Bula do Oroxadin produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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MODELO DE BULA
Esta bula sofreu aumento de tamanho para adequação a legislação vigente da ANVISA.
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
OROXADIN®
ciprofibrato
APRESENTAÇÃO
Comprimidos 100 mg: embalagens com 30.
USO ORAL. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém 100 mg de ciprofibrato.
Excipientes: amido de milho, lactose monoidratada, celulose microcristalina, hipromelose, óleo vegetal hidrogenado,
laurilsulfato de sódio.
OROXADIN é indicado como adjunto à dieta e outros tratamentos não farmacológicos (por exemplo, exercício,
redução de peso) nos seguintes casos:
- tratamento de hipertrigliceridemia severa isolada
- hiperlipidemia mista quando a estatina ou outro tratamento eficaz são contraindicados ou não são tolerados.
A eficácia de Oroxadin – ciprofibrato- foi confirmada por Cattin L. et al. em seu estudo multicêntrico aberto
envolvendo 127 pacientes portadores de com hiperlipidemia primária resistente, hipercolesterolemia,
hipertrigliceridemia e hiperlipidemia mista. O uso de Oroxadin por esses pacientes, por 12 semanas, apresentou redução
em todos os níveis hiperglicêmicos, inclusive apresentando aumento nos níveis de HDL, apresentando boa tolerância
pelos pacientes. Farnier M. et al. comprovou a eficácia e segurança de Oroxadin em sua publicação, um estudo aberto
multicêntrico envolvendo 170 pacientes com hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia por 8 semanas. O resultado foi a
diminuição dos parâmetros aumentados e com boa tolerabilidade.
Oro L. et al. também comprovou a eficácia do ciprofibrato em seu estudo com 102 pacientes acompanhados por 12 anos
em média, todos portadores de colesterol total e triglicérides aumentados. Silva J.M. et al. comprovou também a
eficácia do ciprofibrato em um estudo aberto envolvendo 40 pacientes portadores de hiperlipidemia primária resistente,
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e hiperlipidemia mista com administração de ciprofibrato por 6 meses,
comprovando sua elevada eficácia hipolipemiante. Bruckert E. et al. também confirmou a eficácia do ciprofibrato na
diminuição de triglicérides e colesterol sérico, sendo utilizado por 30 dias.
Farmacodinâmica
OROXADIN contém o ciprofibrato ou ácido 2-(4-(2,2-diclorociclopropil)fenoxi)-2-metil-propanoico. O ciprofibrato é
um modulador lipídico de amplo espectro. É um complemento eficaz da dieta no controle de concentrações elevadas do
colesterol LDL e VLDL e dos triglicerídeos. O ciprofibrato aumenta o nível do colesterol HDL.
O ciprofibrato é um derivado do ácido fíbrico com propriedades de redução de lípides. Investigações moleculares
revelaram que os fibratos ativam um grupo de receptores nucleares conhecidos como PPARα (peroxisome proliferator
activated receptors). Esta ativação resulta em aumento da síntese de HDL-c, acelera o clearance do LDL-c, acelera o
catabolismo do triglicerídeo rico em lipoproteína e VLDL e diminui a produção de triglicerídeos. Estas alterações
esclarecem porque os fibratos exercem impacto muito maior na diminuição do nível de triglicerídeos e aumento dos
valores do HDL-c com nenhuma modificação ou discreto aumento da concentração do LDL-c quando comparado com
as estatinas. Estas modificações poderiam provavelmente justificar alguns dos efeitos antiaterogênicos dos fibratos.
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Os fibratos modulam a expressão genética, inibindo a transcrição de apo CIII que tem ação inibidora sobre a lipase
lipoproteica, favorecendo com esta inibição a diminuição dos triglicerídeos. A indução da β-oxidação com uma
concomitante diminuição da síntese de ácidos graxos pelos fibratos resulta em menor disponibilidade de ácidos graxos
para a síntese de triglicerídeos, um processo que é amplificado pela inibição do hormônio sensitivo a lípase no tecido
adiposo pelo fibrato.
O tratamento com fibratos resulta na formação de LDL com alta afinidade para o LDL receptor, que são então,
catabolizados rapidamente.
