Bula do Pantoprazol para o Profissional

Bula do Pantoprazol produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Pantoprazol
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PANTOPRAZOL PARA O PROFISSIONAL

pantoprazol sódico sesqui-

hidratado

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

Comprimido revestido

20 mg e 40 mg

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pantoprazol sódico sesqui-hidratado

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Comprimido gastrorresistente de 20 mg: embalagens com 7, 14, 28 ou 42 comprimidos.

Comprimido gastrorresistente de 40 mg: embalagens com 7, 14, 28 ou 42 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 5 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido gastrorresitente contém:

pantoprazol .................................. 20 mg* .................................. 40 mg**

excipientes q.s.p. ............ 1 comprimido ........................... 1 comprimido

* correspondente a 22,57 mg de pantoprazol sódico sesqui-hidratado

** correspondente a 45,10 mg de pantoprazol sódico sesqui-hidratado

(carbonato de sódio, citrato de trietila, óxido de ferro amarelo, crospovidona, dióxido de silício, dióxido

de titânio, estearato de cálcio, manitol, hipromelose, macrogol, polímero de ácido metracrílico e acrilato

de etila, povidona)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

O pantoprazol 20 mg é indicado para:

- Tratamento das lesões gastrintestinais leves.

- Alívio dos sintomas gastrintestinais decorrentes da secreção ácida gástrica.

- Gastrites ou gastroduodenites agudas ou crônicas e dispepsias não-ulcerosas.

- Tratamento da doença por refluxo gastroesofágico sem esofagite, das esofagites leves e de manutenção

de pacientes com esofagite de refluxo cicatrizada para prevenção de recidivas em adultos e pacientes

pediátricos acima de 5 anos.

- Profilaxia das lesões agudas da mucosa gastroduodenal induzidas por medicamentos como os anti-

inflamatórios não-hormonais.

O pantoprazol 40 mg é indicado para:

- Tratamento de úlcera péptica duodenal e úlcera péptica gástrica.

- Tratamento de esofagite de refluxo moderada ou grave em adultos e pacientes pediátricos acima de 5

anos. Para as esofagites leves, recomenda-se pantoprazol 20 mg comprimidos revestidos.

- Erradicação do Helicobacter pylori com a finalidade de evitar a recorrência de úlcera gástrica ou

duodenal causada por este micro-organismo. Neste caso, deve ser associado a dois antibióticos

adequados.

- Tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e de outras doenças que produzem ácido em excesso no

estômago.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia do pantoprazol no tratamento da doença por refluxo gastroesofágico envolvendo os diferentes

graus de comprometimento do órgão foi demonstrada em diversos estudos clínicos mediante avaliação

endoscópica e evolução dos sintomas durante um mesmo período de tratamento, em geral 4 e 8 semanas.

Com pantoprazol 20 mg, as porcentagens de cicatrização e alívio dos sintomas na doença por refluxo

gastroesofágico de grau leve e sem erosão variaram entre 80% e 89,7% em tratamento de 4 semanas de

duração, e entre 90% a 96% em tratamento de 8 semanas. Comparativamente, os resultados com

ranitidina 300 mg foram de 55% a 74,4% em tratamento de 4 semanas, e de 73% a 88,4% em tratamento

de 8 semanas. As diferenças entre a eficácia dos fármacos foram estatisticamente significativas (van Zyl,

2000; Ramirez-Barba,1998; Dettmer,1998). O alívio da pirose em doença por refluxo gastroesofágico

sem esofagite ocorreu em 80% dos pacientes após 2 semanas de tratamento com pantoprazol 20 mg e em

46% do grupo placebo (p < 0,001) (Moola, 1999).

