Bula do Ramipril produzido pelo laboratorio Nova Quimica Farmacêutica S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
ramipril
Nova Química Farmacêutica Ltda
comprimido revestido
2,5mg e 5,0mg
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
“Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.”
APRESENTAÇÃO
ramipril 2,5 mg: embalagem com 10, 15, 20 e 30 comprimidos revestidos
ramipril 5,0 mg: embalagem com 10, 15, 20 e 30 comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de ramipril de 2,5 mg contém:
ramipril.........................................................................................................................3,28 mg
(equivalente a 2,5 mg de ramipril)
Excipientes.......................................................................................................q.s.p. 1 com rev
Excipientes: hipromelose, hidroxipropilcelulose, manitol, celulose microcristalina, amido pré-
gelatinizado, estearilfumarato de sódio, água purificada.
Cada comprimido revestido de ramipril de 5 mg contém:
ramipril..........................................................................................................................6,56 mg
(equivalente a 5 mg de ramipril)
Excipientes......................................................................................................q.s.p. 1 com rev
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O ramipril é destinado ao tratamento de:
- pressão alta;
- insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma adequada);
- redução da mortalidade em pacientes pós-ataque cardíaco;
- tratamento de doença no glomérulo renal (parte do rim) manifesta e doença no rim incipiente, em
pacientes diabéticos ou não diabéticos;
- prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença cardiovascular e redução da necessidade de
realização de cirurgia para melhorar a irrigação do sangue do coração, em pacientes com alto risco
cardiovascular, como doenças relacionadas às veias ou artérias do coração manifesta (com ou sem
antecedentes de ataque cardíaco), caso anterior de derrame ou de doenças circulatórias abaixo do pescoço;
- prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença coração, em pacientes diabéticos;
- prevenção da progressão de microalbuminúria (pequenas quantidades de proteína na urina) e doença no
rim manifesta.
O ramipril é um anti-hipertensivo que promove a queda dos níveis elevados da pressão arterial e também
promove outros efeitos protetores no sistema do coração e circulatório. Os efeitos de ramipril são
atribuídos principalmente à inibição da enzima conversora de angiotensina [ECA (substância do corpo
humano)].
Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo torna-se aparente após 1 ou 2 horas da
administração oral de dose única, sendo que o efeito máximo é alcançado 3 a 6 horas após essa
administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose única é geralmente de 24 horas.
O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua de ramipril é geralmente observado após
3 a 4 semanas. Foi demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é sustentado em tratamentos prolongados
durante dois anos.
O ramipril não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- possuir alergia ao ramipril, a qualquer outro inibidor da ECA ou a qualquer um dos componentes da
formulação;
- possuir histórico de angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas);
- possuir estreitamento na artéria do rim hemodinamicamente relevante (importante para a circulação
sanguínea) bilateral ou unilateral, quando possuir apenas um rim;
- possuir quadro de pressão arterial baixa ou instável;
- em pacientes com diabetes ou com alteração moderada a severa (depuração de creatinina < 60mL/min)
da função dos rins que utilizam medicamentos com alisquireno;
- em pacientes com nefropatia diabética (doença renal secundária ao diabetes) que utilizam um
antagonista do receptor de angiotensina II (ARAII).
- durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Advertências
- Angioedema de cabeça, pescoço ou extremidades
Caso ocorra o desenvolvimento de angioedema (que pode envolver a língua, glote ou laringe) durante o
tratamento com ramipril, ou outros inibidores da ECA, o mesmo deve ser interrompido imediatamente e o
médico contatado.
O uso de ramipril em combinação com alisquireno (outro tipo de anti-hipertensivo) é contraindicado em
pacientes com diabetes mellitus ou insuficiência renal (vide “Quando não devo usar este medicamento?”).
- Angioedema intestinal
Angioedema intestinal tem sido relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA. Esses pacientes se
apresentaram com dor abdominal (com ou sem enjoo ou vômito); em alguns casos também ocorreram
angioedema facial. Os sintomas de angioedema intestinal foram resolvidos após a interrupção da
administração de inibidores da ECA.
