Bula do Pantoprazol para o Profissional

Bula do Pantoprazol produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Pantoprazol
Eurofarma Laboratórios S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO PANTOPRAZOL PARA O PROFISSIONAL

pantoprazol sódico sesqui-hidratado

Eurofarma Laboratórios S.A.

Comprimido revestido

40 mg

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pantoprazol_Bula_Profissional 30/10/2013

RDC nº 47 de 08/09/2009

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 5 ANOS

COMPRIMIDO REVESTIDO

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Embalagens com 14 ou 28 comprimidos revestidos contendo 40 mg de pantoprazol sódico sesqui-hidratado.

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg contém:

pantoprazol......................................................................................................................................................40 mg*

excipientes** q.s.p ...............................................................................................................................1 comprimido

*Na forma de pantoprazol sódico sesqui-hidratado (45,10 mg).

**Excipientes: manitol, crospovidona, carbonato de sódio, povidona, estearato de cálcio, hipromelose, macrogol,

hiprolose, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, propilenoglicol, hidróxido de sódio,

polimetacrilicocopoliacrilato de etila, polissorbato 80, citrato de trietila, simeticona e talco.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÃO

O pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg é indicado para:

• Tratamento de úlcera péptica duodenal e úlcera péptica gástrica.

• Tratamento de esofagite de refluxo moderada ou grave em adultos e pacientes pediátricos acima de 5 anos

• Erradicação do Helicobacter pylori com a finalidade de evitar a recorrência de úlcera gástrica ou duodenal

causada por este micro-organismo. Neste caso, deve ser associado a dois antibióticos adequados.

• Tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e de outras doenças que produzem ácido em excesso no

estômago.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia do pantoprazol no tratamento da doença por refluxo gastroesofágico envolvendo os diferentes graus

de comprometimento do órgão foi demonstrada em diversos estudos clínicos mediante avaliação endoscópica e

evolução dos sintomas durante um mesmo período de tratamento, em geral quatro e oito semanas.

Com pantoprazol 20 mg, as porcentagens de cicatrização e alívio dos sintomas na doença por refluxo

gastroesofágico de grau leve e sem erosão variaram entre 80% e 89,7% em tratamento de quatro semanas de

duração quatro semanas e entre 90% a 96% em tratamento de 8 semanas. Comparativamente, os resultados com

ranitidina 300 mg foram de 55% a 74,4% em tratamento de quatro semanas e de 73% a 88,4% em tratamento de

8 semanas. As diferenças entre a eficácia dos fármacos foram estatisticamente significativas (van Zyl, 2000;

Ramirez-Barba,1998; Dettmer,1998). O alívio da pirose em doença por refluxo gastroesofágico sem esofagite,

ocorreu em 80% dos pacientes após duas semanas de tratamento com pantoprazol 20mg e em 46% do grupo

placebo (p<0,001) (Moola, 1999).

No tratamento da doença por refluxo gastroesofágico moderado a grave, pantoprazol 40 mg proporcionou em

quatro semanas de tratamento alívio dos sintomas significativamente mais rápido do que esomeprazol 40 mg

(Scholten, 2003). Estudos comparativos com bloqueadores H2 demonstraram a superioridade de pantoprazol 40

mg, com taxas de cicatrização que variaram de 69% a 81,9% (pantoprazol) e 43,3% a 57% (bloqueador H2) em

quatro semanas de tratamento, e de 82% a 94% (pantoprazol) e 60% a 74% ( bloqueador H2) em oito semanas.

Em ambos os períodos, as diferenças foram significativas em todos os estudos (Duvnjak, 2000; Gallo, 1998;

Dammann, 1997; Koop,1995). O alívio da pirose após duas e quatro semanas de tratamento foi de 81% e 91%

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nos pacientes tratados com pantoprazol versus 55% e 58% nos pacientes tratados com ranitidina (ambos

p<0,001) em uma população brasileira (Meneghelli,2000).

No tratamento de úlceras duodenais, as porcentagens de cicatrização alcançaram índices elevados, que variaram

de 61% a 81% (pantoprazol 40 mg) versus 35% a 53% (bolqueador H2) no tratamento de duas semanas e de

91% a 97% (pantoprazol) versus 81% a 86% (bloqueador H2) no tratamento de quatro semanas (as diferenças

foram significativas para ambos períodos em todos os estudos) (van Rensburg,1994; Judmaier, 1994; Dibildox,

1996; Scheirle, 1997).