A redução de lipídios neutros (éster de colesterol e triglicérides) trocados entre o VLDL e o HDL pode resultar na
diminuição dos níveis de triglicerídeos.
Os fibratos aumentam a produção de apo AI e apo AII no fígado o que pode contribuir para o aumento da concentração
de HDL plasmático.
Há evidência de que o tratamento com fibratos pode reduzir os eventos de doença cardíaca coronariana. Os efeitos
benéficos na mortalidade por todas as causas na prevenção da doença cardiovascular primária e secundária não foram
adequadamente estudados.
Farmacocinética
A absorção do ciprofibrato na espécie humana é rápida e quase completa. A concentração plasmática máxima é
alcançada em cerca de 1 hora em pacientes em jejum, ou com retardo de 2 a 3 horas em pacientes alimentados. A meia
vida terminal, determinada em voluntários por estudo com isótopo C14, foi de 88,6 ± 11,5 horas. A meia-vida de
eliminação em pacientes com insuficiência renal moderada foi levemente aumentada comparada com indivíduos
saudáveis (116,7 horas comparado com 81,1 horas). Em pacientes com insuficiência renal severa, foi notado um
aumento significativo (171,9 horas).
OROXADIN é contraindicado em casos de:
- insuficiência hepática severa;
- insuficiência renal severa;
- gravidez e lactação;
- associação com outros fibratos (por exemplo: clorfibrato, bezafibrato, genfibrozila e fenofibrato);
- hipersensibilidade ao ciprofibrato ou a qualquer componente do produto;
- devido à presença de lactose, esta medicação é contraindicada em pacientes com deficiência de lactase, galactosemia
ou síndrome de má absorção de glicose e galactose.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência hepática grave ou insuficiência
renal grave.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica.
Mialgia/Miopatia:
- Os pacientes devem ser instruídos a informar prontamente o médico sobre a ocorrência de mialgia, desconforto ou
fraqueza muscular. Em pacientes com esses sintomas, os níveis séricos de creatinofosfoquinase (CPK) devem ser
imediatamente avaliados e o tratamento deve ser descontinuado caso seja diagnosticada miopatia ou se os níveis de
CPK estiverem muito altos.
- Os eventos musculares parecem ser relacionados à dose e, portanto, a dose diária de 100 mg não deve ser excedida.
- Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado se o ciprofibrato for utilizado
em associação com outros fibratos ou inibidores da HMG CoA redutase (vide Contraindicações e Interações
medicamentosas).
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Pacientes com hipotireoidismo basal podem apresentar dislipidemia secundária e, portanto, esse distúrbio deve ser
diagnosticado e corrigido antes de qualquer tratamento medicamentoso. Além disso, o hipotireoidismo pode ser um
fator de risco para a miopatia.
Associação com tratamento anticoagulante oral: o tratamento concomitante com anticoagulante oral deve ser
administrado com dose reduzida e ajustada conforme International Normalized Ratio – INR (vide Interações
Medicamentosas).
Caso as concentrações séricas dos lipídios não estejam satisfatoriamente controladas após vários meses de tratamento,
medidas terapêuticas adicionais ou alternativas deverão ser consideradas.
Gravidez e lactação
Não há evidências de que o ciprofibrato seja teratogênico, mas sinais de toxicidade com altas doses foram observados
em testes de teratogenicidade em animais. O ciprofibrato é excretado no leite de ratas que estão amamentando.
Uma vez que não existem dados sobre a utilização durante a gravidez e lactação na espécie humana, o ciprofibrato é
contraindicado.
Populações Especiais
O medicamento deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência da função hepática: São recomendados
testes periódicos da função hepática. O tratamento com ciprofibrato deve ser interrompido se anormalidades
significativas nas transaminases persistirem ou se insuficiência hepática colestática for evidenciada.
A insuficiência da função renal e qualquer situação de hipoalbuminemia, tal como síndrome nefrótica, pode aumentar o
Associação Contraindicada:
Outros fibratos: Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado se o
ciprofibrato for utilizado em associação com outros fibratos (vide Contraindicações e Precauções e Advertências).
Associações não recomendadas:
Inibidores da HMG CoA redutase: Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser
aumentado se o ciprofibrato for utilizado em associação com inibidores da HMG CoA redutase (vide Precauções e
Advertências).
