Bula do Piroxan produzido pelo laboratorio Laboratório Globo Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Piroxan®
(piroxicam)
Laboratório Globo Ltda.
Cápsulas
20 mg
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piroxicam
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
cápsula de 20 mg. Embalagem contendo 15 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de Piroxan®
20 mg contém:
piroxicam ......................................................................................................................................................... 20 mg
excipientes (amido, estearato de magnésio, lactose monoidratada, laurilsulfato de sódio e talco) q.s.p. .. 1 cápsula
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Piroxan®
(piroxicam) cápsula de 20 mg é um anti-inflamatório não esteroide (AINE), indicado para uma
variedade de condições que requeiram atividade anti-inflamatória e/ou analgésica, tais como: artrite reumatoide,
osteoartrite (artrose, doença articular degenerativa), espondilite anquilosante, distúrbios músculo-esqueléticos
agudos, gota aguda, dor pós-operatória e pós-traumática e para o tratamento da dismenorreia primária em
pacientes maiores de 12 anos.
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, double-dummy e de grupos paralelos, conduzido em cinco países da
Europa, 224 pacientes adultos randomizados com problemas músculo-esqueléticos agudos (entorses ou
tendinite) receberam dose única de piroxicam de dissolução rápida (108 pacientes receberam 40 mg nos
primeiros 2 dias e 20 mg nos dias seguintes) ou comprimidos de diclofenaco com revestimento entérico (116
pacientes receberam 50 mg durante as refeições 3 vezes ao dia por 2 dias e, então, 2 vezes ao dia até o fim do
tratamento). Em cada visita médica foram avaliados os parâmetros de eficácia como dor ao realizar um
movimento, mudança nos sintomas gerais desde a última consulta, sensibilidade à palpação, habilidade de
realizar atividades específicas e restrição de movimentos ativos. O alívio da dor foi observado meia hora após a
primeira dose e se manteve durante as 24 horas pós-dose em ambos os grupos tratados. Na opinião dos
investigadores e pacientes a impressão global da eficácia para ambos os grupos foi considerada boa ou excelente
na maioria dos casos de torções. Para o caso de tendinite, no entanto, tanto os investigadores quanto os pacientes
consideraram a eficácia de piroxicam dissolução rápida melhor que a do diclofenaco revestido. A incidência de
eventos adversos relacionados aos fármacos foi de 12% para o piroxicam e de 18% para o diclofenaco revestido.
Os eventos adversos relatados possivelmente relacionados ao estudo foram de 7% para o piroxicam e 6% para o
diclofenaco. Estes resultados demonstram que a eficácia e tolerabilidade de piroxicam de dissolução rápida são
comparáveis as do diclofenaco revestido para o tratamento de problemas músculo-esqueléticos agudos.
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Foi realizado um estudo envolvendo 64 pacientes com cólica renal aguda para avaliar os efeitos terapêuticos de
piroxicam intramuscular 40 mg versus 75 mg de diclofenaco sódico intramuscular, ambos em dose única. O grau
de dor foi analisado segundo a Escala Visual Análoga. O piroxicam intramuscular pode ser usado com sucesso
no tratamento de cólica renal aguda e apresenta início de ação mais rápido e efeito prolongado em relação ao
diclofenaco sódico.
Um estudo multicêntrico em larga escala, aberto, não comparativo, avaliou 3.629 pacientes portadoras de
dismenorreia primária, virgens de tratamento ou com resposta insatisfatória a analgésicos convencionais.
Administrou-se 40 mg de piroxicam (2 cápsulas) durante dois ciclos menstruais consecutivos, em dose única
diária nos 2 primeiros dias do fluxo menstrual ou no início da dor, e 20 mg (1 cápsula) no 3º, 4º e 5º dias, caso
necessário. No final do tratamento, 99% das pacientes referiram estar assintomáticas ou melhores. Os resultados
foram considerados pelo investigador como excelentes ou bons em 92% das pacientes. Apenas 2 pacientes
tiveram de interromper o tratamento devido a reações adversas significativas. Assim sendo, o piroxicam é
bastante eficaz e bem tolerado no tratamento da dismenorreia primária.