Em úlceras gástricas, a terapia com pantoprazol 40 mg proporcionou taxas de cicatrização significativamente

mais elevadas (p<0,05) do que os bloqueadores H2, variando de 82% a 87% (pantoprazol) e de 58% a 70%

(bloqueador H2) no tratamento de quatro semanas e de 91% a 97% (pantoprazol) versus 80% a 82% (bloqueador

H2) no tratamento de oito semanas (Hotz, 1995; Bosseckert, 1997). Em relação ao alívio da dor, o pantoprazol

foi significativamente superior ao bloqueador H2: 81% versus 62% (Schepp,1995).

A erradicação da bactéria H. pylori com pantoprazol associado a diferentes esquemas de antibióticos mostrou-se

altamente eficaz (Bardhan, 1998; Dajani, 1998; Ellenrieder, 1998; Adamek, 1998; Luna, 1999; Dani, 2000;

Castro, 2001, Cheer, 2003) apresentando índices elevados de erradicação, de até 100% PP e 92,6% ITT

(Adamek, 1995).

Na dispepsia funcional, a melhora dos sintomas no grupo tratado com pantoprazol 20 mg durante 28 dias foi de

58%, em comparação com 47% nos tratados com placebo pelo mesmo período (OR 0,646). (Rensburg, 2002).

Para a profilaxia do desenvolvimento de lesões gastrintestinais devidas ao uso contínuo de anti-inflamatórios não

hormonais, pantoprazol 20 mg demonstrou ser mais eficaz e bem tolerado que misoprostol 400 μg/dia (p<0,001),

com taxas de 93% e 89% (pantoprazol) e 79% e 70 % (misoprostol) na análise ITT após três e seis meses de

tratamento, respectivamente. A diferença foi significativa aos seis meses. Em relação à melhora dos sintomas,

com pantoprazol as taxas aos três e seis meses foram de 99% e com misoprostol foram de 92% (p=0,005 aos 3

meses e p=0,002 aos 6 meses) (Stupnicki, 2003).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas: pantoprazol sódico sesqui-hidratado é um inibidor da bomba de prótons, isto

é, promove inibição específica e dose-dependente da enzima gástrica H+

K+

ATPas, responsável pela secreção de

ácido clorídrico pelas células parietais do estômago. Sua substância ativa é um benzimidazol substituído que,

após absorção, se acumula no compartimento ácido das células parietais. É então convertido em sua forma ativa,

uma sulfonamida cíclica, que se liga à H+

ATPa (bomba protônica), causando uma potente e prolongada

supressão da secreção ácida basal e estimulada.

Tal como os outros inibidores da bomba de prótons e inibidores do receptor H2, pantoprazol causa uma redução

da acidez no estômago e, desse modo, um aumento da gastrina proporcional à redução da acidez. O aumento de

gastrina é reversível. O pantoprazol não atua nos receptores de histamina, de acetilcolina ou de gastrina, mas na

etapa final da secreção ácida, independentemente do seu estímulo. A organoespecificidade e a seletividade de

pantoprazol decorrem do fato de somente exercer plenamente sua ação em meio ácido (pH<3), mantendo-se

praticamente inativo em valores de pH mais elevados. Consequentemente, seus completos efeitos

farmacológicos e terapêuticos somente podem ser alcançados nas células parietais secretoras de ácido (Fitton A.,

Wiseman L., Drugs 1996). Por meio de um mecanismo de "feedback", esse efeito diminui à medida que a

secreção ácida é inibida. O efeito é o mesmo se o produto for administrado por via intravenosa ou por via oral. O

início de sua ação se dá logo após a administração da primeira dose e o efeito máximo é cumulativo, ocorrendo

dentro de três dias. A produção ácida total é restabelecida três dias após a interrupção da medicação.

Propriedades farmacocinéticas: Depois da dissolução do comprimido gastrorresistente no intestino,

pantoprazol é absorvido rápida e completamente e a concentração plasmática máxima é alcançada mesmo após

uma administração única de 40 mg. A farmacocinética não varia após administração única ou repetida. Na faixa

de dosagem de 10 a 80 mg, as cinéticas plasmáticas de pantoprazol são virtualmente lineares após ambas as

administrações, oral e intravenosa. A ligação de pantoprazol às proteínas plasmáticas é de aproximadamente

98%. A substância é quase exclusivamente metabolizada no fígado. A excreção renal representa a principal via

de eliminação (cerca de 80%) dos metabólitos de pantoprazol; o restante é excretado com as fezes. O principal

metabólito presente tanto na urina quanto no plasma é o desmetilpantoprazol, conjugado com sulfato. A meia-

vida do principal metabólito (cerca de 1,5 h) não é muito maior do que a do próprio pantoprazol.

