Bula do Plenacor produzido pelo laboratorio Laboratórios Bagó do Brasil S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
PLENACOR®
Laboratórios Bagó do Brasil S.A.
Comprimidos Simples
Atenolol 25 mg e 50mg
atenolol
APRESENTAÇÕES
Comprimidos simples de PLENACOR®
25 mg em embalagens com 28 e 30 comprimidos.
50 mg em embalagens com 28 e 30 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de PLENACOR®
25 mg contém 25 mg de atenolol.
50 mg contém 50 mg de atenolol.
Excipientes: amido de milho, amidoglicolato de sódio, celulose microcristalina, docusato de sódio, dióxido
de silício, talco, estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
PLENACOR®
é indicado para:
Controle da hipertensão arterial;
Controle da angina pectoris;
Controle de arritmias cardíacas;
Tratamento do infarto do miocárdio. Intervenção precoce e tardia após infarto do miocárdio.
Hipertensão
Os efeitos clássicos de fármacos betabloqueadores são ampla e efetivamente usados para iniciar o
tratamento da hipertensão em homens adultos e mulheres de qualquer idade. Betabloqueadores são
recomendados pelos grupos de trabalho da Sociedade Britânica de Hipertensão (BHS), o Comitê
Nacional de Detecção, Avaliação e tratamento da Hipertensão arterial (JNC) nos Estados Unidos e as regras
conjuntas da Organização Mundial de Saúde e Sociedade Internacional de Hipertensão (OMS / ISH).
Betabloqueadores estão sendo adequados e extensivamente testados em estudos de mortalidade de longo
prazo. Estudos recentes com atenolol têm confirmado consistentemente os benefícios na redução da
pressão arterial na população com mais de 60 anos de idade. Esses estudos também indicam que o atenolol
reduz a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais (AVC) (Coope J, Warrender TS. British Medical
Journal (1986); 293: 1145; SHEP Cooperative Research Group. Journal American Medical Association
(1991); 265: 3255; Dahlof B et al. Lancet (1991); 388 (8778): 1281; MRC Working Party. British
Medical Journal (1992); 304: 405). Esses estudos indicam que o atenolol reduz a ocorrência de acidentes
vasculares cerebrais (AVC).
Muitos investigadores são de opinião de que, quando dados em doses equipotentes, todos os
betabloqueadores são igualmente eficazes no tratamento da hipertensão. Uma ampla revisão da literatura
mundial (Mc Ainsh J, Davis JM e Cruickshank JM. Acta Therapeutical (1992); 18 (4): 373) examinou a
capacidade de diferentes tipos de betabloqueadores em abaixar a pressão arterial e comparou o efeito anti-
hipertensivo do atenolol com outras terapias.
Pelo agrupamento dos resultados da maioria dos estudos controlados e aleatorizados, envolvendo mais de
3.000 pacientes, foi demonstrado que atenolol diminui a pressão arterial sistólica mais significativamente do
que o propranolol, metoprolol e oxiprenolol (p<0,01) e pressão arterial diastólica mais significativamente do
que o propranolol, metoprolol, oxiprenolol, pindolol (p<0,01), acebutolol e labetolol (p<0,05). A maioria
dos estudos incluídos na pesquisa foi de alta qualidade e foram utilizadas dosagens apropriadas. Não existem
diferenças significantes na pressão arterial de repouso entre atenolol e antagonistas de cálcio. Os inibidores
da ECA, enalapril e lisinopril, diminuíram a pressão arterial sistólica de repouso em um maior grau que o
atenolol, mas o contrário é verdadeiro para o captopril.
Recentemente, uma avaliação pelo Grupo de Estudo Prospectivo do Diabético (UK Prospective Diabetes
Study Group - UKPDS 38 e 39) do atenolol em pacientes hipertensos com diabetes tipo II, demonstrou
outros benefícios na terapia anti-hipertensiva sob condições mais estreitas (pressão arterial < 150-185
mmHg), na prevalência de micro e macro angiopatias com monitoração em um período de 9 anos.
