Bula do Pergoveris produzido pelo laboratorio Merck S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
PERGOVERIS®
alfafolitropina + alfalutropina
Merck S/A
Pó liofilizado para solução injetável
150 UI + 75 UI
APRESENTAÇÕES
Pergoveris®
é apresentado sob a forma de pó liofilizado e solvente para solução
injetável.
Os frascos-ampola de pó liofilizado contém 150 UI de alfafolitropina e 75 UI de
alfalutropina. Os de solvente contém 1 ml de água para injeção.
Pode ser encontrado em embalagem contendo 1frasco-ampola de pó liofilizado,
acompanhado de um frasco-ampola de solvente.
USO SUBCUTÂNEO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
alfafolitropina 12 µg*
alfalutropina 3,7 µg*
sacarose 30 mg
polissorbato 20 0,05 mg
metionina 0,1 mg
fosfato dissódico di-
hidratado
1,11 mg
fosfato de sódio
monoidratado
0,45 mg
ácido o-fosfórico qs
hidróxido de sódio qs
* Preenchimento com 12 µg de alfafolitropina e 3,7 µg alfalutropina permite
administrar o conteúdo de 10,9 µg de alfafolitropina (equivalente a 150 UI) e 3,0 µg
alfalutropina (equivalente a 75 IU) em 1 mL.
A solução reconstituída contém 150 UI r-hFSH e 75 UI r-hLH por mililitro (mL).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pergoveris®
é indicado para a estimulação do desenvolvimento folicular em mulheres
com insuficiência grave de LH e FSH. Nos ensaios clínicos, estas pacientes foram
definidas por um nível sérico de LH endógeno <1,2 UI/L.
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo
estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida e
genotoxicidade.
Em estudos clínicos, a eficácia da combinação de 75 UI de r-hLH e 150 UI de r-hFSH
foi demonstrada em mulheres com hipogonadismo hipogonadotrófico. Pacientes com
deficiência grave de FSH e LH foram definidos por níveis séricos endógenos de LH
inferiores a 1,2 UI/L e de FSH inferiores a 5 UI/L, de acordo com o dosado em
laboratório central. (No entanto, deve-se considerar que existem variações entre as
dosagens de LH realizadas em laboratórios diferentes.)
Nesses ensaios o endpoint primário foi a taxa de desenvolvimento folicular por ciclo,
que variou de 65 a 87%. O desenvolvimento folicular foi definido como sendo pelo
menos um folículo maduro, produção adequada de estradiol na fase folicular e
produção adequada de progesterona na fase lútea média.
Em um estudo clínico (Estudo 6253) de mulheres com hipogonadismo
hipogonadotrófico e uma concentração endógena de LH sérico inferior a 1,2 UI/L, a
dose apropriada de r-hLH foi investigada. Uma dose diária de 75 UI de r-hLH (em
combinação com 150 UI de r-FSH) resultou em desenvolvimento folicular adequado,
como definido acima, em 80% dos pacientes. Uma dose diária de 25 UI de r-hLH (em
combinação com 150 UI de r-hFSH) resultou em desenvolvimento folicular
insuficiente, pois somente 33% dos pacientes obtiveram o desenvolvimento folicular.
Consequentemente, a administração diária inferior a 75 UI de Pergoveris®
pode
fornecer atividade de LH insuficiente para garantir o desenvolvimento folicular
satisfatório.
A segurança e a eficácia da dose de 75 UI de r-hLH coadministrado com 150 UI de r-
hFSH para indução de desenvolvimento folicular e ovulação em pacientes com LH
inferior a 1,2 UI/L foi confirmado no estudo 21008. Dos 24 pacientes que receberam
75 UI de r-hLH por dia, 66,7% obtiveram desenvolvimento folicular adequado,
conforme acima definido, enquanto 2 dos 10 pacientes (20%) que receberam placebo
obtiveram o mesmo endpoint.