Propriedades Farmacodinâmicas
O piroxicam é um agente anti-inflamatório não esteroide que possui também propriedades analgésicas e
antipiréticas. Edema, eritema, proliferação tecidual, febre e dor podem ser inibidos em animais de laboratório
pela administração de piroxicam. É eficaz independentemente da etiologia da inflamação.
Embora o mecanismo de ação de piroxicam não seja totalmente conhecido, estudos isolados in vitro e in vivo
mostraram que piroxicam interage em várias etapas da resposta imune e da inflamação através da:
- inibição da síntese de prostanoides, incluindo as prostaglandinas, por inibição reversível da enzima
ciclooxigenase;
- inibição da agregação dos neutrófilos;
- inibição da migração das células polimorfonucleares e monócitos para a área de inflamação;
- inibição da liberação de enzimas lisossomais de leucócitos estimulados;
- inibição da formação do ânion superóxido pelo neutrófilo;
- redução da produção do fator reumatoide sistêmico e do fluido sinovial em pacientes com artrite reumatoide
soro-positiva.
Ficou estabelecido que piroxicam não atua pela estimulação do eixo hipófise-adrenal. Estudos in vitro não
revelaram qualquer efeito negativo sobre o metabolismo cartilaginoso.
Em estudos clínicos, piroxicam mostrou-se eficaz como analgésico em dores de várias etiologias (pós-trauma,
pós-episiotomia e pós-operatório). O início da analgesia é imediato.
Em dismenorreia primária, os níveis aumentados de prostaglandinas endometriais causam hipercontratilidade
uterina, resultando em isquemia uterina e consequente dor. O piroxicam, como um potente inibidor da síntese
das prostaglandinas, demonstrou reduzir esta hipercontratilidade uterina e ser eficaz no tratamento da
dismenorreia primária.
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Propriedades farmacocinéticas
Absorção e Distribuição
O piroxicam é bem absorvido após a administração oral. Com a ingestão de alimentos, há uma leve diminuição
na velocidade da absorção, porém não atinge a extensão da mesma. Concentrações plasmáticas estáveis são
mantidas durante o dia com apenas uma administração diária. Tratamento contínuo com 20 mg/dia, durante um
ano, produz níveis sanguíneos similares aos observados depois de alcançado o steady state (estado de equilíbrio).
As concentrações plasmáticas do fármaco são proporcionais nas doses de 10 mg e 20 mg e geralmente alcançam
o pico dentro de 3 a 5 horas após a administração. A dose única de 20 mg geralmente produz níveis de pico
plasmático de piroxicam de 1,5 a 2 mcg/mL, enquanto que a concentração plasmática máxima do fármaco, após
ingestão diária contínua de 20 mg de piroxicam, usualmente se estabiliza entre 3 e 8 mcg/mL. A maioria dos
pacientes alcança níveis plasmáticos estáveis dentro de 7 a 12 dias.
O tratamento com dose de ataque de 40 mg/dia nos primeiros 2 dias, seguida de 20 mg/dia nos dias
subsequentes, permite uma alta porcentagem de alcance (aproximadamente 76%) dos níveis de steady state
imediatamente após a segunda dose. Os níveis de steady state, a área sob a curva e a meia-vida de eliminação
são similares aos obtidos após administração de 20 mg diários.
O estudo comparativo da biodisponibilidade de doses múltiplas de piroxicam nas formas cápsulas e solução para
uso intramuscular mostrou que, após a administração intramuscular de piroxicam, o nível plasmático foi
significantemente maior do que os obtidos com ingestão de cápsula durante os 45 minutos após a administração
no primeiro dia, durante os 30 minutos no segundo dia e os 15 minutos no sétimo dia. As duas formulações são
bioequivalentes.
Metabolismo e Eliminação
O piroxicam é extensamente metabolizado, sendo que menos de 5% da dose diária é excretada de forma
inalterada na urina e nas fezes. O metabolismo do piroxicam é predominantemente mediado via citrocromo P450
CYP2C9 no fígado. Uma importante via metabólica é a hidroxilação do anel piridil do piroxicam, seguida por
conjugação com ácido glicurônico e eliminação urinária. O tempo de meia-vida plasmática é de
aproximadamente 50 horas no homem.
O piroxicam deve ser administrado com cautela a pacientes com conhecida ou suspeita deficiência de CYP2C9,
baseados no histórico prévio/experiência com outros substratos CYP2C9, uma vez que podem apresentar níveis
plasmáticos altos anormais devido à redução do clearance metabólico (vide o item 5. Advertências e Precauções
– Metabolizadores Lentos dos Substratos CYP2C9).
