Bula do Peridal para o Profissional

Bula do Peridal produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Peridal
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PERIDAL PARA O PROFISSIONAL

Peridal

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

suspensão oral

1

PERIDAL®

domperidona

Antiemético e Gastrocinético

APRESENTAÇÃO

Suspensão oral de 1 mg/ml: frasco com 100 mL + pipeta dosadora.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL de PERIDAL suspensão oral contém:

domperidona .................................................................... 1 mg

veículo q.s.p. .................................................................... 1 mL

(celulose microcristalina, carmelose sódica, citrato de sódio di-hidratado, edetato dissódico di-

hidratado, glicerol, goma xantana, metilparabeno, polissorbato 60, propilparabeno, sacarina

sódica di-hidratada, simeticona, sorbitol, água purificada)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

PERIDAL é destinado ao tratamento de:

• Síndromes dispépticas frequentemente associadas a um retardo de esvaziamento

gástrico, refluxo gastroesofágico e esofagite:

- sensação de empachamento epigástrico, saciedade precoce, distensão abdominal, dor

abdominal alta;

- eructação, flatulência;

- náuseas e vômitos;

- azia, queimação epigástrica com ou sem regurgitação de conteúdo gástrico.

• Náuseas e vômitos de origem funcional, orgânica, infecciosa ou alimentar ou induzidas

por radioterapia ou tratamento medicamentoso (antiinflamatórios, antineoplásicos). Uma

indicação específica são as náuseas e vômitos induzidos pelos agonistas dopaminérgicos usados

no tratamento da Doença de Parkinson como a L-dopa e bromocriptina.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

De Loose realizou um estudo cruzado duplo-cego, controlado por placebo e comparativo, em 67

pacientes adultos com dispepsia crônica. Os pacientes receberam 10 mg de domperidona em

modo cego, 10 mg de metoclopramida ou de placebo 4 vezes ao dia durante períodos

consecutivos de 2 semanas. A domperidona (91% com resultados bons ou excelentes) foi

estatística e significativamente superior à metoclopramida (74% com resultados bons ou

excelentes, p < 0,02) e ao placebo (31% com resultados bons ou excelentes, p < 0,001) na

melhora global dos sintomas. Além disso, a domperidona foi estatística e significativamente

superior ao placebo (p ≤ 0,001) para todos os 9 sintomas (eructação, plenitude após uma

refeição pesada, incapacidade de terminar uma refeição normal, distensão abdominal,

queimação epigástrica, azia, regurgitações, náuseas e vômitos) e estatística e significativamente

2

superior à metoclopramida (0,001 ≤ p ≤ 0,05) para 7 de 9 sintomas, excluindo eructação e

distensão abdominal.

Van de Mierop e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo, em

32 pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes foram randomizados para

receber 20 mg de domperidona (n = 17) ou placebo (n = 15) 3 vezes ao dia antes das refeições

por 4 semanas. Na avaliação global de eficácia, a domperidona (71% com resultados bons ou

excelentes) foi estatística e significativamente superior ao placebo (13% com resposta boa ou

excelente, p < 0,001).

Englert e Schlich conduziram um estudo cruzado de 8 semanas, duplo-cego, controlado por

placebo, em pacientes adultos com dispepsia pós-prandial crônica. Os pacientes (n = 48)

receberam 10 mg de domperidona ou placebo 3 vezes ao dia antes das refeições por 4 semanas,

antes de serem transferidos à outra medicação em estudo por 4 semanas. A domperidona foi

estatística e significativamente superior ao placebo (0,001 < p = 0,026) para o alívio de todos os

sintomas (eructação, sensação de plenitude após as refeições, distensão abdominal, queimação

na parte superior do abdômen, azia, regurgitação ácida, náuseas e vômitos).