Angina
Uma ampla revisão da literatura mundial (Mc Ainsh J, Davis JM e Cruickshank JM. Acta Therapeutical
(1992); 18 (4): 373) comparou a eficácia do atenolol com outras classes de fármacos para terapia
antianginosa. A revisão incluiu mais de 1.000 pacientes, a maioria de estudos duplo-cego randomizados. O
atenolol foi benéfico para ambas as variáveis, subjetivas (ataque de angina ou consumo de gliceril trinitrato)
e objetivas (teste de esforço), e foi considerado ao menos tão bom quanto outrosbetabloqueadores e
outras classes de fármacos para angina estável e instável.
Os resultados do estudo bem controlado de isquemia silenciosa com atenolol (Pepine CJ et al. Circulation
(1994); 90(2): 762), sugeriram um efeito benéfico do tratamento com atenolol em pacientes com isquemia
monitorada por eletrocardiograma ambulatorial (AECG). O atenolol reduziu incidentes de relatos de
isquemia e melhorou incidentes de sobrevivência livre de eventos.
Arritmias Cardíacas
Como com outros betabloqueadores, o atenolol está indicado para o tratamento de arritmias, inicialmente por
via endovenosa e com a manutenção por via oral.
Dados publicados mostraram que o atenolol é no mínimo tão eficiente quanto outros fármacos da mesma
classe antiarrítmica, para tratamento de arritmias supraventriculares, fibrilação atrial e “flutter” atrial. A
capacidade de reduzir arritmias ventriculares em infarto do miocárdio agudo é também bem reconhecida
(Yusuf S, Sleight P, Rossi P et al. Circulation (1983); 67 (6) Part II).
Embora betabloqueadores tenham uma função limitada no tratamento geral de taquiarritmias
ventriculares com risco de vida, foram descritos sucessos com atenolol (Moore VE, Cruickshank JM (1992)
Beta-blockers and Cardiac Arrhythmias. Editor: Deedwania PC, 181).
Infarto do Miocárdio
As bases da indicação “intervenção precoce após infarto do miocárdio agudo” foram estudadas no estudo
Oxford-Wythenshawe (Yusuf S, Sleight P, Rossi P et al. Circulation (1983); 67 (6) Part II) que mostrou
reduções significativas nas dimensões do infarto, arritmia e dor no peito após uso de atenolol i.v..
Esses achados foram concretizados pelo ISIS-1 (First International Study of Infarct Survival - Primeiro
Estudo Internacional de Sobrevivência ao Infarto) em estudos envolvendo mais de 16.000 pacientes com
infarto do miocárdio. O atenolol mostrou uma significativa redução na mortalidade (1 para 200
pacientestratados) durante uma média de 7 dias de tratamento.
A aplicação da indicação da intervenção tardia após infarto agudo do miocárdio foi baseada em uma revisão
das publicações de dados de uso de betabloqueadores a longo prazo após suspeita de infarto do miocárdio.
Embora os dados com uso de atenolol sejam muito limitados, a propriedade importante do bloqueio dos
receptores beta-1 para a eficácia sugere que os betabloqueadores reduzem a mortalidade em 25-30% como
foi observado com agentes não-seletivos (propranolol e timolol) e beta-seletivos (metoprolol). O
benefício era maior, quanto maior fosse a redução da frequência cardíaca de repouso (Kjerkshus JK.
American Journal Cardiology (1986); 57: 43F). Isto mostra que esses tratamentos salvam vidas (Yusuf S,
Peto R, Lewis J. Prog Cardiovas Disease (1985); XXVII (5): 335; Lancet 1982;1 (8282):1159).