Farmacogenética
A atividade de CYP2C9 é reduzida em indivíduos com polimorfismos genéticos como os polimorfismos
CYP2C9*2 e CYP2C9*3. Dados limitados de dois relatórios publicados mostraram que os pacientes com
genótipos CYP2C9*1/*2 heterozigótico (n=9), CYP2C9*1/*3 heterozigótico (n=9) e CYP2C9*3/*3
homozigótico (n=1) mostraram níveis sistêmicos de piroxicam 1,7; 1,7 e 5,3 mais altos, respectivamente, que os
pacientes com CYP2C9*1/*1 (n=17, genótipo metabolizador normal) após a administração de uma dose oral
única. Os valores médios da meia-vida de eliminação de piroxicam dos pacientes com genótipos CYP2C9*1/*3
(n=9) e CYP2C9*3/*3 (n=1) foram 1,7 e 8,8 vezes maiores que dos pacientes com CYP2C9*1/*1 (n=17).
Estima-se que a frequência do genótipo homozigótico *3/*3 seja de 0% a 5,7% em vários grupos étnicos.
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Dados de Segurança Pré-clínicos
Estudos de toxicidade subagudos e crônicos foram realizados com ratos, camundongos, cães e macacos, usando
doses que variavam de 0,3 mg/kg/dia a 25 mg/kg/dia. A última dose é aproximadamente 90 vezes a dose
recomendada para humanos. A única patologia observada foi caracteristicamente associada com a toxicidade em
animais por AINEs; isto é, necrose papilar renal e lesão gastrintestinal. Os macacos mostraram-se os mais
resistentes para tais efeitos, enquanto os cães, os mais sensíveis.
Piroxan®
é contraindicado nos seguintes casos:
- Pacientes com histórico de ulceração, sangramento ou perfuração gastrintestinais.
- Pacientes com úlcera péptica ativa ou hemorragia gastrintestinal.
- Pacientes com hipersensibilidade conhecida ao piroxicam ou a outros componentes da fórmula. Há potencial de
sensibilidade cruzada com ácido acetilsalicílico e outros AINEs. Piroxan®
não pode ser administrado a pacientes
que desenvolveram asma, pólipo nasal, angioedema ou urticária induzidas pelo uso de ácido acetilsalicílico ou
outros AINEs.
- No tratamento da dor no peri-operatório de cirurgia para revascularização do miocárdio.
- Pacientes com insuficiência renal e hepática grave.
- Pacientes com insuficiência cardíaca grave.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Deve-se evitar o uso concomitante de piroxicam com AINEs, incluindo os inibidores da COX-2.
Efeitos Cardiovasculares
Os AINEs podem causar o aumento do risco de desenvolvimento de eventos cardiovasculares trombóticos sérios,
infarto do miocárdio e derrame, que podem ser fatais. O risco pode aumentar com a duração do uso. Pacientes
com doença cardiovascular podem estar sob risco maior. A fim de minimizar o risco potencial de eventos
adversos cardiovasculares em pacientes tratados com piroxicam, deve-se utilizar a menor dose eficaz e o
tratamento deve ser feito no menor tempo possível. Médicos e pacientes devem estar alertas para o
desenvolvimento de tais eventos, mesmo na ausência de sintomas cardiovasculares prévios. Os pacientes devem
ser informados dos sinais e/ou sintomas da toxicidade cardiovascular séria e da conduta caso ocorram (vide item
4. Contraindicações).
Hipertensão
Assim como todos os AINEs, piroxicam pode levar ao início de uma hipertensão ou piora de hipertensão
preexistente, ambos os quais podem contribuir para o aumento da incidência de eventos cardiovasculares. Os
AINEs, incluindo piroxicam, devem ser usados com cautela em pacientes com hipertensão. A pressão sanguínea
deve ser cuidadosamente monitorada no início e durante o tratamento com piroxicam.