No Estudo 21415, trinta e uma pacientes foram tratadas com 75 UI de r-hLH e até 225
UI de r-hFSH em um total de 54 ciclos. A taxa acumulada do desenvolvimento
folicular foi de 87,1%. Durante o 1º Ciclo, 21 (67,7%) das 31 pacientes obtiveram o
desenvolvimento folicular. Das 15 pacientes que continuaram em tratamento no 2º
Ciclo, 12 (80,0%) obtiveram o desenvolvimento folicular, enquanto 6 ou 8 pacientes
(75%) obtiveram o endpoint no 3º Ciclo. Dezesseis de 31 pacientes (51,6%) obtiveram
gravidez clínica e 14 destas gravidezes resultaram em nascimento vivo (87,5%).
Assim, o estudo 21415 confirmou a eficácia da dose de 75 UI de r-hLH em mulheres
inférteis com deficiência grave de LH e FSH.
Grupo farmacoterapêutico: Gonadotrofinas, código ATC: G03GA05 / G03GA07.
Farmacodinâmica
Pergoveris®
é uma preparação de hormônio folículo-estimulante e hormônio
luteinizante produzida por células geneticamente modificadas de Ovário de Hamster
Chinês (CHO).
Em ensaios clínicos, a eficácia da combinação da alfafolitropina e alfalutropina foi
demonstrada em mulheres com hipogonadismo hipogonadotrópico.
Na estimulação do desenvolvimento folicular em mulheres anovulatórias com
insuficiência de LH e FSH, o efeito primário resultante da administração de
alfalutropina consiste num aumento da secreção de estradiol pelos folículos, cujo
crescimento é estimulado pelo FSH.
Em um ensaio clínico em mulheres com hipogonadismo hipogonadotrófico e níveis
séricos endógenos de LH inferiores a 1,2 UI/L, foi determinada a dose adequada de r-
hLH (alfalutropina). A dose diária de 75 UI r-hLH (em combinação com 150 UI de
alfafolitropina (r-hFSH)) resultou em desenvolvimento folicular e produção de
estrógeno adequados. Uma dose diária de 25 UI r-hLH (em combinação com 150 UI
de alfafolitropina) resultou em desenvolvimento folicular insuficiente. Portanto, a
administração diária inferior a um frasco de Pergoveris®
poderá resultar em atividade
de LH insuficiente para assegurar um desenvolvimento folicular adequado.
Farmacocinética
Alfafolitropina e alfalutropina demonstraram o mesmo perfil farmacocinético que a
alfafolitropina e alfalutropina separadamente.
Alfafolitropina
Após administração intravenosa, a alfafolitropina distribui-se no fluído do espaço
extracelular com uma meia-vida inicial de cerca de 2 horas e é eliminada do
organismo com uma meia-vida final de cerca de 1 dia. O volume de distribuição no
steady-state e o clearance total são de 10 L e 0,6 L/h, respectivamente. Um oitavo da
dose de alfafolitropina é excretado na urina.
Após administração subcutânea, a biodisponibilidade absoluta é de cerca de 70%.
Após administração repetida, a alfafolitropina triplica a acumulação, atingindo o
steady-state em 3-4 dias. Nas mulheres cuja secreção de gonadotrofinas endógenas se
encontra suprimida, a alfafolitropina mostrou, no entanto, estimular de modo eficaz o
desenvolvimento folicular e a esteroidogênese, apesar dos níveis não mensuráveis de
LH.
Alfalutropina
Após a administração intravenosa, a alfalutropina é rapidamente distribuída com uma
meia-vida inicial de aproximadamente uma hora e eliminada do organismo com uma
meia-vida final de cerca de 10-12 horas. O volume de distribuição em steady-state é
de cerca de 10-14 L. A alfalutropina mostra uma farmacocinética linear, conforme
avaliado pela área sob a curva (AUC), a qual é diretamente proporcional à dose
administrada. O clearance total é de cerca de 2 L/h e menos de 5% da dose é
excretada na urina. O tempo médio de permanência é de aproximadamente 5 horas.
Após administração subcutânea, a biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente
60%; a meia-vida final é levemente prolongada. A farmacocinética da alfalutropina,
após administração única e repetida de alfalutropina, é comparável e a taxa de
acumulação da alfalutropina é mínima. Não há interação farmacocinética com a
alfafolitropina quando administrada simultaneamente.
Pergoveris®
é contraindicado em pacientes com:
− hipersensibilidade às substâncias-ativas alfafolitropina e alfalutropina, ou a
qualquer um dos excipientes;
− tumores do hipotálamo ou da hipófise;
− hipertrofia ou cistos ovarianos não originados por doença do ovário policístico;
− hemorragias ginecológicas de etiologia desconhecida;
− carcinoma do útero, ovário ou mama.
não deve ser utilizado nas situações em que não é possível a obtenção de
uma resposta efetiva, tais como:
− insuficiência ovariana primária;
− malformações dos órgãos sexuais incompatíveis com gravidez;
− fibromiomas uterinos incompatíveis com gravidez.
Pergoveris®
contém substâncias gonadotróficas potentes capazes de causar reações
adversas brandas a graves, e deve ser prescrito somente por médicos familiarizados
com distúrbios de fertilidade e seu tratamento.
O tratamento com gonadotrofinas requer o compromisso de médicos e profissionais de
saúde, assim como a existência de equipamento de monitorização adequado. Na
mulher, a utilização segura e eficaz de Pergoveris®
requer monitorização ecográfica
regular da resposta ovariana, isoladamente ou, de preferência, em conjunto com a
determinação dos níveis séricos de estradiol. Pode existir um certo grau de
variabilidade na resposta individual à administração de FSH/LH, podendo ocorrer uma
resposta insuficiente em algumas pacientes. Deve ser utilizada em mulheres a dose
mínima eficaz em relação ao objetivo do tratamento.
A autoadministração de Pergoveris®
deverá ser unicamente efetuada por pacientes
bem motivadas, adequadamente treinadas e que tenham acesso às recomendações de
um especialista. A primeira injeção de Pergoveris®
deve ser administrada sob
supervisão médica direta.
Pacientes com porfíria ou histórico familiar de porfíria devem ser cuidadosamente
monitorizadas durante o tratamento com Pergoveris®
. O agravamento ou a primeira
manifestação desta situação pode requerer a suspensão do tratamento.
contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, ou seja, é
essencialmente “livre de sódio”.
contém 30 mg de sacarose por dose. Esta informação deve ser levada em
consideração em pacientes portadores de diabetes mellitus.
Este medicamento contém SACAROSE.
Antes do início do tratamento, deve ser avaliada a infertilidade do casal e as possíveis
contraindicações de uma gravidez. Em particular, as pacientes devem ser avaliadas
para as seguintes situações, devendo ser instituído um tratamento específico
apropriado:
− hipotiroidismo;
− insuficiência da supra-renal;
− hiperprolactinemia;
− tumores do hipotálamo ou da hipófise.
Pacientes submetidas à estimulação do crescimento folicular possuem um risco
aumentado de desenvolvimento de hiperestimulação ovariana devido a uma possível
resposta estrogênica excessiva e desenvolvimento folicular múltiplo.
Nos ensaios clínicos, a alfalutropina combinada com alfafolitropina demonstrou
aumentar a sensibilidade ovariana às gonadotrofinas. Se um aumento da dose de FSH
for considerado apropriado, o ajuste da dose deve ser efetuado, de preferência, após
intervalos de 7-14 dias e com incrementos de 37,5-75 UI, utilizando um medicamento
contendo alfafolitropina.
A síndrome de hiperestimulação ovariana (OHSS) é uma situação clínica distinta da
hipertrofia ovariana assintomática. A OHSS é uma síndrome que pode se manifestar
em graus crescentes de gravidade. É caracterizada por um aumento marcado do
volume ovariano, elevados níveis séricos de esteroides sexuais e um aumento da
permeabilidade vascular, o que pode resultar numa acumulação de fluidos nas
cavidades peritoneal, pleural e, raramente, pericárdica.
Em casos graves de OHSS pode observar-se a seguinte sintomatologia:
− dor abdominal;
− distensão abdominal;
− hipertrofia ovariana grave;
− aumento de peso;
− dispneia;
− oligúria;
− sintomas gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos e diarreia.
A avaliação clínica pode revelar:
− hipovolemia;
− hemoconcentração;
− desequilíbrio eletrolítico;
− ascite;
− hemoperitôneo;
− derrame pleural;
− hidrotórax;
− distensão pulmonar aguda;
− eventos tromboembólicos.
