Bula do Ramipril para o Profissional

Bula do Ramipril produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Ramipril
Biosintética Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO RAMIPRIL PARA O PROFISSIONAL

ramipril

Biosintética Farmacêutica Ltda.

comprimidos

2,5 mg

5 mg

ramipril_BU 02_VPS 1

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009

I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999

USO ORAL

USO ADULTO

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 2,5 mg: embalagens com 20 e 30 comprimidos.

Comprimidos de 5 mg: embalagens com 20 e 30 comprimidos.

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de ramipril 2,5 mg contém:

ramipril....................................................................................................................2,5 mg

Excipientes: amido, celulose microcristalina, hipromelose, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício e

estearil fumarato de sódio.

Cada comprimido de ramipril 5 mg contém:

ramipril ...................................................................................................................5,0 mg

II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Ramipril é destinado ao tratamento de:

- Hipertensão arterial;

- Insuficiência cardíaca congestiva;

- Redução da mortalidade em pacientes pós-infarto do miocárdio;

- Tratamento de nefropatia glomerular manifesta e nefropatia incipiente, em pacientes diabéticos ou não

diabéticos;

- Prevenção de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia cardiovascular e

redução da necessidade de realização de procedimentos de revascularização, em pacientes com alto risco

cardiovascular, como coronariopatia manifesta (com ou sem antecedentes de infarto do miocárdio), caso

anterior de acidente vascular cerebral ou de doença vascular periférica;

- Prevenção de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia cardiovascular, em

pacientes diabéticos;

- Prevenção da progressão de microalbuminúria e nefropatia manifesta.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de ramipril pode ser comprovada no estudo de Yusuf e colaboradores1

, controlado com

placebo (Estudo HOPE), com duração de cinco anos, conduzido em pacientes com 55 anos ou mais,

apresentando risco cardiovascular aumentado devido a doenças vasculares (doença cardíaca coronariana

manifesta, história de acidente vascular cerebral ou história de doença vascular periférica) ou

apresentando diabetes mellitus com no mínimo um fator de risco adicional (microalbuminúria,

hipertensão, níveis elevados de colesterol total, baixos níveis de HDL-colesterol, tabagismo), ramipril foi

administrado concomitante a uma terapia padrão em 4.645 pacientes com objetivo de prevenção.

Este estudo comprovou que ramipril reduz de maneira significativa a incidência de infarto do miocárdio,

acidente vascular cerebral ou mortes causadas por doenças cardiovasculares, além de reduzir a

mortalidade total, bem como a necessidade de revascularizações, também atrasa o início e a progressão da

insuficiência cardíaca congestiva. Na população em geral e entre os diabéticos, ramipril reduz o risco de

desenvolvimento de nefropatia. Ramipril também reduz a ocorrência de microalbuminúria.

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Ruggenenti2

publicou um estudo multicêntrico controlado envolvendo 338 pacientes para controle da

pressão por 19 meses comprovando a eficácia na diminuição da pressão arterial com ramipril.

O estudo AIRE3

demonstrou que o ramipril reduz o risco de mortalidade em 27% quando comparado ao

placebo, em pacientes com evidência clínica de insuficiência cardíaca que iniciaram o tratamento 3 a 10

dias após infarto agudo do miocárdio. Subanálises revelaram que os riscos de morte súbita e da

progressão de insuficiência cardíaca severa/resistente sofreram reduções adicionais (30% e 23%,

respectivamente). Adicionalmente, a probabilidade de hospitalização posterior devido à insuficiência

cardíaca foi reduzida em 26%.

No estudo MICRO-HOPE4

3.577 pacientes com diabetes foram incluídos neste estudo e a eficácia de

ramipril mostrou reduzir o risco do resultado primário combinado de 25%, infarto do miocárdio em 22%,

acidente vascular cerebral em 33%, morte cardiovascular em 37%, a mortalidade total em 24%, de

revascularização em 17% e nefropatia em 24%. Ramipril foi benéfico para eventos cardiovasculares e

nefropatia manifesta em pessoas com diabetes. O benefício cardiovascular foi maior que o atribuído à

diminuição da pressão arterial.