Retenção de Líquido e Edema
Assim como com outros fármacos conhecidos por inibir a síntese de prostaglandinas, foi observada retenção de
líquido e edema em alguns pacientes recebendo AINEs, incluindo piroxicam. Portanto, piroxicam deve ser
utilizado com cautela em pacientes com comprometimento da função cardíaca e outras condições que
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predisponham, ou piorem pela retenção de líquidos. Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva preexistente
ou hipertensão devem ser cuidadosamente monitorados.
Efeitos Gastrintestinais
Os AINEs, incluindo piroxicam, podem causar reações adversas gastrintestinais sérias incluindo inflamação,
sangramento, ulceração e perfuração do estômago, intestino delgado ou grosso, que pode ser fatal. A
administração de doses superiores a 20 mg por dia leva a um aumento do risco de efeitos colaterais
gastrintestinais. Evidências de estudos observacionais sugerem que piroxicam pode estar associado com alto
risco de toxicidade gastrintestinal grave, em relação a outros AINEs. Se ocorrer sangramento ou ulceração
gastrintestinal durante o tratamento com piroxicam, o uso do medicamento deve ser interrompido. Os pacientes
com maior risco de desenvolverem este tipo de complicação gastrintestinal com AINEs são os idosos, pacientes
com doença cardiovascular, pacientes utilizando ácido acetilsalicílico concomitantemente ou, pacientes com
história anterior ou ativa de doença gastrintestinal, como ulceração, sangramento gastrintestinal ou condições
inflamatórias. Portanto, piroxicam deve ser utilizado com cautela nestes pacientes (vide item 4. Contraindicações
e item 8. Posologia e Modo de Usar).
Efeitos Renais
Em raros casos os AINEs podem causar nefrite intersticial, glomerulite, necrose papilar e síndrome nefrótica. Os
AINEs inibem a síntese de prostaglandinas renais que servem para manter a perfusão renal em pacientes com
fluxo sanguíneo renal e volume sanguíneo diminuídos. Nesses pacientes, a administração de AINEs pode
precipitar descompensação renal evidente que é tipicamente seguida de recuperação para o estado de pré-
tratamento após descontinuação da terapia com AINE. Pacientes sob maiores riscos são aqueles com
insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica e doença renal aparente. Esses pacientes
devem ser cuidadosamente monitorados enquanto estiverem sendo tratados com AINEs.
Deve-se ter cautela ao iniciar o tratamento com piroxicam em pacientes com desidratação grave. Também se
deve ter cautela em pacientes com disfunção renal (vide item 4. Contraindicações).
Devido à extensa excreção renal e biotransformação do piroxicam, a menor dose de piroxicam deve ser
considerada em pacientes com comprometimento da função renal e elas devem ser cuidadosamente monitoradas
(vide item 4. Contraindicações e item 3. Características Farmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas).
Insuficiência Hepática
Os efeitos de doença hepática na farmacocinética de piroxicam não foram estabelecidos. Porém, uma porção
substancial da eliminação de piroxicam ocorre através do metabolismo hepático. Consequentemente, pacientes
com doença hepática podem necessitar de doses mais reduzidas de piroxicam quando comparados a pacientes
com função hepática normal.
Reações Cutâneas
Foram relatadas muito raramente em associação ao uso de AINEs, incluindo piroxicam, reações cutâneas sérias,
algumas fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Os
pacientes parecem estar sob maior risco de desenvolverem estas reações no início do tratamento; o início da
reação ocorre, na maioria dos casos, no primeiro mês de tratamento. O piroxicam deve ser descontinuado ao
primeiro sinal de rash cutâneo, lesão da mucosa ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade.
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Efeitos Oftalmológicos
Devido aos relatos de alterações oculares encontradas com AINEs, é recomendado que pacientes com propensão
a desenvolverem estas alterações, façam avaliação oftalmológica, durante o tratamento com piroxicam.
Metabolizadores Lentos dos Substratos CYP2C9
Pacientes comprovadamente ou suspeitos de serem metabolizadores lentos de CYP2C9 com base em
história/experiência prévia com outros substratos CYP2C9 devem receber piroxicam com cautela, pois tais
pacientes podem ter níveis plasmáticos anormalmente altos devido à menor eliminação metabólica (vide item 3.
Características Farmacológicas – Propriedades Farmacocinéticas – Farmacogenética).
