Bula do Risonato produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
RISONATO
(risedronato sódico)
EMS S/A
Comprimido Revestido
35 mg
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos 35 mg: embalagem com 1, 2, 4, 10, 12, 14 ou 16.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
risedronato sódico hemi-pentahidratado* ...............................................................................40,192 mg
excipientes q.s.p **..................................................................................................................1 com. rev.
*equivalente a 32,5 mg de ácido risedrônico e 25 mg de risedronato sódico.
** lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, estearato de magnésio, hipromelose +
macrogol, dióxido de titânio e água purificada.
RISONATO é destinado ao tratamento e prevenção da osteoporose (perda de material ósseo) em mulheres no
período pós-menopausa para reduzir o risco de fraturas vertebrais e não vertebrais.
É também destinado ao tratamento da osteoporose em homens com alto risco de fraturas e tratamento da
osteoporose estabelecida em mulheres no período pós-menopausa para reduzir o risco de fraturas de quadril.
Tratamento da osteoporose na Pós-Menopausa: há inúmeros fatores de risco que estão associados com a
osteoporose no período pós-menopausa, incluindo baixa massa óssea, baixa densidade mineral óssea,
menopausa precoce, histórico de tabagismo e histórico familiar de osteoporose. A consequência clínica da
osteoporose é a fratura. O risco de fraturas aumenta com o número de fatores de risco.
Com base nos efeitos de alteração média da Densidade Mineral Óssea da espinha lombar, o risedronato sódico
35 mg (n=485) demonstrou ser equivalente ao risedronato sódico 5 mg administrado diariamente (n=480) em
um estudo de um ano, duplo-cego multicêntrico em mulheres com osteoporose no período pós menopausa
(White NJ, Perry CM. 2003).
O programa de estudos clínicos do risedronato sódico administrado uma vez ao dia avaliou o efeito deste
fármaco no risco de fraturas vertebrais e de quadril compreendendo mulheres no período precoce e tardio da
pós-menoupausa, com ou sem fratura prévia. