Bula do Orencia produzido pelo laboratorio Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Orencia
Pó Liofilizado para Solução Injetável 250 mg e Solução Injetável 125mg/mL
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 1
APRESENTAÇÃO
Administração Intravenosa:
ORENCIA pó liofilizado para infusão IV é apresentado em frasco-ampola de uso único embalado
individualmente, com uma seringa descartável sem silicone. O produto está disponível em um
frasco-ampola de 15 mL que contém 250 mg de abatacepte.
Administração subcutânea:
- Seringa preenchida com dispositivo BD UltraSafe Passive* e extensores de apoio
ORENCIA solução injetável para administração subcutânea é apresentado em seringas
preenchidas com dispositivo BD UltraSafe Passive e extensores de apoio, contendo 125 mg de
abatacepte em 1 mL. O produto está disponível em embalagem com 4 seringas.
USO INTRAVENOSO OU SUBCUTÂNEO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 6 ANOS
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 15 mL contém 250 mg de abatacepte e os seguintes excipientes: 500 mg
de maltose, 17,2 mg de fosfato de sódio monobásico monoidratado e 14,6 mg de cloreto de sódio.
Cada seringa preenchida com dispositivo BD UltraSafe Passive e extensores de apoio contém 1
mL de solução injetável fornecendo 125 mg de abatacepte, 170 mg de sacarose, 8 mg de
poloxâmer 188, 0,286 mg de fosfato de sódio monobásico monoidratado, 0,838 mg de fosfato de
sódio dibásico anidro e até 1 mL de água para injeção.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Artrite reumatoide Adulta (AR)
ORENCIA para administração intravenosa é indicado para a redução dos sinais e sintomas,
indução de resposta clínica principal, inibição da progressão do dano estrutural e melhora da
função física em pacientes adultos com artrite reumatoide1
de atividade moderada a grave.
ORENCIA pode ser usado como monoterapia ou em combinação com drogas anti-reumáticas
modificadoras de doença (DMARDs), que não sejam antagonistas do fator de necrose tumoral
(TNF).
Artrite Idiopática Juvenil / Artrite Reumatoide Juvenil (AIJ/ARJ)
ORENCIA para administração intravenosa é indicado para redução dos sinais e sintomas em
pacientes pediátricos a partir de 6 anos de idade com artrite idiopática juvenil / artrite reumatoide
juvenil2
(AIJ/ARJ) poliarticular de atividade moderada à grave, que tenham tido uma resposta
inadequada a uma ou mais drogas anti-reumáticas modificadoras de doença (DMARDs) como
metotrexato (MTX) ou antagonistas do fator de necrose tumoral (TNF). ORENCIA pode ser
utilizado em monoterapia ou concomitantemente com metotrexato (MTX).
1
CID M05 – Artrite reumatoide soro-positiva e CID M06 – Outras artrites reumatoides.
2
CID M08 – Artrite Juvenil, exceto M08.1 (Espondilite ancilosante juvenil) e M08.2 (Artrite juvenil
com início sistêmico)
Importantes limitações de uso
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BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 2
ORENCIA não deve ser administrado concomitantemente com antagonistas de TNF. Não se
recomenda a administração de ORENCIA concomitantemente em outros tratamentos biológicos
para artrite reumatoide como anakinra.
ORENCIA (abatacepte), um modulador de coestimulação seletivo, é uma proteína de fusão
solúvel que consiste do domínio extracelular do antígeno 4 associado ao linfócito T citotóxico
humano (CTLA-4) ligado à porção Fc modificada (região da dobradiça, CH2 e CH3) da
imunoglobulina humana G1 (IgG1). O abatacepte é produzido por tecnologia recombinante de
DNA em um sistema de expressão de célula de mamífero. O peso molecular aparente do
abatacepte é de 92 quilodáltons.
