Bula do Primolut-Nor para o Profissional

Bula do Primolut-Nor produzido pelo laboratorio Bayer S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Primolut-Nor
Bayer S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO PRIMOLUT-NOR PARA O PROFISSIONAL

1

Primolut®-Nor

Bayer S.A.

comprimidos

10 mg acetato de noretisterona

2

Primolut®

-Nor

acetato de noretisterona

APRESENTAÇÃO:

-Nor é apresentado na forma de comprimido simples, com 10 mg de acetato de

noretisterona, em embalagens contendo 3 blísteres com 10 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) contém 10 mg de acetato

de noretisterona.

Excipientes: lactose, amido, povidona, talco e estearato de magnésio

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) está indicado para o tratamento de hemorragia

disfuncional, síndrome pré-menstrual, mastopatia, retardamento da menstruação em caso

de ciclo normal, amenorreia primária e secundária.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os efeitos progestogênicos da noretisterona no endométrio são a base do tratamento da

hemorragia disfuncional, amenorreia primária e secundária com Primolut

-Nor (acetato

de noretisterona).

Os efeitos positivos do Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) na síndrome pré-

menstrual baseiam-se na supressão da função ovariana.

Devido ao efeito da noretisterona de estabilizar o endométrio, a administração de

Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) pode ser usada para retardar a menstruação.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

 Propriedades farmacodinâmicas

A noretisterona é um progestógeno potente. A completa transformação do endométrio da

fase proliferativa para a fase de secreção, considerando previamente a adequada

estimulação estrogênica, pode ser alcançada com a administração oral de 100 a 150 mg de

noretisterona por ciclo.

A inibição da secreção das gonadotropinas e a anovulação podem ser alcançadas com

ingestão diária de 0,5 mg de acetato de noretisterona.

Como a progesterona, a noretisterona possui propriedade termogênica e altera a

temperatura corporal basal.

 Propriedades farmacocinéticas

Absorção

3

O acetato de noretisterona administrado oralmente é rápida e completamente absorvido

em uma ampla faixa de dose. Durante a absorção e no metabolismo de primeira passagem

hepática, o acetato de noretisterona é hidrolisado à noretisterona, sua forma ativa, e ácido

acético. Valores do pico de concentração plasmática da noretisterona de cerca de 25

ng/mL (após ingestão de 10 mg de acetato de noretisterona) são atingidos

aproximadamente 2 horas após a administração de um comprimido de Primolut

-Nor

(acetato de noretisterona). Baseado em um estudo de biodisponibilidade relativa, a

substância ativa é completamente liberada pelo comprimido.

Distribuição

A noretisterona liga-se à albumina sérica e à globulina de ligação aos hormônios sexuais

(SHBG). Apenas cerca de 3 a 4% das concentrações séricas totais do fármaco

apresentam-se sob a forma de esteroide livre, aproximadamente 35% ligam-se à SHBG e

61% ligam-se à albumina. O volume aparente de distribuição da noretisterona é de 4,4 ±

1,3 L/kg. Após administração oral, a curva de concentração sérica da substância ativa

segue um padrão bifásico. Ambas as fases são caracterizadas por meias-vidas de 1 a 3

horas e de aproximadamente 5 a 13 horas, respectivamente.

A noretisterona passa para o leite materno e são encontrados níveis da substância ativa

equivalentes a aproximadamente 10% daqueles encontrados no plasma materno,

independentemente da via de administração. Baseado no nível máximo médio da

substância ativa no soro materno de aproximadamente 16 ng/mL e numa ingestão diária

estimada de 600 mL de leite pelo bebê, estima-se que um máximo de aproximadamente 1

mcg (0,02% da dose materna) pode ser alcançado pelo lactente.

Metabolismo

A noretisterona é metabolizada principalmente pela saturação da dupla ligação no anel A

e redução do grupo 3-ceto a um grupo hidroxila, seguido por conjugação com sulfatos e

glicuronídeos correspondentes. Alguns desses metabólitos são eliminados do plasma

muito lentamente, com meia-vida de aproximadamente 67 horas. Portanto, durante o

tratamento a longo prazo com administração de doses diárias de noretisterona, alguns

desses metabólitos acumulam-se no plasma.

A noretisterona é parcialmente metabolizada a etinilestradiol após administração oral da

noretisterona ou acetato de noretisterona em humanos. Esta conversão resulta em uma

dose equivalente a aproximadamente 4 – 6 mcg de etinilestradiol por 1 mg de

noretisterona / acetato de noretisterona administrado oralmente.