Geral
Como com outros AINEs, pode ocorrer reação anafilática em pacientes sem exposição prévia a piroxicam. O
piroxicam não deve ser administrado a pacientes que já desenvolveram reações de hipersensibilidade ao ácido
acetilsalicílico. Anafilaxia ocorre em pacientes asmáticos que desenvolveram rinite, com ou sem pólipos nasais,
ou que apresentaram broncoespasmo grave e potencialmente fatal após administração de ácido acetilsalicílico ou
outros AINEs.
O piroxicam cápsula deve ser administrado apenas pela via de administração indicada.
Fertilidade
Baseado no mecanismo de ação, o uso de AINEs, incluindo piroxicam, pode atrasar ou evitar a ruptura de
folículos ovarianos, a qual tem sido associada com infertilidade reversível em algumas mulheres. A
descontinuação do uso de AINEs, incluindo piroxicam em mulheres com dificuldades de engravidar ou que estão
sob investigação de infertilidade deve ser considerada.
Uso durante a Gravidez
Apesar de não terem sido observados efeitos teratogênicos em testes com animais, o uso de piroxicam durante a
gravidez não é recomendado. O piroxicam inibe a síntese e liberação das prostaglandinas através de uma inibição
reversível da enzima ciclooxigenase. Este efeito, assim como ocorre com outros AINEs, foi associado a uma
incidência maior de distocia e parto retardado em animais quando o fármaco é administrado até o final da
gravidez. AINEs também podem induzir ao fechamento prematuro do ducto arterioso em crianças.
Inibição da síntese de prostaglandina pode adversamente afetar a gravidez. Dados de estudos epidemiológicos
sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo após o uso de inibidores de síntese de prostaglandina no
início da gravidez. Em animais, a administração dos inibidores de síntese de prostaglandina mostrou um aumento
das perdas pré- e pós-implantação.
Piroxan®
é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez durante o primeiro e
segundo trimestres de gestação e D no terceiro trimestre ou próximo ao parto. Portanto, durante o
primeiro e segundo trimestres de gravidez, este medicamento não deve ser utilizado sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista. Durante o terceiro trimestre de gravidez ou próximo ao parto, este
medicamento não deve ser utilizado sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente seu
médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso durante a Lactação
A presença de piroxicam no leite materno foi verificada durante o tratamento inicial e o de longa duração (52
dias). A concentração de piroxicam no leite materno é aproximadamente 1% a 3% a do plasma materno. Durante
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o tratamento, não houve acúmulo de piroxicam no leite em comparação ao plasma. Piroxan®
não é recomendado
durante a lactação, pois a segurança clínica ainda não foi estabelecida.
Efeito na Habilidade de Dirigir ou Operar Máquinas
O efeito de Piroxan®
sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi estudado.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Uso em idosos: como com qualquer AINE, deve-se ter cautela no tratamento de idosos com Piroxan®
.
Uso em crianças: não foram realizados estudos controlados em pacientes menores de 12 anos.
Uso durante a gravidez e lactação: Piroxan®
não é recomendado durante a gravidez e a lactação (vide item 5.
Advertências e Precauções).
Uso em pacientes com insuficiência hepática: uma vez que uma porção substancial da eliminação de Piroxan®
ocorre através do metabolismo hepático, pode haver necessidade de redução de dose (vide item 5. Advertências e
Precauções).
Uso em pacientes com insuficiência renal: não avaliado em pacientes com insuficiência renal. Pacientes com
dano renal leve a moderado não necessitam de ajuste de dose. Porém, as propriedades farmacocinéticas de
em pacientes com insuficiência renal grave ou aqueles recebendo hemodiálise não são conhecidas.
- ácido acetilsalicílico: assim como outros AINEs, o uso de piroxicam em associação ao ácido acetilsalicílico,
ou o uso concomitante de dois AINEs, não é recomendado, pois não existem dados adequados para se
demonstrar que a combinação produza maior eficácia do que aquela atingida conseguida com o fármaco em
separado, e o potencial para reações adversas é aumentado.
Estudos em humanos demonstraram que o uso concomitante de piroxicam e ácido acetilsalicílico resulta em
redução dos níveis plasmáticos do piroxicam em cerca de 80% dos valores normais.
- Anticoagulantes: sangramento foi raramente relatado com piroxicam quando administrado a pacientes
recebendo anticoagulantes cumarínicos. Os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quando piroxicam
e anticoagulantes orais forem administrados concomitantemente.