Mecanismo de ação
Abatacepte modula de maneira seletiva um sinal coestimulador exigido para a ativação completa
de linfócitos T que expressam CD28. Os linfócitos T são encontrados na sinóvia de pacientes com
AR. Os linfócitos T ativados contribuem para a patogênese da AR e de outras doenças
autoimunes. A ativação completa dos linfócitos T exige dois sinais fornecidos por células
apresentadoras de antígenos: reconhecimento de um antígeno específico por um receptor de
célula T (sinal 1) e um segundo sinal coestimulador. Uma via principal de coestimulação envolve a
ligação das moléculas de CD80 e CD86 sobre a superfície das células apresentadoras de
antígenos ao receptor CD28 sobre os linfócitos T (sinal 2). Abatacepte liga-se especificamente a
CD80 e CD86, inibindo de maneira seletiva esta via de coestimulação. Estudos indicam que
respostas do linfócito T virgem são mais afetadas pelo abatacepte do que as respostas do linfócito
T de memória.
Estudos in vitro e em modelos de animais demonstram que abatacepte atenua as respostas de
anticorpo dependente de linfócito T e a inflamação. In vitro, abatacepte atenua a ativação do
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BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 10
linfócito T, conforme medido pela redução da proliferação e produção de citocina em linfócitos
humanos. Abatacepte reduz a produção de TNFα, interferon-γ e interleucina-2 antígeno-específico
por linfócitos T. Em um modelo de rato com artrite induzida por colágeno, abatacepte suprime a
inflamação, reduz a produção de anticorpos anti-colágeno e reduz a produção de interferon-γ
antígeno-específico.
Farmacodinâmica
Estudos de faixa de dosagem foram conduzidos com abatacepte em monoterapia (placebo, 0,5
mg/kg, 2 mg/kg e 10 mg/kg) e em combinação com MTX (placebo, 2 mg/kg e 10 mg/kg). Em
ambos os estudos, a taxa de resposta ACR 20 do Colégio Americano de Reumatologia (ACR)
aumentou com doses elevadas a 2 mg/kg e 10 mg/kg. Em estudos clínicos com ORENCIA que
utilizaram doses aproximadas de 10 mg/kg, observou-se inibição da ativação do linfócito T,
reduções nos produtos de macrófagos, sinoviócitos semelhantes a fibroblastos e células B, e
reagentes de inflamação de fase aguda. Reduções foram observadas em: níveis séricos do
receptor solúvel de interleucina-2, um marcador da ativação do linfócito T; interleucina-6 sérica,
um produto dos macrófagos ativados e dos sinoviócitos semelhantes a fibroblastos; fator
reumatoide, um autoanticorpo produzido por células plasmáticas; e proteína C reativa, um
reagente de inflamação da fase aguda. Além disso, níveis séricos de metaloproteínase-3 de
matriz, que causa destruição da cartilagem e remodelagem do tecido, foram reduzidos. Reduções
no TNFα sérico também foram observadas. Essas alterações são compatíveis com o mecanismo
de ação desse modulador seletivo de coestimulação.
Farmacocinética
- Adultos sadios e Adultos com AR – Administração Intravenosa
A farmacocinética do abatacepte foi estudada em indivíduos adultos sadios após uma única
infusão intravenosa de 10 mg/kg e em pacientes com AR após múltiplas infusões intravenosas de
10 mg/kg (vide a Tabela 5).
Tabela 5: Parâmetros Farmacocinéticos (Média, Variação) em Indivíduos Saudáveis e em
Pacientes com AR Após Infusão(ões) Intravenosa(s) de 10 mg/kg
Parâmetro farmacocinético
Indivíduos Sadios
(Após 10 mg/kg de
dose única)
n=13
Pacientes com AR
(Após doses múltiplas de
10 mg/kga
)
n=14
Concentração de Pico (Cmax) [mcg/mL] 292 (175-427) 295 (171-398)
Meia-vida terminal (t1/2) [dias] 16,7 (12-23) 13,1 (8-25)
Clearance sistêmico (CL) [mL/h/kg] 0,23 (0,16-0,30) 0,22 (0,13-0,47)
Volume de distribuição (Vss) [L/kg] 0,09 (0,06-0,13) 0,07 (0,02-0,13)
a
Infusões intravenosas múltiplas foram administradas nos dias 1, 15, 30 e em seguida
mensalmente.