De Loore e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo, em

crianças e lactentes que tiveram vômitos e regurgitação crônicos. Um total de 47 pacientes (3

semanas a 8 anos de idade) foram randomizados para receber 1 gota/kg de peso corporal 3 vezes

por dia antes das refeições de 0,3 mg/gota de domperidona, 0,3 mg/gota de metoclopramida ou

placebo por 2 semanas. A domperidona foi estatística e significativamente superior ao placebo

(p < 0,001) e à metoclopramida (p < 0,05) no controle da náusea e vômitos, após 2 semanas de

tratamento.

Clara realizou um estudo duplo-cego, controlado por placebo em crianças que tiveram

regurgitação excessiva crônica ou vômito verdadeiro. Um total de 32 pacientes (2,5 meses a 10

anos de idade) foram randomizados para receber 0,3 mg/gota de domperidona ou placebo por 4

semanas. Durante as primeiras 2 semanas de tratamento, os pacientes receberam 1 gota/kg de

peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições; durante as últimas 2 semanas de tratamento,

os pacientes receberam 2 gotas/kg de peso corporal 3 vezes por dia antes das refeições. No final

do tratamento, a domperidona foi estatisticamente superior ao placebo (p < 0,05) em relação ao

desaparecimento de náuseas ou ânsia de vômito, vômitos e regurgitação.

Esseboom e colaboradores realizaram um estudo duplo-cego, controlado por placebo e ativo,

para avaliar as náuseas e vômitos tardios em pacientes adultos com câncer de mama metastático

ou carcinoma ovariano avançado que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente

emetogênica. Um total de 60 pacientes (20/grupo) que apresentavam êmese totalmente

suprimida no dia da quimioterapia foram randomizados para receber tratamento em modo cego

com 20 mg de domperidona, 8 mg de ondansetrona, ou placebo 3 vezes por dia durante 5 dias

consecutivos após a quimioterapia. A domperidona (2/20 pacientes sintomáticos) foi

estatisticamente superior à ondansetrona (9/20 pacientes sintomáticos, p < 0,05) e ao placebo

(18/20 pacientes sintomáticos, p < 0,001) no alívio de náuseas e vômitos tardios em pacientes

que estavam recebendo quimioterapia para câncer altamente emetogênica.

Quinn e colaboradores realizaram um estudo cruzado, cego, controlado por placebo, em 20

pacientes com parkinsonismo tratados com bromocriptina. Os pacientes receberam 50 mg de

domperidona, ou placebo 3 vezes por dia antes de cada dose de bromocriptina. Os pacientes

foram divididos em dois grupos: 1) Grupo A (n = 10) recebeu placebo, domperidona, placebo,

domperidona, na Fase I, II, III e IV, respectivamente, e 2) Grupo B (n = 10) recebeu

domperidona, placebo, domperidona na Fase I (sem Fase II), III e IV, respectivamente. Os

resultados para os pacientes do Grupo A são os seguintes: durante a Fase I (placebo), 9 de 10

pacientes apresentaram náuseas ou náuseas e vômitos; durante a Fase II (domperidona), 7 de 9

pacientes foram protegidos destes eventos gastrintestinais; durante a Fase III (placebo), 6 de 10

pacientes tiveram náusea; e durante a Fase IV (domperidona), náusea não foi apresentada pelos

pacientes que tiveram este evento durante a Fase III. Os resultados para os pacientes do Grupo

B são os seguintes: durante a Fase I (domperidona), nenhum paciente apresentou náuseas, e 1 de

3

10 pacientes apresentou vômitos; durante a Fase III (placebo), 7 de 10 pacientes tiveram

náuseas; durante a Fase IV (domperidona), náusea não foi apresentada pelos pacientes que

tiveram este evento durante a Fase III.

Referências

1. Clara R. Chronic regurgitation and vomiting treated with Domperidone (R 33 812). A

multicenter evaluation. Acta Pediatr Belg. 1979; 32:203-207.

2. De Loore I, Van Ravensteyn H, Ameryckx L. Domperidone drops in the symptomatic

treatment of chronic paediatric vomiting and regurgitation. A comparison with

metoclopramide. Postgrad Med J. 1979; 55 (Suppl. 1):40-42.