Não existem dados suficientes disponíveis sobre o uso de ramipril em crianças, pacientes com
insuficiência severa dos rins e pacientes sob diálise (tratamento que visa repor as funções dos rins).
O ramipril, não representa um tratamento de escolha para hiperaldosteronismo primário (doença onde
ocorre produção excessiva de aldosterona pelas glândulas suprarrenais).
Precauções
O tratamento com ramipril requer acompanhamento médico regular.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA)
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona por combinação de ramipril com um
antagonista do receptor de angiotensina II (ARAII) ou com alisquireno não é recomendado tendo em vista
que há um risco de aumento da hipotensão (pressão baixa), hipercalemia (nível elevado de potássio no
sangue) e alterações da função dos rins comparado com a monoterapia.
O uso de ramipril em combinação com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus
ou com insuficiência renal (clearance de creatinina < 60 mL/min) (vide “Quando não devo usar este
medicamento?” e “Interações Medicamentosas”).
O uso de ramipril em combinação com um ARAII é contraindicado em pacientes com nefropatia
diabética (vide “Quando não devo usar este medicamento?” e “–“Interações Medicamentosas”).
Monitorização da função dos rins
Recomenda-se monitorização da função dos rins, principalmente nas primeiras semanas de tratamento
com um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA). Uma monitorização cuidadosa é
particularmente necessária em pacientes com:
- insuficiência cardíaca;
- doença vascular renal, incluindo pacientes com estenose unilateral (obstrução de um dos lados) de
artéria renal hemodinamicamente relevante. Neste grupo de pacientes, mesmo um pequeno aumento da
creatinina no sangue pode ser indicativo de perda unilateral da função dos rins;
- alteração da função dos rins e
- transplante renal.
Monitorização eletrolítica
Recomenda-se monitorização regular do potássio e sódio no sangue. Em pacientes com alteração da
função dos rins, é necessária monitorização mais frequente do potássio no sangue.
Monitorização hematológica
A contagem de leucócitos deve ser monitorizada para detectar uma possível leucopenia (redução dos
glóbulos brancos no sangue). Avaliações mais frequentes são recomendadas na fase inicial do tratamento,
em pacientes com alteração da função dos rins, naqueles com doença de colágeno (por exemplo: lúpus
eritematoso ou esclerodermia) concomitante ou naqueles tratados com outros medicamentos que podem
causar alterações no perfil hematológico (vide “Quais os males que este medicamento pode causar?”).
Gravidez e amamentação
Você não deve usar ramipril durante a gravidez (vide “Quando não devo usar este medicamento?”).
Portanto, a possibilidade de gravidez deve ser excluída antes do início do tratamento. A gravidez deve ser
evitada nos casos em que o tratamento com inibidores ECA é indispensável.
O tratamento com ramipril deve ser interrompido, por exemplo, com a substituição por outra forma de
tratamento em pacientes que pretendem engravidar.
Se a paciente engravidar durante o tratamento, ramipril deve ser substituído assim que possível por
tratamento sem inibidores da ECA. Caso contrário existe risco de dano fetal.
Devido à insuficiência de informações em relação ao uso de ramipril durante a amamentação, ramipril
não é recomendado, sendo preferível um tratamento alternativo com perfis seguramente estabelecidos,
principalmente em relação a recém-nascidos ou prematuros.
Populações especiais
- Pacientes idosos
Alguns pacientes idosos podem reagir bem ao tratamento com inibidores da ECA. Recomenda-se
avaliação da função dos rins no início do tratamento. Vide também “Como devo usar este
medicamento?”.
- Pacientes com sistema renina-angiotensina hiperestimulado
São recomendados cuidados especiais no tratamento de pacientes com o sistema renina-angiotensina
hiperestimulado (vide ”Como devo usar este medicamento?”). Estes pacientes estão sob risco de uma
queda aguda pronunciada da pressão arterial e deterioração da função dos rins devido à inibição da ECA,
especialmente quando um inibidor da ECA ou um diurético concomitante é administrado pela primeira
vez ou é administrado em uma dose maior pela primeira vez. Em ambos os casos deve-se realizar
monitorização rigorosa da pressão arterial até que se exclua a possibilidade de queda aguda da pressão
arterial.
A ativação significante do sistema renina-angiotensina pode ser precipitada, por exemplo:
- em pacientes com aumento severo da pressão arterial e, principalmente, com pressão alta maligna. A
fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes com insuficiência do coração, principalmente com insuficiência severa ou tratados com
outras substâncias que apresentam potencial anti-hipertensivo. Em caso de insuficiência severa do
coração, a fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes com impedimento hemodinamicamente relevante do influxo ou do efluxo ventricular
esquerdo [por exemplo: estreitamento da válvula aórtica ou da válvula mitral (válvulas do coração)]. A
- em pacientes com estreitamento da artéria do rim hemodinamicamente relevante. A fase inicial do
tratamento requer supervisão médica especial. A interrupção do tratamento com diuréticos pode ser
necessária;
- em pacientes pré-tratados com diuréticos, nos quais a interrupção do tratamento ou a diminuição da dose
de diurético não é possível, a fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes que apresentam ou podem desenvolver deficiência hídrica ou salina (como resultado da
ingestão insuficiente de sais ou líquidos, ou como resultado de diarreia, vômito ou suor excessivo, nos
casos em que a reposição de sal ou líquidos é inadequada).
Geralmente recomenda-se que, quadros de desidratação, perda significativa de fluidos corpóreos ou
deficiência de sal sejam corrigidos antes do início do tratamento (em pacientes com insuficiência do
coração, entretanto, isto deve ser cuidadosamente avaliado em relação ao risco de sobrecarga de volume).
Caso esta condição torne-se clinicamente relevante, o tratamento com ramipril deve ser iniciado ou
continuado somente se medidas apropriadas forem empregadas simultaneamente, prevenindo a queda
excessiva da pressão arterial e deterioração da função dos rins.
- Pacientes com doenças do fígado
Em pacientes com alteração da função do fígado, a resposta ao tratamento com ramipril pode estar
reduzida ou aumentada. Adicionalmente, em pacientes que apresentam alteração severa do tecido do
fígado com inchaço e/ou acúmulo de líquidos no abdomên o sistema renina-angiotensina pode estar
significativamente ativado; portanto, estes pacientes devem ter cautela especial durante o tratamento (vide
”Como devo usar este medicamento?”).
- Pacientes com risco especial de queda acentuada da pressão arterial
A fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial em pacientes que apresentam risco de
queda acentuada indesejável da pressão arterial (ex. pacientes com estreitamento de artérias coronarianas
ou artérias cerebrais importantes para a circulação sanguínea).
- Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Algumas reações adversas (por exemplo: alguns sintomas de redução da pressão arterial como
superficialização de consciência e tontura) podem prejudicar a habilidade de concentração e reação do
paciente e, portanto, constituem um risco em situações em que estas habilidades são importantes (por
exemplo: dirigir veículos ou operar máquinas).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- Associações contraindicadas
Tratamentos extracorpóreos nos quais o sangue entra em contato com superfícies carregadas
negativamente, como diálise ou filtração do sangue com certas membranas de alto fluxo e aferese de
lipoproteínas (procedimento no qual o sangue é retirado de um doador, uma porção é separada e retida, e
o restante é retransfundido para o doador) de baixa densidade com sulfato de dextrano: risco de reações
alérgicas graves.
A administração concomitante de ramipril com medicamentos contendo alisquireno é contraindicada em
pacientes com diabetes mellitus ou com alteração moderada a severa da função dos rins (ver item
Contraindicações).
Antagonistas do receptor de agiotensina II (ARAII): o uso de ramipril em combinação com um ARAII
é contraindicado em pacientes com nefropatia diabética e não é recomendado em outros pacientes (vide
“Quando não devo usar este medicamento?” e “Precauções”).
- Associações medicamento-medicamento não recomendadas
Sais de potássio e diuréticos poupadores de potássio: o aumento da concentração de potássio no
sangue pode ser precipitado. O tratamento concomitante com sais de potássio ou diuréticos poupadores de
potássio (por exemplo: espironolactona) requer monitorização médica rigorosa do potássio no sangue.
- Associações medicamento-medicamento que exigem precauções no uso
Agentes anti-hipertensivos (por exemplo: diuréticos) e outras substâncias com potencial anti-
hipertensivo (por exemplo: nitratos, antidepressivos tricíclicos e anestésicos): a potencialização do
efeito anti-hipertensivo pode ser precipitada (em relação aos diuréticos: vide também “O que devo saber
antes de tomar este medicamento?, Quais os males que este medicamento pode causar? e Como devo usar
este medicamento?”). Recomenda-se monitorização médica regular de sódio no sangue em pacientes
recebendo terapia concomitante com diuréticos.
Vasoconstritores simpatomiméticos (medicamentos que agem no processo de contração dos vasos
sanguíneos):podem reduzir o efeito anti-hipertensivo de ramipril. Recomenda-se monitorização médica
cuidadosa da pressão arterial.
Alopurinol, imunossupressores, corticosteroides, procainamida, citostáticos e outras substâncias
que podem alterar o perfil sanguíneo: aumento da probabilidade de ocorrência de reações
hematológicas (vide Quais são os males que esse medicamento pode me causar?).
Sais de lítio: a excreção de lítio pode ser reduzida pelos inibidores da enzima ECA. Esta redução pode
levar ao aumento dos níveis de lítio no sangue e ao aumento da toxicidade relacionada ao lítio. Portanto,
os níveis de lítio devem ser monitorizados.
Agentes antidiabéticos (por exemplo: insulina e derivados de sulfonilureia): os inibidores da ECA
podem reduzir a resistência à insulina. Em casos isolados, esta redução pode causar reações
hipoglicêmicas, ou seja, queda dos níveis de açúcar no sangue, em pacientes tratados concomitantemente
com antidiabéticos. Portanto, recomenda-se monitorização cuidadosa dos níveis de açúcar no sangue
durante a fase inicial da coadministração.
Vildagliptina: um aumento na incidência de angioedema foi reportado em pacientes utilizando inibidores
da ECA e vildagliptina.
Inibidores do alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR) (ex.: temsirolimus): um aumento na
incidência de angioedema foi observado em pacientes utilizando inibidores da ECA e inibidores de
mTOR ( alvo da rapamicina em mamíferos).
- Associações medicamento-medicamento e medicamento-substâncias químicas a serem
consideradas Anti-inflamatórios não-esteroidais (por exemplo: indometacina) e ácido
acetilsalicílico: a atenuação do efeito anti-hipertensivo do ramipril pode ser precipitada. Adicionalmente,
o tratamento concomitante dos inibidores da ECA e anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) pode
promover aumento do risco de deterioração da função dos rins e elevação do potássio no sangue.
Heparina: possível aumento da concentração de potássio no sangue.
Álcool: aumento da vasodilatação. O ramipril pode potencializar o efeito do álcool.
Sal: ingestão de sal aumentada pode atenuar o efeito anti-hipertensivo de ramipril.
Terapia dessensibilizante: a possibilidade e a gravidade das reações alérgicas graves causadas por
veneno de insetos estão aumentadas com a inibição da ECA. Considera-se que este efeito também pode
ocorrer com outros alérgenos.
- Medicamento-Alimento
A absorção de ramipril não é significativamente afetada por alimentos.
- Medicamento-Exame laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de ramipril em testes laboratoriais.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Conservar em temperatura abaixo de 25ºC. Proteger da umidade.
Características do medicamento
ramipril 2,5 mg
Os comprimidos revestidos de ramipril de 2,5 mg são brancos a praticamente brancos, circulares,
biconvexos.
Os comprimidos revestidos de ramipril de 5 mg são brancos a praticamente brancos, circulares,
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de Usar
O ramipril deve ser ingerido sem ser mastigado ou amassado, e com uma quantidade suficiente de líquido
(aproximadamente, meio copo de água). O ramipril pode ser ingerido antes, durante ou após as refeições,
visto que sua absorção não é significativamente afetada por alimentos.
Posologia
A posologia é baseada no efeito desejado e na tolerabilidade dos pacientes ao medicamento. O tratamento
com ramipril é geralmente a longo prazo. A duração do tratamento é determinada pelo médico em cada
caso.
- Tratamento da pressão arterial alta
Recomenda-se que ramipril seja administrado uma vez ao dia, iniciando-se com uma dose de 2,5 mg e, se
necessário e dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada para 5 mg em intervalos de
2 a 3 semanas.
A dose usual de manutenção é de 2,5 a 5 mg de ramipril diariamente.
A dose máxima diária permitida é de 10 mg.
Ao invés de se aumentar a dose de ramipril acima de 5 mg por dia, pode-se considerar a administração
adicional de um diurético ou de um antagonista de cálcio.
- Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva
A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de ramipril, uma vez ao dia. Dependendo da resposta do
paciente, a dose pode ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos
de 1 a 2 semanas. Se a dose diária de 2,5 mg ou mais de ramipril é necessária, esta pode ser administrada
em tomada única ou dividida em duas tomadas.
A dose máxima diária permitida é de 10 mg de ramipril.
- Tratamento após ataque cardíaco
A dose inicial recomendada é de 5 mg de ramipril diariamente, dividida em duas administrações de 2,5
mg: uma pela manhã e outra à noite. Se o paciente não tolerar esta dose inicial, recomenda-se que a dose
de 1,25 mg seja administrada duas vezes ao dia, durante dois dias. Nos dois casos, dependendo da
resposta do paciente, a dose poderá, então, ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja
dobrada em intervalos de 1 a 3 dias.
Numa fase posterior, a dose diária total, inicialmente dividida, poderá ser administrada como tomada
única diária. A dose máxima diária permitida é de 10 mg de ramipril.
A experiência no tratamento de pacientes com insuficiência severa do coração (NYHA IV) imediatamente
após ataque cardíaco ainda é insuficiente. Se mesmo assim a decisão tomada for tratar estes pacientes,
recomenda-se que a terapia seja iniciada com a menor dose diária possível, ou seja, 1,25 mg de ramipril,
uma vez ao dia, e que a dose seja aumentada somente sob cuidados especiais.
- Tratamento de nefropatia (doença no rim) glomerular manifesta e nefropatia incipiente
A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de ramipril uma vez ao dia. Dependendo da resposta do
de 2 a 3 semanas.
A dose máxima permitida é de 5 mg ao dia.
Doses acima de 5 mg de ramipril uma vez ao dia não foram avaliadas adequadamente em estudos clínicos
controlados.
- Prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença cardiovascular e redução da
necessidade de realização de cirurgia para melhorar a irrigação do sangue do coração em pacientes
com alto risco cardiovascular; prevenção de ataque cardíaco, derrame ou morte por doença
cardiovascular em pacientes diabéticos ou prevenção da progressão de microalbuminúria e doença
do rim manifesta.
Recomenda-se a administração de uma dose inicial de 2,5 mg de ramipril uma vez ao dia. A dose deve ser
gradualmente aumentada, dependendo da tolerabilidade do paciente. Após uma semana de tratamento,
recomenda-se duplicar a dose para 5 mg de ramipril. Após outras três semanas, aumentar a dose para 10
mg de ramipril.
Dose usual de manutenção: 10 mg/dia de ramipril.
Doses acima de 10 mg de ramipril uma vez ao dia não foram adequadamente avaliadas em estudos
clínicos controlados.
Pacientes com insuficiência severa dos rins não foram adequadamente avaliados.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de ramipril administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança
e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral, conforme
recomendado pelo médico.