Eliminação

A noretisterona não é excretada na forma inalterada em uma extensão significativa. Os

metabólitos são excretados através da urina e das fezes, em uma relação de

aproximadamente 7:3, predominantemente na forma de metabólitos com anel A reduzido

e metabólitos hidroxilados, assim como seus conjugados (glicuronídeos e sulfatos). A

maior parte dos metabólitos excretados por via urinária foi eliminada dentro de 24 horas

com meia-vida de aproximadamente 19 horas.

Condições no estado de equilíbrio

4

É improvável o acúmulo da substância ativa durante a administração diária de múltiplas

doses de noretisterona, devido à meia-vida relativamente curta da substância. Entretanto,

em caso de administração concomitante com agentes indutores de SHBG, por exemplo,

etinilestradiol, um aumento nos níveis séricos de noretisterona pode ocorrer devido à

ligação da noretisterona à SHBG.

 Dados pré-clínicos de segurança

Os dados pré-clínicos da noretisterona ou seus ésteres, obtidos através de estudos

convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e potencial carcinogênico,

mostraram que não há risco especialmente relevante para humanos, além daqueles

mencionados nos itens específicos desta bula. No entanto, deve-se ter em mente que

esteroides sexuais podem estimular o crescimento de tecidos e tumores dependentes de

hormônio.

Estudos de toxicidade reprodutiva indicaram risco de masculinização em fetos femininos

quando são administradas altas doses na fase de desenvolvimento dos órgãos genitais

externos. Uma vez que estudos epidemiológicos mostram que este efeito é relevante para

humanos após altas doses, deve-se considerar que Primolut

-Nor (acetato de

noretisterona) pode promover sinais de virilização em fetos femininos quando

administrado durante a fase sensível a hormônios da diferenciação sexual somática, a qual

é dependente de hormônios (a partir do dia 45 da gestação). Além deste fato, não houve

indicação de efeitos teratogênicos a partir dos estudos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) não deve ser utilizado na presença de

qualquer uma das condições listadas abaixo, as quais também são derivadas de

informação disponível para outros medicamentos contendo somente progestógeno e

contraceptivos orais combinados (COCs). Se qualquer uma das condições citadas a

seguir ocorrer durante o uso de Primolut®

-Nor (acetato de noretisterona), sua

utilização deve ser descontinuada imediatamente:

- presença ou suspeita de gravidez;

- lactação;

- presença ou histórico de evento tromboembólico / trombótico venoso ou arterial

(por exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio)

ou de um acidente vascular cerebral;

- presença ou histórico de sintomas e/ou sinais prodrômicos de trombose (por

exemplo, ataque isquêmico transitório, angina pectoris);

- alto risco de trombose venosa ou arterial (ver “Advertências e Precauções”);

- histórico de enxaqueca com sintomas neurológicos focais;

- diabetes mellitus com alterações vasculares;

- presença ou histórico de doença hepática grave, enquanto os valores da função

hepática não retornarem ao normal;

- presença ou histórico de tumores hepáticos (benignos ou malignos);

- diagnóstico ou suspeita de neoplasias dependentes de hormônios sexuais;

- hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos componentes do

produto.

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Em caso de ocorrência ou agravamento de qualquer uma das condições ou fatores

de risco mencionados a seguir, uma análise individual de risco-benefício deve ser

realizada antes do início ou da continuação do tratamento com Primolut

-Nor

(acetato de noretisterona).

 Distúrbios circulatórios

Estudos epidemiológicos concluíram que o uso de inibidores da ovulação contendo

estrogênio/progestógeno, está associado a um aumento na incidência de doenças

tromboembólicas. Portanto, deve-se considerar a possibilidade de um aumento do

risco de tromboembolismo, particularmente em pacientes com histórico de doenças

tromboembólicas.

Os fatores de risco geralmente reconhecidos para tromboembolismo venoso (TEV)

incluem histórico pessoal ou familiar positivo (isto é, TEV detectado em um(a)

irmão(ã) ou em um dos progenitores quando relativamente jovem), idade,

obesidade, imobilização prolongada, cirurgia de grande porte ou trauma extenso.

Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério.

O tratamento deve ser interrompido imediatamente caso ocorram sintomas ou

suspeita de processos trombóticos arteriais ou venosos.

 Tumores

Em casos raros após o uso de substâncias hormonais, tais como a contida neste

produto, foi observado desenvolvimento de tumor hepático benigno e, ainda mais

raramente, maligno. Em casos isolados, estes tumores provocaram hemorragia

intra-abdominal com risco para a vida da paciente. A possibilidade de tumor

hepático deve ser considerada no diagnóstico diferencial de usuárias que

apresentarem dor intensa em abdome superior, aumento do tamanho do fígado ou

sinais de hemorragia intra-abdominal.

 Outros

Deve-se manter cuidadosa supervisão médica em paciente com diabetes.

Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com história de

cloasma gravídico. Mulheres predispostas ao desenvolvimento de cloasma devem

evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem usando

Primolut

-Nor (acetato de noretisterona).

Pacientes com histórico de depressão psíquica devem ser observadas

cuidadosamente e o medicamento deve ser descontinuado em caso de recorrência de

depressão grave.

 Consultas médicas

Antes de iniciar ou retomar o tratamento com Primolut

-Nor (acetato de

noretisterona), é necessário obter histórico clínico detalhado e realizar exames

clínicos e ginecológicos, considerando os itens descritos em “Contraindicações” e

“Advertências e Precauções”; estes acompanhamentos devem ser repetidos durante

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o uso de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona). A frequência e a natureza destas

avaliações devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e adaptadas a

cada paciente, mas devem, em geral, incluir atenção especial à pressão arterial,

mamas, abdome e órgãos pélvicos, e também deve incluir citologia cervical.

 Razões para descontinuar imediatamente o uso de Primolut

noretisterona).

Aparecimento pela primeira vez de cefaleia do tipo enxaqueca ou cefaleia com

frequência e intensidade não-habituais; perturbações repentinas dos sentidos (por

exemplo, distúrbios da visão ou audição); primeiros sinais e/ou sintomas de

tromboflebite ou tromboembolismo (por exemplo, edema ou dores não-habituais nas

pernas, dores do tipo pontada ao respirar, tosse sem motivo aparente); sensação de

dor e aperto no peito; cirurgias planejadas (seis semanas antes da data prevista);

imobilização forçada como,por exemplo, em acidentes,início de icterícia ou de

hepatite não-ictérica; prurido generalizado; aumento considerável da pressão

arterial; gravidez.

 Gravidez e Lactação

O uso de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) é contraindicado durante a

gravidez. Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) não deve ser utilizado durante a

amamentação.

Categoria X – “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou

que possam ficar grávidas durante o tratamento.”

 Efeitos na habilidade para dirigir ou operar máquinas

Não há conhecimento de efeitos na habilidade para dirigir veículos ou operar

máquinas.

 Advertências adicionais com base na metabolização parcial da noretisterona a

etinilestradiol

Após administração oral, a noretisterona é parcialmente metabolizada a

etinilestradiol, resultando em uma dose equivalente a aproximadamente 4 a 6 mcg

de etinilestradiol por 1 mg de noretisterona / acetato de noretisterona administrada

oralmente (ver “Propriedades Farmacocinéticas”).

Devido à conversão parcial de noretisterona a etinilestradiol, espera-se que a

administração de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) resulte em efeitos

farmacológicos similares aos vistos com os contraceptivos orais combinados (COCs).

Portanto, as seguintes advertências gerais associadas aos COCs também devem ser

consideradas adicionalmente:

- Distúrbios circulatórios

O risco de TEV é mais elevado durante o primeiro ano de uso. Este risco aumentado

está presente após iniciar pela primeira vez o uso de COC ou ao reiniciar o uso (após

um intervalo de 4 semanas ou mais sem uso de pílulas) do mesmo COC ou de outro

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COC. Dados de um grande estudo coorte prospectivo, de 3 braços, sugerem que este

risco aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses.

O risco geral de TEV em usuárias de COC contendo estrogênio em baixa dose (< 50

mcg de etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs que

não estejam grávidas e continua a ser menor do que o risco associado à gravidez e ao

parto.

O TEV pode provocar risco para a vida da paciente ou pode ser fatal (em 1 a 2 %

dos casos).

O TEV, manifestado como trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar, pode

ocorrer durante o uso de qualquer COC.