3. De Loose F. Domperidone in chronic dyspepsia: a pilot open study and a multicentre

general practice crossover comparison with metoclopramide and placebo.

Pharmatherapeutica 1979; 2:140-146.

4. Englert W, Schlich D. A double-blind crossover trial of domperidone in chronic

postprandial dyspepsia. Postgrad Med J 1979; 55 (Suppl. 1):28-29.

5. Esseboom EU, Rojer RA, Borm JJJ, Statius van Eps LW. Prophylaxis of delayed nausea

and vomiting after cancer chemotherapy. Netherlands J Med. 1995; 47:12-17.

6. Quinn N, Illas A, Lhermitte F, Agid Y. Bromocriptine and domperidone in the

treatment of Parkinson disease. Neurology. 1981; 31:662-667.

7. Van de Mierop L, Rutgeerts B, Van den Langenbergh, Staessen A. Oral domperidone in

chronic postprandial dyspepsia: A double-blind placebo-controlled evaluation.

Digestion 1979; 19:244-250.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Os distúrbios digestivos provocados por uma discinesia esôfago-gastro-duodenal pós-prandial,

correspondem hoje a uma das síndromes mais frequentes que se apresentam na prática clínica.

Pelas suas manifestações funcionais - distensão gástrica, azia, pirose ou mesmo dores

epigástricas - esta síndrome traduz, frequentemente, uma desarmonia motora do esfíncter

inferior do esôfago, das contrações antrais e do ritmo de abertura e fechamento do esfíncter

pilórico. Consequentemente à sua ação antidopaminérgica, PERIDAL restaura a harmonia

rítmica motora do esôfago, estômago e duodeno, possibilitando a reorganização da sequência

das etapas digestivas. Além disso, PERIDAL possui potente ação antiemética.

Propriedades farmacodinâmicas

PERIDAL contém domperidona, um antagonista da dopamina com propriedades antieméticas.

A domperidona não atravessa imediatamente a barreira hematoencefálica. Nos usuários de

domperidona, especialmente em adultos, os efeitos extrapiramidais são muito raros, mas a

domperidona estimula a liberação de prolactina a partir da hipófise. Os seus efeitos antieméticos

podem ser devidos a uma combinação de um efeito periférico (gastrocinético) com o

antagonismo dos receptores dopaminérgicos na zona quimioreceptora de gatilho, que fica fora

da barreira hematoencefálica na área postrema. Estudos em animais e as baixas concentrações

encontradas no cérebro indicam um efeito periférico predominante da domperidona nos

receptores dopaminérgicos.

Estudos em humanos mostram que a domperidona aumenta a pressão esofágica inferior,

melhora a motilidade antroduodenal e acelera o esvaziamento gástrico. Não há qualquer efeito

sobre a secreção gástrica.

4

Efeito no intervalo QT/QTc e na eletrofisiologia cardíaca

Conforme estabelecido em guias do ICH-E14, foi realizado um estudo completo de intervalo

QT em pacientes saudáveis. Este estudo foi conduzido utilizando as doses supraterapêuticas

recomendadas (10 ou 20 mg, administrado 4 vezes ao dia) e incluiu um placebo, um

comparador ativo e um controle positivo. Neste estudo observou-se uma diferença máxima do

intervalo QTc entre a domperidona e o placebo em médias dos mínimos quadrados na alteração

em relação ao basal de 3,4 mseg para 20 mg de domperidona administrada 4 vezes ao dia, no

Dia 4 e o intervalo de confiança de 90% em distribuição normal (1,0; 5,9 mseg) não excedeu 10

mseg. O prolongamento no intervalo QT observado neste estudo quando a domperidona foi

administrada de acordo com o esquema posológico recomendado, não é clinicamente relevante.

Esta falta de relevância clínica é corroborada pela farmacocinética e pelos dados de intervalo

QTc a partir de dois estudos anteriores, os quais envolveram o tratamento de 5 dias com 20 mg

e 40 mg de domperidona, administrada 4 vezes ao dia. Os eletrocardiogramas foram gravados

antes do estudo, 1 hora após a dose da manhã (aproximadamente no tmáx) no Dia 5 e 3 dias após.