Populações especiais
Em pacientes com alteração da função dos rins, a dose inicial é geralmente de 1,25 mg de ramipril. A
dose diária máxima permitida nesses pacientes é de 5 mg de ramipril.
Quando a deficiência de sal ou líquidos não for completamente corrigida, em pacientes com pressão
arterial alta severa, assim como em pacientes nos quais um quadro de pressão arterial baixa constituiria
um risco particular (por ex.: estreitamento relevante de artérias coronarianas ou cerebrais), uma dose
inicial diária reduzida de 1,25 mg de ramipril deve ser considerada.
Em pacientes tratados previamente com diuréticos, deve se descontinuar o diurético, no mínimo, 2 a 3
dias ou mais (dependendo da duração da ação do diurético) antes de se iniciar o tratamento com ramipril
ou que seja, pelo menos, reduzida gradativamente à dose do diurético. Geralmente, a dose inicial em
pacientes tratados previamente com um diurético é de 1,25 mg de ramipril.
Em pacientes com insuficiência do fígado, a resposta ao tratamento com ramipril pode estar tanto
aumentada quanto diminuída. O tratamento com ramipril em tais pacientes deverá, portanto, ser iniciado
somente sob rigorosa supervisão médica. A dose máxima diária permitida nesses pacientes é de 2,5 mg de
ramipril.
Em pacientes idosos, uma dose diária inicial reduzida de 1,25 mg de ramipril deve ser considerada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo
do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela
posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Como ramipril é um anti-hipertensivo, muitas das reações adversas são efeitos secundários à ação de
redução da pressão arterial, que resulta na contrarregulação adrenérgica (suor excessivo, pele úmida e
fria, ansiedade, aceleração do ritmo cardíaco e palpitação) ou hipoperfusão nos órgãos (diminuição de
sangue nos órgãos).
Numerosos outros efeitos (por exemplo: efeitos sobre o balanço eletrolítico, certas reações alérgicas
graves ou reações inflamatórias das membranas mucosas) são causados pela inibição da ECA ou por
outras ações farmacológicas comuns a esta classe de fármacos.
A frequência de reações adversas é definida pela seguinte convenção:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Dentro da frequência de cada grupamento, os efeitos indesejáveis estão descritos em ordem decrescente
de gravidade.
Distúrbios cardíacos
Incomum: isquemia (falta de oxigenação) no coração incluindo dor no peito ou ataque cardíaco,
aceleração do ritmo cardíaco, descompasso dos batimentos do coração, palpitações, inchaço periférico.
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
Incomum: eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue chamado eosinófilo).
Raro: diminuição na contagem de: glóbulos brancos incluindo neutropenia (diminuição do número de
neutrófilos no sangue) ou agranulocitose (diminuição de alguns tipos de leucócitos do sangue), hemácias
(glóbulos vermelhos), hemoglobina (substância presente no glóbulo vermelho) e plaquetas (células
responsáveis pela coagulação do sangue).
Não conhecido: depressão da medula óssea, pancitopenia [diminuição global de elementos celulares do
sangue (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas)], anemia hemolítica (diminuição do número de
glóbulos vermelhos do sangue em decorrência da destruição prematura dos mesmos).
Distúrbios do sistema nervoso
Comum: dor de cabeça e tontura.
Incomum: tontura, parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e coceira, percebidos na pele
e sem motivo aparente), perda ou alterações do paladar.
Raro: tremor, distúrbio de equilíbrio.
Não conhecido: isquemia cerebral incluindo derrame isquêmico e ataque isquêmico transitório (derrame
que acontece por um determinado tempo), habilidades psicomotoras prejudicadas, sensação de
queimação, distúrbios do olfato.
Distúrbios visuais
Incomum: distúrbios visuais incluindo visão borrada.
Raro: conjuntivite (inflamação da conjuntiva ocular).
Distúrbios auditivos e do labirinto.
Raro: audição prejudicada, zumbido.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Comum: tosse seca não produtiva, bronquite, sinusite, falta de ar.