O piroxicam, assim como ocorre com outros AINEs, diminui a agregação plaquetária e prolonga o tempo de
sangramento. Este efeito deve ser levado em conta sempre que o tempo de sangramento for determinado.
- Antiácidos: o uso concomitante de antiácidos não interfere com os níveis plasmáticos de piroxicam.
- Anti-hipertensivos incluindo os diuréticos, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e
antagonistas da angiotensina II: os AINEs podem diminuir a eficácia dos diuréticos e de outros fármacos anti-
hipertensivos. Em pacientes com comprometimento da função renal (por ex., pacientes desidratados ou idosos
com a função renal comprometida), a coadministração de inibidores da ECA ou de antagonistas da angiotensina
II com inibidores da ciclooxigenase, pode aumentar a deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de
insuficiência renal aguda, que é geralmente reversível.
A ocorrência destas interações deve ser considerada em pacientes sob administração de piroxicam com
diuréticos, inibidores da ECA ou de antagonistas da angiotensina II. Portanto, a administração concomitante
destes medicamentos deve ser feita com cautela, especialmente em pacientes idosos. Os pacientes devem ser
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adequadamente hidratados e deve-se avaliar a necessidade de monitoramento da função renal no início do
tratamento concomitante e periodicamente.
- Glicosídeos cardíacos (digoxina e digitoxina): os AINES podem exacerbar a insuficiência cardíaca, reduzir a
taxa de filtração glomerular e aumentar os níveis de glicosídeos plasmáticos. O uso concomitante de digoxina ou
digitoxina não afeta a concentração plasmática de piroxicam nem da digitoxina ou da digoxina.
- cimetidina: resultados de dois estudos mostraram um pequeno aumento na absorção de piroxicam após
administração de cimetidina, mas não houve alteração significativa nos parâmetros de eliminação. A cimetidina
aumenta a área sob a curva (AUC0-
120h
) e Cmáx de piroxicam em aproximadamente 13% a 15%. Não houve
diferença significativa nas constantes de eliminação e na meia-vida. O pequeno mas significativo aumento na
absorção não constitui significado clínico.
- colestiramina: colestiramina mostrou aumentar o clearance oral e diminuir a meia-vida do piroxicam. Para
diminuir esta a interação, é prudente administrar Piroxan®
pelo menos 2 horas antes ou 6 horas depois de
administrar a colestiramina.
- Corticosteroides: aumento do risco de ulceração gastrintestinal ou sangramento.
- ciclosporina: aumento do risco de nefrotoxicidade.
- lítio e outros agentes ligantes a proteínas: piroxicam possui alta ligação proteica e, assim, pode deslocar
outros fármacos ligados às proteínas. O médico deve estar atento para alterações na posologia quando
administrar piroxicam a pacientes recebendo fármacos de alta ligação proteica. Foi relatado que AINES,
incluindo piroxicam, aumentam o steady state dos níveis plasmáticos do lítio. É recomendável que esses níveis
sejam monitorados quando a terapia com piroxicam for iniciada, ajustada ou descontinuada.
- metotrexato: diminuição da eliminação do metotrexato.
- tacrolimo: possibilidade de aumento do risco de nefrotoxicidade quando AINEs são coadministrados com
tacrolimo.
Piroxan®
cápsula deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30°C), protegido da umidade e possui
prazo de validade de 24 meses a partir da sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas: Cápsula branca e azul, contendo pó branco.
Cada cápsula de Piroxan®
contém o equivalente a 20 mg de piroxicam.
As reações adversas podem ser minimizadas utilizando a menor dose eficaz para o controle dos sintomas no
menor tempo de tratamento possível.
Uso em pacientes com artrite reumatoide, osteoartrite (artrose, doença articular degenerativa) e
espondilite anquilosante: A dose inicial recomendada é de 20 mg ao dia, em dose única. A maioria dos
pacientes pode ser mantida com 20 mg ao dia. Um pequeno grupo pode ser mantido com 10 mg ao dia, enquanto
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outros podem necessitar de 30 mg em dose única ou fracionada. A administração prolongada de doses de 30 mg
ou mais ocasiona um risco maior de efeitos colaterais gastrintestinais (vide item 5. Advertências e Precauções –
Efeitos Gastrintestinais).