Biodisponibilidade: Aproximadamente 2,0 - 2,5 h após a administração são alcançadas concentrações

plasmáticas máximas em torno de 2 – 3 μg/ml, sendo que estes valores permanecem constantes após

administrações múltiplas. O volume de distribuição situa-se em torno de 0,15 l/kg e a taxa de depuração é de

aproximadamente 0,1 l/h.kg. A meia-vida de eliminação é de 1 h. Houve poucos casos de indivíduos com taxa de

eliminação diminuída. Em função da ativação específica de pantoprazol nas células parietais, a sua meia-vida de

eliminação não está relacionada com ação mais prolongada (inibição da secreção ácida). A biodisponibilidade

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absoluta é de 77%. A ingestão concomitante de alimentos não teve nenhuma influência sobre a ASC (área sob a

curva), sobre a concentração plasmática e, portanto, sobre a biodisponibilidade do pantoprazol. Somente a

variabilidade do tempo (lag-time) será aumentada pela ingestão concomitante de alimentos.

Características em pacientes especiais: Quando o pantoprazol é administrado a pacientes com função renal

reduzida (por exemplo, pacientes em diálise), não se requer nenhum ajuste de dose. Assim como em indivíduos

sadios, a meia-vida do pantoprazol é curta. Somente pequenas quantidades de pantoprazol são dialisáveis.

Embora a meia-vida do principal metabólito aumente moderadamente para 2-3 h, a excreção é ainda rápida e

portanto não ocorre acúmulo. Ainda que em pacientes com cirrose hepática (classes A e B de acordo com a

classificação de Child) os valores de meia-vida aumentem para 7 a 9 h e os valores da ASC aumentem por um

fator de 5-7, a concentração plasmática máxima aumenta apenas levemente, por um fator de 1,5, comparando-se

à de indivíduos sãos. Em voluntários idosos, a ASC e a Cmax (concentração máxima) aumentam discretamente

em comparação com as de indivíduos jovens, porém estes aumentos não são clinicamente significativos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O pantoprazol sódico sesqui-hidratado não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida aos

componentes da fórmula, ou a benzimidazóis substituídos.

Assim como outros IBPs, pantoprazol sódico sesqui-hidratado não deve ser coadministrado com atazanavir (ver

Interações medicamentosas).

Em terapia combinada para erradicação do Helicobacter pylori, pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg não

deve ser administrado a pacientes com disfunção hepática ou renal moderada a grave, uma vez que não existe

experiência clínica sobre a eficácia e a segurança da terapia combinada nesses pacientes.

Este medicamento é contraindicado para menores de 5 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg não é indicado para distúrbios gastrintestinais leves, como por

exemplo dispepsia não-ulcerosa.

Quando prescrito como parte de uma terapia combinada, as instruções de uso de cada um dos fármacos devem

ser seguidas.

Na presença de qualquer sintoma de alarme (como significativa perda de peso não intencional, vômitos

recorrentes, disfagia, hematêmese, anemia ou melena) e quando houver suspeita ou presença de úlcera gástrica,

deve-se excluir a possibilidade de malignidade, já que o tratamento com pantoprazol pode aliviar os sintomas e

retardar o diagnóstico.

Caso os sintomas persistam apesar de tratamento adequado, devem-se considerar investigações adicionais.

Em pacientes com disfunção hepática grave (insuficiência hepática), as enzimas hepáticas devem ser

regularmente monitoradas durante o tratamento com pantoprazol sódico sesqui-hidratado; se houver aumento

nos valores enzimáticos, o tratamento deve ser descontinuado.

Assim como os outros inibidores da secreção ácida, pantoprazol sódico sesqui-hidratado pode reduzir a absorção

da vitamina B12 (cianocobalamina) devido a hipocloridria ou acloridria. Este fato deve ser considerado em

terapia por tempo prolongado em pacientes com reserva baixa de vitamina B12 ou com fatores de risco de

absorção reduzida de vitamina B12.

Em terapia de longo prazo, especialmente quando o tratamento exceder 1 ano, os pacientes devem ser mantidos

sob acompanhamento regular.