Em ambos estudos, não foi observada diferença no intervalo QTc entre o tratamento ativo e o

placebo. Portanto, foi concluído que a administração de doses diárias de 80 e 160 mg de

domperidona não teve efeito clinicamente significativo no intervalo QTc de pacientes saudáveis.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Em pacientes em jejum, a domperidona é rapidamente absorvida após a administração oral, com

concentrações plasmáticas máximas ocorrendo 60 minutos após administração. Os principais

parâmetros farmacocinéticos após administração de doses únicas ou múltiplas (administradas 4

vezes ao dia) de comprimidos de 10 mg de domperidona a pacientes saudáveis aumentou

proporcionalmente à dose no intervalo de dose de 10 mg a 20 mg.

Principais parâmetros farmacocinéticos de domperidona após a administração de doses únicas

e múltiplas (administradas 4 vezes ao dia) de comprimidos de 10 mg de domperidona a

pacientes saudáveis

Parâmetro farmacocinético Doses de 10 mg de domperidona administradas quatro

vezes ao dia

Média Dia 1 Dia 4

n 40 40

Cmín, ng/mL NA 5,26 (CV: 31,1%)

Cmáx, ng/mL 11,6 (CV: 50,8%) 17,3 (CV: 35,4%)

Tmáx, ha

1,02 (intervalo: 0,52 – 5,02) 1,02 (intervalo: 0,50 – 4,03)

AUC5h, ng.h/mL 20,4 (CV: 34,4%) 47,8 (CV: 30,5%)

a

mediana (intervalo)

AUC: área sob a curva

NA: não aplicável

CV: coeficiente de variação

Fonte: Estudo DOM-DYP-1001

A baixa biodisponibilidade absoluta da domperidona oral (aproximadamente 15%) é devida a

um extensivo metabolismo na primeira passagem pela parede intestinal e fígado. Apesar da

biodisponibilidade da domperidona ser aumentada nos indivíduos normais quando tomada após

as refeições, pacientes com queixas gastrintestinais devem tomar a domperidona 15-30 minutos

antes das refeições. A redução da acidez gástrica perturba a absorção da domperidona. A

biodisponibilidade oral de domperidona é diminuída pela administração prévia e concomitante

de cimetidina e bicarbonato de sódio. O tempo do pico de absorção é ligeiramente retardado e a

AUC levemente aumentada quando o medicamento é tomado por via oral após as refeições.

5

Distribuição

A ligação a proteínas plasmáticas da domperidona é de 91-93%. Os estudos de distribuição com

o fármaco radiomarcado em animais mostrou uma ampla distribuição tecidual, mas baixas

concentrações no cérebro. Pequenas quantidades do medicamento atravessam a placenta em

ratas.

Metabolismo

A domperidona sofre um rápido e extenso metabolismo hepático pela hidroxilação e N-

dealquilação. Experimentos do metabolismo in vitro com inibidores diagnósticos revelaram que

o CYP3A4 é a principal forma do citocromo P-450 envolvida na N-dealquilação da

domperidona, enquanto que o CYP3A4, o CYP1A2 e o CYP3E1 estão envolvidos na

hidroxilação aromática da domperidona.

Excreção

As excreções urinária e fecal são respectivamente de 31 e 66% da dose oral. A proporção de

medicamento excretado inalterado é pequena (10% da excreção fecal e aproximadamente 1% da

excreção urinária). A meia-vida plasmática após a dose oral única é 7-9 horas em indivíduos

saudáveis, mas é prolongada em pacientes com insuficiência renal severa.

Insuficiência hepática

Em indivíduos com insuficiência hepática moderada (escore de Pugh 7 a 9 e Child-Pugh B), a

AUC e a Cmáx de domperidona é 2,9 e 1,5 vezes maiores, respectivamente, quando comparadas

a indivíduos saudáveis. A fração não ligada é aumentada em 25% e a meia-vida de eliminação

terminal é prolongada de 15 para 23 horas. Indivíduos com insuficiência hepática leve tem

menor exposição sistêmica do que indivíduos saudáveis, baseando na Cmáx e AUC, sem

alteração na ligação às proteínas plasmáticas ou na meia-vida terminal. Indivíduos com

insuficiência hepática severa não foram estudados.

