Bula do Oxalimeiz produzido pelo laboratorio Ucb Biopharma S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
OXALIMEIZ®
Meizler UCB Biopharma S/A
Pó Liofilizado
50 mg e 100 mg
oxaliplatina
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Pó liófilo injetável 50 mg: 1 frasco-ampola com 50 mg de pó liofilizado para reconstituição.
Pó liófilo injetável 100 mg: 1 frasco-ampola com 100 mg de pó liofilizado para reconstituição.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de OXALIMEIZ contém:
oxaliplatina 50 mg 100 mg
excipiente q.s.p
(manitol)
200 mg 400 mg
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
OXALIMEIZ (oxaliplatina para injeção) é destinado ao tratamento de pacientes com câncer colón retal metastático e como
adjuvante no tratamento de pacientes no estágio III de câncer colón retal após completa ressecção do tumor primário usado em
combinação com 5-fluouracil/leucovorin.
Estudo multicêntrico comparando a associação de 5-fluouracil (5-FU)/leucovorin (LV), Irinotecano e oxaliplatina em pacientes com
câncer de colón metastático cinca tratados anteriormente, mostrou que os pacientes receberam oxaliplatina em conjunto com 5-
fluouracil e leucovorin, tiveram uma maior taxa de resposta ao tratamento e uma maior sobrevida média. Apresentaram tembém um
maior intervalo livre de doença quando comparados ao tratamento controle.
Foram estudados 795 pacientes entre maior de 1999 e abril de 2001, que foram eparados em três grupos: 264 pacientes no grupo
controle receberam irinotecano, 5-fluouracil e leucovorin (IFL); 267 pacientes receberam oxaliplatina, 5-fluouracil e leucoviran
(FOLFOX4) e 264 pacientes receberam oxaliplatina e irinotecano (IROX).
IFL = 125 mg/m² de irinotecano, bolus de 5-FU 500mg/m² e 20mg/m² de LV nos dias 1,8, 15, 22, a cada 6 semanas;
FOLFOX4 = 85 mg/m² de oxaliplatina no dia 1 e bolus de 5-FU 400mg/m² + 200mg/m² de LV seguidos de 600 mg/m² de 5-FU
em após as 22 horas nos dias 1 e 2, repetidos a cada duas semanas;
IROX= 85 mg/m² de oxaliplatina e 200 mg/m² de irinotecano a cada duas semanas.
Os resultados demonstraram que os pacientes que receberam o regime FOLFOX tiveram um intervalo maior entre o tempo de
progressão da doença (média, 8,7 meses; p=0,0014) em relação aos pacientes recebendo IFL (média de 6,9 meses). Em relação aos
pacientes que receberam IROX também foi insignificanete (média de 6,5 meses).
A média de sobrevida dos pacientes recebendo IFL foide 15 meses comparado a 19,5 meses nos pacientes tratados no regime
FOLFOX (p=0,001) e 17,4 meses para os que receberam IROX (p=0,04 comparado ao controle). Não houve diferença na média de
sobrevida entre os pacientes recebendo FOLFOX e IROX (p=0,09). A taxa de resposta em pacientes recebendo FOLFOX (45%) foi
maior que os pacientes que receberam IFL (32% p=0,002) ou IROX (35% P=0,03). A taxa de respostas não diferiu entre os
pacientes dos grupos controle e IROX (p=0,034).