Em casos extremamente raros, tem sido relatada a ocorrência de trombose em

outros vasos sanguíneos como por exemplo, veias e artérias hepáticas, mesentéricas,

renais, cerebrais ou retinianas em usuárias de COCs. Não há consenso sobre a

associação de ocorrência desses eventos e o uso de COCs.

Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: inchaço unilateral de

membro inferior ou ao longo de uma veia da perna; dor ou sensibilidade na perna,

que pode ser sentida apenas quando se está em pé ou andando; calor aumentado na

perna afetada; descoloração ou vermelhidão da pele da perna.

Sintomas da embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito de dispneia

inexplicável ou taquipneia; tosse de início abrupto que pode levar a hemoptise; dor

aguda no peito, que pode aumentar com a respiração profunda; ansiedade; tontura

severa ou vertigem; taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (por

exemplo, falta de ar, tosse) não são específicos e podem ser interpretados

erroneamente, como eventos mais comuns ou menos graves (por exemplo, infecções

do trato respiratório).

Um evento tromboembólico arterial pode incluir acidente vascular cerebral (AVC),

oclusão vascular ou infarto do miocárdio (IM). Sintomas de um AVC podem incluir:

diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, de forma súbita, face,

braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão súbita, dificuldade

em falar ou compreender; dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os

olhos, súbita dificuldade para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou de

coordenação; cefaleia repentina, intensa ou prolongada sem causa conhecida, perda

de consciência ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais de oclusão vascular

podem incluir: dor súbita, inchaço e cianose de uma extremidade, abdome agudo.

Sintomas de IM podem incluir: dor, deconforto, pressão, peso, sensação de aperto

ou estufamento no peito, braço ou abaixo do esterno, desconforto que se irradia para

as costas, mandíbula, pescoço, braços, estômago; saciedade, indigestão ou sensação

de asfixia; sudorese, náuseas, vômitos ou tontura; fraqueza extrema, ansiedade ou

dispneia; taquicardia ou arritmia cardíaca.

Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da paciente ou

podem ser fatais.

O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado

em mulheres que possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentem

umfator de risco individual mais grave. Esse risco aumentado pode ser maior que o

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simples risco cumulativo de fatores. Um COC não deve ser prescrito em caso de

avaliação de risco-benefício negativa (ver “Contraindicações”).

O risco de eventos trombóticos / tromboembólicos venosos ou arteriais ou de um

acidente vascular cerebral aumenta com:

 Idade;

 obesidade (índice de massa corpórea acima de 30 kg/m2

);

 histórico familiar positivo (ou seja, tromboembolismo venoso ou arterial

detectado em um(a) irmão(ã) ou em um dos progenitores em idade

relativamente jovem). Se há suspeita ou conhecimento de predisposição

hereditária, a mulher deve ser encaminhada a um especialista antes de

decidir pelo uso de qualquer COC;

 imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção

cirúrgica em membros inferiores, ou um trauma extenso. Nestes casos, é

aconselhável descontinuar o uso do COC (em casos de cirurgia

programada, com pelo menos 4 semanas de antecedência) e não reiniciá-

lo até duas semanas após o total restabelecimento;

 tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade, o risco

torna-se ainda maior, especialmente em mulheres com idade superior à

35 anos);

 dislipoproteinemia;

 hipertensão;

 enxaqueca;

 valvopatia;

 fibrilação atrial.

Não há consenso quanto à possível influência de veias varicosas e de tromboflebite

superficial na gênese do tromboembolismo venoso.

Outras condições clínicas que também têm sido associadas aos eventos adversos

circulatórios são: diabetes mellitus, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome

hemolítico-urêmica, patologia intestinal inflamatória crônica (doença de Crohn ou

colite ulcerativa) e anemia falciforme.

O aumento da frequência ou da intensidade de enxaquecas durante o uso de COCs

pode ser motivo para a suspensão imediata do mesmo, dada a possibilidade deste

quadro representar o início de um evento vascular cerebral.

Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou adquirida

para trombose arterial ou venosa incluem: resistência à proteína C ativada (PCA),

hiperhomocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C, e de proteína

S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico).

Na avaliação da relação risco / benefício, o médico deve considerar que o tratamento

adequado de uma condição pode reduzir o risco associado de trombose e que o risco

associado à gestação é mais elevado do que aquele associado ao uso de COCs de

baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol).

- Tumores

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O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por

HPV (papilomavirus humano). Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso

de COCs por período prolongado pode contribuir ainda mais para este risco

aumentado, mas continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta

ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes, por exemplo, da realização

de citologia cervical e de comportamento sexual, incluindo a utilização de

contraceptivos de barreira.

Uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe pequeno

aumento do risco relativo (RR = 1,24) para câncer de mama diagnosticado em

mulheres que estejam usando COCs. Este aumento desaparece gradualmente nos 10

anos subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é

raro em mulheres com idade inferior a 40 anos de idade, o aumento no número de

diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno,

se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem

evidência de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido

ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos

biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama

diagnoticados em usuárias que alguma vez utilizaram COCs tendem a ser

clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca

utilizaram COCs.

Tumores malignos podem provocar risco para a vida da paciente ou podem ser

fatais.

- Outras condições

Embora tenham sido relatados discretos aumentos na pressão arterial em muitas

usuárias de COCs, os casos de relevância clínica são raros.

Entretanto, no caso de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente

significativa é prudente que o médico descontinue o COC e trate a hipertensão. Se

for considerado apropriado, o uso do COC pode ser reiniciado, caso os níveis

pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva.

Foi descrita a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a

gestação quanto durante uso de COC, no entanto, a evidência de uma associação

com o uso de COC é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionado à colestase;

formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome

hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham; herpes gestacional; perda de audição

relacionada com a otosclerose.

Em mulheres com angioedema hereditário, estrógenos exógenos podem induzir ou

intensificar os sintomas de angioedema.

Os distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem requerer a

descontinuação do uso de COC, até que os marcadores da função hepática retornem

aos valores normais. A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela

primeira vez durante a gestação ou durante o uso anterior de esteroides sexuais,

requer a descontinuação do uso de COCs.

O uso de COCs tem sido associado à doença de Crohn e à colite ulcerativa.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As interações medicamentosas que resultam no aumento da depuração dos

hormônios sexuais podem levar a diminuição da eficácia terapêutica. Isto tem sido

estabelecido com vários medicamentos indutores de enzimas hepáticas (incluindo:

fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, oxcarbazepina,

erva de São João e rifabutina), e possivelmente também para griseofulvina.

Os progestógenos podem interferir com o metabolismo de outros fármacos.

Consequentemente, as concentrações plasmáticas e teciduais podem ser afetadas

(por exemplo, ciclosporina).

Nota: Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento

utilizado concomitantemente a fim de identificar interações em potencial.

 Exames laboratoriais

O uso de progestógenos pode influenciar os resultados de certos exames

laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tireoidiana,

adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo,

globulina de ligação a corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas; parâmetros

do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e fibrinólise. As

alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial considerado

normal.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 °C).

Proteger da umidade.

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.”

 Características organolépticas

Comprimido branco.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com pequena quantidade de líquido.

A eficácia de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) pode ser reduzida em caso de

esquecimento da tomada de algum comprimido. No caso de esquecimento da tomada de

comprimido a paciente deve tomar somente o último comprimido esquecido assim que se

lembrar, e continuar a tomar os comprimidos no horário habitual.

Caso seja necessária a proteção contraceptiva, deverá ser usado um método contraceptivo

não-hormonal (método de barreira).

11

 Hemorragia disfuncional

A dose recomendada é de 15 mg/dia (um comprimido e meio por dia) durante 10 dias. Na

maioria dos casos isso irá interromper o sangramento uterino não associado a lesões

orgânicas dentro de 1 a 3 dias, entretanto, a administração de Primolut

-Nor (acetato de

noretisterona) deve ser mantida de forma regular, mesmo após o sangramento ter cessado,

até o final do período de tratamento (10 dias). Aproximadamente 2 a 4 dias após a

suspensão da medicação ocorrerá sangramento por privação que, em intensidade e

duração, corresponde à menstruação normal.

- Sangramento leve durante o período de ingestão de Primolut

noretisterona)

Ocasionalmente pode ocorrer um sangramento leve após a cessação inicial do

sangramento. Também nestes casos a ingestão de Primolut

noretisterona) não deve ser interrompida ou suspensa.

- Persistência da hemorragia, sangramento de escape intenso

Se o sangramento vaginal não cessar, apesar da ingestão regular de Primolut

-Nor

(acetato de noretisterona), deve-se considerar uma causa orgânica ou um fator

extragenital (ex. pólipos, carcinoma situado na porção superior do colo uterino ou no

endométrio, mioma, resíduo de abortamento, gravidez ectópica, ou distúrbios de

coagulação) e adotar as medidas necessárias. Isto também é aplicado aos casos nos quais,

após a parada inicial do sangramento, voltam a ocorrer sangramentos intensos durante o

período de ingestão de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona).

- Profilaxia de recidivas

Para evitar as recidivas da hemorragia disfuncional em pacientes com ciclos

anovulatórios, é recomendado administrar Primolut

-Nor (acetato de noretisterona)

profilaticamente: 5 mg/dia (meio comprimido por dia) ou 10 mg/dia (um comprimido por

dia) do 16º ao 25º dia do ciclo (1º dia do ciclo = 1º dia do último sangramento). O

sangramento por privação ocorrerá alguns dias após a administração do último

comprimido de Primolut

 Amenorreia primária e secundária

Tratamento hormonal para amenorreia secundária pode ser iniciado apenas após exclusão

da possibilidade de gravidez.

Antes de iniciar o tratamento para amenorreia primária ou secundária deve ser excluída a

presença de tumor hipofisário produtor de prolactina. Não se pode descartar a

possibilidade de que macroadenomas aumentem de tamanho quando expostos a altas

doses de estrogênio por períodos prolongados.

A preparação do endométrio com um estrogênio deve ser realizada (por exemplo, por 14

dias) antes de iniciar o tratamento com Primolut

-Nor (acetato de noretisterona). Em

seguida, administrar Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) na dose recomendada de 5

mg/dia (meio comprimido por dia) ou 10 mg/dia (um comprimido por dia), durante 10

dias. O sangramento por privação ocorrerá alguns dias após a administração do último

comprimido.

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Em pacientes que apresentam produção suficiente de estrogênio endógeno, pode ser feita

uma tentativa para suspender o tratamento estrogênico e induzir um padrão de

sangramento cíclico, através da administração de um comprimido por dia de Primolut

-

Nor (acetato de noretisterona), do 16º ao 25º dia do ciclo.

 Síndrome pré-menstrual, mastopatia

Sintomas pré-menstruais, como cefaleia, estados depressivos, retenção de líquido,

sensação de tensão nas mamas podem ser aliviados com a administração de 5 mg/dia

(meio comprimido por dia) até 15 mg/dia (um comprimido e meio por dia ), durante a

fase lútea do ciclo.

 Retardamento da menstruação

Com a administração de Primolut

-Nor (acetato de noretisterona), a menstruação pode

ser retardada.

Entretanto, o retardamento da menstruação deve ser restrito àqueles casos nos quais não

existe qualquer possibilidade de ocorrência de gravidez no ciclo em questão.

A dose recomendada é de 10 mg/dia (um comprimido por dia) ou 15 mg/dia (um

comprimido e meio por dia), durante no máximo 10 a 14 dias, iniciando o tratamento três

dias antes da data prevista para a menstruação. O sangramento menstrual surge 2 a 3 dias

após a suspensão da medicação.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas são mais comuns nos primeiros meses após o início do

tratamento com Primolut

-Nor (acetato de noretisterona) e diminuem com a

continuação do mesmo. Em adição aos efeitos adversos listados em “Advertências e

Precauções”, foram relatadas as seguintes reações adversas com o uso de Primolut

-

Nor (acetato de noretisterona), embora nem sempre uma relação de causalidade

possa ser confirmada.

A tabela a seguir relaciona as reações adversas por classificação de sistema corpóreo

MedDRA (MedDRA SOCs). As frequências são baseadas nos dados de pós-

comercialização e literatura.

Classificação

por sistema

corpóreo

Muito comum

≥1/10

Comum

≥1/100 a

< 1/10

Incomum

≥ 1/1.000 a

< 1/100

Raro ≥ 1/10.000 a

< 1/1.000

Muito

Raro <

1/10.000

Distúrbios no

sistema

imunológico

Reações de

hipersensibilidade

nervoso

Cefaleia Enxaqueca

Distúrbios nos Distúrbio

13

olhos s visuais

Distúrbios

respiratórios,

torácicos e do

mediastino

Dispneia

gastrintestinai

s

Náusea

cutâneos e nos

tecidos

subcutâneos

Urticária,

erupção cutânea

reprodutivo e

nas mamas

Sangramento

vaginal/uterino

gerais e

condições no

local de

administração

Edema

Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado para descrever uma determinada

reação e seus sinônimos e condições relacionadas.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.