Incomum: broncoespasmo incluindo asma agravada, congestão nasal.
Distúrbios gastrointestinais
Comum: inflamação no tubo digestivo, distúrbios digestivos, desconforto abdominal, má digestão,
diarreia, enjoo, vômito.
Incomum: inflamação do pâncreas (casos de desfecho fatal foram muito excepcionalmente reportados
com inibidores ECA), aumento das enzimas pancreáticas, angioedema do intestino delgado, dor
abdominal superior incluindo gastrite, prisão de ventre, boca seca.
Raro: inflamação da língua.
Não conhecido: reações inflamatórias da cavidade oral.
Distúrbios renais e urinários
Incomum: insuficiência nos rins incluindo falência dos rins aguda, aumento da excreção urinária, piora da
proteinúria (excreção de proteina na urina) pré-existente, aumento da ureia sanguínea, aumento da
creatinina sanguínea.
Distúrbios dermatológicos e do tecido subcutâneo
Comum: rash particularmente maculo-papular (área da pele avermelhada com pontinhos salientes).
Incomum: angioedema com resultado fatal (possivelmente/torna-se potencialmente letal, raramente um
caso severo pode evoluir para a fatalidade), coceira, excesso de suor.
Raro: escamação da pele, vergões vermelhos na pele, descolamento da unha.
Muito Raro: reações de sensibilidade à luz.
Não conhecido: necrólise epidérmica tóxica (grandes extensões da pele ficam vermelhas e morrem),
síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e
grandes áreas do corpo), eritema multiforme (manchas vermelhas planas ou elevadas, bolhas, ulcerações
que podem acontecer em todo o corpo), pênfigo (doença bolhosa na pele e membranas mucosas), psoríase
(inflamação da pele) agravada, dermatite psoriasiforme (inflamação da pele com esfoliação), erupção
cutânea penfigoide (bolhas na partes móveis do corpo) ou liquenoide (inflamação dos vasos sanguíneos
da pele) ou erupção nas mucosas, queda de cabelo.
Distúrbios músculos-esqueléticos e do tecido conjuntivo
Comum: cãibras musculares, inflamação dos músculos.
Incomum: dor em articulação.
Distúrbios endócrinos
Não conhecido: síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH).
Distúrbios metabólicos e nutricionais
Comum: aumento do potássio sanguíneo.
Incomum: falta de apetite, diminuição do apetite.
Não conhecido: diminuição do sódio sanguíneo.
Distúrbios vasculares
Comum: pressão baixa, diminuição ortostática da pressão arterial (distúrbio da regulação ortostática),
desmaio.
Incomum: vermelhidão.
Raro: estreitamento vascular, hipoperfusão, inflamação nos vasos sanguíneos.
Não conhecido: fenômeno de Raynaud (vasoconstrição que causa descoloração dos dedos das mãos e pés
e ocasionalmente outras extremidades).
Distúrbios gerais
Comum: dor no peito, cansaço.
Incomum: febre.
Raro: fraqueza.
Distúrbios do sistema imune
Não conhecido: reações alérgicas (reações alérgicas graves a veneno de insetos são aumentadas sob a
inibição da ECA), aumento de anticorpos antinucleares.
Distúrbios hepato-biliares
Incomum: aumento das enzimas hepáticas e/ou bilirrubinas conjugadas.
Raro: icterícia colestática (coloração amarelada da pele devido à deposição de pigmento biliar), dano nas
células do fígado.
Não conhecido: redução grave da função do fígado, inflamação do fígado colestática ou citolítica (com
desfecho fatal muito excepcional).
Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário
Incomum: impotência erétil transitória, diminuição do desejo sexual.
Não conhecido: crescimento das mamas em homens.
Distúrbios psiquiátricos
Incomum: humor deprimido, ansiedade, nervosismo, inquietação, distúrbio do sono incluindo sonolência.
Raro: confusão.
Não conhecido: distúrbio de atenção.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.