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No tratamento da doença por refluxo gastroesofágico moderado a grave, pantoprazol 40 mg

proporcionou, em 4 semanas de tratamento, alívio dos sintomas significativamente mais rápido do que

esomeprazol 40 mg (Scholten, 2003). Estudos comparativos com bloqueadores H2 demonstraram a

superioridade de pantoprazol 40 mg, com taxas de cicatrização que variaram de 69% a 81,9%

(pantoprazol) e 43,3% a 57% (bloqueador H2) em 4 semanas de tratamento, e de 82% a 94%

(pantoprazol) e 60% a 74% ( bloqueador H2) em 8 semanas. Em ambos os períodos, as diferenças foram

significativas em todos os estudos (Duvnjak, 2000; Gallo, 1998; Dammann, 1997; Koop, 1995). O alívio

da pirose após 2 e 4 semanas de tratamento foi de 81% e 91% nos pacientes tratados com pantoprazol

versus 55% e 58% nos pacientes tratados com ranitidina (ambos p < 0,001) em uma população brasileira

(Meneghelli, 2000).

No tratamento de úlceras duodenais, as porcentagens de cicatrização alcançaram índices elevados, que

variaram de 61% a 81% (pantoprazol 40 mg) versus 35% a 53% (bloqueador H2) no tratamento de 2

semanas e de 91% a 97% (pantoprazol) versus 81% a 86% (bloqueador H2) no tratamento de 4 semanas

(as diferenças foram significativas para ambos períodos em todos os estudos) (van Rensburg, 1994;

Judmaier, 1994; Dibildox, 1996; Scheirle, 1997).

Em úlceras gástricas, a terapia com pantoprazol 40 mg proporcionou taxas de cicatrização

significativamente mais elevadas (p < 0,05) do que os bloqueadores H2, variando de 82% a 87%

(pantoprazol) e de 58% a 70% (bloqueador H2) no tratamento de 4 semanas, e de 91% a 97%

(pantoprazol) versus 80% a 82% (bloqueador H2) no tratamento de 8 semanas (Hotz, 1995; Bosseckert,

1997). Em relação ao alívio da dor, o pantoprazol foi significativamente superior ao bloqueador H2: 81%

versus 62% (Schepp, 1995).

A erradicação da bactéria H. pylori com pantoprazol associado a diferentes esquemas de antibióticos

mostrou-se altamente eficaz (Bardhan, 1998; Dajani, 1998; Ellenrieder, 1998; Adamek, 1998; Luna,

1999; Dani, 2000; Castro, 2001, Cheer, 2003) apresentando índices elevados de erradicação, de até 100%

PP e 92,6% ITT (Adamek, 1995).

Na dispepsia funcional, a melhora dos sintomas no grupo tratado com pantoprazol 20 mg durante 28 dias

foi de 58%, em comparação com 47% nos tratados com placebo pelo mesmo período (OR 0,646).

(Rensburg, 2002).

Para a profilaxia do desenvolvimento de lesões gastrintestinais devidas ao uso contínuo de anti-

inflamatórios não hormonais, pantoprazol 20 mg demonstrou ser mais eficaz e bem tolerado que

misoprostol 400 µg/dia (p < 0,001), com taxas de 93% e 89% (pantoprazol) e 79% e 70 % (misoprostol)

na análise ITT após 3 e 6 meses de tratamento, respectivamente. A diferença foi significativa aos 6 meses.

Em relação à melhora dos sintomas com pantoprazol, as taxas aos 3 e 6 meses foram de 99% e com

misoprostol foram de 92% (p = 0,005 aos 3 meses e p = 0,002 aos 6 meses) (Stupnicki, 2003).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O pantoprazol é um inibidor da bomba de prótons, isto é, promove inibição específica e dose-dependente

da enzima gástrica H+

K+

ATPase, responsável pela secreção de ácido clorídrico pelas células parietais do

estômago. Sua substância ativa é um benzimidazol substituído que, após absorção, se acumula no

compartimento ácido das células parietais. É então convertido em sua forma ativa, uma sulfonamida

cíclica, que se liga à H+

ATPase (bomba protônica), causando uma potente e prolongada supressão da

secreção ácida basal e estimulada.

Tal como os outros inibidores da bomba de prótons e inibidores do receptor H2, pantoprazol causa uma

redução da acidez no estômago e, desse modo, um aumento da gastrina proporcional à redução da acidez.

O aumento de gastrina é reversível. O pantoprazol não atua nos receptores de histamina, de acetilcolina

ou de gastrina, mas na etapa final da secreção ácida, independentemente do seu estímulo. A

organoespecificidade e a seletividade de pantoprazol decorrem do fato de somente exercer plenamente

sua ação em meio ácido (pH < 3), mantendo-se praticamente inativo em valores de pH mais elevados.

