Bula do Quinoflox para o Profissional

Bula do Quinoflox produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Quinoflox
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO QUINOFLOX PARA O PROFISSIONAL

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

QUINOFLOX®

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.

Comprimido revestido

Cloridrato de ciprofloxacino

500 mg

MODELO DE BULA

DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

ciprofloxacino

cloridrato

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

• Formas farmacêuticas e apresentações:

Comprimido revestido 500 mg. Caixa com 6, 10 e 14 comprimidos revestidos.

• USO ORAL

USO ADULTO

• Composição:

Comprimido Revestido

Cada comprimido revestido de 500 mg contém:

ciprofloxacino .................................................................................................... 500 mg

(equivalente a 582,21 mg de cloridrato de ciprofloxacino monoidratado)

Excipientes: celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, amidoglicolato de

sódio, corante amarelo crepúsculo, hipromelose, macrogol, silicato de magnésio e dióxido de titânio.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

 Adultos

Infecções complicadas e não complicadas causadas por microrganismos sensíveis ao ciprofloxacino.

 Trato respiratório: Quinoflox® pode ser considerado como tratamento recomendável em casos de

pneumonias causadas por Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Escherichia coli,

Pseudomonas aeruginosa, Haemophillus spp., Moraxella catarrhalis, Legionella spp. e

Staphylococci. Quinoflox® não deve ser usado como medicamento de primeira escolha no

tratamento de pacientes ambulatoriais com pneumonia causada por Pneumococcus.

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

 Ouvido médio (otite média) e seios paranasais (sinusite), especialmente se a infecção for causada por

organismos gram-negativos, inclusive Pseudomonas aeruginosa ou Staphylococci.

 Olhos.

 Rins e/ou trato urinário eferente.

 Órgãos genitais, inclusive anexite, gonorreia e prostatite.

 Cavidade abdominal (por exemplo, infecções bacterianas do trato gastrintestinal ou do trato biliar e

peritonite).

 Pele e tecidos moles.

 Ossos e articulações.

 Sepse.

Infecção ou risco iminente de infecção (profilaxia), em pacientes com sistema imunológico comprometido

(por exemplo, pacientes em uso de imunossupressores ou pacientes neutropênicos).

Descontaminação intestinal seletiva em pacientes sob tratamento com imunossupressores.

 Crianças

No tratamento da exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas

aeruginosa, em pacientes pediátricos de 5 a 17 anos de idade. Os estudos clínicos em crianças foram

realizados na indicação acima. Para outras indicações clínicas a experiência é limitada. Não se recomenda,

portanto, o uso do ciprofloxacino para outras indicações diferentes da mencionada acima. O tratamento deve

ser iniciado somente após cuidadosa avaliação dos riscos e benefícios, pela possibilidade de reações adversas

nas articulações e nos tecidos adjacentes.

 Antraz por inalação (após exposição) em adultos e crianças

Para reduzir a incidência ou progressão da doença após exposição ao Bacillus anthracis aerossolizado.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os resultados das experiências clínicas realizadas e documentadas demonstraram que os microrganismos

causadores das infecções foram erradicados em 81,9% dos casos.

Clinicamente, quase 94,2% dos pacientes apresentaram melhora acentuada ou recuperação completa.

Os resultados das pesquisas clínicas confirmam a excelente atividade in vitro do cloridrato de ciprofloxacino.

Os microrganismos mais comuns foram E. coli e Pseudomonas aeruginosa. Os percentuais de erradicação

para os patógenos Gram-negativos, tais como a E. coli (95%) Proteus sp (97 - 100%), Salmonella sp (100%),

Haemophilus influenzae (95%) e também para os organismos Gram-positivos, Streptococcus pneumoniae

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

(>80%) e Staphylococcus sp (>90%) em particular, juntamente com os resultados favoráveis contra

Pseudomonas aeruginosa (74%), alcançados com tratamento via oral, demonstram o amplo espectro de

atividade do cloridrato de ciprofloxacino.

Os índices de cura ou melhora das condições clínicas encontrados nas diferentes infecções foram os seguintes:

Trato respiratório inferior e superior ........... >85%

Trato urinário não complicadas .................. >90%

Trato urinário complicadas ......................... 97 - 100%

Pele e tecidos moles .................................... 90%

Ossos e articulações .................................... 75%

Gastrintestinais ........................................... 100%

Bacteremia/septicemia ................................ 94%

Ginecológicas ............................................. 92%

Otite maligna externa .................................. 90%

Prostatite crônica ........................................ 84 - 91%

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

 Propriedades Farmacodinâmicas

O ciprofloxacino é um agente antibacteriano quinolônico sintético, de amplo espectro (código ATC:

J01MA02).

 Mecanismo de Ação

O ciprofloxacino tem atividade in vitro contra uma ampla gama de microrganismos gram-negativos e gram-

positivos. A ação bactericida do ciprofloxacino resulta da inibição da topoisomerase bacteriana do tipo II

(DNA girase) e topoisomerase IV, necessárias para a replicação, transcrição, reparo e recombinação do DNA

bacteriano.

 Mecanismos de Resistência

A resistência in vitro ao ciprofloxacino é frequente por mutação das topoisomerases bacterianas e se

desenvolve lentamente em várias etapas. A resistência ao ciprofloxacino devida a mutações espontâneas

ocorre com uma frequência entre <10-9

e 10-6

. A resistência cruzada entre as fluoroquinolonas aparece,

quando a resistência surge por mutação. As mutações únicas podem reduzir a sensibilidade, em lugar de

produzir resistência clínica, mas as mutações múltiplas, em geral levam à resistência clínica ao ciprofloxacino

e à resistência cruzada entre as quinolonas. A impermeabilidade bacteriana e/ou expressão das bombas de

efluxo podem afetar a sensibilidade ao ciprofloxacino. Está relatada resistência mediada por plasmídeos e

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

codificada por gene qnr. Os mecanismos de resistência que inativam as penicilinas, as cefalosporinas, os

aminoglicosídeos, os macrolídeos e as tetraciclinas podem não interferir na atividade antibacteriana do

ciprofloxacino e não se conhece nenhuma resistência cruzada entre o ciprofloxacino e outros grupos

antimicrobianos. Os microrganismos resistentes a esses medicamentos podem ser sensíveis ao ciprofloxacino.