Muito raramente, uma OHSS grave pode ser complicada por embolia pulmonar,
acidente vascular cerebral isquêmico e infarto do miocárdio.
Uma resposta excessiva ovariana ao tratamento com gonatropinas raramente origina
uma OHSS, exceto quando se administra hCG para induzir a ovulação. Portanto, em
casos de hiperestimulação ovariana é prudente não administrar hCG e recomendar à
paciente que se abstenha de ter relações sexuais ou utilize métodos anticoncepcionais
de barreira, durante pelo menos 4 dias. A OHSS pode progredir rapidamente (dentro
de 24 horas até vários dias) até se tornar severa, devendo as pacientes, portanto, ser
acompanhadas durante pelo menos duas semanas após a administração de hCG.
Para minimizar o risco de OHSS ou de gravidez múltipla, recomenda-se a
monitorização ecográfica, bem como doseamentos de estradiol. Na anovulação, o risco
da OHSS é aumentado por um nível de estradiol sérico > 900 pg/ml (3300 pmol/L) e
pela presença de mais de 3 folículos de 14 mm ou mais de diâmetro.
A adesão à posologia recomendada e ao esquema de administração de Pergoveris®
e
FSH, assim como uma cuidadosa monitorização do tratamento, minimizam a
incidência de hiperestimulação ovariana e de gravidez múltipla.
A OHSS pode ser mais grave e mais prolongada caso ocorra gravidez. Na maior parte
das vezes, a OHSS ocorre após a suspensão do tratamento hormonal e atinge o seu
máximo cerca de sete a dez dias após o tratamento. Geralmente, a OHSS cessa
espontaneamente, com o início do fluxo menstrual.
Se ocorrer OHSS grave, deve-se suspender o tratamento com gonadotrofinas. A
paciente deverá ser hospitalizada para tratamento específico da OHSS. Esta síndrome
apresenta maior incidência em mulheres com doença do ovário policístico.
Em mulheres submetidas à indução da ovulação, a incidência de gravidez e
nascimentos múltiplos é aumentada quando comparada à concepção natural. A maioria
das concepções múltiplas é de gêmeos. A fim de minimizar o risco de gravidez
múltipla, recomenda-se monitorização cuidadosa da resposta ovariana. As pacientes
devem ser avisadas do risco potencial de nascimentos múltiplos antes de iniciarem o
tratamento.
A incidência de perda da gravidez por aborto é mais elevada em pacientes submetidas
à estimulação do crescimento folicular para indução da ovulação do que na população
normal.
A descontinuação do tratamento deve ser considerada nos casos em que existe risco
assumido de OHSS ou de gravidez múltipla.
Mulheres com histórico de doença tubária apresentam risco de gravidez ectópica, quer
a gravidez ocorra por concepção espontânea ou com tratamentos de infertilidade. A
prevalência de gravidez ectópica após uma FIV apresentou valores de 2 a 5%, quando
comparada com 1 a 1,5% na população em geral.
Foram relatadas neoplasias no ovário e em outros órgãos do sistema reprodutor,
benignos e malignos, em mulheres submetidas a regimes terapêuticos múltiplos para o
tratamento da infertilidade. Não se sabe se o tratamento com gonadotrofinas aumenta
o risco basal destes tumores em mulheres inférteis.
A prevalência de malformações congênitas após técnicas de reprodução assistida pode
ser levemente superior quando comparada às concepções espontâneas. Acredita-se que
isto possa ser originado pelas diferenças nas características dos progenitores (como
idade materna e características do esperma) e por gravidez múltipla.
Em mulheres com risco conhecido de eventos tromboembólicos, como as que
apresentem antecedentes familiares, o tratamento com gonadotrofinas pode aumentar
o risco. Nestes casos, deverá ser analisada a relação risco/benefício da administração
de gonadotrofinas. Deve ser observado, no entanto, que a própria gravidez aumenta o
risco de eventos tromboembólicos.
Populações especiais
Pacientes pediátricos
Não há indicação relevante para o uso de Pergoveris®
na população pediátrica.