A farmacocinética do abatacepte em pacientes com AR e em pacientes sadios pareceu ser
comparável. Em pacientes com AR, após infusões intravenosas múltiplas, a farmacocinética do
abatacepte mostrou aumentos proporcionais de Cmax e AUC com a variação da dose de 2 mg/kg a
10 mg/kg. A 10 mg/kg, a concentração sérica pareceu atingir um estado de equilíbrio no dia 60
com uma concentração de vale (variação) média de 24 (1-66) mcg/mL. Nenhum acúmulo
sistêmico de abatacepte ocorreu por ocasião da continuação do tratamento repetido com 10
mg/kg em intervalos mensais em pacientes com AR.
As análises farmacocinéticas da população em pacientes com AR revelou que havia uma
tendência em relação a um clearance mais elevado de abatacepte com o aumento do peso
corporal. Idade e sexo (quando corrigidos em relação ao peso corporal) não afetaram o clearance.
Metotrexato (MTX) concomitante, antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs), corticosteroides e
agentes bloqueadores de TNF não influenciaram o clearance do abatacepte.
BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 11
- Artrite Idiopática Juvenil / Artrite Reumatoide Juvenil – Administração Intravenosa
Uma análise farmacocinética da população dos dados da concentração sérica do abatacepte de
pacientes com AIJ/ARJ de 6 a 17 anos de idade após a administração de 10 mg/kg do abatacepte
revelou que o clearance estimado do abatacepte, quando normalizado em relação ao peso
corporal basal, foi mais elevado em pacientes com AIJ/ARJ (0,44 mL/h/kg) em comparação a
pacientes adultos com AR (0,3 mL/h/kg). Após considerar o efeito do peso corporal, o clearance
do abatacepte não esteve relacionado à idade ou ao sexo. As estimativas médias para volume de
distribuição e meia-vida de eliminação foram 0,12 l/kg e 11,2 dias, respectivamente. Como
consequência do clearance mais elevado normalizado pelo peso corporal em pacientes com
AIJ/ARJ, a exposição sistêmica estimada do abatacepte foi mais baixa do que a observada em
adultos, de tal forma que as concentrações médias (variação) de pico e de vale observadas foram
217 (58 a 700) e 11,9 (0,15 a 44,6) mcg/mL, respectivamente, em pacientes com AIJ/ARJ que
receberam 10 mg/kg de abatacepte comparado com 235 (80 a 599) e 12,8 (0,61 - 51,6) mcg / mL,
respectivamente, em pacientes adultos com AR que receberam doses de abatacepte
diferenciadas pelo peso coporal aproximadando-se de 10 mg / kg. A administração de outras
medicações concomitantes, como metotrexato, corticosteroides e NSAIDs não influenciou o
clearance do abatacepte em pacientes com AIJ/ARJ.
Metabolismo e eliminação
Não foram realizados estudos para avaliar o metabolismo ou a eliminação do abatacepte em
humanos. Devido a considerações estéricas e hidrofílicas, o abatacepte não seria metabolizado
por enzimas hepáticas do citocromo P450. Devido ao seu alto peso molecular, não se espera a
eliminação renal de abatacepte.
População especial
Nenhum estudo formal foi conduzido para examinar os efeitos da insuficiência renal ou hepática
na farmacocinética do abatacepte.
ORENCIA não deve ser administrado em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao
abatacepte ou a quaisquer de seus componentes.
A administração concomitante de um agente bloqueador do TNF com ORENCIA está associada a
um risco elevado de infecções graves A terapia concomitante de ORENCIA e agentes
bloqueadores do TNF não é recomendada (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Uso
Concomitante com Antagonistas do TNF).
Não há experiência suficiente para avaliar a segurança e a eficácia de ORENCIA administrado
concomitantemente com outra terapia biológica para artrite reumatoide, como anakinra e,
portanto, tal uso não é recomendado.
ORENCIA não foi estudado em combinação com agentes que depletam a contagem de linfócitos.
Tal combinação poderia potencializar os efeitos de ORENCIA sobre o sistema imune (vide 5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Imunossupressão).
Análises farmacocinéticas da população revelaram que MTX, NSAIDs, corticosteroides e agentes
bloqueadores do TNF não influenciaram o clearance do abatacepte (vide Farmacocinética).