Insuficiência renal

Em pacientes com insuficiência renal severa (creatinina sérica > 6 mg/100 mL ou > 0,6

mmol/L) a meia-vida de domperidona aumenta de 7,4 para 20,8 horas, mas os níveis

plasmáticos do medicamento foram inferiores aos de voluntários sadios. Uma pequena

quantidade inalterada é excretada pela via renal (aproximadamente 1%).

Pacientes pediátricos

Com base em dados limitados de farmacocinética, as concentrações plasmáticas de

domperidona em recém-nascidos prematuros foram consistentes com aquelas relatadas em

adultos.

Dados pré-clínicos

Em dose alta e tóxica para as ratas mães de 200 mg/kg/dia, foram observados efeitos

teratogênicos nos ratos (anormalidades dos órgãos, tais como anoftalmia, microftalmia e

deslocamento da artéria subclávia). A significância clínica desses achados é desconhecida. Não

foi observada teratogenicidade em camundongos e coelhos.

Estudos eletrofisiológicos in vitro e in vivo mostraram que a domperidona, em concentrações

altas, pode prolongar o intervalo QTc.

Em ratos juvenis, um nível sem eventos adversos observados de 10 mg/kg foi observado após a

administração de 30 dias de doses intraperitoniais repetidas, uma vez ao dia. Doses únicas

intraperitoniais ou intravenosas mostraram valores de DL50 similares (intervalo médio 53-76

mg/kg) tanto em ratos juvenis como em adultos

6

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à

domperidona ou a qualquer um dos excipientes.

PERIDAL não deve ser utilizado sempre que a estimulação da motilidade gástrica possa ser

perigosa, por exemplo, na presença de hemorragia gastrintestinal, obstrução mecânica ou

perfuração.

PERIDAL também é contraindicado em pacientes com tumor hipofisário secretor de prolactina

(prolactinoma).

A administração concomitante de PERIDAL com inibidores potentes do CYP3A4 que

demonstraram causar um prolongamento do intervalo QT, tais como claritromicina,

eritromicina, itraconazol, cetoconazol oral, posaconazol, ritonavir, saquinavir, telitromicina,

telaprevir e voriconazol, é contraindicada.

Este medicamento é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática moderada ou

severa.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Efeitos cardíacos

Estudos epidemiológicos mostraram que a domperidona pode estar associada a um risco

aumentado de arritmias ventriculares graves ou morte cardíaca súbita. Esses estudos sugerem

que este risco aumentado pode ser maior em pacientes com mais de 60 anos de idade ou em

pacientes tomando doses orais maiores que 30 mg por dia. Portanto, a domperidona deve ser

usada com cautela em pacientes idosos.

Devido ao aumento do risco de arritmia intraventricular, não é recomendado o uso de PERIDAL

em pacientes apresentando prolongamento conhecido dos intervalos de condução cardíaca,

particularmente do intervalo QTc, em pacientes com distúrbios eletrolíticos significativos

(hipocalemia, hipercalemia, hipomagnesemia), ou bradicardia, ou em pacientes com doenças

cardíacas subjacentes, tais como insuficiência cardíaca congestiva.

Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hipercalemia, hipomagnesemia) e bradicardia são

condições conhecidas por aumentarem o risco pró-arrítmico.

O tratamento com PERIDAL deve ser interrompido se sinais ou sintomas que podem estar

associados à arritmia cardíaca ocorrerem e os pacientes devem contatar o médico

imediatamente.

Potencial para interação medicamentosa

A principal via metabólica da domperidona é através da CYP3A4. Os dados em humanos e in

vitro mostram que o uso concomitante de medicamentos que inibem significativamente esta

enzima pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de domperidona. A coadministração

de PERIDAL com inibidores potentes da CYP3A4, que demonstraram causar prolongamento do

intervalo QT, é contraindicado.

