Bula do Primogyna produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Primogyna®
Bayer S.A.
Drágeas
1 mg valerato de estradiol e 2 mg valerato de estradiol
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Primogyna
valerato de estradiol
APRESENTAÇÃO:
Cartucho contendo 1 blíster com 28 drágeas de 1 mg
Cartucho contendo 1 blíster com 28 drágeas de 2 mg
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada drágea bege de Primogyna®
(valerato de estradiol) contém 1 mg de valerato de
estradiol.
Excipientes: lactose, amido, povidona, talco, estearato de magnésio, sacarose, macrogol,
carbonato de cálcio, glicerol, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo e cera
montanglicol
Cada drágea azul de Primogyna®
(valerato de estradiol) contém 2 mg de valerato de
carbonato de cálcio, glicerol, dióxido de titânio, laca indigotina e cera montanglicol
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE:
Este medicamento é indicado à terapia de reposição hormonal (TRH) para o tratamento
dos sintomas da menopausa em mulheres com útero intacto ou histerectomizadas.
O uso de medicamentos contendo valerato de estradiol para a melhora dos sintomas da
menopausa é reconhecido cientificamente.
Na maioria das mulheres de 1 a 2 mg de valerato de estradiol ou estradiol são suficientes
para obter efeito terapêutico. Primogyna
(valerato de estradiol) 1 mg contém 1 mg de
valerato de estradiol, que corresponde a 0,764 mg de estradiol. Primogyna
(valerato de
estradiol) 2 mg contém 2 mg de valerato de estradiol, que corresponde a 1,528 mg de
estradiol.
Farmacodinâmica
Primogyna
(valerato de estradiol) contém o estrogênio valerato de estradiol, um pró-
fármaco do 17-estradiol natural humano.
A ovulação não é inibida durante o uso de Primogyna
(valerato de estradiol) e a
produção endógena de hormônios dificilmente é afetada.
Durante o climatério, a redução e posterior perda da secreção do estradiol ovariano pode
resultar em uma instabilidade na termorregulação, causando fogachos associados com
distúrbios do sono, sudorese excessiva, atrofia urogenital com sintomas de secura vaginal,
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dispareunia e incontinência urinária. Menos específicos, mas frequentemente
mencionados como parte da síndrome do climatério, são os sintomas como queixas
anginosas, palpitações, irritabilidade, nervosismo, falta de energia e de capacidade de
concentração, esquecimento, perda da libido, dores musculares e nas articulações. A
terapia de reposição hormonal (TRH) alivia muitos desses sintomas provocados pela
deficiência de estradiol em mulheres na menopausa.
A TRH com dosagem adequada de estrogênio, como em Primogyna
(valerato de
estradiol), reduz a reabsorção óssea e retarda ou cessa a perda de massa óssea na pós-
menopausa. Quando o tratamento é interrompido, a massa óssea reduz-se a uma razão
comparável àquela encontrada no período da pós-menopausa imediata. Não há evidência
de que a TRH restaure a massa óssea aos níveis da pré-menopausa. A reposição hormonal
também tem um efeito positivo sobre o conteúdo do colágeno e a espessura da pele e
consegue retardar o processo de formação de rugas da pele.
A TRH altera o perfil lipídico: diminui o colesterol total e o LDL-colesterol e pode
aumentar o HDL-colesterol e os níveis de triglicérides. Os efeitos metabólicos podem ser
anulados em parte pela adição de um progestógeno.
É recomendada a adição de um progestógeno a um regime de reposição estrogênica,
como com Primogyna
(valerato de estradiol), por no mínimo 10 dias por ciclo, para
mulheres com o útero intacto. Desta forma, reduz-se o risco de hiperplasia endometrial e
o risco contínuo de adenocarcinoma nessas mulheres. A adição de um progestógeno ao
regime de reposição estrogênica não mostrou interferência na eficácia do estrogênio para
o uso indicado.
Estudos observacionais e o estudo “Women’s Health Iniciative (WHI)” com estrogênios
equinos conjugados (EEC) e acetato de medroxiprogesterona (MPA) sugerem uma
redução na morbidade do câncer de colo na pós-menopausa em mulheres que usam TRH.
No estudo da WHI com monoterapia de EEC não foi observada redução no risco. Não se
sabe se estes dados também se estendem para outros medicamentos e esquemas
terapêuticos para TRH.
Farmacocinética
Absorção:
O valerato de estradiol é rápida e completamente absorvido. O éster esteroidal divide-se
em estradiol e ácido valérico durante a absorção e o metabolismo de primeira passagem
no fígado. Ao mesmo tempo, o estradiol passa por um metabolismo intenso até
transformar-se, em estrona, estriol e sulfato de estrona. Somente cerca de 3% do estradiol
torna-se biodisponível após a administração oral do valerato de estradiol. Os alimentos
não afetam a biodisponibilidade do estradiol.
Distribuição:
Concentrações séricas máximas de estradiol, de aproximadamente 15 pg/ml (ou 30
pg/ml), são geralmente esperadas entre 4 a 9 horas após a ingestão da drágea. Dentro de
24 horas após a ingestão da drágea, espera-se que os níveis séricos do estradiol diminuam
até concentrações de cerca de 8 pg/ml (ou 15 pg/ml). O estradiol liga-se à albumina e às
proteínas transportadoras de hormônios sexuais (SHBG). A fração do estradiol não-ligado
no soro é de cerca de 1 a 1,5% e a fração ligada às proteínas transportadoras de hormônio
sexuais é de aproximadamente 30 - 40%.
O volume aparente de distribuição do estradiol após uma única administração intravenosa
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é de cerca de 1 l/kg.
Metabolismo:
Após a clivagem do éster exógeno administrado, valerato de estradiol, o metabolismo do
fármaco segue os caminhos de biotransformação do estradiol endógeno: é metabolizado
principalmente pelo fígado e também por vias extra-hepáticas como, por exemplo, no
intestino, rins, músculos esqueléticos e órgãos-alvo. Estes processos envolvem a
formação da estrona, estriol, catecolestrogênios e sulfatos e glicuronídeos conjugados
destes compostos, os quais são todos claramente menos estrogênicos ou mesmo não-
estrogênicos em relação ao estradiol.
Eliminação:
A eliminação sérica total do estradiol, após dose única administrada via intravenosa,
mostra grande variabilidade em um intervalo de 10 a 30 ml/min/kg. Uma certa proporção
de metabólitos do estradiol é excretada na bile e passa pela circulação êntero-hepática.
Enfim, os metabólitos do estradiol são principalmente excretados por via renal como
sulfatos e glicuronídeos na urina.
Condições de equilíbrio:
São esperados, aproximadamente, níveis séricos do estradiol duas vezes maiores após
múltiplas administrações em relação a uma dose única. Na média, a concentração do
estradiol varia entre 15 (ou 30 pg/ml) (nível mínimo) e 30 (ou 60 pg/ml) (nível máximo).
A estrona, como um metabólito menos estrogênico, alcança concentrações séricas 8 vezes
maiores, aproximadamente. O sulfato de estrona alcança, aproximadamente,
concentrações 150 vezes mais altas. Após a interrupção do tratamento, os níveis de pré-
tratamento de estradiol e estrona são atingidos dentro de 2 a 3 dias.
Dados de segurança pré-clínico
O perfil toxicológico do estradiol é bem conhecido. Não existem dados pré-clínicos
relevantes adicionais àqueles descritos nos demais itens.
A terapia de reposição hormonal (TRH) não deve ser iniciada na presença de
qualquer uma das condições listadas abaixo. Se alguma dessas condições surgir
durante a TRH, deve-se descontinuar imediatamente o uso do produto.