Um estudo internacional, multicêntrico, aberto, randomizado comparou a eficácia e avaliou a segurança da oxaliplatina em
combinação com 5-FU/LV em comparação com 5-FU/LV isolado, em pacientes com câncer cólon estágio II (Dukes B2) ou câncer
de cólon III (Dukes C) que haviam sido submetidos à ressecção completa do tumor primário. O principal objetivo do estudo foi
comparar o intervalo de sobrevida livre de doença em 3 anos em pacientes recebendo oxaliplatina em associação a 5-FU/LV, com
aqueles que recebem apenas 5-FU/LV. O objetivo secundário de eficácia foi a sobrevivência global. Os pacientes foram tratados por
um total de 6 meses (ou seja, 12 ciclos). Foram randomizados no total 2246 pacientes, 1123 em cada grupo do estudo. Pacientes no
estudo tinham idades entre 18 e 75 anos, histologicamente comprovadas estágio II (T3-T4 N0 M0;Dukes B2) ou III (qualquer T N1-
2 M0; Dukes C) de carcinoma de cólon (com o polo inferior do tumor acima da reflexão peritoneal, isto é, ≥ 15 cm da margem anal)
e (dentro de 7 semanas antes da randomização) submetidos a ressecção completa do tumor primário sem evidências macro ou
microscópica da doença residual. Os pacientes não haviam recebido tratamento quimioterápico prévio. Os regimes terapêuticos
foram os seguintes:
• Oxaliplatina + 5-FU/LV (FOLFOX4) (n =1123): esquema realizado a cada duas semanas por 12 ciclos no total.
Dia 1: Oxaliplatina: 85 mg/m² (infusão em 2 horas) + LV: 200 mg/m² (infusão em 2 horas),seguida por 5-FU: 400 mg/m² (bolus),
600 mg/m² (infusão após as 22 horas).
Dia 2: LV: 200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m² (bolus).
• 5-FU/LV (n=1123): esquema realizado a cada duas semanas por 12 ciclos no total.
Dia 1: LV: 200 mg/m² (infusão em 2 horas), seguida por 5-FU: 400 mg/m² (bolus), 600 mg/m² (infusão após as 22 horas);
O intervalo de sobrevida livre de doença em 3 anos foi estatisticamente significante na população global e nos pacientes em estágio
III da doença tratados com oxaliplatina em combinação com 5-FU/LV (78.2% vs. 72.9% p=0,002; 72.2% vs. 65.3% p=0,005) em
comparação com o grupo que recebeu apenas com 5-FU/LV. Esse achado não foi significativamente estatístico nos pacientes em
estágio II da doença (87.0% vs. 84.3% p=0,23).
Um estudo europeu multicêntrico de fase III avaliou a eficácia da oxaliplatina como tratamento de primeira linha no câncer colón
retal metastático. Foram estudados 420 pacientes de agosto de 1995 a julho de 1997. Todos tinham diagnóstico histopatológico
confirmado de adenocarcinoma de colón ou reto, metástases inoperáveis e sem tratamento quimioterápico prévio, além de ao menos
uma lesão mensurável a exames de imagem (ressonância nuclear magnética ou tomografia computadorizada).
Pacientes randomizados para o grupo controle foram tratados com leucovorin 200 mg/m2 IV por 2 horas, seguido de 5-FU 400
mg/m² administrado como um bolus IV seguido de uma infusão após as 22 horas de 600 mg/m² nos dias 1 e 2 a cada 2 semanas. Os
pacientes randomizados para o grupo experimental receberam, nos mesmos horários, 5-FU e leucovorina, com oxaliplatina 85
mg/m2 IV por 2 horas em um único dia. Os pacientes foram avaliados quanto o intervalo de sobrevivência livre de doença. Como
objetivo secundário, foram avaliados a taxa de resposta ao tratamento, avaliada por exame de imagem após 4 semanas, a sobrevida
total, qualidade de vida e segurança dos regimes. A associação de oxaliplatina com 5-FU/LV melhorou significativamente o
intervalo de sobrevivência livre de doença quando comparada 5-FU/LV (8,2 meses vs 6,0 meses; p =0.0003). Em relação à taxa de
resposta avaliada radiologicamente confirmou taxa de resposta significativamente maior no grupo experimental do que no controle,
50.0% vs 21,9%; p = 0,0001.Embora tenha sido observada uma tendência para uma maior sobrevida no grupo tratados com
Oxaliplatina, 16,2 vs 14,7 meses, essa diferença não alcançou significância estatística (p = 0,12).
GOLDBERG, R.M. A randomized controlled trial of fluorouracil plus leucovorin, irinotecan, and oxaliplatin combinations in
patients with previously untreated metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol, v. 22, n. 1, p. 23-30,
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ANDRÉ, T. et al. Oxaliplatin, Fluorouracil, and Leucovorin as Adjuvant Treatment for Colon Cancer. N Engl J Med, v. 350, p.
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de GRAMONT, A. et al. Oxaliplatin/5FU/LV in the adjuvant treatment of stage II and stage III colon cancer: Efficacy results with a
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ROTHENBERG, M.L. Efficacy of oxaliplatin in the treatment of colorectal cancer. Oncology, v.14, supl. 11, p. 9-14, 2000.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) pertence a uma nova classe de sais da platina, na qual o átomo central de platina é envolvido por um
oxalato e em 1,2-diaminociclohexano (“dach’’) em posição trans. A oxaliplatina é um estéreo-isômero.
Assim como outros derivados da platina, a oxaliplatina atua sobre o DNA, formando ligações alquil que levam à formação de pontes
inter e intrafilamentos, inibindo a síntese e posterior formação de novas moléculas de DNA.
A cinética de ligação da oxaliplatina com o DNA é rápida no máximo em 15 minutos, enquanto que com a cisplatina essa ligação é
bifásica, com uma fase após 4 a 8 horas.
No homem, observou-se presença dos complexos de inclusão nos leucócitos 1 hora após a administração.
A replicação e posterior separação do DNA são inibidas, da mesma forma que, secundariamente, é inibida a síntese do RNA e das
proteínas celulares.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) é eficaz sobre certas linhas de tumores resistentes à cisplatina.
Farmacocinética
O pico plasmático de platina total é de 5,1 ± 0,8 mcg/ml e a área sob a curva de 0 a 48 horas é de 189 ± 45 mcg/mL/h, após
administração por 2 horas de perfusão venosa de 130 mg/m² de oxaliplatina. Ao final da perfusão, 50% da platina estão fixados nos
eritrócitos e 50% se encontram no plasma, sendo que 25% na forma livre e 75% ligados às proteínas plasmáticas. A ligação às
proteínas aumenta progressivamente, estabilizando-se em 95% no quinto dia após a administração.
A eliminação é bifásica, com meia-vida terminal de cerca de 40 horas. Um máximo de 50% da dose administrada é eliminado na
urina em 48 horas, e 55% ao fim de 6 dias. A excreção fecal é pequena (5% da dose ao final de 11 dias).
Não há necessidade de adaptação posológica nos pacientes com insuficiência renal moderada, pois apenas a depuração da platina
ultra-filtrável se mostrou diminuída nesses pacientes, não ocorrendo, portanto, aumento da toxicidade. A eliminação da platina dos
eritrócitos é bastante lenta; no 22° dia o nível de platina intra-eritrocitária corresponde a 50% da concentração plasmática máxima,
sendo que a maior parte da platina plasmática já foi eliminada nesse período. Ao longo do curso de ciclos sucessivos de tratamento,
observou-se que não há aumento significativo dos níveis plasmáticos de platina total e ultra-filtrável, enquanto que há um acúmulo
nítido e precoce da platina eritrocitária.
Em animais de laboratório, o OXALIMEIZ (oxaliplatina) demonstra o perfil de toxicidade geral característica dos complexos de
platina. Entretanto, nenhum órgão-alvo em particular foi identificado, a não ser a cardiotoxicidade no cão, própria desta espécie
animal. Digno de nota é que OXALIMEIZ (oxaliplatina) não apresenta a nefrotoxicidade da cisplatina nem a mieolotoxicidade de
carboplatina.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) é contraindicado a pacientes que apresentem antecedentes alérgicos à oxaliplatina ou a outros
medicamentos contendo platina ou manitol. Não deve ser empregado em pacientes com supressão medular (neutrófilos < 2x109/L
e/ou contagem de plaquetas < 100x109/L) antes do primeiro ciclo de tratamento; sangramento severo ou insuficiência renal
(clearance de creatinina ClCr < 30 mL /min), neutrófilos < 2x109/L e/ou contagem de plaquetas < 100x109/L) antes do primeiro
ciclo de tratamento. Como qualquer citostático, o OXALIMEIZ (oxaliplatina) pode ser tóxico para o feto e para o lactente;
portanto, não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes pediátricos.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) deve ser administrado sob a supervisão de médico capacitado, com experiência no uso de
quimioterapia antineoplásica. A tolerabilidade neurológica deve ser objeto especial atenção, sobretudo quando o OXALIMEIZ
(oxaliplatina) é associado a outros medicamentos com potencial toxicidade neurológica. A toxicidade gastrintestinal do
OXALIMEIZ (oxaliplatina) justifica o uso profilático e/ou terapêutico de antieméticos.
Proceder à avaliação do hemograma antes de iniciar o tratamento e antes de cada novo ciclo. A depressão da medula aumenta em
pacientes que tenham recebido terapia anterior, especialmente terapias incluindo derivados de platina.
Em caso de reação hematológica (neutrófilos < 1,5 X 109
/L ou plaquetas < 75 X 109
/L), o início do ciclo seguinte de tratamento
deve ser adiado até recuperação.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) não demonstrou ser nefrotóxico, entretanto, não foi estudado em pacientes com insuficiência renal
grave. É, portanto, contraindicado em paciente com insuficiência renal grave. As informações quanto à segurança em pacientes com
insuficiência renal moderada são limitadas, e o uso da oxaliplatina nestes pacientes devem ser considerados após uma avaliação de
risco e benefício, porém, o tratamento pode ser iniciado na dose recomendada. Nesta situação, a função renal deve ser monitorizada
e a dose ajustada em função da toxicidade.
Pacientes Pediátricos
A segurança e efetividade do tratamento não foram estabelecidos em pacientes pediátricos
Pacientes Idosos
Existem poucos estudos sobre a utilização do medicamento em idosos, entretanto, estes parecem ser mais susceptíveis ao
medicamento.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico
em caso de suspeita de gravidez.
Durante o período de amamentação o risco ao lactente não pode ser descartado. Devem-se pesar os benefícios potenciais do
tratamento contra os riscos potenciais antes de prescrever esse medicamento durante a amamentação. A amamentação não é
Interação Medicamento-Medicamento
Não foram observadas interações medicamentosas entra a Oxaliplatina com outros medicamentos.
Devido à incompatibilidade com o cloreto de sódio e com soluções básicas (em particular a 5-fluoruracil, leucovorin e o
trometanol), o OXALIMEIZ (oxaliplatina) não deve ser misturado com essas substâncias ou administrado pela mesma via venosa.
Vacinas de vírus vivos ou bactérias não devem ser administradas em pacientes que recebem tratamento com agente quimioterápico.
Interação Medicamento-substância Química
Grave: OXALIMEIZ não deve ser administrado com materiais que contenham alumínio.
Efeito da interação: degradação dos componentes da platina.
Interação Medicamento – exame laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência da oxaliplatina em exames laboratoriais.
Interação Medicamento – alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência entre alimentos e a oxaliplatina.
OXALIMEIZ deve ser mantido em sua embalagem original.
Armazenar em temperatura ambiente entre 15°C e 30°C. Proteger da luz.
Do ponto de vista microbiológico, a preparação para infusão deve ser utilizada imediatamente.
Caso não seja utilizada imediatamente, as condições e tempo de armazenagem em uso antes da utilização são de responsabilidade do
manipulador e normalmente não seria mais que 24 horas entre + 2°C e +8°C a menos que a diluição tenha sido realizada em
condições assépticas controladas e validada (não exceder 48 horas).
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após preparado em solução
de glicose 5% manter entre +2°C e +8°C por até 48 horas ou manter a +25°C por 24 horas.
OXALIMEIZ apresenta-se como pó ou massa esponjosa, branca a quase branca, contida em frasco-ampola. Após reconstituição,
OXALIMEIZ apresenta-se como uma solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose recomendada é de 130 mg/m², seja em monoterapia ou em associação bevacizumabe e capecitabina. Essa dose deve ser
repetida em intervalos de três semanas, caso não ocorram sinais e sintomas de toxicidade importante.
Quando em combinação com 5-FU/LV, OXALIMEIZ deve ser administrado a cada duas semanas. Para a doença metastática, o
tratamento é recomendado até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável. A dose recomendada de OXALIMEIZ para câncer
de colón retal metastático/avançado é de 85 mg/m2intravenosamente repetido a cada 2 semanas em associação com
fluoropirimidinas por 12 ciclos (6meses).
OXALIMEIZ (oxaliplatina) é geralmente administrado em infusão venosa de curta duração (2 a 6 horas), diluída em 250 a 500 ml
de glicose a 5%. A dose pode ser modificada em função da tolerabilidade, particularmente neurológica.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) deve ser administrado antes das fluoropirimidinas
Atenção:
OXALIMEIZ (oxaliplatina) para injeção deve ser administrada sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no uso de
agentes quimioterápicos. Manuseio apropriado (da terapia e complicações) é possível somente quando facilidades de um tratamento
adequado estão rapidamente disponíveis. Ao se manipular e reconstituir OXALIMEIZ (oxaliplatina) deve-se adotar precauções
indispensáveis para todo agente citotóxico. Os procedimentos de manipulação e de destruição apropriados devem ser respeitados,
tanto para OXALIMEIZ (oxaliplatina), como para todos os objetos que entrem em contato com estes medicamentos. Estes
procedimentos devem seguir as recomendações vigentes para o tratamento dos resíduos citotóxicos.
Cuidados de administração:
Recomenda-se não administrar em injeção intravenosa direta.
Nunca utilizar solução salina como diluente.
Não misturar com outros medicamentos. Não misturar com solução salina como 5-fluoruracila na mesma ampola ou no mesmo
frasco de infusão.
O alumínio reage com o OXALIMEIZ (oxaliplatina) formando precipitados e levando à perda da potência; portanto, agulhas ou
instrumentos de uso intravenoso contendo partes em alumínio que possam entrar em contato com fármaco não devem ser usados
para preparação ou administração do medicamento.
Como em toda preparação de solução citotóxica, certas precauções especiais devem ser seguidas para segurança no manuseio e
descarte:
• A preparação do fármaco deverá ser feita em área restrita; o ideal é manipulá-lo em um fluxo laminar vertical identificado
(Biologycal Safety Cabinet - Class II). A superfície de trabalho deverá estar coberta com plástico descartável revestida por papel
absorvente.
• Devem ser utilizadas roupas protetoras adequadas, tais como: luvas descartáveis, óculos de segurança, vestimentas e máscaras
descartáveis. Em caso de contato com os olhos, lavar com grande quantidade de água ou solução fisiológica.
• Todos os instrumentos e seringas a serem usados devem possuir acessórios Luer-Lock. Uma possível formação de aerossóis
pode ser reduzida pelo uso de agulhas de largo calibre e/ou agulhas hipodérmicas com abertura de escape.
No caso de extravasamento, a infusão deve ser interrompida e instituído tratamento sintomático no local.
Inutilizar soluções com sinais de precipitação.
Reconstituição da oxaliplatina:
A reconstituição da solução de OXALIMEIZ (oxaliplatina) e sua manipulação devem obedecer aos cuidados especiais
indispensáveis para todos os medicamentos citotóxicos. Mulheres grávidas devem evitar o contato com agentes citotóxicos.
O pó liófilo injetável deve ser reconstituído com uma seringa de tamanho apropriado e uma agulha de 21G.
Os solventes a serem utilizados são a água para preparações injetáveis ou a solução de glicose a 5%. A concentração do soluto não
deve ser menor que 0,2 mg/ml.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) 50 mg: adicionar ao medicamento liofilizado 10 a 20 ml de solvente, para obter concentração de
oxaliplatina de 2,5 a 5,0 mg/ml.
OXALIMEIZ (oxaliplatina) 100 mg: adicionar ao medicamento liofilizado 20 a 40 ml de solvente, para obter concentração de
As soluções assim reconstituídas podem ser conservadas no frasco original por até 48 horas, sob refrigeração (entre 2°C a 8°C). Para
infusão venosa, essas soluções devem ser subsequentemente diluídas em 250 ml a 500 ml de glicose a 5%. A inutilização das sobras
do medicamento e de todo o material que entre em contato com o mesmo deve obedecer às recomendações vigentes para o
tratamento de resíduos citotóxicos.