Consequentemente, seus completos efeitos farmacológicos e terapêuticos somente podem ser alcançados

nas células parietais secretoras de ácido (Fitton A., Wiseman L., Drugs 1996). Por meio de um

mecanismo de "feedback", esse efeito diminui à medida que a secreção ácida é inibida. O efeito é o

mesmo se o produto for administrado por via intravenosa ou por via oral. O início de sua ação se dá logo

após a administração da primeira dose e o efeito máximo é cumulativo, ocorrendo dentro de 3 dias. A

produção ácida total é restabelecida 3 dias após a interrupção da medicação.

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Propriedades farmacocinéticas

Depois da dissolução do comprimido gastrorresistente no intestino, pantoprazol é absorvido rápido e

completamente e a concentração plasmática máxima é alcançada mesmo após uma administração única

de 40 mg. A farmacocinética não varia após administração única ou repetida. Na faixa de dosagem de 10

a 80 mg, as cinéticas plasmáticas de pantoprazol são virtualmente lineares após ambas as administrações,

oral e intravenosa. A ligação de pantoprazol às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 98%. A

substância é quase exclusivamente metabolizada no fígado. A excreção renal representa a principal via de

eliminação (cerca de 80%) dos metabólitos de pantoprazol; o restante é excretado com as fezes. O

principal metabólito presente tanto na urina quanto no plasma é o desmetilpantoprazol, conjugado com

sulfato. A meia-vida do principal metabólito (cerca de 1,5 h) não é muito maior do que a do próprio

pantoprazol.

Biodisponibilidade

Aproximadamente 2,0-2,5 h após a administração são alcançadas concentrações plasmáticas máximas em

torno de 2-3 µg/mL, sendo que estes valores permanecem constantes após administrações múltiplas. O

volume de distribuição situa-se em torno de 0,15 L/kg e a taxa de depuração é de aproximadamente 0,1

L/h.kg. A meia-vida de eliminação é de 1 h. Houve poucos casos de indivíduos com taxa de eliminação

diminuída. Em função da ativação específica de pantoprazol nas células parietais, a sua meia-vida de

eliminação não está relacionada com ação mais prolongada (inibição da secreção ácida). A

biodisponibilidade absoluta é de 77%. A ingestão concomitante de alimentos não teve nenhuma

influência sobre a ASC (área sob a curva), sobre a concentração plasmática e, portanto, sobre a

biodisponibilidade do pantoprazol. Somente a variabilidade do tempo (lag-time) será aumentada pela

ingestão concomitante de alimentos.

Características em pacientes especiais

Quando o pantoprazol é administrado a pacientes com função renal reduzida (por exemplo, pacientes em

diálise), não se requer nenhum ajuste de dose. Assim como em indivíduos sadios, a meia-vida do

pantoprazol é curta. Somente pequenas quantidades de pantoprazol são dialisáveis. Embora a meia-vida

do principal metabólito aumente moderadamente para 2-3 h, a excreção é ainda rápida e, portanto, não

ocorre acúmulo. Ainda que em pacientes com cirrose hepática (classes A e B de acordo com a

classificação de Child) os valores de meia-vida aumentem para 7 a 9 h e os valores da ASC aumentem por

um fator de 5-7, a concentração plasmática máxima aumenta apenas levemente, por um fator de 1,5,

comparando-se à de indivíduos sãos. Em voluntários idosos, a ASC e a Cmáx (concentração máxima)

aumentam discretamente em comparação com as de indivíduos jovens, porém estes aumentos não são

clinicamente significativos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida aos componentes da

fórmula, ou a benzimidazois substituídos.

Assim como outros IBPs, pantoprazol não deve ser coadministrado com atazanavir (vide “Interações

Medicamentosas”).

Em terapia combinada para erradicação do Helicobacter pylori, o pantoprazol 40 mg não deve ser

administrado a pacientes com disfunção hepática ou renal moderada a grave, uma vez que não existe

experiência clínica sobre a eficácia e a segurança da terapia combinada nesses pacientes.