Deve-se ter cautela quando PERIDAL é coadministrado com inibidores potentes da CYP3A4

que não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, tais como indinavir, e os

pacientes devem ser monitorados de perto para sinais e sintomas de reações adversas.

Deve-se ter cautela quando PERIDAL é coadministrado com medicamentos que demonstraram

causar prolongamento do intervalo QT, e os pacientes devem ser monitorados de perto para

sinais e sintomas de reações adversas cardiovasculares. Exemplos incluem:

• Antiarrítmicos classe IA (exemplos: disopiramida, quinidina)

• Antiarrítmicos classe III (exemplos: amiodarona, dofetilida, dronedarona, ibutilida,

sotalol)

• Certos antipsicóticos (exemplos: haloperidol, pimozida, sertindol)

• Certos antidepressivos (exemplos: citalopram, escitalopram)

• Certos antibióticos (exemplos: levofloxacino, moxifloxacino)

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• Certos agentes antifúngicos (exemplo: pentamidina)

• Certos agentes antimaláricos (exemplo: halofantrina)

• Certos medicamentos gastrintestinais (exemplo: dolasetrona)

• Certos medicamentos contra câncer (exemplos: toremifeno, vandetanibe)

• Outros medicamentos (exemplos: bepridil, metadona)

A listagem anterior é representativa e não exaustiva.

Antiácidos ou agentes antissecretores não devem ser tomados simultaneamente com PERIDAL,

uma vez que eles reduzem a biodisponibilidade oral da domperidona. Quando usados

concomitantemente, PERIDAL deve ser tomado antes das refeições e antiácidos ou agentes

antissecretores, após as refeições.

Excipientes

PERIDAL comprimidos contêm lactose e podem ser inadequados para pacientes com

intolerância à lactose, galactosemia ou má absorção da glicose e da galactose.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Foram observadas tontura e sonolência com o uso de domperidona. Portanto, pacientes devem ser

aconselhados a não dirigir veículos ou operar máquinas ou se envolver em outras atividades que

necessitam de estado de alerta mental ou coordenação, até que seja estabelecido como PERIDAL afeta

esses pacientes.

Gravidez e lactação

Gravidez

Existem dados pós-comercialização limitados quanto ao uso de domperidona em gestantes. Um

estudo em ratas mostrou toxicidade reprodutiva em uma dose alta, tóxica para a mãe.

O risco potencial em humanos é desconhecido. Portanto, PERIDAL deve ser usado durante a

gravidez apenas quando justificado pelo benefício terapêutico antecipado.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres

grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação

A quantidade de domperidona que poderia ser ingerida por um lactente através do leite materno

é baixa. A dose máxima relativa para o lactente (em %) é estimada como 0,1% do peso materno

ajustado à dose. Não se sabe se isto é nocivo ao recém-nascido. Por essa razão a amamentação

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A principal via metabólica da domperidona é através do CYP3A4. Dados in vitro e em humanos

demonstram que o uso concomitante de fármacos que inibem esta enzima de forma significativa

pode resultar em níveis plasmáticos elevados de domperidona.

Quando a domperidona foi coadministrada com inibidores potentes da CYP3A4 que

demonstraram causar prolongamento do intervalo QT, foram observadas alterações clinicamente

significativas nos intervalos QT. Portanto, a coadministração de PERIDAL com certos

medicamentos é contraindicada.

Deve-se ter cautela quando PERIDAL é coadministrado com inibidores potentes da CYP3A4

que não demonstraram causar prolongamento do intervalo QT ou medicamentos que

demonstraram causar prolongamento do intervalo QT.

8

A administração concomitante de medicamentos anticolinérgicos (exemplos: dextrometorfano,

difenidramina) pode antagonizar o efeito antidispéptico de PERIDAL.