Ostergren5

em seu estudo randomizado duplo cego, controlado com placebo, em 8.986 pacientes

acompanhados por 4 anos e 6 meses, comprovou a eficácia de ramipril prevenindo eventos

cardiovasculares em pacientes com doença arterial periférica subclínica.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Modo de ação

O ramiprilato, metabólito ativo do pró-fármaco ramipril, inibe a enzima dipeptidilcarboxipeptidase I

(sinônimos: enzima conversora de angiotensina (ECA), cininase II). No plasma e tecidos, esta enzima

catalisa a conversão de angiotensina I em angiotensina II, substância vasoconstritora ativa, assim como o

esgotamento da bradicinina, substância vasodilatadora ativa. A redução da formação de angiotensina II e

a inibição do esgotamento de bradicinina leva à vasodilatação.

Como a angiotensina II também estimula a secreção de aldosterona, o ramiprilato promove redução da

secreção de aldosterona. O aumento da atividade de bradicinina contribui, provavelmente, para os efeitos

cárdio-protetor e endotélio-protetor observados em estudos com animais. Ainda não está estabelecida

também, a relação destes efeitos, com certas reações adversas (por exemplo: tosse irritativa).

Os inibidores da ECA são eficazes mesmo em pacientes com hipertensão com níveis baixos de renina. A

resposta média ao inibidor da ECA em monoterapia é menor em pacientes negros (afro-caribenhos) e

hipertensos (geralmente população hipertensa de baixa renina) do que em pacientes não negros.

Propriedades farmacodinâmicas

A administração de ramipril causa redução acentuada da resistência arterial periférica. Geralmente, não

ocorrem alterações significativas no fluxo plasmático renal e na taxa de filtração glomerular.

A administração de ramipril em pacientes com hipertensão promove redução da pressão arterial, tanto na

posição supina quanto na posição ereta, sem causar aumento compensatório na frequência cardíaca.

Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo torna-se aparente após 1 ou 2 horas da

administração oral de dose única, sendo que o efeito máximo é alcançado 3 a 6 horas após essa

administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose única é geralmente de 24 horas.

O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua de ramipril é geralmente observado após

3 a 4 semanas. Foi demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é sustentado em tratamentos prolongados

durante dois anos.

A interrupção abrupta de ramipril não produz aumento rebote rápido e excessivo na pressão arterial.

Propriedades farmacocinéticas

Metabolismo:

O pró-fármaco ramipril passa por um extenso metabolismo hepático pré-sistêmico, que é essencial para a

formação do ramiprilato, único metabólito ativo (por meio de hidrólise, que ocorre predominantemente no

fígado). Adicionalmente a esta ativação em ramiprilato, o ramipril é glicuronizado e transformado em

ramipril dicetopiperazina (éster). O ramiprilato também é glicuronizado e transformado em ramiprilato de

dicetopiperazina (ácido).

Como resultado dessa ativação/metabolização do pró-fármaco, a biodisponibilidade do ramipril

administrado por via oral é de aproximadamente 20%.

A biodisponibilidade do ramiprilato após administração oral de 2,5 e 5,0 mg de ramipril é de

aproximadamente 45% comparada a sua disponibilidade após a administração intravenosa das mesmas

doses.

Eliminação:

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Após a administração oral de 10 mg de ramipril radiomarcado, aproximadamente 40% da radioatividade

total é excretada nas fezes e aproximadamente 60% na urina. Após administração intravenosa de ramipril,

aproximadamente 50 a 60% da dose foi detectada na urina (como ramipril e seus metabólitos);

aproximadamente 50% foi eliminada aparentemente por vias não renais. Após a administração

intravenosa de ramiprilato, aproximadamente 70% da substância e seus metabólitos foi encontrado na

urina - indicando eliminação não renal de ramiprilato de aproximadamente 30%. Após a administração

oral de 5 mg de ramipril em pacientes com drenagem dos ductos biliares, aproximadamente a mesma

quantidade de ramipril e seus metabólitos foi excretada pela urina e pela bile nas primeiras 24 horas.

Aproximadamente 80 a 90% dos metabólitos encontrados na urina e na bile foram identificados como

ramiprilato ou metabólitos do ramiprilato. Ramipril glicuronídeo e ramipril dicetopiperazina

representaram aproximadamente 10 a 20% da quantidade total de metabólitos, enquanto que a quantidade

de ramipril não metabolizado foi de aproximadamente 2%.

Distribuição:

Estudos realizados em animais durante a fase de amamentação demonstraram que o ramipril passa para o

leite materno.

O ramipril é rapidamente absorvido após a administração oral. Como foi determinado através da

recuperação da radioatividade na urina, que representa apenas uma das vias de eliminação, a absorção de

ramipril é de pelo menos 56%. A administração de ramipril concomitante com alimentos não apresenta

efeito relevante sobre a absorção.

As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 1 hora após a administração oral. A meia-

vida de eliminação é de aproximadamente 1 hora. As concentrações plasmáticas máximas de ramiprilato

são atingidas em 2 a 4 horas após a administração oral de ramipril.

A queda das concentrações plasmáticas do ramiprilato é polifásica. A meia-vida da distribuição inicial e

da fase de eliminação é de aproximadamente 3 horas. É seguida por uma fase intermediária (meia-vida de

aproximadamente 15 horas) e por uma fase terminal com concentrações plasmáticas de ramiprilato muito

baixas e com meia-vida de aproximadamente 4 a 5 dias.

A fase terminal está relacionada à dissociação lenta do ramiprilato da sua ligação restrita, mas saturável, à

ECA.

Apesar da longa fase terminal, a dose única diária maior ou igual a 2,5 mg de ramipril promove

concentrações plasmáticas de ramiprilato no estado de equilíbrio após aproximadamente 4 dias. A meia-

vida "efetiva", que é relevante para a determinação da dose, é de 13 a 17 horas quando da administração

de doses múltiplas.

Após administração intravenosa, o volume de distribuição sistêmica de ramipril é de aproximadamente

90L e o volume de distribuição sistêmica relativa do ramiprilato é de aproximadamente 500L.

Em estudos in vitro, o ramiprilato demonstrou constantes inibitórias gerais de 7 pmol/L e meia-vida de

dissociação da ECA de 10,7 horas, que são indicativos de alta potência.

As taxas de ligação à proteína do ramipril e do ramiprilato são de aproximadamente 73% e 56%,

respectivamente.

Populações especiais

Idosos:

Em voluntários saudáveis com idade entre 65 e 76 anos, os parâmetros farmacocinéticos do ramipril e do

ramiprilato são semelhantes aos de voluntários saudáveis jovens.

Insuficiência Renal:

A excreção renal do ramiprilato é reduzida em pacientes com alterações da função renal e o clearance

renal do ramiprilato é proporcionalmente relacionado ao clearance da creatinina. Isso resulta na elevação

das concentrações plasmáticas de ramiprilato, que diminuem de maneira mais lenta do que em pessoas

com função renal normal.

Insuficiência Hepática:

A alteração da função hepática retarda a ativação de ramipril à ramiprilato quando são administradas

doses elevadas (10 mg) de ramipril, resultando na elevação do nível plasmático de ramipril e na

diminuição da eliminação de ramiprilato.

Hipertensão:

Assim como em pessoas saudáveis e pacientes com hipertensão, também não foi observado acúmulo

relevante de ramipril e ramiprilato após administração oral de 5 mg de ramipril uma vez ao dia, durante 2

semanas, em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda:

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Com uma DL50 superior a 10.000 mg/Kg de peso corpóreo em camundongos e ratos e superior a 1000

mg/Kg de peso corpóreo em cães da raça beagle, considerou-se que a administração oral de ramipril não

apresenta toxicidade aguda.

Toxicidade crônica:

Estudos de toxicidade crônica foram conduzidos em ratos, cães e macacos. Em ratos, doses diárias na

ordem de 40 mg/Kg de peso corpóreo provocaram alterações nos eletrólitos plasmáticos e anemia. Com

doses diárias ≥ 3,2 mg/Kg de peso corpóreo, foram encontradas algumas evidências de alterações na

morfologia renal (atrofia do túbulo distal). Entretanto, estes efeitos podem ser explicados

farmacodinamicamente e são característicos desta classe de substâncias. Doses diárias de 2 mg/Kg de

peso corpóreo foram toleradas por ratos sem que fossem observados efeitos tóxicos. A atrofia tubular foi

observada em ratos, mas não em cães e macacos.

Como uma expressão da atividade farmacodinâmica do ramipril (um sinal do aumento da produção de

renina como reação à redução da formação de angiotensina II), foi observada hipertrofia pronunciada do

aparelho justaglomerular em cães e macacos - especialmente com doses diárias ≥ 250 mg/Kg de peso

corpóreo. Também foram observadas, em cães e macacos, alterações nos eletrólitos plasmáticos e no

perfil sanguíneo. Cães e macacos toleraram doses de 2,5 mg/Kg de peso corpóreo e 8 mg/Kg de peso

corpóreo, respectivamente, sem que fossem observados efeitos tóxicos.

Toxicidade reprodutiva:

Estudos de toxicidade reprodutiva foram conduzidos em ratos, coelhos e macacos e não evidenciaram

nenhuma propriedade teratogênica.

A fertilidade não foi alterada tanto nas fêmeas quanto nos machos.

A administração de doses diárias de ramipril ≥ 50 mg/Kg de peso corpóreo em ratas durante o período

fetal e o período de amamentação produziu danos renais irreversíveis (dilatação da pélvis renal) na prole.

Quando inibidores da ECA foram administrados em mulheres durante o segundo e terceiro trimestres de

gravidez, foram observados efeitos tóxicos nos fetos e recém-nascidos, incluindo - às vezes em conjunto

com oligoidrâmnios (provavelmente como resultado de alteração da função renal fetal) - deformidades

crânio-faciais, hipoplasias pulmonares, contraturas nos membros fetais, hipotensão, anúria, insuficiência

renal irreversível e reversível, assim como óbito. Também foram relatados em humanos partos

prematuros, crescimento intrauterino retardado e persistência do ducto de Botallo. Entretanto, não é

conhecido se estes fenômenos são uma consequência da exposição aos inibidores da ECA.

Toxicidade imunológica:

Estudos toxicológicos demonstraram que o ramipril não possui nenhum efeito imunotóxico.

Mutagenicidade:

Testes extensivos de mutagenicidade utilizando vários sistemas de testes demonstraram que o ramipril

não apresenta nenhuma propriedade mutagênica ou genotóxica.

Carcinogenicidade:

Estudos prolongados em ratos e camundongos não demonstraram nenhuma indicação de efeito

tumorigênico.

Em ratos, túbulos renais com células oxifílicas e túbulos com hiperplasia celular oxifílica foram

considerados como uma resposta às alterações funcionais e morfológicas e não como uma resposta

neoplásica ou pré-neoplásica.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Ramipril é contraindicado:

- em pacientes com hipersensibilidade ao ramipril, a qualquer outro inibidor da ECA ou a qualquer um

dos componentes da formulação;

- em pacientes com histórico de angioedema;

- em pacientes com estenose da artéria renal hemodinamicamente relevante, bilateral ou unilateral;

- em pacientes com quadro hipotensivo ou hemodinamicamente instáveis;

- em pacientes com diabetes ou com disfunção renal moderada a severa (clearance de creatinina <

60mL/min) que utilizam medicamentos com alisquireno;

- em pacientes com nefropatia diabética que utilizam um antagonista do receptor de angiotensina II

(ARAII);

- durante a gravidez.

Deve-se evitar o uso concomitante de inibidores da ECA e tratamentos que utilizem circulação

extracorpórea nos quais o sangue entra em contato com superfícies carregadas negativamente, pois este

uso pode levar a reações anafilactoides severas. Estes tratamentos extracorpóreos incluem diálises ou

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hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (por exemplo: poliacrilonitrila) e aferese de

lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

VPS Comprimidos 2,5

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associações contraindicadas

Tratamentos extracorpóreos nos quais o sangue entra em contato com superfícies carregadas

negativamente, como diálise ou hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (por exemplo:

membranas de poliacrilonitrila) e aferese de lipoproteína de baixa densidade com sulfato de dextrano:

risco de reações anafilactoides severas (vide “Contraindicações”).