Como todos os inibidores de bomba de próton, o pantoprazol pode aumentar a contagem de bactérias

normalmente presentes no trato gastrointestinal superior. O tratamento com pantoprazol sódico sesqui-hidratado

pode levar a um leve aumento do risco de infecções gastrointestinais causadas por bactérias como Salmonella,

Campylobacter e C. difficile.

Pacientes que não responderem ao tratamento após quatro semanas deverão ser investigados.

Gravidez e lactação: pantoprazol sódico sesqui-hidratado não deve ser administrado em gestantes e lactantes, a

menos que absolutamente necessário, uma vez que a experiência clínica sobre seu uso em mulheres nestas

condições é limitada. A excreção de pantoprazol no leite materno tem sido observada. Estudos de reprodução em

animais demonstraram uma fetotoxicidade leve com doses acima de 5 mg/kg. O pantoprazol sódico sesqui-

hidratado só deve ser utilizado quando o benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto

ou à criança.

Categoria B de risco na gravidez - Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes idosos: Não é necessária nenhuma adaptação posológica em indivíduos idosos. O pantoprazol sódico

sesqui-hidratado pode ser utilizado por pessoas com mais de 65 anos, porém a dose de 40 mg ao dia só deve ser

ultrapassada nos pacientes com infecção por Helicobacter pylori, durante uma semana de tratamento.

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Pacientes pediátricos: pantoprazol sódico sesqui-hidratado está indicado para o tratamento de curta duração (até

8 semanas) da esofagite erosiva (EE) associada com DRGE em pacientes com mais de 5 anos de idade.

Pacientes com insuficiência hepática: em pacientes com insuficiência hepática grave, a dose deve ser reduzida

para 40 mg de pantoprazol em dias alternados. Nestes pacientes, os níveis de enzimas hepáticas devem ser

monitorados durante a terapia; caso ocorra uma elevação desses níveis, o tratamento com pantoprazol deve ser

descontinuado.

Pacientes com insuficiência renal: A dose diária de 40 mg de pantoprazol não deve ser excedida.

Dirigir e operar máquinas: Reações adversas como tontura e distúrbios visuais podem ocorrer. Se afetado,

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

O pantoprazol pode alterar a absorção de medicamentos cuja biodisponibilidade dependa do pH do suco gástrico,

como por exemplo o cetoconazol. Isto se aplica também a medicamentos ingeridos pouco antes de pantoprazol

sódico sesqui-hidratado.

Demonstrou-se que a coadministração de atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg com omeprazol (40 mg uma vez

ao dia) ou atazanavir 400 mg com lanzoprazol (dose única de 60 mg) a voluntários sadios resulta em redução

substancial na biodisponibilidade de atazanavir. A absorção de atazanavir depende do pH. Portanto, os IBPs,

incluindo o pantoprazol, não devem ser coadministrados com atazanavir (vide Contraindicações).

O pantoprazol é extensamente metabolizado no fígado por meio do sistema enzimático do citocromo P450

(CYP2C19 e CYP3A4). Inicialmente sofre desmetilação e oxidação a sulfonas pelas subenzimas CYP2C19 e

CYP3A4 do citocromo P450 (fase I do metabolismo).

Como consequência da baixa afinidade do pantoprazol e de seus metabólitos hidroxipantoprazol e

hidroxipantoprazolsulfona pelas enzimas do citocromo P450, seu potencial de interação na fase I é limitado, o

que permite que a droga saia rapidamente do retículo endoplasmático e seja subsequentemente transferida para o

citoplasma para ser conjugada com sulfato na fase II do metabolismo. Esta baixa afinidade resulta em

predominância do metabolismo no sistema de conjugação (fase II) que, ao contrário do sistema P 450, não é

saturável e consequentemente não interativo. Esta etapa independe do sistema enzimático citocromo P 450.

Em princípio, não se pode excluir a interação entre pantoprazol e outras substâncias metabolizadas pelas mesmas

enzimas. Entretanto, não se observou nenhuma interação clinicamente significativa nos estudos específicos com

um grande número de medicamentos ou compostos, como carbamazepina, cafeína, diazepam, diclofenaco,

digoxina, etanol, glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína, piroxicam, teofilina e

contraceptivos orais. Não existe interação na administração concomitante de antiácidos; a ingestão de antiácidos

não interfere na absorção do pantoprazol. Nos estudos sobre interações medicamentosas conduzidos até o

momento, em que se analisaram os substratos de todas as famílias do citocromo P450 envolvidas no

metabolismo de drogas no homem, verificou-se que pantoprazol não afeta a farmacocinética ou a

farmacodinâmica de carbamazepina, cafeína, diazepam, diclofenaco, digoxina, etanol, glibenclamida,

metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína, piroxicam, teofilina e contraceptivos orais. O pantoprazol não

aumenta a excreção urinária dos marcadores de indução ácido D-glucarídico e 6 β-hidroxicortisol. Da mesma

forma, as drogas investigadas não influenciaram a farmacocinética do pantoprazol.