- gravidez e lactação;
- sangramento vaginal não-diagnosticado;
- diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;
- diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou malignas dependentes de
esteroides sexuais;
- presença ou história de tumor hepático (benigno ou maligno);
- doença hepática grave;
- tromboembolismo arterial agudo (p.ex., infarto do miocárdio, acidente vascular
cerebral)
- presença ou história de trombose venosa profunda, distúrbios tromboembólicos;
- alto risco de trombose venosa ou arterial;
- hipertrigliceridemia grave;
- hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
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Antes de iniciar o tratamento, todas as condições/fatores de risco mencionados
abaixo devem ser considerados para determinar a relação risco/benefício individual
do tratamento para a paciente.
Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra
pela primeira vez uma contraindicação, assim como, nas seguintes situações:
- ocorrência pela primeira vez de enxaquecas ou cefaleias com intensidade e
frequência fora do habitual ou ocorrência de outros sintomas que sejam possíveis
sinais prodrômicos de acidente cerebrovascular;
- recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático que tenham ocorrido
inicialmente durante uma gravidez ou durante uso anterior de esteroides sexuais;
- sintomas ou suspeita de um evento trombótico.
Em caso de ocorrência ou agravamento das seguintes condições ou fatores de risco,
deve-se reavaliar a relação risco/benefício individual, considerando a possível
necessidade de descontinuar a terapia.
O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado
em mulheres que possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentam uma
severidade maior de um fator de risco isolado. Este risco aumentado pode ser ainda
maior que a simples soma do risco de cada fator. A TRH não deve ser prescrita
quando a avaliação risco/benefíco for desfavorável.
Tromboembolismo venoso
Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento
do risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é,
trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício
deve ser cuidadosamente avaliada, em conjunto com a paciente, quando se
prescrever TRH para mulheres que apresentem fator de risco para TEV.
Fatores de risco geralmente reconhecidos para TEV incluem histórico pessoal ou
familiar (a ocorrência de TEV em um familiar em primeiro grau em idade
relativamente precoce pode indicar predisposição genética) e obesidade grave. O
risco de TEV também aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível
influência de veias varicosas no desenvolvimento de TEV.
O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização
prolongada, cirurgia eletiva ou pós-traumática de grande porte ou traumatismo
extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da imobilização, deve-
se considerar a interrupção temporária da TRH.
Tromboembolismo arterial
Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios equinos conjugados (EEC)
e acetato de medroxiprogesterona (AMP), em esquema de administração contínua,
mostraram um possível aumento no risco de cardiopatia coronariana no primeiro
ano de uso e nenhum benefício após este período. Um grande estudo clínico com
EEC isoladamente demonstrou potencial redução nas taxas de cardiopatia
coronariana em mulheres com idade entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral no
total da população estudada. Como resultado secundário, verificou-se um aumento
de 30 a 40% no risco de acidente vascular cerebral em dois grandes estudos clínicos
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utilizando EEC isoladamente ou combinado com MPA. Não se sabe se estes dados
também se aplicam a outros produtos utilizados na TRH ou para formas não-orais
de administração.
Doença da vesícula biliar
É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios.
Algumas mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar durante
a terapia estrogênica.
Demência
Existe evidência limitada observada em estudos clínicos realizados com produtos
contendo estrogênios equinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode
aumentar o risco de provável demência se iniciada em mulheres com idade igual ou
superior a 65 anos. O risco pode ser diminuído se o tratamento for iniciado no início
da menopausa, como observado em outros estudo clínicos. Não se sabe se estes dados
também se aplicam a outros produtos utilizados em TRH.
Tumores
- Câncer de mama
Estudos observacionais e estudos clínicos relataram um aumento no risco de se ter
câncer de mama diagnosticado em mulheres que usaram TRH por muitos anos.
Estes resultados podem ser devido ao diagnóstico precoce, aos efeitos da promoção
do crescimento de tumores preexistentes ou à combinação de ambos.
A estimativa para risco relativo global de diagnóstico de câncer de mama fornecido
em mais de 50 estudos epidemiológicos variou, na maioria dos estudos, entre 1 e 2.
O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e pode ser mais baixo, ou
possivelmente neutro, com a utilização de produtos contendo somente estrogênios.
Dois grandes estudos randomizados realizados com EEC administrados
isoladamente ou em combinação contínua com AMP mostraram um risco estimado
de 0,77 (IC 95%: 0,59 - 1,01) ou de 1,24 (IC 95%: 1,01 - 1,54) após 6 anos de uso de
TRH. Não se sabe se o aumento do risco também se aplica a outros produtos
utilizados na TRH.
Aumentos similares no diagnóstico de câncer de mama são observados, por exemplo,
com o atraso da menopausa natural e em casos de ingestão de bebidas alcoólicas ou
adiposidade.
Este risco elevado desaparece nos primeiros anos após ter cessado a TRH.
A maioria dos estudos relata que os tumores diagnosticados em usuárias atuais ou
recentes de TRH tendem a ser melhor diferenciados do que aqueles verificados em
não-usuárias. Dados referentes à localização para além da área da mama não são
conclusivos.
A TRH aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar
adversamente a detecção radiológica do câncer de mama em alguns casos.
- Câncer endometrial
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A exposição prolongada a estrogênios administrados isoladamente aumenta o risco
de desenvolvimento de hiperplasia ou carcinoma endometrial. Estudos sugerem que
a adição apropriada de progestógeno na terapia elimina esse aumento no risco.
- Câncer ovariano
Um estudo epidemiológico encontrou um pequeno aumento no risco de câncer
ovariano em mulheres que usaram a terapia de reposição estrogênica (TRE) por
longo período (mais que 10 anos), enquanto que em uma metanálise de 15 estudos
não foi encontrado aumento no risco em mulheres que usavam TRE. Portanto, a
influência da TRE no câncer ovariano não está clara.
- Tumor hepático
Após o uso de hormônios como o contido em Primogyna
(valerato de estradiol)
foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente,
malignos que, em casos isolados, ocasionaram hemorragias intra-abdominais com
risco para a vida da paciente. Se ocorrerem dores no abdome superior, aumento do
tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal deve-se incluir tumor
hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais.
Outras condições
Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento
de hipertensão clínica. Foram relatados discretos aumentos na pressão arterial em
usuárias de TRH; os aumentos clinicamente relevantes são raros. Entretanto, se em
casos individuais ocorrer desenvolvimento de hipertensão clinicamente significativa
e persistente durante a TRH, deve-se considerar a descontinuação do tratamento.
Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias como a
síndrome de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão, sendo
que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de piora nos
indicadores da função hepática, deve-se descontinuar a TRH.
Mulheres com níveis de triglicérides moderadamente elevados necessitam de
acompanhamento especial. A TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento
adicional no nível de triglicérides ocasionando risco de pancreatite aguda.
Embora a TRH possa ter efeito na resistência insulínica periférica e na tolerância à
glicose, geralmente não há necessidade de alterar o regime terapêutico para
pacientes diabéticas que estiverem usando TRH. Entretanto, estas pacientes devem
ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia.
Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela
estimulação estrogênica durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se
durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal de forma frequente ou
persistente, recomenda-se uma avaliação endometrial.
Leiomiomas uterinos (miomas) podem aumentar de tamanho sob a influência de
estrogênios. Caso seja observado este aumento, o tratamento deve ser
descontinuado.
Se ocorrer reativação da endometriose durante a TRH, recomenda-se a
descontinuação do tratamento.
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Se a paciente apresentar diagnóstico de prolactinoma, é necessário um
acompanhamento médico rigoroso, incluindo avaliação periódica dos níveis de
prolactina.
Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de
cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol
ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem em tratamento com TRH.
A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso de
TRH. Embora não exista evidência conclusiva da associação com a TRH, as
mulheres que apresentarem alguma das condições abaixo e que estiverem sob
terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.
- epilepsia;
- doença benigna da mama;
- asma;
- enxaqueca;
- porfiria;
- otosclerose;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- coreia menor.
Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou
intensificar os sintomas de angioedema.
Gravidez e lactação
Primogyna
(valerato de estradiol) não deve ser utilizado durante a gravidez e
lactação (veja o item “Contraindicações”). Se ocorrer gravidez durante o uso de
(valerato de estradiol), o tratamento deve ser descontinuado
imediatamente.
Estudos epidemiológicos extensivos realizados com hormônios esteroides utilizados
para contracepção e para terapia de reposição hormonal não revelaram aumento no
risco de malformação congênita em crianças cujas mães utilizaram hormônios
sexuais antes da gravidez ou efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais foram
administrados de forma inadvertida durante a fase inicial da gestação.
Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite
materno.
Consultas/exames médicos
Antes de iniciar ou retomar o uso da TRH, é necessário obter o histórico clínico
detalhado e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em
“Contraindicações” e “Advertências e precauções”; estes acompanhamentos devem
ser repetidos periodicamente. A frequência e a natureza destas avaliações devem
basear-se nas condutas médicas estabelecidas e ser adaptadas a cada usuária, mas,
em geral, devem incluir órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical, abdome,
mamas e pressão sanguínea.
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Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Não foram observados efeitos.
“Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela
A contracepção hormonal deve ser descontinuada quando se inicia a TRH e, se
necessário, a paciente deve ser orientada a utilizar métodos contraceptivos não-
hormonais.
Interações com outros medicamentos
Tratamentos de longa duração com fármacos indutores de enzimas hepáticas (p.ex.,
vários anticonvulsivantes e antimicrobianos) podem aumentar a depuração de
hormônios sexuais e reduzir a eficácia clínica. Tais propriedades indutoras de
enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas, barbitúricos, primidona,
carbamazepina e rifampicina, assim como suspeita-se da existência dessas
propriedades também para oxcarbazepina, topiramato, felbamato e griseofulvina. A
indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira
semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, quatro semanas após ter cessada a
terapia com algum desses fármacos.
Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso
concomitante de certos antibióticos como, por exemplo, penicilinas e tetraciclinas.
Substâncias que passam por conjugação extensa como, por exemplo, o paracetamol,
podem aumentar a biodisponibilidade do estradiol pela inibição competitiva do
sistema de conjugação durante a absorção.
Em casos individuais, as necessidades de hipoglicemiantes orais ou insulina podem
ser alteradas como resultado do efeito sobre a tolerância à glicose.
Interações com bebidas alcoólicas
A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH pode ocasionar elevação nos
níveis circulantes de estradiol.
Alterações em exames laboratoriais
O uso de esteroides sexuais pode influenciar parâmetros bioquímicos tais como das
funções hepática, tiroidiana, adrenal e renal, níveis plasmáticos de proteínas
(transportadoras), como as globulinas de ligação aos corticosteroides e frações
lipídicas/lipoproteicas, parâmetros do metabolismo de carboidratos e parâmetros da
coagulação e fribrinólise.
Primogyna®
(valerato de estradiol) deve ser conservado em temperatura ambiente (entre
15ºC e 30ºC). Proteger da umidade.
O prazo de validade de Primogyna®
(valerato de estradiol) é de 24 meses a partir da data
de sua fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.”
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Características Organolépticas
(valerato de estradiol) 1 mg apresenta-se na forma de drágeas na cor bege,
sem cheiro (odor) ou gosto característico.
(valerato de estradiol) 2 mg apresenta-se na forma de drágeas na cor azul,
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Início do uso de Primogyna®
(valerato de estradiol)
Pacientes histerectomizadas podem iniciar o uso de Primogyna®
(valerato de estradiol) a
qualquer momento.
Se a paciente apresentar útero intacto e ainda estiver menstruando, o tratamento deve ser
iniciado dentro dos primeiros cinco dias da menstruação, com um regime combinado de
Primogyna
(valerato de estradiol) e um progestógeno.
Em pacientes amenorreicas, ou com períodos menstruais muito pouco frequentes ou na
pós-menopausa, o tratamento pode ser iniciado com um regime combinado em qualquer
tempo, desde que seja excluída a existência de gravidez.
Mudando de outra Terapia de Reposição Hormonal (cíclica, sequencial ou
combinada contínua)
Se a paciente estiver mudando de outra TRH, deve completar o ciclo com o medicamento
em uso antes de iniciar a terapia com Primogyna®
(valerato de estradiol).
Posologia
Deve ser ingerida uma drágea diariamente de 1 mg (drágea bege) ou de 2 mg (drágea
azul).
Administração
Cada cartela contém drágeas para 28 dias de tratamento. O tratamento é contínuo, ou seja,
a próxima cartela deve ser iniciada imediatamente sem intervalo de pausa entre o término
de uma cartela e o início de outra.
- Regime combinado:
Para mulheres com útero intacto, recomenda-se o uso de um progestógeno apropriado
durante 10-14 dias a cada 4 semanas (TRH combinada sequencial ou cíclica) ou
conjuntamente com cada drágea de estrogênio (TRH combinada contínua).
A paciente deve ser adequadamente orientada por seu médico sobre o regime combinado
de administração, a fim de facilitar e assegurar o uso correto pela paciente.
As drágeas devem ser ingeridas com um pouco de líquido.
As drágeas devem ser ingeridas preferencialmente no mesmo horário todos os dias.
Drágeas esquecidas:
Se ocorrer esquecimento da ingestão de uma drágea no horário habitual, a paciente deve
tomá-la assim que possível. Se houver transcorrido mais de 24 horas, não se deve ingerir
uma drágea adicional. Caso haja esquecimento de várias drágeas, pode ocorrer
sangramento.
Informações adicionais para populações especiais:
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- Crianças e adolescentes
Primogyna®
(valerato de estradiol) não é indicado para o uso em crianças e adolescentes.
- Pacientes idosas
Não existem dados que sugiram a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosas. Para
mulheres com 65 anos ou mais, vide item “Advertências e Precauções”.
- Pacientes com disfunção hepática
(valerato de estradiol) não foi especificamente estudado em pacientes com
disfunção hepática. Primogyna®
(valerato de estradiol) é contraindicado em mulheres com
doença hepática grave (vide item “Contraindicações”).
- Pacientes com disfunção renal
Não foram conduzidos estudos em mulheres com insuficiência renal.
“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.”
As reações adversas mais graves associadas à TRH estão listadas no item
”Advertências e precauções”.
As seguintes reações adversas foram observadas em usuárias de TRH classificadas
por sistema corpóreo (MedDRA SOCs).
Classificação por
sistema corpóreo
Comum
(≥1/100 a <1/10)
Incomum (≥1/1.000 a
<1/100)
Rara
(<1/1.000)
Distúrbios no
sistema
imunológico
reação de
hipersensibilidade
Distúrbios
metabólicos e
nutricionais
Aumento ou
diminuição de peso
corporal
psiquiátricos
estados depressivos ansiedade,
aumento ou
diminuição da
libido
sistema nervoso
cefaleia vertigem enxaqueca
Distúrbios nos
olhos
distúrbios visuais intolerância a
lentes de contato
cardíacos
palpitações
gastrintestinais
dor abdominal,
náusea
dispepsia distensão
abdominal, vômito
cutâneos e nos
tecidos
subcutâneos
erupção cutânea,
prurido
eritema nodoso,
urticária
hirsutismo, acne
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músculo-
esqueléticos e nos
tecidos conectivos
cãibras musculares
reprodutivo e nas
mamas
sangramento
uterino/vaginal,
incluindo
gotejamento
dor nas mamas,
dolorosa nas mamas
dismenorreia,
secreção vaginal,
síndrome
semelhante à pré-
mestrual,
hipertrofia
mamária
Distúrbios gerais e
condições no local
de administração
edema fadiga
Foi utilizado o termo MedDRA (versão 8.1) mais apropriado para descrever uma
determinada reação e seus sinônimos e condições relacionadas.
Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou
intensificar os sintomas de angioedema (veja item “Advertências e precauções”).
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”