Este medicamento é contraindicado para menores de 5 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O pantoprazol 40 mg não é indicado para distúrbios gastrintestinais leves, como por exemplo dispepsia

não-ulcerosa. Nestes casos recomenda-se pantoprazol 20 mg.

Quando prescrito como parte de uma terapia combinada, as instruções de uso de cada um dos fármacos

devem ser seguidas.

Na presença de qualquer sintoma de alarme (como significativa perda de peso não intencional, vômitos

recorrentes, disfagia, hematêmese, anemia ou melena), e quando houver suspeita ou presença de úlcera

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gástrica, deve-se excluir a possibilidade de malignidade, já que o tratamento com pantoprazol pode aliviar

os sintomas e retardar o diagnóstico.

Caso os sintomas persistam, apesar de tratamento adequado, devem-se considerar investigações

adicionais.

Em pacientes com disfunção hepática grave (insuficiência hepática), as enzimas hepáticas devem ser

regularmente monitoradas durante o tratamento com pantoprazol; se houver aumento nos valores

enzimáticos, o tratamento deve ser descontinuado.

Assim como os outros inibidores da secreção ácida, pantoprazol pode reduzir a absorção da vitamina B12

(cianocobalamina) devido a hipocloridria ou acloridria. Este fato deve ser considerado em terapia por

tempo prolongado em pacientes com reserva baixa de vitamina B12 ou com fatores de risco de absorção

reduzida de vitamina B12.

Em terapia de longo prazo, especialmente quando o tratamento exceder 1 ano, os pacientes devem ser

mantidos sob acompanhamento regular.

Como todos os inibidores de bomba de próton, o pantoprazol pode aumentar a contagem de bactérias

normalmente presentes no trato gastrointestinal superior. O tratamento com pantoprazol pode levar a um

leve aumento do risco de infecções gastrointestinais causadas por bactérias como Salmonella,

Campylobacter e C. difficile.

O tratamento com os inibidores de bomba de próton pode estar associado a um risco aumentado de

fraturas relacionadas à osteoporose do quadril, punho ou coluna vertebral. O risco de fratura foi maior nos

pacientes que receberam altas doses, definidas como doses múltiplas diárias, e terapia de longo prazo com

IBP (um ano ou mais).

Pacientes que não responderem ao tratamento após 4 semanas deverão ser investigados.

Gravidez e lactação

O pantoprazol não deve ser administrado em gestantes e lactantes, a menos que absolutamente necessário,

uma vez que a experiência clínica sobre seu uso em mulheres nestas condições é limitada. A excreção de

pantoprazol no leite materno tem sido observada. Estudos de reprodução em animais demonstraram uma

fetotoxicidade leve com doses acima de 5 mg/kg. Este medicamento só deve ser utilizado quando o

benefício para a mãe for considerado maior que o risco potencial ao feto ou à criança.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas

sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes idosos

Não é necessária nenhuma adaptação posológica em indivíduos idosos. O pantoprazol pode ser utilizado

por pessoas com mais de 65 anos, porém a dose de 40 mg ao dia só deve ser ultrapassada nos pacientes

com infecção por Helicobacter pylori, durante uma semana de tratamento.

Pacientes pediátricos

O pantoprazol está indicado para o tratamento de curta duração (até 8 semanas) da esofagite erosiva (EE)

associada com DRGE em pacientes com mais de 5 anos de idade.

Pacientes com insuficiência hepática

Em pacientes com insuficiência hepática grave, a dose deve ser reduzida para 40 mg de pantoprazol em

dias alternados. Nestes pacientes, os níveis de enzimas hepáticas devem ser monitorados durante a

terapia; caso ocorra uma elevação desses níveis, o tratamento com pantoprazol deve ser descontinuado.

Pacientes com insuficiência renal

A dose diária de 40 mg de pantoprazol não deve ser excedida.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Reações adversas como tontura e distúrbios visuais podem ocorrer. Se afetado, o paciente não deve dirigir

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

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O pantoprazol pode alterar a absorção de medicamentos cuja biodisponibilidade dependa do pH do suco

gástrico, como por exemplo o cetoconazol. Isto se aplica também a medicamentos ingeridos pouco antes

de pantoprazol.