Propriedades Farmacodinâmicas
O atenolol é um bloqueador beta-1 seletivo (isto é, age preferencialmente sobre os receptores
adrenérgicos beta-1 do coração), no entanto, a seletividade diminui com o aumento da dose. O atenolol não
possui atividade simpatomimética intrínseca nem atividade estabilizadora de membrana. Assim como
outros betabloqueadores, o atenolol possui efeitos inotrópicos negativos, portanto, é contraindicado
em insuficiência cardíaca descompensada. Como ocorre com outros agentes betabloqueadores, o
mecanismo de ação do atenolol no tratamento da hipertensão não está completamente
elucidado.
É provável que a ação do atenolol na redução da frequência e contractilidade cardíacas faça com que ele se
mostre eficaz na eliminação ou redução dos sintomas de pacientes com angina.
É improvável que quaisquer propriedades adicionais do S-(-)-atenolol, em comparação com a mistura
racêmica, originem efeitos terapêuticos diferentes.
PLENACOR®
é efetivo e bem tolerado na maioria das populações étnicas, apesar da possibilidade de sua
resposta ser menor em pacientes negros.
é compatível com diuréticos, outros agentes anti-hipertensivos e agentes antianginosos.
Propriedades Farmacocinéticas
A absorção do atenolol após administração oral é consistente, mas incompleta (aproximadamente 40-50%),
com picos de concentração plasmática ocorrendo de 2 a 4 horas após a administração. Os níveis sanguíneos
do atenolol são consistentes e sujeitos a pequena variabilidade. Não há metabolismo hepático significativo, e
mais de 90% de atenolol absorvido alcança a circulação sistêmica na forma inalterada. A meia-vida
plasmática é de aproximadamente 6 horas, mas pode se elevar na presença de insuficiência renal grave, uma
vez que os rins são a principal via de eliminação. O atenolol penetra muito pouco nos tecidos devido a sua
baixa solubilidade lipídica, e sua concentração no tecido cerebral é baixa.
Sua taxa de ligação às proteínas plasmáticas é baixa (aproximadamente 3%).
é efetivo por pelo menos 24 horas após dose oral única diária. Essa simplicidade de dose
facilita a adesão do paciente ao tratamento.
Dados de segurança pré-clínica
O atenolol é uma substância na qual adquiriu-se uma extensa experiência clínica.
PLENACOR®
, assim como outros betabloqueadores, não deve ser usado nas seguintes situações:
Conhecida hipersensibilidade ao atenolol ou aos outros componentes da fórmula;
Bradicardia;
Choque cardiogênico;
Hipotensão;
Acidose metabólica;
Distúrbios graves da circulação arterial periférica;
Bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau;
Síndrome do nodo sinusal;
Feocromocitoma não tratado;
Insuficiência cardíaca descompensada.
As precauções e advertências apresentadas a seguir devem ser consideradas para o PLENACOR®
, assim
como para outros betabloqueadores.
Embora contraindicado em insuficiência cardíaca descompensada, PLENACOR®
pode ser usado em
pacientes cujos sinais de insuficiência cardíaca tenham sido controlados. Deve-se tomar cuidado com
pacientes cuja reserva cardíaca esteja diminuída.
PLENACOR®
pode aumentar o número e a duração dos ataques de angina em pacientes com angina de
Prinzmetal, devido à vasoconstrição da artéria coronária mediada por receptores alfa sem oposição. Uma vez
que o atenolol é um bloqueador beta-1 seletivo, seu uso pode ser considerado, embora se deva ter o máximo
de cautela.
Embora contraindicado em distúrbios graves da circulação arterial periférica, PLENACOR®
também pode
agravar distúrbios menos graves da circulação arterial periférica.
deve ser administrado com cautela em pacientes com bloqueio cardíaco de primeiro grau,
devido ao seu efeito negativo sobre o tempo de condução.
pode modificar a taquicardia da hipoglicemia e pode mascarar os sinais de tireotoxicose.