A administração concomitante de ramipril com medicamentos contendo alisquireno é contraindicada em

pacientes com diabetes mellitus ou com disfunção renal moderada a severa (ver item Contraindicações).

Antagonistas do receptor de angiotensina II (ARAII): o uso de ramipril em combinação com um ARAII

é contraindicado em pacientes com nefropatia diabética e não é recomendado em outros pacientes (vide

“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”).

Associações medicamento-medicamento não recomendadas

- Sais de potássio e diuréticos poupadores de potássio: o aumento da concentração de potássio sérico

pode ser precipitado. O tratamento concomitante com sais de potássio ou diuréticos poupadores de

potássio (por exemplo: espironolactona) requer monitorização rigorosa do potássio sérico.

- Medicamentos contendo alisquireno (vide “Advertências e Precauções).

Associações medicamento-medicamento que exigem precauções no uso

- Agentes anti-hipertensivos (por exemplo: diuréticos) e outras substâncias com potencial anti-

hipertensivo (por exemplo: nitratos, antidepressivos tricíclicos e anestésicos): a potencialização do

efeito anti-hipertensivo pode ser precipitada (em relação aos diuréticos: vide Grupos de risco, Reações

Adversas e Posologia). Recomenda-se monitorização regular do sódio sérico em pacientes recebendo

terapia concomitante com diuréticos.

- Vasoconstritores simpatomiméticos: podem reduzir o efeito anti-hipertensivo de ramipril.

Recomenda-se monitorização cuidadosa da pressão arterial.

- Alopurinol, imunossupressores, corticosteroides, procainamida, citostáticos e outras substâncias

que podem alterar o perfil hematológico: aumento da probabilidade de ocorrência de reações

hematológicas (vide “Reações Adversas”).

- Sais de lítio: a excreção de lítio pode ser reduzida pelos inibidores da ECA. Esta redução pode levar ao

aumento dos níveis séricos de lítio e ao aumento da toxicidade relacionada ao lítio. Portanto, os níveis de

lítio devem ser monitorizados.

- Agentes antidiabéticos (por exemplo: insulina e derivados de sulfonilureia): os inibidores da ECA

podem reduzir a resistência à insulina. Em casos isolados, esta redução pode causar reações

hipoglicêmicas em pacientes tratados concomitantemente com antidiabéticos. Portanto, recomenda-se

monitorização cuidadosa da glicemia durante a fase inicial da coadministração.

- Vildagliptina: um aumento na incidência de angioedema foi reportado em pacientes utilizando

inibidores da ECA e vildagliptina.

Inibidores do alvo da rapamicina em mamíferos (ex.: tensirolimus): um aumento na incidência de

angioedema foi observado em pacientes utilizando inibidores da ECA e inibidores do alvo da rapamicina

em mamíferos.

Associações medicamento-medicamento e medicamento-substância química a serem consideradas

- Anti-inflamatórios não esteroidais (por exemplo: indometacina) e ácido acetilsalicílico: a atenuação

do efeito anti-hipertensivo do ramipril pode ser precipitada. Adicionalmente, o tratamento concomitante

dos inibidores da ECA e AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais) pode promover aumento do risco de

deterioração da função renal e elevação do potássio sérico.

- Heparina: possível aumento da concentração de potássio sérico.

- Álcool: aumento da vasodilatação. Ramipril pode potencializar o efeito do álcool.

- Sal: ingestão de sal aumentada pode atenuar o efeito anti-hipertensivo de ramipril.

- Terapia dessensibilizante: a possibilidade e a gravidade das reações anafiláticas e anafilactoides

causadas por veneno de insetos estão aumentadas com a inibição da ECA. Considera-se que este efeito

também pode ocorrer com outros alérgenos.

Medicamento-Alimento

A absorção ramipril não é significativamente afetada por alimentos.

Medicamento-Exames laboratorial

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de ramipril em testes laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que respeitados

ramipril_BU 02_VPS 8

os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de

sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento:

Ramipril 2,5 mg: comprimido circular, de cor branca a levemente amarelada, de faces planas e com

gravação “R2,5” em um dos lados.