Interação com testes laboratoriais
- Teste de glicose sérica
Drogas parenterais contendo maltose podem interferir com a leitura do monitor de glicose
sanguínea que utilizam tiras-teste com glicose desidrogenase pirroloquinolinequinona (GDH-
PQQ). Os sistemas de monitoração de glicose baseada na GDH-PQQ podem reagir com a
maltose presente no ORENCIA para administração IV, resultando em leituras falsas de elevação
de glicose sanguínea no dia da infusão. Quando receber ORENCIA para administração IV,
pacientes que necessitam de monitoração de glicose sanguínea devem ser aconselhados a
considerar métodos que não reagem com maltose, como aqueles testes baseados em glicose
desidrogenase nicotina adenina dinucleotídeo (GDH-NAD), glicose oxidase, glicose hexoquinase.
O SC-I (IM101174) foi um estudo randomizado, duplo-cego, e em dupla simulação (double-
dummy), de não-inferioridade, que comparou a eficácia e a segurança do abatacepte administrado
por via subcutânea (SC) (com dose de ataque IV) e intravenosa (IV) em pacientes com artrite
reumatoide, recebendo metotrexato como tratamento de base e com resposta inadequada ao
MTX (MTX-IR) (vide 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA – Estudos Clínicos). A experiência de
segurança e a imunogenicidade do ORENCIA administrado por via subcutânea foi consistente
com os estudos de via intravenosa (I a VI). Devido à via de administração, as reações no local da
injeção e a imunogenicidade foram avaliadas e são discutidas nas seções abaixo.
O SC-II (IM101235) foi um estudo randomizado, investigador-cego, de não-inferioridade que
comparou a eficácia e segurança de abatacepte SC (sem dose de ataque IV) e adalimumabe em
pacientes com artrite reumatoide moderada a gravemente ativa, recebendo metotrexato como
tratamento de base e com resposta inadequada ao MTX (MTX-IR) (vide 2. RESULTADOS DE
EFICÁCIA – Estudos Clínicos). A experiência de segurança para ORENCIA administrado por
via subcutânea foi consistente com subcutâneo Estudo SC-I.
Reações no Local da Injeção em Pacientes Adultos com AR Tratados com ORENCIA SC
O estudo SC-I comparou a segurança do abatacepte, incluindo as reações no local da injeção,
após a administração subcutânea ou intravenosa. A frequência global de reações no local da
injeção foi de 2,6% (19/736) e 2,5% (18/721) para o grupo do abatacepte SC e o grupo do
abatacepte IV (placebo SC), respectivamente. Todas as reações no local da injeção foram
descritas como tendo sido leves a moderadas (hematoma, prurido ou eritema) e em geral não
necessitaram de descontinuação do medicamento.
O Estudo SC-II comparou a segurança de abatacepte SC e adalimumabe incluindo reações no
local da injeção após a administração subcutânea. A frequência de reações no local da injeção foi
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BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 26
de 3,8% (12/318) e 9,1% (30/328) em 12 meses (p = 0,006) e 4,1% (13/318) e 10,4% (34/328) em
24 meses para abatacepte SC e adalimumabe SC, respectivamente.
Imunogenicidade em Pacientes Adultos com AR Tratados com ORENCIA SC
O estudo SC-I comparou a imunogenicidade do abatacepte após a administração subcutânea ou
intravenosa. A frequência global de imunogenicidade ao abatacepte foi de 1,1% (8/725) e 2,3%
(16/710) para os grupos de administração por via subcutânea e intravenosa, respectivamente. A
taxa está consistente com experiências prévias, e não houve efeito da imunogenicidade na
farmacocinética, segurança ou eficácia.
Imunogenicidade e Segurança da Administração do ORENCIA SC como Monoterapia sem
uma Dose de Ataque IV (IM101173)
Um estudo do programa de via subcutânea foi conduzido para determinar o efeito do uso da
monoterapia com ORENCIA na imunogenicidade após administração subcutânea sem uma dose
de ataque IV.
Os resultados indicaram que quando o ORENCIA foi administrado como monoterapia ou em
combinação com o metotrexato, não houve diferenças na frequência da imunogenicidade após 4
meses de tratamento (imunogenicidade não foi detectada em nenhum grupo no Mês 4: n=49,
ORENCIA; n=51, ORENCIA mais MTX). A segurança observada neste estudo para o ORENCIA
administrado por via subcutânea como monoterapia sem uma dose de ataque IV, também foi
consistente com a observada nos outros estudos de via subcutânea.
Imunogenicidade e Segurança do ORENCIA SC após Descontinuação (Três Meses) e
Reinício do Tratamento (IM101167)
Um estudo do programa de via subcutânea foi conduzido para investigar o efeito da
descontinuação (três meses) e reinício do tratamento com ORENCIA subcutâneo na
imunogenicidade. Após a descontinuação do tratamento com ORENCIA subcutâneo, o aumento
da taxa de imunogenicidade foi consistente com o observado após a descontinuação do
ORENCIA administrado por via intravenosa. Após o reinício do tratamento, não houve reações às
injeções nem diferenças na resposta ao tratamento nos pacientes que foram descontinuados do
tratamento subcutâneo por até 3 meses comparados àqueles que permaneceram no tratamento
subcutâneo, independentemente se o tratamento foi reiniciado com ou sem uma dose de ataque
intravenosa. A segurança observada neste estudo sem uma dose de ataque IV também foi
consistente com a observada nos outros estudos.
Estudo SC- II: Informações adicionais sobre segurança para abatacepte SC versus
adalimumabe
As avaliações de segurança e de danos estruturais foram conduzidas em um e dois anos. O perfil
de segurança global com relação a eventos adversos foi semelhante entre os dois grupos durante
o período de 24 meses. Após 24 meses, as reações adversas foram reportadas em 41,5%
(132/318) e 50% (164/328) dos pacientes tratados com abatacepte e adalimumabe. Reações
adversas graves foram reportadas em 3,5% (11/318) e 6,1 % (20/328) do respectivo grupo. Aos
24 meses, 20,8% (66/318) no grupo abatacepte SC e 25,3% (83/328) no grupo de adalimumabe
haviam descontinuado.
Aos 24 meses, 1,6% (5/318) dos pacientes no grupo abatacepte SC e 4,9% (16/328) dos
pacientes no grupo adalimumabe interromperam o tratamento devido a graves eventos adversos.
No estudo SC-II, infecções graves foram reportadas em 3,8% (12/318) dos pacientes tratados com
abatacepte SC semanalmente, sendo que, nenhuma levou à interrupção do tratamento, e em
5,8% (19/328) dos pacientes tratados com adalimumabe SC a cada duas semanas, que levaram a
nove interrupções no período de 24 meses.
Doenças auto-imunes, leve a moderada em termos de gravidade, foram relatados em 3,8%
(12/318) dos pacientes no grupo abatacepte SC e em 1,5% (5/328) dos pacientes no grupo
BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 27
adalimumabe ao longo do período de 24 meses.
Experiência em Estudos Clínicos em Pacientes com Artrite Idiopática
Juvenil / Artrite Reumatoide Juvenil
Em geral, os eventos adversos em pacientes pediátricos foram similares em tipo aos observados
em pacientes adultos (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 9. REAÇÕES ADVERSAS).
ORENCIA foi estudado em 190 pacientes pediátricos, com 6 a 17 anos de idade, com artrite
idiopática juvenil / artrite reumatoide juvenil poliarticular. A frequência global de eventos adversos
no período de introdução de 4 meses em regime aberto do estudo foi de 70%; as infecções
ocorreram em uma frequência de 36%. As infecções mais comuns foram infecção do trato
respiratório superior e nasofaringite. As infecções se resolveram sem sequelas, e os tipos de
infecções foram consistentes com os tipos comumente observados em populações pediátricas
ambulatoriais. Outros eventos que ocorreram em prevalência de pelo menos 5% foram cefaleia,
náuseas, diarreia, tosse, pirexia, e dor abdominal.
Um total de 6 eventos adversos sérios (leucemia linfocítica aguda, cisto ovariano, infecção por
varicela, remissão da doença, e desgaste articular) foi relatado durante os 4 meses iniciais de
tratamento com ORENCIA.
Dos 190 pacientes com artrite idiopática juvenil / artrite reumatoide juvenil tratados com ORENCIA
neste estudo, um (0,5%) paciente descontinuou em decorrência de reações não-consecutivas à
infusão, que consistiram em broncoespasmo e urticária. Durante os Períodos A, B e C, ocorreram
reações relacionadas à infusão aguda em uma frequência de 4%, 2%, e 3%, respectivamente, e
foi consistente com os tipos de eventos relatados em adultos.
Na continuidade do tratamento no período de extensão em regime aberto, os tipos de eventos
adversos foram similares em frequência e tipo aos observados em pacientes adultos, com
exceção de um único paciente diagnosticado com esclerose múltipla durante o tratamento em
regime aberto.
Imunogenicidade
Os anticorpos contra a molécula inteira de abatacepte ou contra a porção CTLA-4 de abatacepte
foram avaliados por ensaios ELISA em pacientes com artrite poliarticular idiopática juvenil / artrite
reumatoide juvenil após tratamento repetido com ORENCIA. A taxa de soropositividade enquanto
os pacientes recebiam a terapia com abatacepte foi de 0,5% (1/189) durante o Período A; 13,0%
(7/54) durante o Período B; e 11,4% (17/149) durante o Período C. Para pacientes no Período B
que foram randomizados para placebo (portanto retirados da terapia por até 6 meses), a taxa de
soropositividade foi de 40,7% (22/54). Anticorpos anti-abatacepte foram em geral transitórios e de
baixa titulação. A ausência de metotrexato (MTX) concomitante aparentemente não foi associada
a uma alta taxa de soropositividade em receptores de placebo no Período B.
A presença de anticorpos não foi associada a eventos adversos, ou a reações à infusão, ou a
alterações de eficácia, ou sobre as concentrações séricas de abatacepte. Dos 54 pacientes que
foram descontinuados de ORENCIA durante o período duplo-cego por até 6 meses, nenhum
apresentou uma reação à infusão após o reinício da terapia com ORENCIA.
Experiência pós-comercialização
Reações adversas têm sido reportadas durante o uso após-aprovação de ORENCIA. Dado que
estas reações foram reportadas voluntariamente de uma população de tamanho incerto, não é
sempre possível estimar sua frequência ou estabelecer uma relação causal com ORENCIA.
Durante a experiência pós-comercialização, as reações sistêmicas à infusão foram semelhantes
às observadas nos ensaios clínicos com ORENCIA IV com exceção de um caso fatal de
BULA PARA O PROFFISIONAL DE SAÚDE - ORENCIA - Rev0115 28
anafilaxia. Relatórios pós-comercialização de reações sistêmicas à injeção (por exemplo, prurido,
sensação de aperto na garganta, dispneia) foram reportadas após o uso de ORENCIA SC.
Atenção: ORENCIA IV é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e,
ORENCIA SC é um medicamento que possui nova via de administração, nova concentração
e nova forma farmacêutica terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem
ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os
eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
Doses de até 50 mg/kg foram administradas intravenosamente sem efeito tóxico aparente. No
caso de superdose, recomenda-se que o paciente seja monitorado em relação a qualquer sinal ou
sintoma de reações adversas e o tratamento sintomático apropriado instituído.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações
sobre como proceder.
11. REFERÊNCIAS
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poor prognostic factors. Ann Rheum Dis 2009;68; 1870-1877
Uso sob prescrição médica
Uso restrito a hospitais
Venda proibida ao comércio
Reg. MS – 1.0180.0390
Responsável Técnico: Dra Elizabeth M. Oliveira
CRF-SP nº 12.529
Fabricado por:
Bristol-Myers Squibb Holdings Pharma, Ltd. Liability Company
Bo Tierras Nuevas Rt. 686 Km 2,3 - Manati - Porto Rico - EUA
Importado por:
Rua Verbo Divino, 1711 - Chácara Santo Antônio - São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07
Esta Bula foi aprovada pela ANVISA em dia/mês/ano.
Rev0115
Data do
expediente
No. do expediente Assunto
Data da
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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