Demonstrou-se que a coadministração de atazanavir 300 mg e ritonavir 100 mg com omeprazol (40 mg

uma vez ao dia) ou atazanavir 400 mg com lansoprazol (dose única de 60 mg) a voluntários sadios resulta

em redução substancial na biodisponibilidade de atazanavir. A absorção de atazanavir depende do pH.

Portanto, os IBPs, incluindo o pantoprazol, não devem ser coadministrados com atazanavir (vide

“Contraindicações”).

O pantoprazol é extensamente metabolizado no fígado por meio do sistema enzimático do citocromo

P450 (CYP2C19 e CYP3A4). Inicialmente sofre desmetilação e oxidação a sulfonas pelas subenzimas

CYP2C19 e CYP3A4 do citocromo P450 (fase I do metabolismo).

Como consequência da baixa afinidade do pantoprazol e de seus metabólitos hidroxipantoprazol e

hidroxipantoprazolsulfona pelas enzimas do citocromo P450, seu potencial de interação na fase I é

limitado, o que permite que a droga saia rapidamente do retículo endoplasmático e seja subsequentemente

transferida para o citoplasma para ser conjugada com sulfato na fase II do metabolismo. Esta baixa

afinidade resulta em predominância do metabolismo no sistema de conjugação (fase II) que, ao contrário

do sistema P450, não é saturável e consequentemente não interativo. Esta etapa independe do sistema

enzimático citocromo P450.

Em princípio, não se pode excluir a interação entre pantoprazol e outras substâncias metabolizadas pelas

mesmas enzimas. Entretanto, não se observou nenhuma interação clinicamente significativa nos estudos

específicos com um grande número de medicamentos ou compostos, como carbamazepina, cafeína,

diazepam, diclofenaco, digoxina, etanol, glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína,

piroxicam, teofilina e contraceptivos orais. Não existe interação na administração concomitante de

antiácidos; a ingestão de antiácidos não interfere na absorção do pantoprazol. Nos estudos sobre

interações medicamentosas conduzidos até o momento, em que se analisaram os substratos de todas as

famílias do citocromo P450 envolvidas no metabolismo de drogas no homem, verificou-se que

pantoprazol não afeta a farmacocinética ou a farmacodinâmica de carbamazepina, cafeína, diazepam,

diclofenaco, digoxina, etanol, glibenclamida, metoprolol, naproxeno, nifedipina, fenitoína, piroxicam,

teofilina e contraceptivos orais. O pantoprazol não aumenta a excreção urinária dos marcadores de

indução ácido D-glucarídico e 6 β-hidroxicortisol. Da mesma forma, as drogas investigadas não

influenciaram a farmacocinética do pantoprazol.

Embora não se tenha observado em estudos clínicos farmacocinéticos nenhuma interação durante a

administração concomitante com femprocumona ou com varfarina, há relatos do período pós-

comercialização sobre alguns casos isolados de alterações no INR (tempo de protrombina do

paciente/média normal do tempo de protrombina) ISI nessas situações. Consequentemente, recomenda-se

em pacientes tratados com anticoagulantes cumarínicos a monitorização do tempo de protrombina/INR

após o início e o término ou durante o uso irregular de pantoprazol.

Estudos de interação farmacocinética em humanos com administração de pantoprazol sódico

simultaneamente com os antibióticos claritromicina, metronidazol ou amoxicilina não revelaram nenhuma

interação clinicamente significativa.

Assim como com outros inibidores da bomba de próton, o uso concomitante do medicamento pantoprazol

com metotrexato (principalmente em doses altas) pode elevar e prolongar os níveis séricos desse fármaco

e/ou de seu metabólito hidroximetotrexato, causando eventual toxicidade.

Interferência em exames de laboratório

Em alguns poucos casos isolados detectaram-se alterações no tempo de coagulação durante o uso de

pantoprazol. Portanto, recomenda-se em pacientes tratados com anticoagulantes cumarínicos a

monitorização do tempo de coagulação após o início e o final ou durante o tratamento com pantoprazol.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

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Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Este medicamento se apresenta na forma de comprimido revestido circular, amarelo claro, biconvexo e

liso nas duas faces.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

- pantoprazol 20 mg:

A posologia habitualmente recomendada é de 1 comprimido de pantoprazol 20 mg uma vez ao dia.