A concentração bactericida mínima (CBM) geralmente não excede a concentração inibitória mínima (CIM)

em mais que o dobro.

Sensibilidade in vitro ao ciprofloxacino

A prevalência da resistência adquirida pode variar segundo a região geográfica e o tempo para determinadas

espécies, e é desejável dispor de informação local de resistência, principalmente quando se tratar de infecções

graves. Quando necessário, deve-se solicitar o conselho de um especialista se a prevalência local da

resistência é tal que seja questionada a utilidade do preparado, pelo menos frente a determinados tipos de

infecção.

O ciprofloxacino tem mostrado atividade in vitro contra cepas sensíveis dos seguintes microrganismos:

Microrganismos gram-positivos aeróbios: Bacillus anthracis, Enterococcus faecalis (muitas cepas são

somente moderadamente sensíveis), Staphylococcus aureus (isolados sensíveis à meticilina), Staphylococcus

saprophyticus, Streptococcus pneumoniae.

Microrganismos gram-negativos aeróbios:

Burkholderia cepacia Klebsiella pneumoniae Providencia spp.

Campylobacter spp. Klebsiella oxytoca Pseudomonas aeruginosa

Citrobacter freudii Moraxella catarrhalis Pseudomonas fluorescens

Enterobacter aerogenes Morganella morganii Serratia marcescens

Enterobacter cloacae Neisseria gonorrhoeae Shigella spp.

Escherichia coli Proteus mirabilis

Haemophillus influenzae Proteus vulgaris

Os seguintes microrganismos mostram um grau variável de sensibilidade ao ciprofloxacino: Burkholderia

cepacia, Campylobacter spp., Enterococcus faecalis, Morganella morganii, Neisseria gonorrhoeae, Proteus

mirabilis, Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas fluorescens, Serratia marcescens.

Os seguintes microrganismos são considerados intrinsecamente resistentes ao ciprofloxacino: Staphylococcus

aureus (resistente à meticilina) e Stenotrophomonas maltophilia.

O ciprofloxacino mostra atividade contra Bacillus anthracis tanto in vitro, como quando se medem os valores

séricos como marcador sucedâneo.

Inalação de antraz – Informação adicional

As concentrações séricas de ciprofloxacino atingidas em humanos servem como um indicativo razoavelmente

adequado para prever o benefício clínico e fornecem a base para esta indicação.

Em adultos e crianças tratados por via oral e endovenosa, as concentrações de ciprofloxacino atingem ou

superam as concentrações séricas médias de ciprofloxacino que proporcionam melhora estatisticamente

significativa de sobrevida de macacos Rhesus no modelo de inalação de antraz (veja o item “Posologia e

modo de usar”).

Foi realizado um estudo controlado com placebo em macacos Rhesus expostos a uma dose média inalada de

11 DL50 (~5,5 x 105

) esporos (faixa de 5-30 DL50) de Bacillus anthracis. A concentração inibitória mínima

(CIM) de ciprofloxacino para a cepa de antraz usada no estudo foi 0,08 mcg/mL. As concentrações séricas

médias de ciprofloxacino alcançadas no Tmax esperado (1 hora após a dose) por via oral (até alcançar o

estado de equilíbrio), variaram de 0,98 a 1,69 mcg/mL. As concentrações mínimas médias no estado de

equilíbrio, 12 horas após a dose, variaram de 0,12 a 0,19 mcg/mL. A mortalidade ao antraz nos animais que

receberam um regime de 30 dias de ciprofloxacino oral, iniciando 24 horas após a exposição, foi

significativamente menor (1/9) que no grupo placebo (9/10) [p = 0,001]. No único animal tratado que não

resistiu ao antraz, o óbito ocorreu após o período de 30 dias de administração do medicamento.

 Propriedades Farmacocinéticas

A farmacocinética do ciprofloxacino foi avaliada em diferentes populações humanas. A concentração sérica

máxima média no estado de equilíbrio obtida em humanos adultos tratados com 500 mg por via oral de 12 em

12 horas é de 2,97 mcg/mL, sendo de 4,56 mcg/mL após administração intravenosa de 400 mg de 12 em 12

horas. A concentração sérica mínima média no estado de equilíbrio em ambos os esquemas é 0,2 mcg/mL.

Em um estudo de 10 pacientes pediátricos de 6 a 16 anos, a concentração plasmática máxima média alcançada

foi de 8,3 mcg/mL e a concentração mínima variou de 0,09 a 0,26 mcg/mL após administração de duas

infusões intravenosas de 30 minutos de 10 mg/kg, com intervalo de 12 horas. Após a segunda infusão

intravenosa, os pacientes passaram a receber 15 mg/kg por via oral de 12 em 12 horas, tendo-se atingido a

concentração máxima média de 3,6 mcg/mL após a primeira dose oral. Os dados de segurança de longo prazo

com administração de ciprofloxacino a pacientes pediátricos, incluindo os efeitos na cartilagem, são

limitados. (veja o item “Advertências e Precauções”).

- Absorção

Após a administração oral de doses únicas de 500 mg de comprimidos revestidos de Quinoflox®, o

ciprofloxacino é absorvido rápida e amplamente principalmente através do intestino delgado, atingindo as

concentrações séricas máximas 1 a 2 horas depois.

A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 70 – 80%. As concentrações séricas máximas (Cmáx) e

as áreas totais sob as curvas das concentrações séricas em relação ao tempo (AUC) aumentaram

proporcionalmente às doses.