Como resultado da ação farmacológica, PLENACOR®
poderá reduzir a frequência cardíaca. Nos raros
casos em que um paciente tratado desenvolver sintomas que possam ser atribuíveis a uma baixa frequência
cardíaca, a dose pode ser reduzida.
não deve ser descontinuado abruptamente em pacientes que sofrem de doença cardíaca
isquêmica.
pode causar uma reação mais grave a uma variedade de alérgenos quando administrado a
pacientes com história de reação anafilática a tais alérgenos. Estes pacientes podem não responder às doses
usuais de adrenalina utilizadas no tratamento de reações alérgicas.
pode causar um aumento na resistência das vias aéreas em pacientes asmáticos. Uma vez que
o atenolol é um bloqueador beta-1 seletivo, seu uso pode ser considerado, embora se deva ter o máximo de
cautela. Se ocorrer aumento da resistência das vias aéreas, o PLENACOR®
deve ser descontinuado e, se
necessário, deve ser administrada terapia broncodilatadora (por exemplo: salbutamol).
Para informações referentes a ajuste de dose para pacientes idosos, com insuficiência renal e nas diferentes
indicações, ver item Posologia e Modo de Usar.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: é improvável que o uso de
resulte em comprometimento da capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Entretanto, deve ser levado em consideração que ocasionalmente pode ocorrer tontura ou fadiga.
Uso durante a gravidez e lactação:
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
atravessa a barreira placentária e aparece no sangue do cordão umbilical. Não foram
realizados estudos sobre o uso de PLENACOR®
no primeiro trimestre e a possibilidade de danos fetais não
pode ser excluída. PLENACOR®
tem sido utilizado sob supervisão cuidadosa para o tratamento de
hipertensão no terceiro trimestre. A administração de PLENACOR®
a gestantes para o controle da
hipertensão de leve a moderada foi associada a retardo no crescimento intrauterino. O uso de PLENACOR®
em mulheres que estejam grávidas ou que possam engravidar requer que os benefícios antecipados sejam
avaliados contra os possíveis riscos, particularmente no primeiro e no segundo trimestres de gravidez.
Há acúmulo significativo de PLENACOR®
no leite materno.
Os neonatos nascidos de mães em uso de PLENACOR®
, durante a gravidez ou na amamentação, podem
apresentar risco de hipoglicemia e bradicardia. Deve-se ter cuidado quando PLENACOR®
é administrado
durante a gravidez ou para mulheres que estejam amamentando.
Não há experiência clínica em crianças, por esta razão, não é recomendado o uso de PLENACOR®
em
crianças.
O uso combinado de betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio com efeitos inotrópicos negativos,
como por exemplo, verapamil e diltiazem, pode levar a um aumento destes efeitos, particularmente
em pacientes com função ventricular comprometida e/ou anormalidades de condução sinoatrial ou
atrioventricular. Isso pode resultar em hipotensão grave, bradicardia e insuficiência cardíaca. Nenhuma
destas substâncias deve ser administrada intravenosamente antes da descontinuação da outra por 48 horas.
A terapia concomitante com diidropiridinas, como por exemplo, nifedipino, pode aumentar o risco de
hipotensão e pode ocorrer insuficiência cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca latente.
A associação de glicosídeos digitálicos com betabloqueadores pode aumentar o tempo de condução
atrioventricular.
Os betabloqueadores podem exacerbar a hipertensão de rebote que pode ocorrer após a retirada da clonidina.
Se estas substâncias forem coadministradas, o betabloqueador deve ser descontinuado vários dias antes da
retirada da clonidina. Se for necessário substituir o tratamento de clonidina por betabloqueador, a
introdução do betabloqueador deve ser feita vários dias após a interrupção da administração da clonidina.
Antiarrímicos Classe 1 (por exemplo a disopiramida) e amiodarona podem potencializar o efeito no tempo de
condução atrial e induzir efeito negativo inotrópico.
O uso concomitante de agentes simpatomiméticos, por exemplo, adrenalina, pode neutralizar os efeitos dos
betabloqueadores.