Ramipril 5 mg: comprimido circular, de cor branca a levemente amarelada, de faces planas e com

gravação “R5” em um dos lados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Ramipril deve ser deglutido sem ser mastigado ou amassado, e com uma quantidade suficiente de líquido

(aproximadamente, meio copo de água). Ramipril pode ser ingerido antes, durante ou após as refeições,

visto que a absorção de ramipril não é significativamente afetada por alimentos.

Posologia

A posologia é baseada no efeito desejado e na tolerabilidade dos pacientes ao medicamento. O tratamento

com ramipril é geralmente em longo prazo. A duração do tratamento é determinada pelo médico em cada

caso.

- Tratamento da hipertensão arterial:

Recomenda-se que ramipril seja administrado uma vez ao dia, iniciando-se com uma dose de 2,5 mg e, se

necessário e dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada para 5 mg em intervalos de

2 a 3 semanas.

A dose usual de manutenção é de 2,5 a 5 mg de ramipril diariamente.

A dose máxima diária permitida é de 10 mg.

Ao invés de se aumentar a dose de ramipril acima de 5 mg por dia, pode-se considerar a administração

adicional de um diurético ou de um antagonista de cálcio.

- Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva:

A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de ramipril, uma vez ao dia. Dependendo da resposta do

paciente, a dose pode ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos

de 1 a 2 semanas. Se a dose diária de 2,5 mg ou mais de ramipril é necessária, esta pode ser administrada

em tomada única ou dividida em duas tomadas.

A dose máxima diária permitida é de 10 mg de ramipril.

- Tratamento após infarto agudo do miocárdio:

A dose inicial recomendada é de 5 mg de ramipril diariamente, dividida em duas administrações de 2,5

mg: uma pela manhã e outra à noite. Se o paciente não tolerar esta dose inicial, recomenda-se que a dose

de 1,25 mg seja administrada duas vezes ao dia, durante dois dias. Nos dois casos, dependendo da

resposta do paciente, a dose poderá, então, ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja

dobrada em intervalos de 1 a 3 dias.

Numa fase posterior, a dose diária total, inicialmente dividida, poderá ser administrada como tomada

única diária.

A experiência no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca severa (NYHA IV) imediatamente

após infarto do miocárdio ainda é insuficiente. Se mesmo assim a decisão tomada for tratar estes

pacientes, recomenda-se que a terapia seja iniciada com a menor dose diária possível, ou seja, 1,25 mg de

ramipril, uma vez ao dia, e que a dose seja aumentada somente sob cuidados especiais.

- Tratamento de nefropatia glomerular manifesta e nefropatia incipiente:

A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de ramipril uma vez ao dia. Dependendo da resposta do

de 2 a 3 semanas.

A dose máxima permitida é de 5 mg ao dia.

Doses acima de 5 mg de ramipril uma vez ao dia não foram avaliadas adequadamente em estudos clínicos

controlados.

- Prevenção do infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte por patologia

cardiovascular e redução da necessidade de realização de procedimentos de revascularização em

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pacientes com alto risco cardiovascular; prevenção de infarto do miocárdio, acidente vascular

cerebral ou morte por patologia cardiovascular em pacientes diabéticos ou prevenção da

progressão de microalbuminúria e nefropatia manifesta:

Recomenda-se a administração de uma dose inicial de 2,5 mg de ramipril uma vez ao dia. A dose deve ser

gradualmente aumentada, dependendo da tolerabilidade do paciente. Após uma semana de tratamento,

recomenda-se duplicar a dose para 5 mg de ramipril. Após outras três semanas, aumentar a dose para 10

mg de ramipril.

Dose usual de manutenção: 10 mg/dia de ramipril.

Doses acima de 10 mg de ramipril uma vez ao dia não foram adequadamente avaliadas em estudos

clínicos controlados.

Pacientes com insuficiência renal severa, definidos por um clearance de creatinina < 0,6 mL/segundo, não

foram adequadamente avaliados.

Risco de uso por via de administração não recomendada

Não há estudos dos efeitos de ramipril administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança

e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.