Uso em pacientes com gota aguda: Devido ao seu perfil de segurança gastrintestinal (vide item 4.
Contraindicações e item 5. Advertências e Precauções), Piroxan®
não deve ser usado em tratamentos de
primeira linha de gota aguda quando um AINE é indicado. Pelo mesmo motivo, não deve ser usado no
tratamento de gota aguda em pacientes com maior risco de desenvolver eventos adversos gastrintestinais graves
(vide item 5. Advertências e Precauções). Iniciar a terapia com uma única dose de 40 mg ao dia, seguida nos
próximos 4 a 6 dias por 40 mg/dia, em dose única ou fracionada.
Piroxan®
não é indicado para o tratamento prolongado da gota.
Uso em pacientes com distúrbios músculoesqueléticos agudos: Devido ao seu perfil de segurança
gastrintestinal (vide item 4. Contraindicações e item 5. Advertências e Precauções), Piroxan®
não deve ser
usado em tratamentos de primeira linha de distúrbios musculo-esqueléticos agudos quando um AINE é indicado.
Pelo mesmo motivo, não deve ser usado no tratamento de distúrbios musculo-esqueléticos agudos em pacientes
com maior risco de desenvolver eventos adversos gastrintestinais graves (vide item 5. Advertências e
Precauções). Deve-se iniciar a terapia com 40 mg ao dia, nos primeiros 2 dias, em dose única ou fracionada. Para
os 7 a 14 dias restantes, a dose deve ser reduzida para 20 mg ao dia.
Uso em pacientes com dor pós-traumática e pós-operatória: A dose inicial recomendada é de 20 mg/dia em
dose única. Nos casos em que se deseja um efeito mais rápido, pode-se iniciar com 40 mg/dia nos dois primeiros
dias, em dose única ou fracionada. Posteriormente, a dose deve ser reduzida a 20 mg/dia.
Uso em pacientes com dismenorreia primária: Devido ao seu perfil de segurança gastrintestinal (vide item 4.
primeira linha de dismenorreia quando um AINE é indicado. Pelo mesmo motivo, não deve ser usado no
tratamento de dismenorreia em pacientes com maior risco de desenvolver eventos adversos gastrintestinais
graves (vide item 5. Advertências e Precauções). Assim que surgirem os sintomas, iniciar com a dose
recomendada de 40 mg em dose única diária nos dois primeiros dias do período menstrual e, se necessário, 20
mg/dia em dose única diária no 3º, 4º e 5º dias.
Dose Omitida: Caso o paciente se esqueça de tomar Piroxan®
no horário estabelecido, deve fazê-lo assim que
lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida
e tomar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O
esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Modo de usar
pode ser deglutido inteiro, diretamente com um pouco de líquido.
Na administração combinada é importante observar que a dose total diária administrada de Piroxan®
na forma
cápsula não deve exceder a dose máxima diária recomendada para cada indicação.
Piroxan®
em geral é bem tolerado. Sintomas gastrintestinais são os mais frequentemente encontrados, apesar de
na maioria dos casos não interferir no curso da terapêutica.
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Avaliações objetivas da aparência da mucosa gástrica e da perda sanguínea intestinal mostram que 20 mg/dia de
piroxicam, em doses únicas ou fracionadas, são significantemente menos irritantes ao trato gastrintestinal que o
ácido acetilsalicílico.
Sanguíneo e linfático: anemia, anemia aplástica, eosinofilia, anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia.
Imunológico: anafilaxia, "doença do soro".
Metabolismo e nutricional: anorexia, hiperglicemia, hipoglicemia, retenção de líquidos.
Psiquiátrico: depressão, pesadelos, alucinações, insônia, confusão mental, alterações do humor, irritação.
Sistema Nervoso: meningite asséptica, tontura, cefaleia, parestesia, sonolência, vertigem.
Visão: visão turva, irritações oculares, edema dos olhos.
Ouvido e labirinto: disfunção auditiva, tinido.
Cardíaco: palpitações.
Vascular: vasculite, hipertensão.
Respiratório, torácico e mediastinal: broncoespasmo, dispneia, epistaxe.