Idosos
na população idosa. A
segurança e a eficácia de Pergoveris®
nesta população não foi estabelecida.
Pacientes com insuficiência renal/hepática
A segurança, eficácia e farmacocinética de Pergoveris®
não foram estabelecidas para
pacientes com insuficiência renal/hepática.
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Gravidez e aleitamento
Pergoveris®
não deve ser administrado com outros medicamentos na mesma seringa,
exceto com alfafolitropina, para a qual estudos demonstraram que a coadministração
não altera significativamente a atividade, estabilidade e as propriedades
farmacocinéticas ou farmacodinâmicas das substâncias-ativas.
Nenhuma outra interação medicamentosa clinicamente significativa foi relatada
durante o tratamento com Pergoveris®
.
Prazo de validade: 24 meses.
Este medicamento é de uso único e deve ser utilizado imediatamente após abertura e
reconstituição.
Conservar em temperatura entre 15 e 30°C. Conservar na embalagem original para
proteger da luz.
Pergoveris®
é fornecido como pó e solvente para solução injetável. O pó é branco e
liofilizado. O solvente é uma solução límpida e incolor. Pergoveris®
deve ser
reconstituído com o solvente imediatamente antes da utilização. A solução
reconstituída não deve ser administrada se contiver partículas ou não se encontrar
límpida.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Este medicamento deve ser utilizado imediatamente após aberto e reconstituído.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O tratamento com Pergoveris®
deve ser iniciado sob a supervisão de um médico com
experiência no tratamento de distúrbios de fertilidade. Pergoveris®
deve ser
administrado por via subcutânea. O pó deve ser reconstituído imediatamente antes da
sua utilização com o solvente fornecido. Pergoveris®
é de uso único.
Em mulheres com insuficiência de LH e FSH (hipogonadismo hipogonadotrófico), o
objetivo da terapia com Pergoveris®
é o desenvolvimento de um único folículo de
Graaf maduro, a partir do qual o ovócito será liberado após a administração de
gonadotropina coriônica humana (hCG). Pergoveris®
deve ser administrado segundo
um esquema de injeções diárias. Dado que estas pacientes são amenorreicas e têm uma
reduzida secreção de estrógeno endógena, o tratamento pode ser iniciado a qualquer
momento.
O tratamento deve ser adaptado à resposta individual da paciente, avaliada pela
medição das dimensões do folículo por meio de ecografia e do nível de estrógeno. Um
regime posológico recomendado inicia-se com a administração diária de um frasco de
Pergoveris®
. Caso seja utilizado menos de um frasco diariamente, a resposta folicular
pode ser insatisfatória, pois a quantidade de alfalutropina pode ser insuficiente.
Caso um aumento da dose de FSH seja considerado apropriado, o ajuste da dose deve
ser efetuado preferencialmente após intervalos de 7-14 dias e com incrementos de 37,5
a 75 UI, utilizando um medicamento contendo alfafolitropina. Pode ser aceitável
prolongar a duração da estimulação em qualquer um dos ciclos por até 5 semanas.
Quando se obtém uma resposta ótima, deve ser administrada uma única injeção de
5.000 UI a 10.000 UI de hCG, 24 a 48 horas após a última injeção de Pergoveris®
.
Recomenda-se que a paciente tenha relações sexuais no dia da administração de hCG e
no dia seguinte. Como alternativa, pode ser efetuada uma inseminação intrauterina
(IIU).
Pode ser necessário um suporte da fase lútea, uma vez que a ausência de substâncias
com atividade luteotrófica (LH/hCG) após a ovulação pode conduzir a uma falência
prematura do corpo lúteo.
Caso se obtenha uma resposta excessiva, o tratamento deve ser interrompido e hCG
não deve ser administrado. O tratamento deve ser reiniciado no ciclo seguinte, com
uma dose de FSH inferior à do ciclo anterior.
Nos ensaios clínicos, pacientes com insuficiência grave de FSH e LH foram definidas
pelo nível sérico de LH endógeno <1,2 UI/L, determinado num laboratório central.
Contudo, deve-se ter em conta a existência de variações entre as determinações de LH
efetuadas em diferentes laboratórios. Nestes ensaios, a taxa de ovulação por ciclo foi
70-75%.
pode ser administrado com alfafolitropina numa injeção única.
