adversas foram semelhantes àquelas
relatadas em adultos.
Experiência Pós-Comercialização
Como as reações pós-comercialização são relatadas voluntariamente de uma
população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar com confiança sua
frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição da droga. As seguintes
reações adversas foram identificadas durante a pós-comercialização do OMNISCAN:
Doenças do Sistema Nervoso Central: o uso intratecal inadvertido (veja Advertências
e Precauções) provoca convulsões, coma, parestesia, paresia.
Desordens gerais: fibrose sistêmica nefrogênica (FS N).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
As consequências clínicas da superdosagem com OMNISCAN não foram reportadas. A
dose letal mínima de OMNISCAN administrada por via intravenosa em ratos e
camundongos é maior do que 20 mmol / kg (200 vezes a dose humana recomendada de 0,1
mmol / kg, 67 vezes a dose cumulat iva de 0,3 mmol / kg). OMNISCAN é dializável.
No caso de uma dose intravenosa excessiva em paciente com insuficiência renal,
OMNISCAN pode ser removido através de hemodiálise. Entretanto, não existe evidência
que a hemodiálise é adequada para a prevenção da fibrose sistêmica nefrogênica (FSN).
Não existe antídoto para este meio de contraste.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.