Gastrintestinal: desconforto abdominal, dor abdominal, constipação, diarreia, desconforto epigástrico,
flatulência, gastrite, sangramento gastrintestinal (incluindo hematêmese e melena), indigestão, náuseas,
pancreatite, perfuração, estomatite, úlcera, vômitos (vide item 5. Advertências e Precauções - Efeitos
Gastrintestinais).
Hepatobiliar: casos fatais de hepatite, icterícia. Embora tais reações tenham sido raras, se testes de função
hepática anormal persistirem ou piorarem, se aparecerem sinais e sintomas clínicos consistentes com
desenvolvimento de doença hepática ou se manifestações sistêmicas ocorrerem (ex.: eosinofilia, rash, etc.), o uso
de Piroxan®
deverá ser interrompido.
Disturbios mamários e do sistema reprodutivo: diminuição da fertilidade feminina. Baseado no mecanismo de
ação, o uso de AINEs, incluindo piroxicam, pode atrasar ou prevenir ruptura de folículos ovarianos, a qual tem
sido associada com infertilidade reversível em algumas mulheres.
Pele e tecido subcutâneo: alopecia, angioedema, dermatite esfoliativa, eritema multiforme, púrpura não
trombocitopênica (Henoch-Schoenlein), onicólise, reações de fotossensibilidade, prurido, rash cutâneo,
síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (doença de Lyell), urticária, reações vesículo-
bolhosas (vide item 5. Advertências e Precauções - Reações Cutâneas).
Doenças renais e urinárias: síndrome nefrótica, glomerulonefrite, nefrite intersticial, insuficiência renal.
Geral: edema (principalmente no tornozelo) e mal estar.
Laboratorial: anticorpos antinucleares (ANA) positivos, elevações reversíveis de nitrogênio da ureia sanguínea
(BUN) e da creatinina, diminuição da hemoglobina e do hematócrito sem associação evidente com sangramento
gastrintestinal, aumento dos níveis de transaminase, aumento ou diminuição de peso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
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Os sintomas de superdosagem aguda com AINEs geralmente se limitam a letargia, sonolência, náusea, vômito e
dor epigástrica, geralmente reversíveis com medidas de suporte. Pode ocorrer sangramento gastrintestinal.
Podem ocorrer hipertensão, insuficiência renal aguda, depressão respiratória e coma, embora sejam raros. Foram
relatadas reações anafilactoides com a administração terapêutica de AINEs, podendo também ocorrer em casos
de superdose.
Em caso de superdose com Piroxan®
recomenda-se tratamento sintomático e de suporte. Não há antídotos
específicos. Estudos indicam que a administração de carvão ativado pode resultar em uma redução na absorção
ou reabsorção do piroxicam, reduzindo assim a quantidade total de fármaco ativo disponível.
Embora não haja estudos até o momento, hemodiálise, provavelmente, não é útil na tentativa de eliminar o
piroxicam já que grande porcentagem do fármaco se liga às proteínas plasmáticas.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS:
MS 1.0535.0081
Farmacêutica Responsável:
Dra. Kênia Cristina da Silva
CRF-MG Nº 30.731
LABORATÓRIO GLOBO LTDA
Rodovia MG 424, km 8,8
São José da Lapa – MG
Cep: 33.350-000
www.laboratorioglobo.com.br
CNPJ: 17.115.437/0001-73
Indústria Brasileira
SIG – 0800 031 21 25
Serviço de Informações Globo
sig@laboratorioglobo.com.br
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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Histórico de alteração da bula
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera a bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
Nº expediente Assunto Data do
Nº do
Assunto Data de
aprovação
Itens de bula Versões
(VP/VPS)
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10/10/2013 0854162/13-1 10457 -
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Inclusão
Inicial de
Texto de
Bula - RDC
60/12
NA NA NA NA Atualização de texto
de bula conforme
bula padrão publicada
no bulário.
Alteração do nome do responsável técnico,
número de inscrição e sigla do Conselho
Regional de Farmácia.
VP/VPS Cápsula 20 mg
28/02/2014 10450 -
Notificação
de Alteração
de Texto de
NA NA NA NA Foi realizada atualização dos termos
leigos.
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE
MEDICAMENTO?
4. O QUE DEVO SABER ANTES DE
USAR ESTE MEDICAMENTO?
6. COMO DEVO USAR ESTE
8. QUAIS OS MALES QUE ESTE
MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
III – INFORMAÇÕES TÉCNICAS
AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: