Bula do Piperacilina Sódica + Tazobactam Sódico produzido pelo laboratorio Agila Especialidades Farmacêuticas Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Anexo A
piperacilina sódica + tazobactam sódico
Agila Especialidades Farmacêuticas Ltda
Pó para solução Injetável
2,25G e 4,5G
piperacilina sódica +
tazobactam sódico
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Pó para solução injetável:
Piperacilina 2,0 g + tazobactam 0,25 g: cartucho contendo 10 frascos-ampola.
Piperacilina 4,0 g + tazobactam 0,5 g: cartucho contendo 10 frascos-ampola.
EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO (vide Indicações)
COMPOSIÇÃO
Princípios Ativos: piperacilina sódica, tazobactam sódico
Piperacilina sódica e tazobactam sódico 2,25 g: Cada frasco-ampola contém piperacilina sódica, equivalente a 2 g de piperacilina e
tazobactam sódico, equivalente a 0,25 g de tazobactam.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico 4,5g: Cada frasco-ampola contém piperacilina sódica, equivalente a 4,0 g de piperacilina e
tazobactam sódico, equivalente a 0,5 g de tazobactam.
Excipientes: O produto não contém excipientes ou conservantes.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
piperacilina sódica e tazobactam sódico é indicado para o tratamento das seguintes infecções bacterianas sistêmicas e/ou locais
causadas por microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos aeróbios e anaeróbios sensíveis à piperacilina/tazobactam ou
à piperacilina:
Pacientes adultos
1. Infecções do trato respiratório inferior.
2. Infecções do trato urinário (complicada ou não complicada).
3. Infecções intra-abdominais.
4. Infecções da pele e tecidos moles.
5. Septicemia bacteriana.
6. Infecções ginecológicas incluindo endometrite pós-parto e doença inflamatória pélvica (DIP).
7. Infecções neutropênicas febris, em associação a um aminoglicosídeo.
8. Infecções osteoarticulares.
9. Infecções polimicrobianas (microrganismos Gram-positivos/Gram-negativos aeróbios e anaeróbios).
Crianças
1. Infecções neutropênicas febris em pacientes pediátricos, em associação a um aminoglicosídeo.
2. Infecções intra-abdominais em crianças com 2 anos ou mais. Tratamento empírico de infecções graves com piperacilina sódica
e tazobactam sódico pode ser iniciado antes que os resultados dos testes de sensibilidade estejam disponíveis.
Enquanto piperacilina sódica e tazobactam sódico está indicado somente para as condições listadas acima, as infecções causadas por
organismos sensíveis à piperacilina também são sensíveis ao tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico devido à
presença de piperacilina.
Portanto, o tratamento de infecções mistas causadas por organismos sensíveis à piperacilina e organismos produtores de beta-
lactamase sensíveis à piperacilina sódica e tazobactam sódico não necessitam da adição de outro antibiótico.
Testes apropriados de cultura e sensibilidade devem ser realizados antes do tratamento para identificar os organismos causadores
das infecções e para determinar sua sensibilidade ao piperacilina sódica e tazobactam sódico. Devido a seu amplo espectro de
ação contra organismos Gram-negativos e Gram-positivos anaeróbios e aeróbios, como mencionado acima, piperacilina sódica e
tazobactam sódico é particularmente útil no tratamento de infecções mistas e no tratamento empírico antes da disponibilidade dos
resultados dos testes de sensibilidade. O tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico
pode, contudo, ser iniciado antes dos resultados dos testes serem conhecidos. Modificação no tratamento pode ser necessária após
conhecimento destes resultados, ou se não houver resposta clínica.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico atua sinergicamente com aminoglicosídeos contra certas cepas de Pseudomonas
aeruginosa. Esta terapia combinada tem tido sucesso, especialmente em pacientes com comprometimento imunológico.
Ambas as drogas devem ser utilizadas em doses terapêuticas completas.
Assim que os resultados de cultura e testes de sensibilidade estejam disponíveis, a terapia antimicrobiana deve ser ajustada.
No tratamento de pacientes neutropênicos, doses terapêuticas completas de piperacilina sódica e tazobactam sódico e um
aminoglicosídeo devem ser utilizadas. Deve-se levar em conta a possibilidade de hipocalemia em pacientes com baixa
reserva de potássio, e periódicas determinações eletrolíticas devem ser feitas nestes pacientes.
1
A cura ou a melhora clínica foi atingida em 85% a 94% dos pacientes com infecções do trato respiratório inferior comunitárias
tratadas com várias doses da associação piperacilina/tazobactam. Na dose de 3/0,375 g a cada 6 horas, piperacilina/tazobactam
foi significativamente mais eficaz que ticarcilina/ácido clavulânico 3/0,1 g, 4x/dia, em pacientes com pneumonia comunitária. As
avaliações finais do estudo (geralmente 10 a 14 dias após a descontinuação do tratamento) mostraram respostas clínicas favoráveis
em 84% e 64% dos que receberam piperacilina/tazobactam e ticarcilina/ácido clavulânico, respectivamente (p menor que
0,01). A associação piperacilina/tazobactam também atingiu uma taxa de erradicação bacteriana significativamente mais elevada
do que ticarcilina/ácido clavulânico ao final do tratamento (91% vs. 68%; p < 0,01) e 10 a 14 dias depois (91% vs. 83%; p = 0,02).
Em pacientes com pneumonia nosocomial associada à ventilação mecânica na unidade de terapia intensiva, a
piperacilina/tazobactam 4/0,5 g, 4x/dia, + amicacina 7,5 mg/kg, 2x/dia, foi no mínimo tão eficaz quanto ceftazidima 1 g,
4x/dia, mais amicacina 7,5 mg, 2x/dia, com resultados clínicos e bacteriológicos bem sucedidos documentados em 51% e
36% dos pacientes tratados com piperacilina/tazobactam e dos tratados com ceftazidima, 6 a 8 dias após o final do tratamento. A
eficácia da piperacilina/tazobactam foi semelhante à de imipenem/cilastatina em pacientes com pneumonia nosocomial. Em pacientes
com bronquite purulenta aguda adquirida no hospital ou pneumonia bacteriana aguda, piperacilina/tazobactam 3/0,375 g a cada 4
horas (+ tobramicina ou amicacina) foi significativamente mais eficaz que ceftazidima 2 g a cada 8 horas (+ tobramicina
ou amicacina); a resposta clínica na avaliação final do estudo foi alcançada por 75% e 50% dos pacientes (p < 0,01).
As taxas de erradicação bacteriana variaram de 76% a 100% em pacientes com infecções intra-abdominais tratados com
piperacilina/tazobactam. A eficácia clínica da piperacilina/tazobactam foi semelhante à da clindamicina + gentamicina e em 1 estudo
foi significativamente melhor que a de imipenem/cilastatina 0,5 g, a cada 8 horas (uma dose mais baixa que a recomendada em
países fora da Escandinávia). A associação piperacilina/tazobactam (80/10 mg/kg, cada 8 horas) também foi benéfica no tratamento
de crianças com apendicite ou peritonite, com cura ou melhora de 91% dos pacientes.
Foram relatadas taxas de sucesso clínico de 41% a 83% em pacientes com neutropenia febril ou granulocitopenia), que receberam
tratamento empírico com piperacilina/tazobactam 12-16/1,5-2 g/dia (em doses divididas) em associação a um aminoglicosídeo. Após
72 horas do início do tratamento, as taxas de resposta clínica foram significativamente mais elevadas em pacientes tratados com
piperacilina/tazobactam + amicacina do que nos tratados com ceftazidima + amicacina (61% vs. 45% ou 54%; p ≤ a 0,05). Em
pacientes semelhantes, a piperacilina/tazobactam em associação à gentamicina foi significativamente mais eficaz que a
piperacilina/gentamicina; as taxas de resposta clínica de 83% e 48% (p < 0,001) foram relatadas em 72 horas.
A eficácia da piperacilina/tazobactam em monoterapia foi semelhante à da ceftazidima + amicacina em pacientes com neutropenia
febril com 81% e 83% de episódios febris que desapareceram em pacientes tratados com piperacilina/tazobactam e ceftazidima
mais amicacina; o tempo mediano para redução da febre também foi semelhante nos 2 grupos de tratamento (3,3 vs. 2,9 dias).
A associação piperacilina/tazobactam também demonstrou boa eficácia clínica e bacteriológica em pacientes com bacteremia e em
pacientes com infecções de pele e tecidos moles, ginecológicas ou ósseas e articulares. A associação piperacilina/tazobactam
também foi um tratamento eficaz para pacientes com infecções do trato urinário com complicações e atingiu a cura ou melhora em
88% e 90,4% dos pacientes, 5 a 9 dias após o final do tratamento e em 80% ou mais dos pacientes, após 4 a 6 semanas de seguimento.
As taxas de erradicação bacteriana após o mesmo período de seguimento foram de 79,6% e 73%; E. coli, K. pneumoniae e P.
aeruginosa foram identificados como patógenos persistentes comuns.
1 Perry, C.M. and Markham A. Piperacillin/Tazobactam. An update Review of its Use in the Treatment of Bacterial Infections.
Drugs 1999;57 (5): 805-843.
Descrição
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é uma associação antibacteriana injetável que consiste de um antibiótico semissintético,
a piperacilina sódica e um inibidor da beta-lactamase, o tazobactam sódico, para administração intravenosa. O produto não contém
conservantes. A sua ação farmacológica inicia-se imediatamente após a sua entrada no sangue.
A piperacilina sódica é o (2S,5R,6R)-6-[(R)-2-(4-etil-2,3-dioxo-1-piperazinacarboxamido)-2- fenilacetamido]-3,3-dimetil-7-oxo-4-
tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato de sódio.
O tazobactam sódico é o (2S,3S,5R)-3-metil-7-oxo-3-(1H-1,2,3-triazol-1-ilmetil)-4-tia-1- azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxilato-
4,4-dióxido de sódio.
A fórmula molecular da piperacilina sódica é C23H26N5NaO7S (peso molecular 539,5) e do tazobactam sódico é C10H11N4NaO5S
(peso molecular 322,3).
A piperacilina sódica é um pó cristalino branco, altamente solúvel em água, álcool e metanol; praticamente insolúvel
em acetato de etila. O tazobactam sódico é um pó cristalino não higroscópico branco a quase branco.
Cada frasco-ampola contém 2,79 mEq (64 mg) de sódio por grama de piperacilina.
Mecanismo de Ação
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é uma associação de antibacterianos injetáveis que consiste no antibiótico semissintético
piperacilina sódica e o inibidor da ß-lactamase tazobactam sódico para administração intravenosa. Assim, piperacilina/tazobactam
combina as propriedades de um antibiótico de amplo espectro e um inibidor da ß-lactamase.
A piperacilina sódica exerce sua atividade bactericida pela inibição da formação do septo e da síntese da parede celular. A
piperacilina e outros antibióticos ß-lactâmicos bloqueiam a etapa de transpeptidação terminal da biossíntese do peptidoglicano
da parede celular em organismos suscetíveis ao interagir com as proteínas de ligação às penicilinas (PBPs), as enzimas bacterianas
responsáveis por essa reação. A piperacilina é ativa in vitro contra várias bactérias aeróbicas gram-positivas e gram-negativas e
bactérias anaeróbicas.
A piperacilina apresenta atividade reduzida contra bactérias que dispõem de ß-lactamases que inativam quimicamente a piperacilina
e outros antibióticos ß-lactâmicos. O tazobactam sódico, que tem muito pouca atividade antimicrobiana intrínseca, devido à
sua pequena afinidade com as PBPs, pode restaurar ou potencializar a atividade da piperacilina contra muitos desses organismos
resistentes. O tazobactam é um inibidor potente de muitas ß-lactamases classe A (penicilinases, cefalosporinases e enzimas
com espectro estendido), apresentando atividade variável contra carbapenemases classe A e ß-lactamases classe D. O
tazobactam não é ativo contra a maior parte das cefalosporinases classe C e é inativo contra metalo-ß-lactamases classe B.