Embora não se tenho observado em estudos clínicos farmacocinéticos nenhuma interação durante a

administração concomitante com femprocumona ou com varfarina, há relatos do período pós-comercialização

sobre alguns casos isolados de alterações no INR (tempo de protrombina do paciente/média normal do tempo de

protrombina) ISI nessas situações. Consequentemente, recomenda-se em pacientes tratados com anticoagulantes

cumarínicos a monitoração do tempo de protrombina/INR após o início e o término ou durante o uso irregular de

pantoprazol.

Estudos de interação farmacocinética em humanos com administração de pantoprazol sódico simultaneamente

com os antibióticos claritromicina, metronidazol ou amoxicilina não revelaram nenhuma interação clinicamente

significativa.

Assim como com outros inibidores da bomba de próton, o uso concomitante do medicamento pantoprazol sódico

sesqui-hidratado com metotrexato (principalmente em doses altas) pode elevar e prolongar os níveis séricos

desse fármaco e/ou de seu metabólito hidroximetotrexato, causando eventual toxicidade.

Interferência em exames de laboratório: Em alguns poucos casos isolados detectaram-se alterações no tempo

de coagulação durante o uso de pantoprazol. Portanto, recomenda-se em pacientes tratados com anticoagulantes

cumarínicos a monitoração do tempo de coagulação após o início e o final ou durante o tratamento com

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).

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Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento: pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg comprimido revestido oblongo

amarelo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe

alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg

• Tratamento (cicatrização) de úlcera péptica duodenal, úlcera péptica gástrica e esofagites de refluxo moderadas

ou graves: A posologia habitualmente recomendada é de um comprimido de 40 mg ao dia antes, durante ou após

o café da manhã. Úlceras duodenais normalmente cicatrizam completamente em duas semanas. Para úlceras

gástricas e esofagite por refluxo, em geral é adequado um período de tratamento de quatro semanas. Em casos

individuais pode ser necessário estender o tratamento para quatro semanas (úlcera duodenal) ou para 8 semanas

(úlcera gástrica e esofagite por refluxo). Em casos isolados de esofagite por refluxo, úlcera gástrica ou úlcera

duodenal, a dose diária pode ser aumentada para 2 comprimidos ao dia, particularmente nos casos de pacientes

refratários a outros medicamentos antiulcerosos.

• Para erradicação do Helicobacter pylori: Nos casos de úlcera gástrica ou duodenal associadas à infecção por

Helicobacter pylori, a erradicação da bactéria é obtida por meio da terapia combinada com dois antibióticos,

motivo pelo qual se recomenda administrar pantoprazol sódico sesqui-hidratado em jejum nesta condição.

Qualquer uma das seguintes combinações de pantoprazol sódico sesqui-hidratado com antibióticos é

recomendada, dependendo do padrão de resistência da bactéria:

a) um comprimido de pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg duas vezes ao dia

+ 1.000 mg de amoxicilina duas vezes ao dia

+ 500 mg de claritromicina duas vezes ao dia

b) um comprimido de pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg duas vezes ao dia

+ 500 mg de metronidazol duas vezes ao dia

c) um comprimido de pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg duas vezes ao dia

A duração da terapia combinada para erradicação da infecção por Helicobacter pylori é de sete dias, podendo ser

prolongada por até no máximo 14 dias. Havendo necessidade de tratamento adicional com pantoprazol sódico

sesqui-hidratado após esse período (por exemplo em função da persistência da sintomatologia) para garantir a

cicatrização completa da úlcera, manter a posologia recomendada para úlceras gástricas e duodenais.

Em pacientes idosos ou com insuficiência renal, a dose diária de um comprimido de 40 mg não deve ser

excedida, a não ser na terapia combinada para erradicação do Helicobacter pylori, na qual pacientes idosos

também devem receber, durante uma semana, a dose usual de 2 comprimidos ao dia (80 mg de pantoprazol

sódico sesqui-hidratado/dia). Em caso de redução intensa da função hepática, a dose deve ser ajustada para um

comprimido de 40 mg a cada dois dias.

• Tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e de outras doenças causadoras de produção exagerada de ácido

pelo estômago: Os pacientes devem iniciar o tratamento com uma dose diária de 80 mg (2 comprimidos de

pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg). Em seguida, a dose pode ser alterada para uma dose maior ou

menor conforme necessário, adotando-se medições de secreção de ácido gástrico como parâmetro. Doses diárias

acima de 80 mg devem ser divididas e administradas duas vezes ao dia (dois comprimidos de pantoprazol sódico

sesqui-hidratado 40 mg por dia). Aumentos temporários da dose diária para valores acima de 160 mg de

pantoprazol são possíveis, mas não devem ser administrados por períodos que se prolonguem além do necessário

para controlar devidamente a secreção ácida. A duração do tratamento da Síndrome de Zollinger-Ellison e outras

condições patológicas hipersecretórias não é limitada e deve ser adaptada conforme necessidade clínica.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido.

O pantoprazol sódico sesqui-hidratado pode ser administrado antes, durante ou após o café da manhã, exceto

quando associado a antibióticos (pantoprazol sódico sesqui-hidratado 40 mg) para erradicação do Helicobacter

pylori, quando se recomenda a administração em jejum.

Os comprimidos não devem ser mastigados, partidos ou triturados.

9. REAÇÕES ADVERSAS

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Aproximadamente 5% dos pacientes apresentam reações adversas com o medicamento. Os efeitos mais comuns

são diarreia e cefaleia), que ocorrem em menos de 1% dos pacientes.

Podem ocorrer as seguintes reações adversas com o uso do produto:

Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Distúrbios do

sono, cefaleia, diarreia, náusea/vômito, inchaço e distensão abdominal, dor e desconforto abdominal,

constipação, aumento nos níveis de enzimas hepáticas (transaminases, γ-GT), vertigem, reações alérgicas como

prurido, exantema, rash e erupções, astenia, fadiga e mal estar.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): agranulocitose,

hipersensibilidade (incluindo reações e choque anafilático), hiperlipidemias e aumento nos níveis de

triglicerídios e colesterol, alterações de peso, depressão (e agravamento), distúrbios de paladar, distúrbios visuais

(visão turva), aumento nos níveis de bilirrubina, urticária, angioedema, artralgia, mialgia, ginecomastia, elevação

da temperatura corporal, edema periférico.

Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): leucopenia,

trombocitopenia, pancitopenia, desorientação (e agravamento).

Reações de frequência desconhecida: hiponatremia; hipomagnesenemia; alucinação, confusão (especialmente

em pacientes predispostos, bem como agravamento em pacientes cujos sintomas são pré-existentes), dano

hepatocelular grave levando a icterícia com ou sem insuficiência hepática, nefrite intersticial, reações

dermatológicas graves como síndrome de Stevens Johnson, eritema multiforme, síndrome de Lyell,

fotossensibilidade.

Pacientes Pediátricos: A segurança de pantoprazol sódico sesqui-hidratado no tratamento da esofagite erosiva

(EE) associada com DRGE foi avaliada em pacientes com idades entre 5 e 16 anos em três estudos clínicos.

Embora a EE seja incomum em pacientes pediátricos, também foram avaliados estudos de segurança envolvendo

249 pacientes pediátricos com DRGE sintomática ou endoscopicamente comprovada. Todas as reações adversas

do pantoprazol em pacientes adultos foram consideradas relevantes em pacientes pediátricos. As reações

adversas mais comumente relatadas (> 4%) em pacientes com idade entre 1 e 16 anos incluem: infecção

respiratória alta, cefaleia, febre, diarreia, vômito, irritação da pele e dor abdominal.

As reações adversas adicionais relatadas em estudos clínicos com o pantoprazol em pacientes pediátricos com

frequência ≤ 4%, por sistema orgânico, foram:

Geral: reação alérgica, edema facial

Gastrintestinal: constipação, flatulência, náusea

Metabólico/Nutricional: aumento de triglicerídios, enzimas hepáticas elevadas e creatinoquinase (CK)

Músculoesquelético: artralgia, mialgia

Sistema Nervoso: tontura, vertigem

Pele e Anexos: urticária

As seguintes reações adversas observadas em estudos clínicos com pacientes adultos não foram relatadas em

pacientes pediátricos, mas são consideradas relevantes: reação de fotossensibilidade, boca seca, hepatite,

trombocitopenia, edema generalizado, depressão, prurido, leucopenia e visão turva.

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www8.anvisa.gov.br/notivisa/frmCadastro.asp, ou a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.