Bula do Pidomag produzido pelo laboratorio Laboratórios Baldacci Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Pidomag®
(pidolato de magnésio)
Laboratórios Baldacci Ltda.
Flaconetes
PIDOMAG®
pidolato de magnésio
APRESENTAÇÕES
Solução Oral de 150mg/mL – cartucho com 12 flaconetes de 10 mL.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
COMPOSIÇÃO
Cada flaconete de PIDOMAG®
contém:
pidolato de magnésio..........1,5 g*.
Veículo q.s.p. ....................10,0 mL
Veículo: metilparabeno, propilparabeno, açúcar refinado, aroma de tangerina, aroma de laranja e água
purificada.
*Equivalente a 130mg do elemento magnésio.
Tabela de Ingestão Diária Recomendada
Faixa etária IDR por flaconete** IDR pela posologia diária
máxima***
Uso Adulto 50% 100% (2 flaconetes)
Uso Pediátrico 100% 100% (1 flaconete)
** Teor Percentual do magnésio no flaconete, relativo á Ingestão Diária Recomendada.
*** Teor percentual do magnésio na posologia máxima indicada na bula relativo à Ingestão Diária
Recomendada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado como suplemento mineral usado em dietas restritivas e inadequadas.
Importante: Devido à baixa reposição dos estoques totais do corpo, determinações do nível sérico de
magnésio ou métodos alternativos de determinação do “status” corporal, ou ambos, são necessários para
acessar adequadamente a resposta à terapia.
OBS: PIDOMAG®
está classificado como medicamento específico.
PIDOMAG®
possui significativa eficácia na diminuição da sintomatologia decorrente do déficit de
magnésio induzido experimentalmente, restabelecendo a magnesemia aos níveis normais. Pidolato de
magnésio é um novo sal de magnésio, que se justifica por sua maior eficácia terapêutica e melhor
tolerabilidade. O magnésio exerce um controle de fundamental importância sobre a atividade de mais de
300 enzimas, em particular a Na/K -ATPase, responsável pela manutenção do equilíbrio eletroquímico da
membrana celular e reguladora do fluxo intra/extracelular dos principais eletrólitos. A redução da atividade
desta enzima provoca uma situação de hiperexcitabilidade celular, principalmente a nível dos tecidos
nervoso e muscular. Um aspecto extremamente característico da síndrome de déficit de magnésio consiste
na hiperexcitabilidade dos nervos periféricos, da placa neuromuscular e do músculo.
O magnésio também exerce importante papel em reações de alto conteúdo energético que compreende,
entre outros, o processo de síntese, armazenamento e liberação de numerosos neurotransmissores, entre os
quais a adrenalina, noradrenalina, serotonina e dopamina. Esses neurotransmissores estão envolvidos na
fisiopatologia de alguns sintomas relacionados à síndrome de deficiência de magnésio. Sintomas
neuropsíquicos constituem um aspecto importante da síndrome de carência de magnésio que, em muitos
casos, manifestam-se exclusivamente como distúrbios do tipo emocional-afetivo. Os sintomas descritos
com maior frequência estão relacionados com um característico estado de ansiedade.
Deficiência de magnésio tem sido evidenciada em mulheres na menopausa, em tratamento com estrogênios.
Estudos experimentais, realizados durante a gravidez, demonstraram que o magnésio não provoca nenhum
efeito prejudicial ao feto e que pode reduzir significativamente a incidência de hipertensão gestacional (pré-
eclâmpsia), bem como as contrações excessivas do útero, após vomito ou diarréia, nas alterações de humor,
tais como ansiedade e irritabilidade. O magnésio é empregado empiricamente há mais de cinqüenta anos no
tratamento de taquiarritmias ventriculares. Depleção miocárdica de magnésio está associada com arritmias
após cirurgias cardíacas e acentua a arritmia secundária ao tratamento com digitálicos. Muitas evidências
clínicas e experimentais indicam que a ocorrência de arritmias ventriculares letais, em pacientes com
insuficiência cardíaca congestiva, podem estar relacionadas as interações sinérgicas de dois eventos:
a) aumento da atividade do Sistema Nervoso Simpático e Sistema/Renina/Angiotensina e;
b) marcante depleção de potássio e magnésio.
Em experimentos realizados com animais, a depleção de magnésio induz a uma rápida e progressiva
cardiomiopatia caracterizada por uma deposição intracelular de cálcio, irreversível se essa depleção for
prolongada. Esses depósitos de cálcio são semelhantes aos resultantes da isquemia e provocam necrose e
fibrose do miocárdio. Sabe-se que o influxo descontrolado de cálcio para o meio intracelular é um fator
capital para a morte da célula miocárdica, que se segue à isquemia reperfusão e que, quando isso acontece,
o ATP e a creatinafosfato são rapidamente consumidos pela contração descontrolada das miofibrilas e a
síntese de ATP fica inibida pelo over-load mitocondrial de cálcio. O mecanismo exposto para explicar a
origem desses depósitos de cálcio intracelulares durante a depleção de magnésio, consiste numa possível
competição entre o magnésio e o cálcio pelos sítios de ligação das membranas extra e intracelulares, onde o
magnésio afeta o transporte de cálcio para o interior da célula. Dessa forma, a deficiência de magnésio,
embora não necessariamente como fator primário, pode certamente ser um dos fatores determinantes da
maior penetração de cálcio no interior das células.
A nível do aparelho cardiovascular o magnésio contribui para a manutenção do equilíbrio eletrolítico,
prevenindo em particular, a perda de potássio, responsável pela diminuição da condutividade e
irritabilidade do miocárdio.
Farmacodinâmica
Estudos farmacológicos realizados em animais com déficit de magnésio, demonstraram a melhor
biodisponibilidade do pidolato de magnésio, comparando-o ao cloreto e lactato de magnésio que, convém
mencionar, são os dois sais de magnésio de utilização mais frequente na terapêutica humana.
Farmacocinética
Cerca de 30 a 40% do magnésio ingerido é absorvido, principalmente a nível intestinal, onde diversos
fatores podem favorecer ou não sua absorção. Acidez, dietas ricas em proteínas, ácidos graxos insaturados,
triglicérides, vitamina B6 e vitamina D, favorecem a absorção do magnésio, enquanto que a alcalinidade,
dietas ricas em proteínas vegetais, derivados amoniacais, ácidos graxos saturados, fibras, álcool, excessos
de fosfatos e cálcio, têm um efeito oposto.
O conteúdo total de magnésio do organismo está quase que completamente restrito ao compartimento
intracelular.
Ossos e músculos representam a maior fonte de reserva desse elemento.
O magnésio é, principalmente, eliminado pelos rins e, secundariamente por secreção intestinal e
transpiração. O rim é incapaz de conservar potássio, na ocorrência de deficiência de magnésio, levando
Durante a deficiência prolongada deste último, à uma hipocalemia refratária. Nesta situação, ou na alcalose
metabólica que ela determina, a correção do distúrbio é realizada apenas com a reposição dos dois íons.
Muitos hormônios podem interferir na homeostase do magnésio. Entretanto, essa ação pode não ser direta
sobre os mecanismos de absorção, armazenamento e excreção desses hormônios, mas influenciar
diretamente seus níveis plasmáticos celulares através de ativação de determinados processos metabólicos. A
adrenalina diminui a reabsorção de magnésio enquanto que a insulina aumenta tanto a absorção intestinal
quanto a penetração celular e diminui a excreção urinária.
Juntos, esses dois hormônios representam o principal sistema hormonal de regulação da concentração de
magnésio.
PIDOMAG®
não deve ser utilizado por pacientes com hipersensibilidade ao pidolato de magnésio ou a
qualquer outro componente da formulação.
Este medicamento é contra-indicado para uso por pacientes com insuficiência renal grave.
PIDOMAG®
não deve ser utilizado em conjunto com produtos à base de fosfatos. Pacientes em uso de
tetraciclina ou produto contendo cálcio e de uso oral, deverão receber o PIDOMAG®
com intervalos de 3
horas entre estes medicamentos.
Este medicamento deve ser armazenado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (15°C a
30°C), protegido da luz e umidade. Dentro destas condições, o seu prazo de validade é de 24 meses a partir
da data de fabricação.
Após abertura do flaconete, o produto deve ser consumido imediatamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A solução oral de PIDOMAG®
é límpida amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Após abertura do flaconete, o produto deve ser consumido imediatamente por via oral.
Adultos: Dois flaconetes de PIDOMAG®
, ao dia, ou a critério médico.
Crianças: Um flaconete de PIDOMAG®
por dia, ou a critério médico.
O tratamento deve durar até a melhoria dos sintomas.
Ainda não são conhecidas a intensidade e a frequência das reações adversas. Estudos experimentais
realizados durante a gravidez, demonstraram que o magnésio não provoca nenhum efeito prejudicial ao
feto. A experiência clínica realizada com o fármaco, não evidenciou efeitos secundários decorrentes de sua
administração. Eventualmente e na dependência da sensibilidade do paciente, poderá instalar-se um quadro
diarréico.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
A ingestão de doses excessivas pode determinar diarréia ou paralisia flácida. Nesta situação, deve-se adotar
as medidas habituais de apoio para controle dos sintomas. No caso de diarréia, recomenda-se a
administração de líquidos, e em caso de paralisia flácida, recomenda-se a administração de injeção
intravenosa imediata e lenta de gluconato de cálcio a 10%.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.