Modo de Usar
1. Lave as mãos. É importante que as suas mãos e os utensílios que vai utilizar
estejam tão limpos quanto possível.
− Reúna, numa superfície limpa, tudo o que irá necessitar:
− um frasco contendo Pergoveris®
em pó;
− um frasco contendo solvente (água para injeção);
− algodão embebido em álcool;
− uma seringa;
− uma agulha para reconstituição e uma agulha fina para injeção subcutânea;
− recipiente apropriado para descarte de material.
2. Remova a tampa protetora do frasco. Acople a agulha de
reconstituição na seringa e introduza um pouco de ar dentro da seringa
puxando o êmbolo até aproximadamente a marca de 1 ml. Insira então
a agulha no frasco, empurre o êmbolo para expelir o ar, inverta o
frasco e retire suavemente todo o solvente. Coloque a seringa
cuidadosamente na superfície de trabalho, tendo cuidado para não
tocar na agulha.
3. Preparo da solução para injeção: Retire a tampa protetora do frasco contendo
em pó, pegue a seringa e injete lentamente o solvente no frasco.
Misture suavemente (com movimentos circulares) o conteúdo do frasco, sem retirar
a seringa. Não agite. Após a dissolução do pó (que normalmente ocorre de
imediato), verifique se a solução resultante está límpida e não contém partículas.
Inverta o frasco e aspire vagarosamente a solução para dentro da seringa.
4. Troque a agulha de reconstituição pela agulha fina e, caso veja bolhas
de ar na seringa, remova-as segurando a seringa com a agulha virada
para cima. Suavemente, dê pequenos toques na seringa até que todas as
bolhas de ar se juntem no topo. Empurre o êmbolo vagarosamente até
desaparecerem as bolhas de ar.
5. Injete imediatamente a solução. Desinfete a zona com o algodão
embebido em álcool. Faça uma prega cutânea – apertando firmemente a
pele entre o polegar e o indicador – e insira a agulha com firmeza em
um ângulo de 45º a 90º. Injete por via subcutânea. Não injete
diretamente numa veia. Injete a solução empurrando suavemente o
êmbolo. Tome o tempo que necessitar para injetar toda a solução. Retire
imediatamente a agulha e limpe a zona da injeção com algodão
embebido em álcool, fazendo movimentos circulares.
6. Descarte todo o material utilizado. Uma vez terminada a injeção, descarte
imediatamente todas as agulhas e recipientes de vidro vazios. Deve-se descartar
qualquer solução não utilizada.
O volume final da solução reconstituída é 1 mL e contém 150 UI de r-hFSH e 75 UI
de r-hLH por mililitro (mL).
Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro
de cada classe de frequência.
Distúrbios do sistema nervoso
Reação muito comum (> 1/10): Cefaleia.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Reação muito rara (< 1/10.000): Exacerbação ou agravamento da asma.
Distúrbios gastrointestinais
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): Dor abdominal e sintomas gastrointestinais, tais
como náuseas, vômitos, diarreia, cólicas e distensão abdominal.
Vasculopatias
Reação muito rara (< 1/10.000): Tromboembolismo normalmente associado com
síndrome de hiperestimulação ovariana grave (OHSS).
Alterações no local de administração
Reação muito comum (> 1/10): Reações leves a graves no local da injeção (dor, rubor,
equimose, edema e irritação).
Distúrbios do sistema imune
Reação muito rara (< 1/10.000): Reações alérgicas sistêmicas leves (formas ligeiras de
eritema como o cutâneo, edema, urticária, dificuldades respiratórias). Foram também
notificados casos graves de reações alérgicas, incluindo reações anafiláticas.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
Reação muito comum (> 1/10): Cistos ovarianos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): Dor mamária, dor pélvica, OHSS leve a moderada
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): OHSS grave.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): Torção do ovário, uma complicação da OHSS.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham
indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado
corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos.
Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
Os efeitos da superdose de Pergoveris®
são desconhecidos. No entanto, pode se
admitir a ocorrência da síndrome de hiperestimulação ovariana.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.