A duração do tratamento fica a critério médico e dependente da indicação. Na maioria dos pacientes, o

alívio dos sintomas é rápido. Na esofagite por refluxo leve, em geral um tratamento de 4 a 8 semanas é

suficiente.

- pantoprazol 40 mg:

- Tratamento (cicatrização) de úlcera péptica duodenal, úlcera péptica gástrica e esofagites de

refluxo moderadas ou graves: a posologia habitualmente recomendada para adultos é de 1 comprimido

de 40 mg ao dia antes, durante ou após o café da manhã. Úlceras duodenais normalmente cicatrizam

completamente em 2 semanas. Para úlceras gástricas e esofagite por refluxo, em geral é adequado um

período de tratamento de 4 semanas. Em casos individuais pode ser necessário estender o tratamento para

4 semanas (úlcera duodenal) ou para 8 semanas (úlcera gástrica e esofagite por refluxo). Em casos

isolados de esofagite por refluxo, úlcera gástrica ou úlcera duodenal, a dose diária pode ser aumentada

para 2 comprimidos ao dia, particularmente nos casos de pacientes refratários a outros medicamentos

antiulcerosos.

Posologia para crianças maiores de 5 anos:

- ≥ 15 kg a ≤ 40 kg de peso corporal: 20 mg, uma vez por dia, por até 8 semanas.

- ≥ 40 kg: 40 mg, uma vez ao dia, por até 8 semanas.

- Para erradicação do Helicobacter pylori: nos casos de úlcera gástrica ou duodenal associadas à

infecção por Helicobacter pylori, a erradicação da bactéria é obtida por meio da terapia combinada com

dois antibióticos, motivo pelo qual se recomenda administrar pantoprazol em jejum nesta condição.

Qualquer uma das seguintes combinações de pantoprazol com antibióticos é recomendada, dependendo

do padrão de resistência da bactéria:

a) 1 comprimido de pantoprazol 40 mg duas vezes ao dia

+ 1.000 mg de amoxicilina duas vezes ao dia

+ 500 mg de claritromicina duas vezes ao dia

b) 1 comprimido de pantoprazol 40 mg duas vezes ao dia

+ 500 mg de metronidazol duas vezes ao dia

c) 1 comprimido de pantoprazol 40 mg duas vezes ao dia

A duração da terapia combinada para erradicação da infecção por Helicobacter pylori é de 7 dias,

podendo ser prolongada por até no máximo 14 dias. Havendo necessidade de tratamento adicional com

pantoprazol após esse período (por exemplo em função da persistência da sintomatologia) para garantir a

cicatrização completa da úlcera, manter a posologia recomendada para úlceras gástricas e duodenais.

Em pacientes idosos ou com insuficiência renal, a dose diária de 1 comprimido de 40 mg não deve ser

excedida, a não ser na terapia combinada para erradicação do Helicobacter pylori , na qual pacientes

idosos também devem receber, durante 1 semana, a dose usual de 2 comprimidos ao dia (80 mg de

pantoprazol/dia). Em caso de redução intensa da função hepática, a dose deve ser ajustada para 1

comprimido de 40 mg a cada dois dias ou 1 comprimido de 20 mg ao dia.

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- Tratamento da síndrome de Zollinger-Ellison e de outras doenças causadoras de produção

exagerada de ácido pelo estômago: os pacientes devem iniciar o tratamento com uma dose diária de 80

mg (2 comprimidos de pantoprazol 40 mg). Em seguida, a dose pode ser alterada para uma dose maior ou

menor conforme necessário, adotando-se medições de secreção de ácido gástrico como parâmetro. Doses

diárias acima de 80 mg devem ser divididas e administradas 2 vezes ao dia (2 comprimidos de

pantoprazol 40 mg por dia). Aumentos temporários da dose diária para valores acima de 160 mg de

pantoprazol são possíveis, mas não devem ser administrados por períodos que se prolonguem além do

necessário para controlar devidamente a secreção ácida. A duração do tratamento da síndrome de