- Distribuição

A ligação protéica do ciprofloxacino é baixa (20 – 30%) e a substância no plasma encontra-se

fundamentalmente sob a forma não ionizada. O ciprofloxacino pode difundir-se livremente para o espaço

extravascular. O grande volume de distribuição no estado de equilíbrio, de 2-3 L/kg de peso corpóreo, mostra

que o ciprofloxacino penetra nos tecidos e atinge concentrações que claramente excedem os valores séricos

correspondentes.

- Metabolismo

Foram relatadas pequenas concentrações de 4 metabólitos, identificados como desetilenociprofloxacino (M1),

sulfociprofloxacino (M2), oxociprofloxacino (M3) e formilciprofloxacino (M4). M1 a M3 apresentam

atividade antibacteriana in vitro comparável ou inferior à do ácido nalidíxico. O M4, o menor em quantidade,

apresenta atividade antimicrobiana in vitro quase equivalente à do norfloxacino.

- Eliminação

O ciprofloxacino é amplamente excretado sob forma inalterada pelos rins e, em menor extensão, por via

extrarrenal.

- Crianças

Em um estudo com crianças, a Cmáx e a AUC não foram dependentes da idade. Nenhum aumento notável de

Cmáx e AUC foi observado com doses múltiplas (10 mg/kg/3 x dia).

Em 10 crianças menores de 1 ano com septicemia grave, a Cmáx foi de 6,1 mg/L (faixa de 4,6 – 8,3 mg/L)

após infusão intravenosa de 10 mg/kg durante 1 hora; e 7,2 mg/L (faixa 4,7 –11,8 mg/L) em crianças de 1 a 5

anos. Os valores da AUC foram de 17,4 mg•h/L (faixa 11,8 – 32,0 mg•h/L) e de 16,5 mg•h/L (faixa 11,0 –

23,8 mg•h/L) nas respectivas faixas etárias. Esses valores estão dentro da faixa relatada para adultos tratados

com doses terapêuticas. Com base na análise farmacocinética da população pediátrica com infecções diversas,

a meia-vida média esperada em crianças é de aproximadamente 4 a 5 horas.

 Dados Pré-Clínicos de Segurança

- Toxicidade aguda

A toxicidade aguda do ciprofloxacino após a administração oral pode ser classificada como muito baixa.

Dependendo da espécie, a DL50 após infusão intravenosa é 125-290 mg/kg.

- Toxicidade Crônica

Estudos de Tolerabilidade Crônica acima de 6 meses

Administração oral: doses até e iguais a 500 mg/kg e 30 mg/kg foram toleradas sem danos por ratos e

macacos, respectivamente. Em alguns macacos no grupo de dose máxima (90 mg/kg) foram observadas

alterações nos túbulos renais distais.

Administração parenteral: no grupo de macacos tratados com dose mais alta (20 mg/kg) foram detectadas

concentrações de ureia e creatinina levemente elevadas e alterações nos túbulos renais distais.

- Carcinogenicidade

Nos estudos de carcinogenicidade em camundongos (21 meses) e ratos (24 meses) tratados com doses de até

aproximadamente 1000 mg/kg de peso corporal/dia em camundongos e 125 mg/kg de peso corporal/dia em

ratos (aumentada para 250 mg/kg de peso corporal/dia após 22 semanas), não se evidenciou potencial

carcinogênico de qualquer das doses avaliadas.

- Toxicologia da reprodução

Estudos de fertilidade em ratas: o ciprofloxacino não modificou a fertilidade, o desenvolvimento

intrauterino e pós-natal das crias, nem a fertilidade da geração F1.

Estudos de embriotoxicidade: não se observou indício de qualquer embriotoxicidade ou teratogenicidade do

ciprofloxacino.

Desenvolvimento perinatal e pós-natal em ratas: não se detectaram efeitos no desenvolvimento perinatal

ou pós-natal dos animais. A pesquisa histológica ao fim do período de criação não revelou nenhum sinal de

dano articular nas crias.

- Mutagenicidade

Foram realizados oito estudos sobre mutagenicidade in vitro com o ciprofloxacino.

Embora dois dos oito ensaios in vitro [Ensaio de mutação de células de linfoma de camundongos e o Ensaio

de reparo de hepatócitos de ratos em cultivo primário (UDS)] tenham apresentado resultados positivos, todos

os sistemas de testes in vivo que cobriam todos os aspectos relevantes resultaram negativos.

- Estudos de tolerabilidade articular

Assim como outros inibidores da girase, o ciprofloxacino causa danos nas grandes articulações que suportam

peso em animais imaturos. O grau da lesão articular varia de acordo com a idade, espécie e dose; a lesão pode

ser reduzida eliminando-se a carga articular. Os estudos com animais adultos (rato, cão) não evidenciaram

lesões nas cartilagens. Em um estudo com cães jovens Beagle, o ciprofloxacino em altas doses (1,3 a 3,5

vezes a dose terapêutica), causou lesões articulares após duas semanas de tratamento, que ainda estavam

presentes após 5 meses. Com doses terapêuticas não se observaram esses efeitos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao ciprofloxacino, a outro derivado quinolônico ou a qualquer componente da

fórmula (veja “Composição”).

A administração concomitante de ciprofloxacino e tizanidina (veja “Interações Medicamentosas”).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

 Infecções graves e/ou infecções por bactérias anaeróbias ou Gram-positivas

Para o tratamento de infecções graves, infecções por Staphylococcus e infecções envolvendo bactérias

anaeróbias, Quinoflox® deve ser utilizado em associação a um antibiótico apropriado.

 Infecções por Streptococcus pneumoniae

Quinoflox® não é recomendado para o tratamento de infecções pneumocócicas devido à eficácia limitada

contra Streptococcus pneumoniae.

 Infecções do trato genital

As infecções do trato genital podem ser causadas por isolados de Neisseria gonorrhoeae resistentes à

fluoroquinolona. Em infecções do trato genital que tem ou podem ter causa ligada à Neisseria gonorrhoeae, é

muito importante obter informações locais sobre a prevalência de resistência ao ciprofloxacino e confirmar a

sensibilidade por meio de exames laboratoriais.

 Distúrbios cardíacos

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

Quinoflox® está associado a casos de prolongamento de QT (veja o item “Reações Adversas”). As mulheres

podem ser mais sensíveis aos medicamentos que prolonguem o QTc, uma vez que tendem a ter intervalo QTc

basal mais longo em comparação aos homens. Pacientes idosos também podem ser mais sensíveis aos efeitos

associados ao medicamento sobre o intervalo QT. Deve-se ter cautela ao utilizar Quinoflox®

concomitantemente com medicamentos que podem resultar em prolongamento do intervalo QT (por exemplo,

antiarrítmicos de classe III ou IA, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Interações

Medicamentosas”) ou em pacientes com fatores de risco para prolongamento QT ou “torsades de pointes”

(por exemplo, síndrome congênita de QT longo, desequilíbrio eletrolítico não corrigido assim como

hipocalemia ou hipomagnesemia e doenças cardíacas como insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou

bradicardia).

 Hipersensibilidade

Em alguns casos podem ocorrer reações alérgicas e de hipersensibilidade após uma única dose (veja “Reações

Adversas”), devendo o paciente informar ao médico imediatamente. Em casos muito raros reações anafiláticas

/anafilactoides podem progredir para um estado de choque, com risco para a vida, em alguns casos após a

primeira administração (veja “Reações Adversas”). Em tais circunstâncias, a administração de Quinoflox®

deve ser interrompida e instituir-se tratamento médico adequado (por exemplo, tratamento para choque).

 Sistema gastrintestinal

Se ocorrer diarreia grave e persistente durante ou após o tratamento, deve-se consultar um médico, já que esse

sintoma pode ocultar uma doença intestinal grave (colite pseudomembranosa com risco para a vida com

possível evolução fatal), que exige tratamento adequado imediato (veja “Reações Adversas”). Nesses casos, o

Quinoflox® deve ser descontinuado e deve ser iniciado tratamento terapêutico apropriado (por exemplo,

vancomicina por via oral, na dose de 250 mg, quatro vezes por dia). Medicamentos que inibem o peristaltismo

são contraindicados nesta situação.

 Sistema hepatobiliar

Casos de necrose hepática e insuficiência hepática com risco para a vida têm sido relatados com Quinoflox®.

No caso de qualquer sinal ou sintoma de doença hepática (como anorexia, icterícia, urina escura, prurido ou

abdômen tenso) o tratamento deverá ser descontinuado (veja “Reações Adversas”).

Pode ocorrer um aumento temporário das transaminases, de fosfatase alcalina ou icterícia colestática,

especialmente em pacientes com doença hepática precedente que forem tratados com Quinoflox® (veja o

“Reações Adversas”).

 Sistema musculoesquelético

Quinoflox® deve ser utilizado com cuidado em pacientes com miastenia grave, uma vez que os sintomas

podem ser exarcebados.

Podem ocorrer tendinite e ruptura do tendão (predominantemente do tendão de Aquiles), algumas vezes

bilateral, com Quinoflox®, mesmo dentro das primeiras 48 horas de tratamento. Podem ocorrer inflamação e

ruptura de tendão mesmo até vários meses após a descontinuação da terapia com Quinoflox®. O risco de

tendinopatia pode estar aumentado em pacientes idosos ou pacientes tratados concomitantemente com

corticosteroides.

Ao primeiro sinal de tendinite (por exemplo, distensão dolorosa, inflamação), deve-se consultar um médico e

suspender o tratamento com o antibiótico. Deve-se manter em repouso a extremidade afetada e evitar

exercícios físicos inadequados (pois do contrário, aumentará o risco de ruptura de tendão). Quinoflox® deve

ser usado com cuidado em pacientes com antecedentes de distúrbios de tendão relacionados com tratamento

quinolônico.

 Sistema nervoso

Quinoflox®, como outras fluoroquinolonas, é conhecido por desencadear convulsões ou diminuir o limiar

convulsivo.

Em pacientes portadores de epilepsia ou com distúrbios do sistema nervoso central (SNC) (por exemplo,

limiar convulsivo reduzido, antecedentes de convulsão, redução do fluxo sanguíneo cerebral, lesão cerebral

ou acidente vascular cerebral), Quinoflox® deve ser administrado somente se os benefícios do tratamento

forem superiores aos possíveis riscos, por eventuais efeitos indesejáveis sobre o SNC.

Casos de estados epiléticos foram relatados (veja “Reações Adversas”). Se ocorrerem convulsões,

Quinoflox® deve ser descontinuado.

Podem ocorrer reações psiquiátricas após a primeira administração de fluoroquinolonas, incluindo

Quinoflox®. Em casos raros, depressão ou reações psicóticas podem evoluir para ideias/pensamentos suicidas

e comportamento autodestrutivo, como tentativa de suicídio ou suicídio (veja “Reações Adversas”).

Caso o paciente desenvolva qualquer uma destas reações, Quinoflox® deve ser descontinuado e medidas

apropriadas devem ser instituídas.

Têm sido relatados casos de polineuropatia sensorial ou sensoriomotora, resultando em parestesias,

hipoestesias, disestesias ou fraqueza em pacientes recebendo fluorquinolonas, incluindo Quinoflox®.

Pacientes em tratamento com Quinoflox® devem ser orientados a informar seu médico antes de continuar o

tratamento se desenvolverem sintomas de neuropatia tais como dor, queimação, formigamento, dormência ou

fraqueza. (veja “Reações Adversas”).

 Pele e anexos

O ciprofloxacino pode induzir reações de fotossensibilidade na pele. Portanto, pacientes que utilizam

Quinoflox® devem evitar a exposição direta e excessiva ao sol ou à luz ultravioleta. O tratamento deve ser

descontinuado se ocorrer fotossensibilização (por exemplo, reações tipo queimadura solar) (veja “Reações

Adversas”).

 Citocromo P450

O ciprofloxacino é conhecido como inibidor moderado das enzimas do CYP 450 1A2. Deve-se ter cuidado

quando outros medicamentos metabolizados pela mesma via enzimática são administrados

concomitantemente ( por exemplo, tizanidina, teofilina, metilxantinas, cafeína, duloxetina, ropinirol,

clozapina, olanzapina).

Pode-se observar um aumento das concentrações plasmáticas associado a efeitos indesejáveis específicos da

droga devido à inibição de sua depuração metabólica pelo ciprofloxacino (veja “Interações

Medicamentosas”).

Os pacientes devem ser orientados a procurar um oftalmologista imediatamente em caso de alterações na

visão ou algum sintoma ocular.

 Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas

As fluoroquinolonas, incluindo o ciprofloxacino, podem afetar a habilidade do paciente para dirigir veículos

ou operar máquinas devido a reações do SNC (veja “Reações Adversas”). Tal fato ocorre principalmente com

a ingestão concomitante de álcool.

 Gravidez e lactação

Gravidez

Os dados disponíveis do uso de ciprofloxacino em mulheres grávidas não indicam malformação nem

toxicidade fetal/neonatal. Estudos em animais não indicaram toxicidade reprodutiva. Baseado em estudos em

animais não se pode excluir que o medicamento possa causar danos à cartilagem articular no organismo fetal

imaturo (veja “Dados Pré-Clínicos de Segurança”), portanto, o uso de Quinoflox® não é recomendado

durante a gravidez.

Estudos feitos com animais não evidenciaram efeitos teratogênicos (malformações). (veja “Dados Pré-

Clínicos de Segurança”).

Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica

ou do cirurgião-dentista.

Lactação

O ciprofloxacino é excretado no leite materno. Devido ao potencial risco de dano articular, o uso de

Quinoflox® não é recomendado durante a amamentação (veja “Dados Pré-Clínicos de Segurança”).

 Uso em idosos

Vide “Posologia – Idosos”.

 Uso em crianças e adolescentes

Como outras drogas de sua classe, o ciprofloxacino demonstrou ser causa de artropatia em articulações que

suportam peso em animais imaturos. A análise dos dados de segurança disponíveis a respeito do uso do

ciprofloxacino em pacientes com menos de 18 anos de idade, em sua maioria portadores de fibrose cística,

não revelou qualquer evidência de danos a cartilagens ou articulações. Não se recomenda o uso de

ciprofloxacino em outras indicações que não o tratamento da exacerbação pulmonar aguda da fibrose cística

associada à infecção por Pseudomonas aeruginosa (5 – 17 anos) e o tratamento de inalação de antraz (após

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

- Medicamentos conhecidos por prolongarem o intervalo QT: Quinoflox®, como outras fluoroquinolonas,

deve ser utilizado com cautela em pacientes que estejam recebendo medicamentos conhecidos por

prolongarem o intervalo QT (por exemplo, antiarrítmicos classe IA e III, antidepressivos tricíclicos,

macrolídeos, antipsicóticos) (veja “Advertências e Precauções”).

- Formação de quelatos: A administração concomitante de Quinoflox® e medicamentos contendo cátions

polivalentes, suplementos minerais (por exemplo, cálcio, magnésio, alumínio, ferro), polímeros ligantes de

fosfato (por exemplo, sevelâmer, carbonato de lantânio), sucralfato ou antiácidos e medicamentos altamente

tamponados (por exemplo, comprimidos de didanosina) contendo magnésio, alumínio, ou cálcio, reduz a

absorção do ciprofloxacino. Portanto, Quinoflox® deve ser administrado de 1 a 2 horas antes ou pelo menos 4

horas após essas preparações.

Essa restrição não se aplica aos antiácidos da categoria dos bloqueadores do receptor H2.

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

- Alimentos e produtos lácteos: A administração concomitante de Quinoflox® e laticínios ou bebidas

enriquecidas com minerais (por exemplo, leite, iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) deve ser

evitada porque a absorção do ciprofloxacino pode ser reduzida. Contudo, o cálcio da dieta, proveniente da

alimentação normal, não afeta significativamente a absorção.

- Probenecida: A probenecida interfere na secreção renal do ciprofloxacino. A administração concomitante de

medicamentos contendo probenecida e Quinoflox® aumenta a concentração sérica de ciprofloxacino.

- Metoclopramida: A metoclopramida acelera a absorção de ciprofloxacino, reduzindo o tempo para atingir as

concentrações plasmáticas máximas. Não se observou efeito sobre a biodisponibilidade do ciprofloxacino.

- Omeprazol: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo omeprazol reduz

ligeiramente a Cmáx e a AUC do ciprofloxacino.

- Tizanidina: Em um estudo clínico com voluntários sadios houve um aumento nas concentrações séricas de

tizanidina (aumento da Cmáx: 7 vezes, variação: 4 a 21 vezes; aumento da AUC: 10 vezes, variação: 6 a 24

vezes) quando administrada concomitantemente com ciprofloxacino. Houve potencialização do efeito

hipotensivo e sedativo relacionada ao aumento das concentrações séricas. (veja Citocromo P450 em

“Advertências e Precauções”). Medicamentos contendo tizanidina não devem ser administrados com

Quinoflox® (veja ”Contraindicações”).

- Teofilina: A administração concomitante de ciprofloxacino e medicamentos contendo teofilina pode

produzir aumento indesejável das concentrações séricas de teofilina. Isto pode causar efeitos indesejáveis

induzidos pela teofilina. Em casos muito raros, esses efeitos indesejáveis podem pôr a vida em risco ou ser

fatais.

Quando o uso da associação for inevitável, as concentrações séricas da teofilina deverão ser cuidadosamente

monitoradas e sua dose reduzida convenientemente (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- Outros derivados de xantina: Foi relatado que a administração concomitante de ciprofloxacino e

medicamentos contendo cafeína ou pentoxifilina (oxpentifilina) elevou a concentração sérica destes derivados

de xantina.

- Fenitoína: Nível sérico alterado (diminuído ou aumentado) de fenitoína foi observado em pacientes

recebendo Quinoflox® e fenitoína concomitantemente. É recomendado o monitoramento da terapia com

fenitoína, incluindo medições de concentração sérica de fenitoína, durante e imediatamente após a

coadministração de Quinoflox® e fenitoína, para evitar a perda do controle das convulsões associadas aos

níveis diminuídos de fenitoína e para evitar reações adversas relacionadas à superdose de fenitoína quando

Quinoflox® é descontinuado em pacientes que estejam recebendo ambos.

- metotrexato: A administração concomitante de Quinoflox® pode inibir o transporte tubular renal do

metotrexato, podendo potencialmente aumentar os níveis plasmáticos deste, o que pode aumentar o risco de

reações tóxicas associadas ao metotrexato. Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente pacientes tratados

com metotrexato, se for indicada terapia simultânea com Quinoflox®.

- Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs): Estudos realizados com animais demonstraram que a associação

de doses altas de quinolonas (inibidores da girase) e de certos anti-inflamatórios não-esteroides (exceto o

ácido acetilsalicílico) pode provocar convulsões.

- ciclosporina: A administração simultânea de ciprofloxacino e medicamentos contendo ciclosporina

aumentou transitoriamente a concentração de creatinina sérica. Portanto, é necessário controlar

frequentemente (duas vezes por semana) a concentração de creatinina sérica nesses pacientes.

- Antagonistas da vitamina K: A administração simultânea de Quinoflox® com antagonistas da vitamina K

pode aumentar seus efeitos anticoagulantes. O risco pode variar conforme a infecção subjacente, idade e

condição geral do paciente de modo que a contribuição do ciprofloxacino para elevar a RNI (razão

normalizada internacional) torna-se difícil de ser avaliada. A RNI deve ser frequentemente monitorada

durante e logo após a coadministração de Quinoflox® com antagonistas da vitamina K (por exemplo,

varfarina, acenocumarol, femprocumona ou fluindiona).

- Agentes antidiabéticos orais: Tem sido relatada hipoglicemia quando Quinoflox® e antidiabéticos orais,

principalmente sulfonilureias (por exemplo, glibenclamida, glimepirida), foram coadministradas,

possivelmente por intensificar a ação do antidiabético oral (veja “Reações Adversas”).

- duloxetina: Estudos clínicos demonstraram que a administração concomitante de duloxetina com fortes

inibidores da isoenzima CYP450 1A2, tais como a fluvoxamina, pode aumentar a AUC e Cmáx da duloxetina.

Embora nenhum dado clínico esteja disponível sobre uma possível interação com ciprofloxacino, efeito

similar pode ser esperado da administração concomitante (veja Citocromo P450 em “Advertências e

Precauções”).

- ropinirol: Em um estudo clínico mostrou-se que o uso concomitante de ciprofloxacino e ropinirol, um

inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, aumenta a Cmáx e AUC de ropinirol em 60% e 84%,

respectivamente. É recomendado monitorar adequadamente os efeitos indesejáveis e realizar o ajuste de dose

de ropinirol durante e logo após a coadministração com Quinoflox® (veja Citocromo P450 em “Advertências

e Precauções”).

- lidocaína: Comprovou-se em indivíduos sadios que o uso concomitante de medicamentos contendo lidocaína

com ciprofloxacino, um inibidor moderado da isoenzima 1A2 do citocromo P450, reduz a depuração da

lidocaína administrada por via intravenosa em cerca de 22%. O tratamento com lidocaína foi bem tolerado,

contudo pode ocorrer uma interação com o ciprofloxacino se administrado concomitantemente, acompanhado

de efeitos secundários.

- clozapina: A concentração sérica da clozapina e da N-desmetilclozapina aumentou em 29% e 31%,

respectivamente, após administração simultânea de ciprofloxacino 250 mg com clozapina durante 7 dias.

Recomenda-se realizar monitoramento clínico e ajuste de dose de clozapina apropriadamente durante e logo

após a coadministração com Quinoflox® (veja Citocromo P450 em “Advertências e Precauções”).

- sildenafila: Após administração oral de 50 mg de sildenafila concomitantemente com 500 mg de

ciprofloxacino, a Cmax e AUC de sildenafila foram aumentadas aproximadamente duas vezes em indivíduos

sadios. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever o uso concomitante de Quinoflox® e sildenafila,

considerando os riscos e benefícios.

 Interações com exames

A potência do ciprofloxacino in vitro pode interferir no teste de cultura de Mycobacterium tuberculosis pela

supressão do crescimento micobacteriano, causando resultado falso negativo em espécimes de pacientes que

estejam fazendo uso de Quinoflox®.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Os comprimidos devem ser conservados em temperatura ambiente, entre 15º e 30ºC, protegido da luz e da

umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

 Características organolépticas:

Quinoflox® 500 mg é um comprimido revestido alaranjado, contendo núcleo branco a levemente amarelado,

circular, biconvexo, liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

MODO DE USAR

Para uso oral.

Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros, com um pouco de líquido, independentemente das refeições.

Quando ingeridos com o estômago vazio, a substância ativa é absorvida mais rapidamente. Os comprimidos

não devem ser administrados com produtos lácteos ou bebidas enriquecidas com minerais (por exemplo, leite,

iogurte, suco de laranja enriquecido com cálcio) (veja “Interações Medicamentosas”). No entanto, o cálcio

contido na dieta alimentar não afeta significativamente a absorção de ciprofloxacino.

Se pela gravidade de sua doença ou por qualquer outro motivo o paciente não estiver apto a ingerir

comprimidos (por exemplo, pacientes sob nutrição enteral), recomenda-se iniciar a terapia com ciprofloxacino

injetável. Após a administração intravenosa, podese dar continuidade ao tratamento por via oral (terapia

sequencial).

 Duração do tratamento

A duração do tratamento depende da gravidade da doença e do curso clínico e bacteriológico. É essencial

manter-se o tratamento durante pelo menos 3 dias após o desaparecimento da febre e dos sintomas clínicos.

Duração média do tratamento em adultos: 1 dia nos casos de gonorreia aguda não complicada e cistite; até 7

dias nos casos de infecção renal, do trato urinário e cavidade abdominal; durante todo o período neutropênico

em pacientes com defesas orgânicas debilitadas; máximo de 2 meses nos casos de osteomielite; 7 a 14 dias em

todas as outras infecções.

Nas infecções estreptocócicas, o tratamento deve durar pelo menos 10 dias, pelo risco de complicações

posteriores.

As infecções causadas por Chlamydia spp. também devem ser tratadas durante um período mínimo de 10

dias.

Antraz (após exposição) em adultos e crianças: A duração total do tratamento para exposição ao antraz por

inalação (após exposição) com ciprofloxacino é de 60 dias.

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

Crianças e Adolescentes

Nos casos de exacerbação pulmonar aguda de fibrose cística, associada à infecção por Pseudomonas

aeruginosa, em pacientes pediátricos com idade entre 5 e 17 anos, a duração do tratamento deve ser de 10 a

14 dias.

POSOLOGIA

Salvo prescrição médica contrária, recomendam-se as seguintes doses:

 Adultos

Dose diária recomendada de ciprofloxacino oral em adultos

Indicações Dose diária para adultos de

ciprofloxacino (mg) via oral

Infecções do trato respiratório

(dependendo da gravidade e do microrganismo)

2 x 250 mg a 500 mg

Infecções do trato urinário: Aguda, não complicada 1 a 2 x 250 mg

Cistite em mulheres

(antes da menopausa)

dose única 250 mg

Complicada 2 x 250 mg a 500 mg

Gonorreia:

- extragenital

- aguda, não complicada

Diarreia 1 a 2 x 500 mg

Outras infecções (vide indicações) 2 x 500 mg

Infecções graves, com risco para a

vida:

Principalmente quando causadas

por Pseudomonas, Staphylococcus

ou Streptococcus

Pneumonia estreptocócica 2 x 750 mg

Infecções recorrentes

em fibrose cística

Infecções ósseas e das

articulações

Septicemia

Peritonite

 Crianças e Adolescentes – fibrose cística

Dados clínicos e farmacocinéticos dão suporte ao uso de ciprofloxacino em pacientes pediátricos com fibrose

cística (idade entre 5 e 17 anos) e com exacerbação pulmonar aguda associada à infecção por Pseudomonas

aeruginosa, na dose oral de 20 mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia (dose máxima

diária de 1.500 mg de ciprofloxacino).

 Antraz por inalação (após exposição) em Adultos e Crianças

Adultos: Administração oral: 500 mg de ciprofloxacino, duas vezes por dia.

Crianças: Administração oral: 15 mg de ciprofloxacino/kg de peso corporal, duas vezes por dia. Não se deve

exceder o teto máximo de 500 mg por dose (dose diária máxima: 1000 mg). A administração do medicamento

deve começar o mais rapidamente possível após suspeita ou confirmação de exposição.

 Informações adicionais para populações especiais

Idosos

Os pacientes idosos devem receber doses tão reduzidas quanto possíveis, dependendo da gravidade da doença

e da depuração de creatinina. (veja, “Pacientes com insuficiência renal ou hepática”)

 Posologia na insuficiência renal ou hepática

Adultos

- Pacientes com insuficiência renal

Para pacientes com depuração de creatinina entre 30 e 50 mL/min/1,73 m2

(insuficiência renal moderada) ou

concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL a dose máxima diária de Quinoflox® por via oral

deverá ser de 1000 mg/dia.

Para pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min/1,73 m2

(insuficiência renal grave) ou

concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 mL a dose máxima diária de Quinoflox® por

via oral deverá ser de 500 mg/dia.

- Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise

concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 ml a dose máxima diária de ciprofloxacino por via

oral deverá ser de 1.000 mg.

concentração de creatinina sérica igual ou superior a 2,0 mg/100 mL a dose máxima diária de ciprofloxacino

por via oral deverá ser de 500 mg, nos dias de diálise, após o procedimento.

- Pacientes com insuficiência renal em diálise peritonial ambulatorial contínua (DPAC)

A dose diária máxima de ciprofloxacino deve ser de 500 mg (1 comprimido revestido de 500 mg ou 2

comprimidos revestidos de 250 mg).

- Pacientes com insuficiência hepática

Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.

- Pacientes com insuficiência renal e hepática

concentração de creatinina sérica entre 1,4 e 1,9 mg/100 mL a dose máxima diária de ciprofloxacino por via

oral deverá ser de 1000 mg.

por via oral deverá ser de 500 mg.

Crianças

Doses em crianças com função renal e/ou hepática alteradas não foram estudadas.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Resumo do perfil de segurança

As reações adversas relatadas com base em todos os estudos clínicos com ciprofloxacino (oral e parenteral)

classificadas por categoria de frequência segundo CIOMS III estão listadas abaixo (Total n= 51.621).

Lista de reações adversas As frequências das reações adversas relatadas com Quinoflox® estão resumidas na

tabela abaixo. Dentro dos grupos de frequência, as reações adversas estão apresentadas em ordem decrescente

de gravidade.

Frequências são definidas como:

muito comum (≥ 1/10)

comum (≥ 1/100 a < 1/10)

incomum (≥ 1/1.000 a ≤ 1/100)

rara (≥ 1/10.000 a ≤ 1/1.000)

muito rara (≤ 1/10.000)

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda Bula do Profissional

As reações adversas identificadas apenas durante a observação pós-comercialização e, para as quais a

frequência não pode ser estimada, estão listadas como “Frequência desconhecida”.

Infecções e infestações:

Reações incomuns: superinfecções micóticas.

Reações raras: colite associada a antibiótico (muito raramente com possível evolução fatal).

Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:

Reações incomuns: eosinofilia.

Reações raras: leucopenia, anemia, neutropenia, leucocitose, trombocitopenia e plaquetose.

Reações muito raras: anemia hemolítica, agranulocitose, pancitopenia (com risco para a vida) e depressão da

medula óssea (com risco para a vida).

Distúrbios do sistema imunológico:

Reações raras: reação alérgica e edema alérgico/angioedema.

Reações muito raras: reação anafilática, choque anafilático (com risco para a vida) e reações similares à

doença do soro.

Distúrbios metabólicos e nutricionais:

Reações incomuns: apetite e ingestão de alimentos diminuídos.

Reações Raras: hiperglicemia, hipoglicemia.

Distúrbios psiquiátricos:

Reações incomuns: hiperatividade psicomotora/agitação.

Reações raras: confusão e desorientação, reação de ansiedade, sonhos anormais, depressão (potencialmente

culminando em comportamento autodestrutivo como ideias / pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou

suicídio) e alucinações.

Reações muito raras: reações psicóticas (potencialmente culminando em comportamento autodestrutivo como

ideias/pensamentos suicidas, tentativa de suicídio ou suicídio).

Distúrbios do sistema nervoso:

Reações incomuns: cefaleia, tontura, distúrbios do sono e alterações do paladar.

Reações raras: parestesia e disestesia, hipoestesia, tremores, convulsões (incluindo estado epilético) e

vertigem.

Reações muito raras: enxaqueca, transtornos da coordenação, alterações do olfato, hiperestesia e hipertensão

intracraniana (pseudotumor cerebral).

Frequência desconhecida: neuropatia periférica e polineuropatia.

Distúrbios visuais:

Reações raras: distúrbios visuais.

Reações muito raras: distorção visual das cores.

Distúrbios da audição e labirinto:

Reações raras: zumbido e perda da audição.

Reações muito raras: alteração da audição.

Distúrbios cardíacos:

Reações raras: taquicardia.

Frequência desconhecida: prolongamento do intervalo QT, arritmia ventricular, “torsades de pointes”*.

Distúrbios vasculares:

Reações raras: vasodilatação, hipotensão e síncope.

Reações muito raras: vasculite.

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos:

Reações raras: dispneia (incluindo condições asmáticas).

Distúrbios gastrintestinais:

Reações comuns: náusea e diarreia.

Reações incomuns: vômito, dores gastrintestinais e abdominais, dispepsia e flatulência.

Reações muito raras: pancreatite.

Distúrbios hepatobiliares:

Reações incomuns: aumento das transaminases e aumento da bilirrubina.

Reações raras: disfunção hepática, icterícia e hepatite (não infecciosa).

Reações muito raras: necrose hepática (muito raramente progredindo para insuficiência hepática com risco

para a vida).

Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos:

Reações incomuns: rash cutâneo, prurido e urticária.

Reações raras: reações de fotossensibilidade e vesículas.

Reações muito raras: petéquias, eritema multiforme, eritema nodoso, síndrome de Stevens-Johnson

(potencialmente com risco para a vida) e necrólise epidérmica tóxica (potencialmente com risco para a vida).

Frequência desconhecida: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).

Distúrbios ósseos e do tecido conectivo e musculoesquelético

Reações incomuns: artralgia.

Reações raras: mialgia, artrite, aumento do tônus muscular e cãibras.

Reações muito raras: fraqueza muscular, tendinite, ruptura de tendão (predominantemente do tendão de

Aquiles) e exacerbação dos sintomas de miastenia grave.

Distúrbios renais e urinários:

Reações incomuns: disfunção renal.

Reações raras: insuficiência renal, hematúria, cristalúria e nefrite túbulointersticial.

Distúrbios gerais:

Reações incomuns: dor inespecífica, mal estar geral e febre.

Reações raras: edema e sudorese (hiperidrose).

Reações muito raras: alteração da marcha.

Investigações:

Reações incomuns: aumento da fosfatase alcalina no sangue.

Reações raras: nível anormal de protrombina e aumento da amilase.

Frequência desconhecidas: aumento da razão normalizada internacional (RNI) (em pacientes tratados com

antagonistas de vitamina K).

*Estas reações foram relatadas durante o período de observação póscomercialização e foram observadas

predominantemente entre pacientes com mais fatores de risco para prolongamento do intervalo QT (veja

“Advertências e Precauções”).

As seguintes reações adversas tiveram categoria de frequência mais elevada nos subgrupos de pacientes

recebendo tratamento intravenoso ou sequencial (intravenoso para oral):

Comum: Vômito, aumento transitório das transaminases, rash cutâneo

Incomum: Trombocitopenia, plaquetose, confusão e desorientação, alucinações,

parestesia, disestesia, convulsão, vertigem, distúrbios visuais, perda de

audição, taquicardia, vasodilatação, hipotensão, alteração hepática

transitória, icterícia, insuficiência renal, edema

Raras: Pancitopenia, depressão da medula óssea, choque anafilático, reações

psicóticas, enxaqueca, distúrbios do olfato, alteração da audição,

vasculite, pancreatite, necrose hepática, petéquias, ruptura de tendão

Crianças

A incidência de artropatia, mencionada acima, refere-se a dados coletados em estudos com adultos. Em

crianças, artropatia é relatada frequentemente (veja o item “Advertências e Precauções”).

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Em casos de superdose oral aguda, tem-se registrado ocorrência de toxicidade renal reversível. Além das

medidas habituais de emergência, recomenda-se monitorar a função renal, incluindo pH urinário e acidez, se

necessário, para prevenir cristalúria. Os pacientes devem ser mantidos bem hidratados. Antiácidos contendo

cálcio ou magnésio podem reduzir a absorção de ciprofloxacino na superdose. Apenas uma pequena

quantidade do ciprofloxacino (menos de 10%) é eliminada por hemodiálise ou diálise peritoneal.

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.