Duas características da piperacilina/tazobactam levam a um aumento da atividade contra alguns organismos portadores de ß-lactamases
que, quando testadas como preparações enzimáticas, são menos inibidas pelo tazobactam e outros inibidores; o tazobactam não
induz ß-lactamases mediadas por cromossomos nos níveis de tazobactam alcançados com os esquemas de doses
recomendados e a piperacilina é relativamente refratária à ação de algumas ß-lactamases.
Como outros antibióticos ß-lactâmicos, a piperacilina, com ou sem tazobactam, demonstra atividade bactericida dependente de tempo
contra organismos suscetíveis.
Mecanismo de resistência:
Existem três principais mecanismos de resistência aos antibióticos ß-lactâmicos: alterações nas PBPs-alvo resultando em redução da
afinidade ao antibiótico, destruição do antibiótico pelas ß-lactamases bacterianas e baixos níveis intracelulares de antibiótico
devido à redução da captação ou efluxo ativo dos antibióticos.
Nas bactérias gram-positivas, as mudanças nas PBPs são o mecanismo primário de resistência aos antibióticos ß-lactâmicos,
incluindo piperacilina/tazobactam. Esse mecanismo é responsável pela resistência à meticilina em estafilococos e pela resistência à
penicilina em Streptococcus pneumoniae e estreptococos do grupo viridans. Também ocorre resistência causada por alterações nas
PBPs em espécies gram-negativas fastidiosas como Haemophilus influenzae e Neisseria gonorrhoeae. A piperacilina/tazobactam
não tem atividade contra cepas cuja resistência contra antibióticos ß-lactâmicos é determinada por alterações das PBPs. Como
indicado acima, existem algumas ß-lactamases que não são inibidas pelo tazobactam.
Metodologia para determinação da susceptibilidade in vitro das bactérias a piperacilina/tazobactam:
Testes de susceptibilidade devem ser conduzidos usando métodos laboratoriais padronizados, como os descritos pelo Instituto
de Padrões Clínicos e Laboratoriais (Clinical and Laboratory Standards Institute - CLSI). Estes incluem métodos de diluição
(determinação da concentração inibitória mínima, MIC) e métodos de suscetibilidade a discos. Tanto o CLSI quanto o
Comitê Europeu para Testagem da Suscetibilidade aos Antimicrobianos (European Committee on Antimicrobial Susceptibility
Testing – EUCAST) fornecem critérios para interpretação da suscetibilidade em algumas espécies bacterianas com base nesses
métodos. Deve-se observar que, para o método de difusão dos discos, o CLSI e o EUCAST usam discos com conteúdos diferentes
de drogas.
Os critérios do CLSI para interpretação dos testes de suscetibilidade a piperacilina/tazobactam são listados na tabela a seguir:
CRITÉRIOS DO CLSI PARA INTERPRETAÇÃO DOS TESTES DE SUSCETIBILIDADE A
PIPERACILINA/TAZOBACTAM
Patógeno
Concentração inibitória
mínima (MIC)
em mg/L de piperacilina
a
Zona inibitória na difusão do
disco b
(mm diâmetro)
S I R S I R
Enterobacteriaceae e
Acinetobacter baumanii
≤ 16 32 - 64 ≥ 128 ≥ 21 18 - 20 ≤ 17
- - - ≥ 21 18 - 20 ≤ 17
≤ 1 - ≥ 2 ≥21 - -
≤ 8 - ≥ 16 ≥ 18 - ≤ 17
≤ 32 64 ≥ 128 - - -
Pseudomonas aeruginosa ≤ 16 32 - 64 ≥ 128 ≥ 21 15 - 20
≤ 14
Determinados bacilos gram-negativos
não-fastidiosos c
Haemophilus influenzae
Staphylococcus aureus
Grupo Bacteroides fragilis
d
Fonte: Clinical and Laboratory Standards Institute. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing;
22nd Informational Supplement. CLSI document M100-S22. CLSI, Wayne, PA, 2012.
S = suscetível. I = intermediário. R = resistente.
a As MICs são determinadas usando uma concentração fixa de 4 mg/L de tazobactam e variando a concentração de
piperacilina.
b
Os critérios de interpretação do CLSI são baseados em discos contendo100 µg de piperacilina e 10 µg de
tazobactam.
c
Consulte a Tabela 2B-5 do Documento M100-S22 do CLSI para a lista dos organismos incluídos.
d Com exceção do Bacteroides
Os procedimentos padronizados dos testes de suscetibilidade requerem a utilização de microrganismos de controle de
qualidade para controlar os aspectos técnicos dos procedimentos do teste. Os microrganismos de controle de qualidade
são cepas específicas com propriedades biológicas intrínsecas relacionadas aos mecanismos de resistência e às
expressões genéticas dos mesmos dentro do microrganismo; as cepas específicas usadas para controle de qualidade
dos testes de suscetibilidade não são clinicamente significativas.
Os organismos e as variações do controle de qualidade da piperacilina/tazobactam que devem ser utilizados
com os critérios de interpretação dos testes de suscetibilidade e a metodologia do CLSI são listados na tabela a
seguir:
FAIXAS DE VARIAÇÃO DOS CONTROLES DE QUALIDADE DE PIPERACILINA/TAZOBACTAM A
SEREM USADOS JUNTAMENTE COM OS CRITÉRIOS
PARA INTERPRETAÇÃO DOS TESTES DE SUSCETIBILIDADE
mínima
Diâmetro da zona inibitória da
difusão do disco
Cepa para controle de qualidade Variação em mg/L de
piperacilina
Variação em mm
Escherichia coli ATCC 25922 1 - 4 24 - 30
Escherichia coli ATCC 35218 0,5 - 2 24 - 30
Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 1 - 8 25 - 33
Haemophilus influenzae ATCC 49247 0,06 – 0,5 33-38
Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,25 - 2 -
Staphylococcus aureus ATCC 25923 - 27 - 36
Bacteroides fragilis ATCC 25285 0,12 – 0,5
-
Bacteroides thetaiotaomicron ATCC 29741 4 - 16
Fonte: Clinical and Laboratory Standards Institute. Performance Standards for Antimicrobial
Susceptibility Testing; 22nd Informational Supplement. CLSI document M100-S22. CLSI, Wayne, PA,
2012.
Apenas diluição em ágar.