Zollinger- Ellison e outras condições patológicas hipersecretórias não é limitada e deve ser adaptada

conforme necessidade clínica.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido. Podem ser administrados antes,

durante ou após o café da manhã, exceto quando associado a antibióticos (pantoprazol 40 mg) para

erradicação do Helicobacter pylori, quando se recomenda a administração em jejum.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Aproximadamente 5% dos pacientes apresentam reações adversas com o medicamento. Os efeitos mais

comuns são diarreia e cefaleia, que ocorrem em menos de 1% dos pacientes.

Podem ocorrer as seguintes reações adversas com o uso do produto:

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): distúrbios

do sono, cefaleia, boca seca, diarreia, náusea, vômito, inchaço e distensão abdominal, dor e desconforto

abdominal, constipação, aumento nos níveis de enzimas hepáticas (transaminases, γ-GT), vertigem,

reações alérgicas como prurido, exantema, rash e erupções, astenia, fadiga e mal estar.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):

agranulocitose, hipersensibilidade (incluindo reações e choque anafilático), hiperlipidemias e aumento

nos níveis de triglicerídios e colesterol, alterações de peso, depressão (e agravamento), distúrbios de

paladar, distúrbios visuais (visão turva), aumento nos níveis de bilirrubina, urticária, angioedema,

artralgia, mialgia, ginecomastia, elevação da temperatura corporal, edema periférico.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):

leucopenia, trombocitopenia, pancitopenia, desorientação (e agravamento).

Reação com frequência desconhecida: hiponatremia, hipomagnesinemia, alucinação, confusão

(especialmente em pacientes predispostos, bem como agravamento em pacientes cujos sintomas são pré-

existentes), dano hepatocelular grave levando a icterícia com ou sem insuficiência hepática, nefrite

intersticial, reações dermatológicas graves como síndrome de Stevens Johnson, eritema multiforme,

síndrome de Lyell, fotossensibilidade.

Pacientes pediátricos: a segurança de pantoprazol no tratamento da esofagite erosiva (EE) associada

com DRGE foi avaliada em pacientes com idades entre 5 e 16 anos em três estudos clínicos. Embora a EE

seja incomum em pacientes pediátricos, também foram avaliados estudos de segurança envolvendo 249

pacientes pediátricos com DRGE sintomática ou endoscopicamente comprovada. Todas as reações

adversas do pantoprazol em pacientes adultos foram consideradas relevantes em pacientes pediátricos. As

reações adversas mais comumente relatadas (> 4%) em pacientes com idade entre 1 e 16 anos incluem:

infecção respiratória alta, cefaleia, febre, diarreia, vômito, irritação da pele e dor abdominal.

As reações adversas adicionais relatadas em estudos clínicos com o pantoprazol em pacientes pediátricos

com frequência ≤ 4%, por sistema orgânico, foram:

Geral: reação alérgica, edema facial.

Gastrintestinal: constipação, flatulência, náusea.

Metabólico/Nutricional: aumento de triglicerídios, enzimas hepáticas elevadas e creatinoquinase (CK).

Musculoesquelético: artralgia, mialgia.

Sistema Nervoso: tontura, vertigem.

Pele e anexos: urticária.

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As seguintes reações adversas observadas em estudos clínicos com pacientes adultos não foram relatadas

em pacientes pediátricos, mas são consideradas relevantes: reação de fotossensibilidade, boca seca,

hepatite, trombocitopenia, edema generalizado, depressão, prurido, leucopenia e visão turva.

Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Não se conhecem sintomas de superdosagem no homem. A experiência com pacientes que utilizaram

elevadas doses de pantoprazol é limitada. Existem relatos de pacientes que ingeriram 400 a 600 mg sem

apresentarem efeitos adversos. Doses endovenosas de até 240 mg de pantoprazol sódico foram

administradas durante 2 minutos e bem toleradas.

No caso de ingestão de doses muito acima das preconizadas, com manifestações clínicas de intoxicação,

deve-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais. O pantoprazol não é removido por

hemodiálise.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.