Associação que requer precaução:
Tratamento com anticoagulantes orais: O ciprofibrato é altamente ligado às proteínas plasmáticas e, portanto, é provável
que desloque outros fármacos dos sítios de ligação proteica no plasma. O ciprofibrato tem demonstrado potencializar o
efeito da varfarina, indicando que o tratamento com anticoagulante oral concomitante deve ser administrado com dose
reduzida e ajustada conforme International Normalized Ratio – INR (vide Precauções e Advertências).
Associações que devem ser consideradas:
Hipoglicemiantes orais: embora o ciprofibrato possa potencializar o efeito dos hipoglicemiantes orais, os dados
disponíveis não sugerem que tal interação poderá causar problemas clinicamente significativos.
Estrógenos: os estrógenos podem aumentar os níveis de lipídios. Embora uma interação farmacodinâmica possa ser
sugerida, atualmente não existem dados clínicos disponíveis.
OROXADIN®
deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), proteger da
luz e umidade.
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Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido branco ou quase branco, redondo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos: a dose recomendada é de 1 comprimido de OROXADIN (100 mg) ao dia. Esta dose não deve ser excedida
(vide Precauções e Advertências).
Modo de usar
Deve ser administrado com líquido, por via oral. As medidas da dieta devem ser mantidas durante o tratamento.
A dose recomendada de 1 comprimido ao dia não deve ser ultrapassada.
Não há estudos dos efeitos de OROXADIN administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para
garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo
médico.
Populações especiais
Idosos: a mesma posologia para adultos, mas observando cuidadosamente as Precauções e Advertências, em especial
quanto às funções hepática e renal.
Crianças: o uso do ciprofibrato não é recomendado, uma vez que a segurança e a eficácia em crianças não foram
estabelecidas.
Pacientes com Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal moderada recomenda-se redução da dose para 1
comprimido de OROXADIN (100 mg) em dias alternados. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados.
OROXADIN não deve ser administrado em pacientes com insuficiência renal grave.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
As reações adversas observadas em estudos clínicos e reportados durante o período pós-comercialização são detalhadas
abaixo. As reações adversas pós-comercialização estão classificadas com a frequência “não conhecida”.
Reação muito comum (> 1/10).
Reação comum (> 1/100 e < 1/10).
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100).
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000).
Reação muito rara (< 1/10.000).
Não conhecida (não pôde ser estimado a partir dos dados disponíveis)
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Distúrbios Cutâneos e Subcutâneos
Comum: erupções cutâneas (rash), alopecia.
Não conhecida: urticária, prurido, fotossensibilidade e eczema.
Distúrbios Musculoesqueléticos e de Tecido Conectivo
Comum: mialgia.
Não conhecida: miopatia, miosite e rabdomiólise.
Na maioria dos casos, a toxicidade muscular é reversível com a suspensão do tratamento (vide Precauções e
Advertências).
Distúrbios do Sistema Nervoso
Comum: cefaleia, vertigem, tonturas e sonolência.
Distúrbios Gastrintestinais
Comum: náuseas, vômitos, diarreia, dispepsia e dor abdominal.
De maneira geral, estas reações adversas foram de natureza leve a moderada, e ocorreram no início do tratamento,
tornando-se menos frequentes com a continuação do tratamento.
Distúrbios Hepato-Biliares
Não conhecida: anormalidade nos testes de função hepática, colestase, citólise, colelitíase (vide Precauções e
Advertências). Foram observados casos excepcionais com evolução crônica.
Distúrbios Respiratórios, torácicos e mediastinal
Não conhecida: pneumonite, fibrose pulmonar.
Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração
Comum: Fadiga.
Distúrbios do Sistema Reprodutivos e nos Seios
Não conhecida: disfunção erétil
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Sinais e Sintomas
Existem raros relatos de superdosagem com ciprofibrato, mas, nestes casos, sem ocorrência de reações adversas
específicas.
Tratamento
O ciprofibrato não possui antídoto específico. O tratamento de superdosagem deve ser sintomático. Lavagem gástrica e
medidas apropriadas de suporte podem ser instituídas, se necessário. O ciprofibrato não é dialisável.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.