O uso concomitante de inibidores da prostaglandina sintetase (por exemplo: ibuprofeno, indometacina) pode
diminuir os efeitos hipotensores dos betabloqueadores.
Deve-se ter cautela ao administrar agentes anestésicos com PLENACOR®
. O anestesista deve ser informado
e a escolha do anestésico deve recair sobre um agente com a menor atividade inotrópica negativa possível.
O uso de betabloqueadores com substâncias anestésicas pode resultar em atenuação da taquicardia de
reflexo e aumento do risco de hipotensão. Agentes anestésicos que causam depressão miocárdica devem ser
evitados.
PLENACOR®
deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30°C). Proteger da luz e umidade.
tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
é apresentado da seguinte maneira:
25 mg: comprimidos redondos, biconvexos, com sulco, cor branca, gravados com o logotipo
Bagó em uma das faces e a sigla PLE 25 na outra face.
50 mg: comprimidos redondos, biconvexos, com sulco, cor branca, gravados com o logotipo
Bagó em uma das faces e a sigla PLE 50 na outra face.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
PLENACOR®
deve ser administrado por via oral, com água, de preferência no mesmo horário todos os dias.
O paciente não deve utilizar PLENACOR®
se estiver em jejum por tempo prolongado.
Os comprimidos de PLENACOR®
podem ser ingeridos inteiros, ou partidos ao meio, com água.
Posologia:
- Hipertensão: a maioria dos pacientes responde a 1 dose única oral diária de 50 a 100 mg. O efeito pleno
será alcançado após 1 ou 2 semanas. Pode-se conseguir uma redução adicional na pressão arterial
combinando-se PLENACOR®
com outros agentes anti-hipertensivos.
- Angina: a maioria dos pacientes com angina pectoris responde a 1 dose única oral diária de 100 mg ou 50
mg administrados 2 vezes ao dia. É improvável que se obtenha benefício adicional com o aumento da dose.
- Arritmias Cardíacas: com a arritmia controlada, a dose de manutenção adequada é de 50 a 100 mg uma
vez ao dia.
- Infarto do Miocárdio: para pacientes que se apresentarem alguns dias após sofrerem um infarto agudo do
miocárdio, recomenda-se 1 dose oral de 100 mg diários de PLENACOR®
para profilaxia a longo prazo do
infarto do miocárdio.
- Idosos: os requisitos de dose podem ser reduzidos, especialmente em pacientes com função renal
comprometida.
- Crianças: não há experiência pediátrica com PLENACOR®
e, por esta razão, não é recomendado para uso
em crianças.
- Insuficiência Renal: uma vez que PLENACOR®
é excretado por via renal, a dose deve ser reduzida nos
casos de comprometimento grave da função renal. Não ocorre acúmulo significativo de PLENACOR®
em
pacientes que tenham clearance de creatinina superior a 35 mL/min/1,73m2 (a faixa normal é de 100-150
mL/min/1,73m2). Para pacientes com clearance de creatinina de 15-35 mL/min/1,73m2 (equivalente a
creatinina sérica de 300-600 μmol/L), a dose oral deve ser de 50 mg diários. Para pacientes com clearance
de creatinina menor que 15 mL/min/1,73m2 (equivalente a creatinina sérica > 600 μmol/L), a dose oral deve
ser de 25 mg diários ou de 50 mg em dias alternados.
Os pacientes que se submetem à hemodiálise devem receber 50 mg após cada diálise. A administração deve
ser feita sob supervisão hospitalar, uma vez que podem ocorrer acentuadas quedas na pressão arterial.
Se o paciente esquecer-se de tomar uma dose de PLENACOR®
, deve tomá-la assim que lembrar, mas o
paciente não deve tomar duas doses ao mesmo tempo.
PLENACOR®
é bem tolerado. Em estudos clínicos, as possíveis reações adversas relatadas são geralmente
atribuíveis às ações farmacológicas do atenolol.
Os eventos adversos descritos a seguir, listados por sistemas, foram relatados com as seguintes definições de
frequência: comum (≥1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100), raro (≥ 1/10.000 e < 1/1.000) e muito
raro (< 1/10.000) incluindo relatos isolados.
Desordens cardíacas
Comum: bradicardia.
Rara: piora da insuficiência cardíaca, desencadeamento de bloqueio cardíaco.
Desordens vasculares
Comum: extremidades frias.
Rara: hipotensão postural que pode ser associada à síncope, claudicação intermitente pode ser aumentada se
esta já estiver presente, em pacientes susceptíveis ao fenômeno de Raynaud.
Desordens do sistema nervoso
Rara: tontura, cefaleia e parestesia.
Desordens psiquiátricas
Incomum: distúrbios do sono que podem ser notados com outros tipos de betabloqueadores.
Rara: alterações do humor, pesadelos, confusão, psicoses e alucinações.
Desordens gastrointestinais
Comum: distúrbios gastrointestinais.
Rara: boca seca.
Avaliações laboratoriais
Incomum: elevação dos níveis das transaminases.
Muito rara: aumentos na ANA (anticorpos antinucleares) foi observado, entretanto a relevância clínica não é
clara.
Desordens hepatobiliares
Rara: toxicidade hepática incluindo colestase intra-hepática.
Desordens do sangue e sistema linfático
Rara: púrpura e trombocitopenia.
Desordens da pele e tecido subcutâneo
Rara:alopecia, reações psoríaseformes na pele, exacerbação da psoríase e erupções cutâneas.
Desordens oculares
Rara: olhos secos e distúrbios visuais.
Desordens do sistema reprodutivo e mamas
Rara: impotência.
Desordens respiratórias, torácicas e do mediastino
Rara: pode ocorrer broncoespasmo em pacientes com asma brônquica ou com histórico de queixas asmáticas.
Desordens gerais
Comum: fadiga.
A descontinuação do medicamento deve ser considerada se, de acordo com critério médico, o bem-estar do
paciente estiver sendo adversamente afetado por qualquer uma das reações descritas acima.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Os sintomas de superdosagem podem incluir bradicardia, hipotensão, insuficiência cardíaca aguda e
broncoespasmo.
O tratamento geral deve incluir: monitorização cuidadosa, tratamento em unidade de terapia intensiva, uso
de lavagem gástrica, carvão ativado e um laxante para prevenir a absorção de qualquer substância ainda
presente no trato gastrointestinal, o uso de plasma ou substitutos do plasma para tratar hipotensão e choque.
Hemodiálise ou hemoperfusão também podem ser consideradas.
Bradicardia excessiva pode ser controlada com 1-2 mg de atropina por via intravenosa e/ou com
marcapasso cardíaco. Se necessário, em seguida, pode-se administrar uma dose em bolus de 10 mg de
glucagon por via intravenosa. Se necessário, esse procedimento pode ser repetido ou seguido de uma infusão
intravenosa de 1-10 mg/hora de glucagon, dependendo da resposta obtida. Se não houver resposta ao
glucagon, ou se o mesmo não estiver disponível, pode-se administrar um estimulante beta-adrenérgico,
como a dobutamina (2,5-10 μg/kg/min) por infusão intravenosa. A dobutamina, devido ao seu efeito
inotrópico positivo, também poderia ser usada para tratar hipotensão e insuficiência cardíaca aguda.
Dependendo da quantidade da superdose ingerida, é provável que as doses indicadas sejam inadequadas para
reverter os efeitos cardíacos do bloqueio beta. Portanto, se necessário, a dose de dobutamina deve ser
aumentada para que se atinja a resposta desejada de acordo com as condições clínicas do paciente.
O broncoespasmo pode geralmente ser revertido pelo uso de broncodilatadores.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.