Populações especiais

Em pacientes com alteração da função renal apresentando clearance de creatinina entre 50 e 20

mL/min/1,73 m² de área de superfície corpórea, a dose inicial é geralmente de 1,25 mg de ramipril. A

dose diária máxima permitida nesses pacientes é de 5 mg de ramipril.

Quando a deficiência de sal ou líquidos não for completamente corrigida, em pacientes com hipertensão

severa, assim como em pacientes nos quais um quadro de hipotensão constituiria um risco particular (por

ex.: estenose relevante de artérias coronarianas ou cerebrais), uma dose inicial diária reduzida de 1,25 mg

de ramipril deve ser considerada.

Em pacientes tratados previamente com diuréticos, deve se descontinuar o diurético, no mínimo, 2 a 3

dias ou mais (dependendo da duração da ação do diurético) antes de se iniciar o tratamento com ramipril,

ou que seja pelo menos reduzida gradativamente a dose do diurético. Geralmente, a dose inicial em

pacientes tratados previamente com um diurético é de 1,25 mg de ramipril.

Em pacientes com insuficiência hepática, a resposta ao tratamento com ramipril pode estar tanto

aumentada quanto diminuída. O tratamento com ramipril em tais pacientes deverá, portanto, ser iniciado

somente sob rigorosa supervisão médica. A dose máxima diária permitida nesses pacientes é de 2,5 mg de

ramipril.

Em pacientes idosos, uma dose diária inicial reduzida de 1,25 mg de ramipril deve ser considerada.

Este medicamento não deve ser mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Como ramipril é um anti-hipertensivo, muitas das reações adversas são efeitos secundários à ação de

redução da pressão arterial, que resulta na contrarregulação adrenérgica ou hipoperfusão nos órgãos.

Numerosos outros efeitos (por exemplo: efeitos sobre o balanço eletrolítico, certas reações anafilactoides

ou reações inflamatórias das membranas mucosas) são causados pela inibição da ECA ou por outras ações

farmacológicas comuns a esta classe de fármacos.

A frequência de reações adversas é definida pela seguinte convenção:

- Reação muito comum (≥ 1/10);

- Reação comum (≥ 1/100 a < 1/10);

- Reação incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100);

- Reação rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000);

- Reação muito rara (< 1/10.000);

- Não conhecido (não pode ser estimado pelos dados disponíveis).

Dentro da frequência de cada grupamento, os efeitos indesejáveis estão descritos em ordem decrescente

de gravidade.

Comum Incomum Raro Muito Raro Não

conhecido

Distúrbios

cardíacos

Isquemia

miocárdica

incluindo

ramipril_BU 02_VPS 10

angina pectoris

ou infarto do

miocárdio,

taquicardia,

arritmia,

palpitações,

edema

periférico

Distúrbios do

sistema

sanguíneo e

linfático

Eosinofilia Diminuição na

contagem de:

leucócitos

(incluindo

neutropenia ou

agranulocitose),

hemácias,

hemoglobina e

plaquetas

Depressão da

medula óssea,

pancitopenia,

anemia

hemolítica

nervoso

Cefaleia,

tontura

(sensação de

cabeça leve)

Vertigem,

parestesia,

ageusia,

disgeusia

Tremor,

distúrbio de

equilíbrio

cerebral

derrame

isquêmico e

ataque

isquêmico

transitório,

habilidades

psicomotoras

prejudicadas

(reações

debilitadas),

sensação de

queimação,

parosmia

visuais

incluindo visão

borrada

Conjuntivite

auditivos e do

labirinto

Audição

prejudicada,

zumbido

respiratórios,

torácicos e

mediastinais

Tosse seca não

produtiva,

bronquite,

sinusite,

dispneia

Broncoespasmo

incluindo asma

agravada,

congestão nasal

gastrintesti-

nais

Inflamação

gastrintestinal,

distúrbios

digestivos,

desconforto

abdominal,

dispepsia,

diarreia,

náusea, vômito

Pancreatite fatal

(casos de

desfecho fatal

foram muito

excepcionalmen

te reportados

com inibidores

ECA), aumento

das enzimas

pancreáticas,

angioedema do

Glossite Estomatite

aftosa

ramipril_BU 02_VPS 11

intestino

delgado, dor

abdominal

superior

gastrite,

constipação,

boca seca

renais e

urinários

Insuficiência

renal incluindo

falência renal

aguda, aumento

da excreção

urinária, piora

da proteinúria

preexistente,

aumento da

ureia sanguínea,

creatinina

sanguínea

dermatológi-

cos e do

tecido

subcutâneo

Rash

particularmente

maculopapular

Angioedema

com resultado

fatal

(possivelmente/

torna-se

potencialmente

letal, raramente

um caso severo

pode evoluir

para a

fatalidade),

prurido,

hiperidrose

(sudorese).

Dermatite

esfoliativa,

urticária,

onicólise

Reações de

fotossensi-

bilidade

Necrólise

epidérmica

tóxica,

síndrome de

Stevens-

Johnson,

eritema

multiforme,

penfigo,

psoríase

dermatite

psoriasiforme,

exantema

penfigoide ou

liquenoide ou

enantema,

alopécia

musculos-

esqueléticos e

do tecido

conjuntivo

Espasmos

musculares,

mialgia

Artralgia

endócrinos

Síndrome de

secreção

inapropriada

do hormônio

antidiurético

(SIADH)

metabólicos e

nutricionais

Aumento do

potássio

sanguíneo

Anorexia,

diminuição do

apetite

Diminuição do

sódio

vasculares

Hipotensão,

diminuição

Rubor Estenose

vascular,

Fenômeno de

Raynaud

ramipril_BU 02_VPS 12

ortostática da

pressão

arterial,

síncope

hipoperfusão,

vasculite

gerais

Dor no peito,

fadiga

Pirexia Astenia

imune

Reações

anafiláticas ou

anafilactoides

anafiláticas e

severas a

veneno de

insetos são

aumentadas

sob a inibição

da ECA),

aumento de

anticorpos

antinucleares

hepato-

biliares

Aumento das

enzimas

hepáticas e/ou

bilirrubinas

conjugadas

Icterícia

colestática,

dano

hepatocelular

hepática

aguda, hepatite

colestática ou

citolítica (com

muito

excepcional)

reprodutivo e

mamário

Impotência

erétil

transitória,

diminuição da

libido

Ginecomastia

psiquiátricos

Humor

deprimido,

ansiedade,

nervosismo,

inquietação,

distúrbio do

sono incluindo

sonolência

(torpor)

Confusão Distúrbio de

atenção

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

A superdose pode causar vasodilatação periférica excessiva (com hipotensão acentuada e choque),

bradicardia, alterações eletrolíticas e insuficiência renal.

Tratamento

Desintoxicação primária, por meio de lavagem gástrica, administração de adsorventes e sulfato de sódio

(se possível durante os primeiros 30 min). Em caso de hipotensão, a administração de agonistas alfa1-

adrenérgicos (por exemplo: norepinefrina e dopamina) ou angiotensina II (angiotensinamida), a qual está

ramipril_BU 02_VPS 13

geralmente disponível somente em escassos laboratórios de pesquisa, deve ser considerada em adição à

reposição hídrica e salina.

Não existem dados disponíveis sobre a eficácia de diurese forçada, alteração do pH urinário,

hemofiltração ou diálise no aumento da velocidade de eliminação do ramipril ou do ramiprilato. Caso a

diálise ou a hemofiltração sejam consideradas, vide “Contraindicações”.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

III- DIZERES LEGAIS

MS - 1.1213.0329

Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães - CRF-SP n° 12.449

Biosintética Farmacêutica Ltda.

Av. das Nações Unidas, 22.428

São Paulo - SP

CNPJ 53.162.095/0001-06

Indústria Brasileira

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 14/03/2014.

Histórico de Alteração da Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do

expediente

Nº do

Assunto

Data de

aprovação

Itens de bula

Versões

(VP/VPS)

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- Inclusão Inicial de

29/10/2013 Envio inicial do texto de bula em cumprimento ao Guia de submissão

eletrônica de bula.

VPS Comprimidos 2,5

mg e 5mg

23/01/2015 10452 –GENÉRICO

– Notificação de

Alteração de Texto de

Bula – RDC 60/12

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