Teoricamente, como PERIDAL tem um efeito gastrocinético, ela pode influenciar na absorção

de fármacos administrados concomitantemente por via oral, particularmente aqueles com

liberação prolongada ou formulações com comprimidos de liberação entérica. Contudo, em

pacientes já estabilizados num tratamento com digoxina ou paracetamol, o uso simultâneo de

PERIDAL não influencia os níveis sanguíneos destes medicamentos.

PERIDAL pode também ser administrado com:

- neurolépticos, pois a ação deles não é potencializada;

- agonistas dopaminérgicos (bromocriptina, L-dopa), cujos efeitos periféricos

indesejáveis, como distúrbios digestivos, náuseas e vômitos, são suprimidos sem

neutralização das suas propriedades centrais.

Interação com alimentos

É recomendado o uso de PERIDAL antes das refeições. Se for tomado após as refeições, a

absorção do medicamento será retardada.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

PERIDAL deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da luz e

umidade.

Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

Características físicas e organolépticas

Este medicamento se apresenta na forma de comprimido circular, convexo, branco, liso em uma

das faces e sulcado na outra.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

- Síndromes dispépticas

Adultos e adolescentes ≥ 12 anos de idade e com peso ≥ 35 kg, e crianças com peso ≥ 35 kg:

A dose de PERIDAL deve ser a menor dose eficaz para a situação individual (tipicamente 30

mg/dia) e pode ser aumentada, se necessário, a uma dose diária oral máxima de 40 mg.

Geralmente, a duração máxima de tratamento não deve exceder uma semana para o tratamento de náusea

aguda e vômito. Se a náusea ou o vômito persistirem por mais de uma semana, o paciente deverá

consultar seu médico.

Para as outras indicações, a duração inicial do tratamento é de até quatro semanas. Se o tratamento

exceder quatro semanas, os pacientes e a necessidade de continuação do tratamento devem ser

reavaliados.

• 10 mg (1 comprimido) 3 vezes ao dia, 15 a 30 minutos antes das refeições e, se

necessário, 10 mg ao deitar, respeitando a dose diária máxima de 40 mg (4

comprimidos ).

- Náuseas e Vômitos

Adultos e adolescentes ≥ 12 anos e com peso ≥ 35 kg e crianças com peso ≥ 35 kg:

9

mg/dia) e pode ser aumentada, se necessário, até uma dose diária oral máxima de 40 mg. A

duração inicial do tratamento é de até quatro semanas. Se o tratamento exceder quatro semanas,

os pacientes e a necessidade de continuação do tratamento devem ser reavaliados.

comprimidos).

Observações:

- É recomendado o uso de PERIDAL antes das refeições. Se ele for tomado após as

refeições, a absorção do medicamento será retardada.

- Os comprimidos não devem ser administrados em crianças com peso inferior a 35

kg.

Uso em pacientes com insuficiência renal

Como a meia-vida de eliminação de domperidona é prolongada nos pacientes com insuficiência

renal grave (creatinina sérica ˃ 60 mg/100 mL, ou seja, ˃ 0,6 mmol/L), a frequência da

administração de PERIDAL deve ser reduzida para 1 ou 2 vezes ao dia, dependendo da

severidade do distúrbio, e pode ser necessário reduzir a dose. Pacientes com insuficiência renal

grave devem ser avaliados regularmente.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

A domperidona é contraindicada em pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-

Pugh 7 a 9) ou grave (Child-Pugh ˃ 9). Não é necessário ajuste de dose para pacientes com

insuficiência hepática leve (Child-Pugh 5 a 6).

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reações adversas são eventos adversos que são considerados como razoavelmente associados

ao uso de domperidona, com base na avaliação abrangente das informações disponíveis sobre

eventos adversos. A relação causal com domperidona não pode ser estabelecida de forma

confiável a partir de casos individuais. Adicionalmente, como os estudos clínicos são

conduzidos sob condições amplamente variáveis, taxas de reações adversas observadas em

estudos clínicos do medicamento não podem ser diretamente comparadas às taxas em estudos

clínicos de outros medicamentos e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.

Dados de estudos clínicos

A segurança de domperidona foi avaliada em 1.221 pacientes com gastroparesia, dispepsia,

doença do refluxo gatroesofágico (DRGE), ou outra condição relacionada em 45 estudos

clínicos incluídos na base de dados de segurança. Todos os pacientes tinham 15 anos ou mais e

receberam ao menos uma dose oral de domperidona. Um pouco menos da metade dos pacientes

(553/1.221) eram diabéticos. A dose mediana diária total foi de 80 mg (faixa de 10 a 160 mg),

sendo que 230 pacientes receberam uma dose maior que a de 80 mg. A mediana da duração de

exposição foi de 56 dias (faixa de 1 a 2.248 dias).

As reações adversas relatadas por 1% ou mais dos pacientes tratados com domperidona nesses

45 estudos clínicos são apresentadas na Tabela 1 a seguir.

Tabela 1. Reações adversas relatadas por ≥ 1% de pacientes tratados com

domperidona em 45 estudos clínicos.

Sistema/Classe de Órgão

Reação Adversa

domperidona

(n=1221)

%

10

Distúrbios psiquiátricos

Depressão

Ansiedade

Diminuição da libido/perda da libido

2,5

1,6

1,5

Distúrbios do sistema nervoso

Cefaleia

Sonolência

Acatisia

5,6

1,0

Distúrbios gastrintestinais

Diarreia 5,2

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo

Erupção cutânea

Prurido

2,8

1,7

Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas

Aumento das mamas/ginecomastia

Sensibilidade das mamas ao toque

Galactorreia

Amenorreia

Dor nas mamas

Menstruação irregular

Distúrbios da lactação

5,3

4,4

3,3

2,9

2,3

2,0

Distúrbios gerais e condições no local da administração

Astenia 1,9

As reações adversas ocorridas em <1% de pacientes tratados com domperidona em 45 estudos

clínicos (n=1.221) estão listadas a seguir na Tabela 2.

Tabela 2. Reações adversas relatadas por < 1% de pacientes tratados com

Distúrbios do sistema imunológico

Hipersensibilidade 0,2

Urticária 0,7

Descarga mamilar

Inchaço das mamas

0,8

0,5

Experiência pós-comercialização

Adicionalmente às reações adversas relatadas durante os estudos clínicos e listadas previamente,

as seguintes reações adversas também foram relatadas durante a experiência de pós-

comercialização (frequência baseada nas taxas de relatos espontâneos).

Reação muito rara (< 1/10.000):

- Distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática (incluindo choque anafilático);

- Distúrbios psiquiátricos: agitação, nervosismo;

- Distúrbios do sistema nervoso: tontura, distúrbios extrapiramidais, convulsão;

- Distúrbios cardíacos: morte cardíaca súbita*, arritmia ventricular grave*;

- Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: angioedema;

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- Distúrbios renal e urinário: retenção urinária;

- Investigação: testes da função hepática anormais, aumento da prolactina no sangue.

*Baseado em dados epidemiológicos.

População Pediátrica

Durante a experiência de pós-comercialização, não houve diferenças entre o perfil de segurança

de adultos e crianças, com exceção de distúrbios extrapiramidais que ocorrem principalmente

em neonatos e lactentes (até um ano de idade) e outros eventos adversos relacionados ao sistema

nervoso central, como convulsão e agitação, que foram relatados principalmente em lactentes e

crianças.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou

para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Superdose tem sido relatada principalmente em lactentes e crianças.

Sinais e sintomas

Os sintomas da superdose podem incluir agitação, alteração da consciência, convulsão,

desorientação, sonolência e reações extrapiramidais.

Tratamento

Não existe nenhum antídoto específico contra a domperidona, mas no caso de uma grande

superdosagem, uma lavagem gástrica dentro de uma hora de ingestão, assim como a

administração de carvão ativado, podem ser úteis.

Supervisão médica e medidas de suporte são recomendadas. Medicamentos anticolinérgicos ou

antiparkinsonianos podem ser úteis no controle das reações extrapiramidais.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.