Distribuição
Tanto a piperacilina como o tazobactam apresentam taxa de ligação às proteínas plasmáticas de aproximadamente 30%. Essa
taxa ligação da piperacilina ou do tazobactam não sofre alteração pela presença de outro composto. A taxa de ligação do
metabólito do tazobactam é desprezível.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico distribui-se amplamente por tecidos e fluidos corporais, incluindo mucosa intestinal,
vesícula biliar, pulmão, bile e osso. As concentrações teciduais médias são normalmente 50% a 100% das observadas
no plasma.
Metabolismo
A piperacilina é transformada no metabólito (desetil) com atividade microbiológica pequena. O tazobactam é
metabolizado em um único metabólito microbiologicamente inativo.
Eliminação
A piperacilina e o tazobactam são eliminados pelos rins por filtração glomerular e secreção tubular.
A piperacilina é rapidamente excretada como fármaco inalterado, sendo 68% da dose eliminada na urina. O tazobactam e seu
metabólito são eliminados principalmente por excreção renal, 80% da dose como fármaco inalterado e o restante como
metabólito único. A piperacilina, o tazobactam e a desetil piperacilina também são secretados na bile.
Após administração única ou múltipla de piperacilina sódica e tazobactam sódico a indivíduos saudáveis, a meia-vida plasmática
da piperacilina e do tazobactam variou de 0,7 a 1,2 hora e não sofreu alteração com a dose nem com a duração da infusão.
As meias-vidas de eliminação da piperacilina e do tazobactam aumentaram com a diminuição da depuração renal.
Não houve alterações significantes da farmacocinética da piperacilina devido ao tazobactam. Aparentemente, a
piperacilina reduz a taxa de eliminação do tazobactam.
Populações Especiais
A meia-vida da piperacilina e do tazobactam aumenta em cerca de 25% e 18%, respectivamente, em pacientes com cirrose
hepática em comparação aos indivíduos saudáveis.
A meia-vida da piperacilina e do tazobactam aumenta com a diminuição da depuração de creatinina. Esse aumento é de duas e
quatro vezes para piperacilina e tazobactam, respectivamente, com depuração de creatinina menor que 20 mL/min em comparação
aos pacientes com função renal normal.
A hemodiálise remove 30% a 50% de piperacilina sódica e tazobactam sódico e outros 5% da dose do tazobactam foram
removidos como metabólito do tazobactam. A diálise peritoneal remove aproximadamente 6% e 21% das doses da piperacilina e
do tazobactam, respectivamente; até 18% da dose do tazobactam na forma do seu metabólito.
Microbiologia
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é altamente ativo contra microrganismos sensíveis à piperacilina, bem como
microrganismos produtores de beta-lactamase, e resistentes à piperacilina.
Espectro antibacteriano:
Demonstrou-se que a piperacilina/tazobactam apresenta atividade contra a maioria das cepas dos seguintes microrganismos,
tanto in vitro quanto nas infecções clínicas indicadas:
Microrganismos gram-positivos aeróbios e facultativos:
Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina)
Microrganismos gram-negativos aeróbios e facultativos:
Escherichia coli
Haemophilus influenzae (excluindo cepas resistentes à ampicilina e negativas para β-lactamase)
Klebsiella pneumoniae
Pseudomonas aeruginosa (administrada juntamente com um aminoglicosídeo ao qual a cepa isolada é suscetível)
Anaeróbios gram-negativos:
Grupo do Bacteroides fragilis (B. fragilis, B ovatus, B thetaiotaomicro, e B vulgatus)
Os seguintes dados in vitro estão disponíveis, porém seu significado clínico é desconhecido.
Pelo menos 90% dos seguintes microrganismos apresentam uma concentração inibitória mínima (MIC) in vitro menor ou igual
ao ponto de corte de suscetibilidade para piperacilina/tazobactam. Entretanto, a segurança e a efetividade da
piperacilina/tazobactam no tratamento de infecções clínicas devido a essas bactérias não foram estabelecidas em estudos clínicos
adequados e bem controlados.
Microrganismo gram-positivos aeróbios e facultativos:
Enterococcus faecalis (apenas cepas suscetíveis à ampicilina ou penicilina)
Staphylococcus epidermidis (apenas cepas resistentes à meticilina)
Streptococcus agalactiae†
Streptococcus pneumoniae† (apenas cepas suscetíveis à penicilina)
Streptococcus pyogenes†
Estreptococos do grupo viridans
†
Microganismos gram-negativos aeróbios e facultativos:
Citrobacter koseri
Moraxella catarrhalis
Morganella morganii
Neisseria gonorrhoeae
Proteus mirabilis
Proteus vulgaris
Serratia marcescens
Providencia stuartii
Providencia rettgeri
Salmonella enterica
Anaeróbios gram-positivos:
Clostridium perfringens
Bacteroides distasonis
Prevotella melaninogenica
Essas não são bactérias produtoras de β-lactamase e, desta forma, são suscetíveis apenas à piperacilina.
O uso de piperacilina sódica e tazobactam sódico está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a qualquer
betalactâmico (incluindo penicilinas e cefalosporinas) ou inibidores da beta-lactamase.
Antes do início do tratamento com piperacilina sódica e tazobactam sódico os pacientes devem ser questionados detalhadamente
sobre reações de hipersensibilidade anteriores a penicilinas, cefalosporinas ou outros alérgenos. Reações de hipersensibilidade
(anafilática/anafilactoide incluindo choque) graves e ocasionalmente fatais foram relatadas em pacientes em tratamento
com penicilinas, incluindo piperacilina sódica e tazobactam sódico. Essas reações são mais
comuns em pessoas com história de sensibilidade a múltiplos alérgenos. Reações de hipersensibilidade graves exigem a
descontinuação do antibiótico e podem necessitar da administração de epinefrina e de outras condutas de emergência.
Reações cutâneas graves, tais como síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, tem sido relatadas em
pacientes recebendo piperacilina sódica e tazobactam sódico. Se pacientes desenvolverem erupções cutâneas, eles devem
ser monitorados cuidadosamente e piperacilina sódica e tazobactam sódico deve ser descontinuado caso as lesões
progridam.
A colite pseudomembranosa induzida por antibiótico pode se manifestar por diarreia grave e persistente, que pode ser
potencialmente fatal. Os sintomas da colite pseudomembranosa podem começar durante ou após o tratamento
antibacteriano.
Ocorreram manifestações hemorrágicas em alguns pacientes tratados com antibióticos betalactâmicos. Essas reações
são, às vezes, associadas a anormalidades nos testes de coagulação, como tempo de coagulação, agregação plaquetária
e tempo de protrombina, e são mais frequentes em pacientes com insuficiência renal (ver INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS). Se essas reações ocorrerem, o antibiótico deve ser suspenso e um tratamento adequado deve ser
instituído.
Este produto contém 2,79 mEq (64 mg) de sódio por grama de piperacilina, o que pode aumentar a quantidade total
de sódio do paciente. Pode ocorrer hipocalemia em pacientes com baixas reservas de potássio ou que recebem
medicamentos concomitantes que podem diminuir os níveis de potássio; recomenda-se a determinação periódica de
eletrólitos nesses pacientes.
Leucopenia e neutropenia podem ocorrer, principalmente durante tratamento prolongado. Portanto deve- se avaliar
periodicamente a função hematopoiética.
Como em qualquer outro tratamento com penicilina, complicações neurológicas na forma de convulsões podem ocorrer
quando altas doses são administradas, especialmente em pacientes com insuficiência renal.
Como qualquer outro antibiótico, o uso dessa droga pode resultar em um aumento do crescimento de organismos não
suscetíveis, incluindo fungos. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente durante o tratamento. Se ocorrer
superinfecção, medidas apropriadas devem ser tomadas.
Embora piperacilina sódica e tazobactam sódico possua características de baixa toxicidade do grupo das penicilinas,
recomenda-se avaliação periódica das funções orgânicas incluindo renal, hepática e hematopoiética durante tratamento
prolongado.
Como com qualquer antibiótico, deve-se considerar a possibilidade de aparecimento de organismos resistentes, que
podem causar superinfecções, principalmente durante tratamento prolongado. Poderá ser necessário efetuar acompanhamento
microbiológico a fim de detectar qualquer superinfecção importante. Caso isto ocorra, medidas apropriadas devem ser
tomadas.
Como com outras penicilinas, os pacientes podem apresentar excitabilidade neuromuscular ou convulsões, se
doses maiores que as recomendadas forem administradas por via intravenosa (principalmente em pacientes com
insuficiência renal).
Como com outras penicilinas semissintéticas, o tratamento com piperacilina tem sido associado com um aumento na
incidência de febre e eritema em pacientes com fibrose cística.
O uso de antimicrobianos em altas doses por curto período de tempo para tratar gonorreia pode mascarar ou atrasar os
sintomas de incubação da sífilis. Portanto, antes do tratamento, os pacientes com gonorreia também devem ser avaliados
para sífilis. Material para exame de campo escuro deve ser obtido de pacientes com qualquer lesão primária
suspeita, e exames sorológicos devem ser realizados por no mínimo 4 meses.
Pacientes com Insuficiência Hepática (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR)
Pacientes com Insuficiência Renal - Em pacientes com insuficiência renal ou em hemodiálise, a dose intravenosa deve ser
ajustada ao grau de insuficiência renal.
Carcinogenicidade - Não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade com a piperacilina, o tazobactam ou
a associação.
Mutagenicidade - Os resultados com piperacilina sódica + tazobactam sódico nos ensaios de mutagenicidade microbiana,
no teste de síntese de DNA (UDS), no ensaio de mutação em mamíferos (células de ovário de hamster chinês -
HPRT) e no ensaio de transformação em células de mamíferos (BALB/c-3T3) foram negativos. In vivo, piperacilina
sódica + tazobactam sódico não induziu aberrações cromossômicas em ratos tratados por via IV.
Os resultados com a piperacilina foram negativos nos ensaios de mutagenicidade microbiana. Não houve dano ao DNA
de bactérias (ensaio Rec) expostas à piperacilina. Também apresentou resultado negativo no teste de síntese de DNA
(UDS). No ensaio de mutação em mamíferos (células de linfoma de camundongos) o resultado foi positivo. No
ensaio de transformação de células (BALB/c-3T3) o resultado foi negativo. In vivo, a piperacilina não induziu aberrações
cromossômicas em camundongos tratados por via IV.
Os resultados com o tazobactam foram negativos nos ensaios de mutagenicidade microbiana, no teste de síntese de DNA
(UDS) e no ensaio de mutação em mamíferos (células de ovário de hamster chinês - HPRT). Em outro ensaio de
mutação em mamíferos (células de linfoma de camundongos) o resultado foi positivo. No ensaio de transformação de
células (BALB/c-3T3) o resultado foi negativo. Em um ensaio citogenético in vitro (células de pulmão de hamster
chinês), o resultado foi negativo. In vivo, o tazobactam não induziu aberrações cromossômicas em ratos tratados por
via IV.
Toxicidade Reprodutiva - Em estudos de desenvolvimento embriofetal não houve nenhuma evidência de
teratogenicidade após administração intravenosa de tazobactam ou da associação; no entanto, nos ratos houve uma ligeira
redução no peso corpóreo fetal em doses tóxicas maternas. A administração intraperitoneal de piperacilina/tazobactam
foi associada a uma ligeira redução no tamanho da prole e um aumento da incidência de pequenas anomalias
esqueléticas (atrasos na ossificação) em doses que produziram toxicidade materna. O desenvolvimento peri e pós-natal
foi comprometido (peso reduzido dos filhotes, aumento ainda no nascimento, aumento na mortalidade dos filhotes)
concomitante com toxicidade materna.
Prejuízo da Fertilidade - Os estudos de reprodução em ratos não revelaram nenhuma evidência de comprometimento da
fertilidade causado pelo tazobactam ou pela associação quando administrado intraperitonealmente.
Gravidez - Estudos em animais não demonstraram teratogenicidade da associação piperacilina/tazobactam quando
administrada intravenosamente, mas demonstraram toxicidade reprodutiva em ratos em doses tóxicas maternas quando
administrada intravenosamente ou intraperitonealmente. Não existem estudos adequados e bem-controlados com a
associação piperacilina/tazobactam ou com a piperacilina ou o tazobactam em monoterapia em mulheres grávidas. A
piperacilina e o tazobactam atravessam a placenta. Mulheres grávidas devem ser tratadas apenas se os benefícios previstos
superarem os possíveis riscos à mulher e ao feto.
Lactação - A piperacilina é excretada em baixas concentrações no leite materno; as concentrações de tazobactam no leite
materno ainda não foram determinadas. As mulheres lactantes devem ser tratadas apenas se os benefícios previstos
superarem os possíveis riscos à mulher e a criança.
Piperacilina sódica + tazobactam sódico é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto,
este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Relaxantes musculares não despolarizantes
A piperacilina quando utilizada concomitantemente à vecurônio têm sido relacionada a prolongamento do bloqueio
neuromuscular do vecurônio. Devido à semelhança entre os mecanismos de ação, espera-se que haja prolongamento do
bloqueio neuromuscular provocado por qualquer relaxante muscular não despolarizante na presença de piperacilina.
Anticoagulantes orais
Durante a administração simultânea de heparina, anticoagulantes orais e outros medicamentos com potencial para
alterar o sistema de coagulação sanguínea, incluindo a função trombocítica, testes adequados de coagulação deverão
ser realizados com maior frequência e monitorizados regularmente (ver 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Metotrexato
A piperacilina pode reduzir a excreção do metotrexato, portanto os níveis séricos de metotrexato devem ser monitorizados
para evitar toxicidade do medicamento.
Probenecida
Como ocorre com outras penicilinas, a administração concomitante de probenecida e piperacilina sódica + tazobactam
sódico prolonga a meia-vida e diminui a depuração renal da piperacilina e do tazobactam, entretanto não há alteração
da concentração plasmática máxima de cada droga.
Aminoglicosídeos
A piperacilina em monoterapia ou em associação ao tazobactam não altera significantemente a farmacocinética da
tobramicina em pacientes com função renal normal e com insuficiência renal leve ou moderada. A farmacocinética da
piperacilina, do tazobactam e do metabólito M1 não sofreu alteração significante com a administração da tobramicina.
Vancomicina
Não foram observadas interações farmacocinéticas entre piperacilina sódica + tazobactam sódico e vancomicina.
Interações com Exames Laboratoriais
Como ocorre com outras penicilinas, a administração de piperacilina sódica + tazobactam sódico pode provocar resultado
falso-positivo de glicose na urina pelo método de redução de cobre. Recomenda-se o uso de testes de glicose à base de
reações enzimáticas da glicose-oxidase.
Há relatos de resultados positivos quando se utiliza o teste para Aspergillus pelo ensaio imunoenzimático (EIA) – Platelia
da Bio-Rad Laboratories em pacientes recebendo piperacilina sódica + tazobactam sódico sem que estejam com
Aspergillus. Têm-se relatado reações cruzadas entre polissacarídeos não Aspergillus e polifuranoses no teste da Bio-Rad
Laboratories (Platelia Aspergillus EIA).
Assim, resultados falso-positivos para o teste em pacientes recebendo piperacilina sódica + tazobactam sódico devem ser
cuidadosamente interpretados e confirmados por outros métodos diagnósticos.
Conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15º C e 30º C) antes da reconstituição. Proteger da luz e umidade.
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após preparo (reconstituição), manter em temperatura ambiente (entre 15º C e 30º C) por 24 horas ou manter sob
refrigeração (temperatura entre 2º C e 8º C) por 48 horas.
Se a solução não for usada imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem antes da administração
serão responsabilidades do usuário. As soluções não usadas deverão ser descartadas.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é um pó injetável, compacto, branco ou quase branco que deve ser reconstituído
antes de sua aplicação.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Piperacilina sódica e tazobactam sódico é para uso intravenoso somente. Quando utilizado de outra forma que não a
recomendada nesta bula, não há garantia de sua efetividade nem da sua segurança.
Piperacilina sódica e tazobactam sódico deve ser administrado em infusão intravenosa lenta (p. ex., de 20-30 minutos) ou
injeção intravenosa lenta (no mínimo, 3-5 minutos).
Duração do Tratamento
A duração do tratamento deve ser definida com base na gravidade da infecção e nos progressos clínico e bacteriológico
do paciente.
INSTRUÇÕES PARA RECONSTITUIÇÃO E DILUIÇÃO PARA USO INTRAVENOSO
Injeção Endovenosa
Reconstituir cada frasco-ampola conforme o quadro abaixo, usando um dos diluentes compatíveis para reconstituição. Agitar
até dissolver. Quando agitado constantemente, a reconstituição geralmente ocorre dentro de 5 a 10 minutos.
Frasco-ampola piperacilina sódica e tazobactam sódico Volume do diluente a ser adicionado ao frasco-ampola
2,25 g (2 g/0,25 g) 10 mL
4,50 g (4 g/0,5 g) 20 mL
Após a reconstituição de piperacilina sódica e tazobactam sódico 2,25 g com 10 mL de diluente, espera-se um volume
final aproximado de 11,5 mL de solução dentro do frasco. Da mesma forma, após a adição de 20 mL de diluente para
reconstituição de piperacilina sódica e tazobactam 4,5 g espera-se um volume final aproximado de 23 mL.
As soluções sabidamente compatíveis com piperacilina sódica + tazobactam sódico para reconstituição são:
· Solução de Cloreto de Sódio a 0,9% (solução fisiológica)
· Água Estéril para Injeção
· Solução Glicosada a 5% (Solução de Dextrose a 5%)
Infusão Endovenosa
Cada frasco-ampola de piperacilina sódica + tazobactam sódico 2,25 g deverá ser reconstituído com 10 mL de um dos
diluentes acima. Após a reconstituição, espera-se um volume final aproximado de 11,5 mL de solução dentro do frasco.
Cada frasco-ampola de piperacilina sódica + tazobactam sódico 4,5 g deverá ser reconstituído com 20 mL de um dos
diluentes acima. Após a reconstituição, espera-se um volume final aproximado de 23 mL de solução dentro do frasco.
A solução reconstituída deve ser retirada do frasco-ampola com seringa. Quando reconstituído como recomendado, o
conteúdo do frasco-ampola retirado com a seringa fornecerá a quantidade prevista de piperacilina e tazobactam.
A solução reconstituída pode ainda ser diluída em um volume desejado (p. ex., de 50 ml a 150 ml) de um dos solventes
compatíveis para uso intravenoso mencionados a seguir:
· Água Estéril para Injeção**
· Dextrano a 6% em Solução Fisiológica
** Volume máximo recomendado de Água para Injeções por dose é 50 ml.
Incompatibilidades Farmacêuticas
Sempre que piperacilina sódica + tazobactam sódico for utilizado concomitantemente a outro antibiótico (p.ex.,
aminoglicosídeos, que não amicacina e gentamicina nas especificações recomendadas), os medicamentos devem ser
administrados separadamente. A mistura de piperacilina sódica + tazobactam sódico com um aminoglicosídeo in vitro
pode inativar consideravelmente o aminoglicosídeo (ver 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Piperacilina sódica + tazobactam sódico não deve ser misturado com outros medicamentos na mesma seringa ou no
mesmo frasco de infusão, pois ainda não foi estabelecida a compatibilidade.
Devido à instabilidade química, piperacilina sódica + tazobactam sódico não deve ser usado em soluções que contenham
somente bicarbonato de sódio.
Piperacilina sódica + tazobactam sódico não deve ser adicionado a sangue e derivados ou a hidrolisados de albumina.
Este produto não contém EDTA, portanto não deve ser usado para administração concomitante simultânea via infusão por
equipo em Y com aminoglicosídeos e diluição do medicamento em solução de Ringer Lactato.
POSOLOGIA
Adultos e Crianças Acima de 12 Anos
Em geral, a dose diária total recomendada é de 12 g de piperacilina/1,5 g de tazobactam divididos em doses a cada 6
ou 8 horas. Podem ser usadas doses tão elevadas quanto 18 g de piperacilina/2,25 g de tazobactam por dia em doses divididas
em caso de infecções graves.
Neutropenia Pediátrica
Em crianças com função renal normal e menos de 50 kg, a dose deve ser ajustada para 80 mg de piperacilina/10
mg de tazobactam por kg a cada 6 horas e utilizada em associação à dose adequada de um aminoglicosídeo.
Em crianças com mais de 50 kg, seguir a posologia para adultos e utilizar em associação à dose adequada de um
aminoglicosídeo.
Infecções Intra-Abdominais Pediátricas
Para crianças entre 2 e 12 anos, com até 40 kg e função renal normal, a dose recomendada é de 112,5 mg/kg a cada
8 horas (100 mg de piperacilina/12,5 mg de tazobactam).
Para crianças entre 2 e 12 anos, com mais de 40 kg e função renal normal, seguir a orientação posológica para adultos.
Recomenda-se tratamento mínimo de 5 dias e máximo de 14 dias, considerando que a administração da dose continue por,
no mínimo, 48 horas após a resolução dos sinais clínicos e sintomas.
Uso em Pacientes Idosos
piperacilina sódica e tazobactam sódico pode ser administrado nas mesmas dosagens usadas em adultos, à exceção
dos casos de insuficiência renal (ver abaixo).
Uso em Pacientes com Insuficiência Renal
Em pacientes com insuficiência renal ou em hemodiálise, as doses intravenosas e os intervalos entre as doses devem ser
ajustados para o grau de insuficiência renal.
As doses diárias recomendadas são as seguintes:
Programa de dosagem intravenosa para adultos com disfunção renal
Clearance de Creatinina (mL/min) Dose Recomendada de piperacilina/tazobactam
maior que 40 Não é necessário nenhum ajuste
20 – 40 12 g/1,5 g/dia em doses divididas
4 g/500 mg a cada 8 horas
menor que 20 8 g/1 g/dia em doses divididas
4 g/500 mg a cada 12 horas
Para pacientes em hemodiálise, a dose diária máxima é 8 g/1 g de piperacilina sódica + tazobactam sódico. Além disso,
uma vez que a hemodiálise remove 30% - 50% de piperacilina em 4 horas, uma dose adicional de 2 g/250 mg de
piperacilina sódica + tazobactam sódico deve ser administrada após cada sessão de diálise. Para pacientes com
insuficiência renal e hepática (insuficiência da função do fígado), medidas dos níveis séricos (sanguíneos) de
piperacilina sódica + tazobactam sódico quando disponíveis, poderão fornecer informações adicionais para o ajuste de
dose.
Insuficiência Renal em Crianças Pesando Menos que 50 kg
Para crianças pesando menos de 50 kg, com insuficiência renal, a dosagem endovenosa deverá ser ajustada até o
grau da insuficiência renal conforme indicado a seguir:
Clearance de Creatinina (mL/min) Dose recomendada de piperacilina/tazobactam
40 – 80 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) a
cada 6 horas.
20 – 40 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) a
cada 8 horas.
Menor que 20 90 mg/kg (80 mg piperacilina/10 mg tazobactam) a
cada 12 horas.
Para crianças pesando menos de 50 kg, submetidas à hemodiálise, a dose recomendada é de 45 mg/kg a cada 8 horas.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática
Não é necessário ajustar a dose de piperacilina sódica + tazobactam sódico em pacientes com insuficiência hepática.
Administração Concomitante de piperacilina sódica + tazobactam sódico com Aminoglicosídeos
Devido à inativação in vitro (fora do corpo humano) do aminoglicosídeo pelos antibióticos betalactâmicos (classe
de antibiótico piperacilina sódica + tazobactam sódico recomenda-se que o piperacilina sódica + tazobactam sódico
e o aminoglicosídeo sejam administrados separadamente. Piperacilina sódica + tazobactam sódico e o aminoglicosídeo
devem ser reconstituídos e diluídos separadamente quando a terapia concomitante com os aminoglicosídeos é indicada
(ver Incompatibilidades Farmacêuticas).
As reações adversas relacionadas na Tabela abaixo estão de acordo com a frequência do CIOMS:
Muito Comuns: ≥ 10%
Comuns: ≥ 1% e < 10%
Incomuns: ≥ 0,1% e < 1%
Raras: ≥ 0,01% e < 0,1%
Muito Raras: < 0,01%
Desconhecida: a frequência não pode ser precisamente estimada a partir de estudos clínicos.
A suspeita de efeitos indesejáveis é baseada nos estudos clínicos e/ou taxas de relatos espontâneos de pós- comercialização.
Classe de
Sistema
Corpóreo
Muito
Comum
(ocorre em
mais de 10%
dos pacientes
que utilizam
este
medicamento)
(ocorre entre
1% e 10% dos
pacientes que
utilizam este
Incomum
0,1% e 1%
Raro
0,01% e 0,1%
Muito Raro
menos de
0,01% dos
Frequência
desconhecida
(não pode ser
estimada
a partir dos dados
disponíveis)
Infecções e
Infestações
Candidíase*
Desordens
do sistema
linfático e
sanguíneo
Trombocitopenia,
anemia*, teste de
Coombs direto
positivo,
prolongamento
do tempo de
tromboplastina
parcial ativada
Leucopenia,
protrombina
Agranulocitose,
epistaxe
Pancitopenia*,
neutropenia,
púrpura,
prolongamento do
tempo de
sangramento,
anemia hemolítica*,
eosinofilia*,
trombocitose*
imunológico
Reação
anafilactoide*,
reação anafilática*,
choque
choque anafilático*,
hipersensibilidade*
nutricional e
metabolismo
Diminuição da
albumina
sanguínea,
diminuição da
proteína total
Hipocalemia,
glicose sanguínea
nervoso
Cefaleia, insônia
vasculares
Hipotensão, flebite,
tromboflebite,
rubor
gastrintestinais
Diarreia Dor
abdominal,
náusea,
vômitos,
constipação,
dispepsia
Colite
pseudomembranosa,
estomatite
hepatobiliares
Aumento da
aspartato
aminotransferase,
aumento da
alanina
alcalino
fosfatase
sanguínea
bilirrubina
Hepatite*, icterícia,
aumento da gama
glutamil-transferase
subcutâneo e pele
Erupções, prurido Eritema
multiforme*,
urticária, erupção
maculopapular
Necrólise
epidérmica tóxica*
Síndrome de
Stevens-Johnson*,
dermatite bolhosa
do tecido
conectivo
musculoesque-
lético e ósseo
Artralgia, mialgia
dos sistemas
renal e
urinário
creatinina
ureia sanguínea
Insuficiência renal,
nefrite
tubulointersticial*
gerais e
condições no
local de
administração
Pirexia, reação no
local da injeção
Calafrios
*Reações adversas ao medicamento identificadas pós-comercialização
O tratamento com piperacilina está associado a aumento da incidência de febre e erupções cutâneas em pacientes com fibrose cística.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Sintomas
Há relatosdesuperdosagemdepiperacilina sódica +tazobactamsódico na experiência pós-comercialização. Amaioria desses eventos,
incluindo náuseas, vômitos e diarreia, também foi relatada nas doses usuais recomendadas.
Os pacientes podem apresentar excitabilidade neuromuscular ou convulsões se forem administradas doses acima das
recomendadas por via intravenosa (particularmente na presença de insuficiência renal).
Tratamento de Intoxicação
Nenhum antídoto específico é conhecido.
O tratamento deve ser de suporte e sintomático de acordo com a manifestação clínica apresentada pelo paciente.
Concentrações séricas excessivas de piperacilina ou tazobactam podem ser reduzidas por hemodiálise.
No caso de reações alérgicas graves (anafiláticas), medidas usualmente indicadas devem ser empregadas (anti-histamínicos,
corticosteroides, drogas simpatomiméticas e, se necessário, oxigênio e respiração artificial).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS: 1.8830.0002
Farm. Resp.: Dra. Andressa Pessanha Marins - CRF/RJ:12.403
Fabricado por:
Agila Specialties Private Limited (Beta Lactam Division)
Doresanipalya n
o
152/6 e 154/16, Bilekahalli, Bannerghatta Road
Bangalore – 560 076 – Índia.
Importado por:
Agila Especialidades Farmacêuticas Ltda.
Estrada Dr. Lourival Martins Beda, 1118.
Campos dos Goytacazes - RJ - CEP: 28110-000
CNPJ:11.643.096/0001-22
Indústria Brasileira
Número do lote data de fabricação e prazo de validade: vide embalagem.
OU
0800-020 0817
sac@agilaespecialidades.com.br
www.agilabrasil.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
Anexo B
Número do
expediente
Nome do assunto Data da
notificação/
petição
Data da
aprovação
da petição
Itens alterados
0066047/13-7 1418 - GENERICO -
Notificação da
Alteração de Texto
de Bula
28/01/2013 29/01/2013 Alterações pertinentes a
transferência de titularidades,
dizeres legais.
0675208/13-0 1418 - GENERICO -
15/08/2013 16/08/2013 Alterações pertinentes a
inclusão de local de fabricação.
0686631/13-0 10452 – GENERICO
– Notificação de
alteração de Texto de
Bula – RDC 60/12
19/08/2013 19/08/2013 Alterações do texto de bula
adequando a RDC 47/2009.
0196204/14-3 10452 – GENERICO
18/03/2014 18/03/2014 Inclusão da frase: “Este
produto não contém EDTA,
portanto não deve ser usado
para administração
concomitante simultânea via
infusão por equipo em Y com
aminoglicosídeos e diluição do
medicamento em solução de
Ringer Lactato.”
- Excluindo do parágrafo
INSTRUÇÕES PARA
RECONSTITUIÇÃO E
DILUIÇAO PARA USO
INTRAVENOSO, os seguintes
tópicos: Solução Fisiológica
Bacteriostática/Parabenos, Água
Bacteriostática/Parabenos, Solução
Fisiológica Bacteriostática/Álcool
benzílico e Água
Bacteriostática/Álcool benzílico.
- Alteração conforme a
atualização da bula padrão.
0477696/14-8 10452 – GENERICO
16/06/2014 16/06/2014 - Alteração do número do SAC
e inclusão do e-mail do SAC.
- Exclusão da apresentação de
1 (um) frasco-ampola nas
concentrações 2,25g e 4,5g
pois não está sendo
comercializado neste
momento.
N/A 10452 – GENERICO
12/08/2014 - Alteração no item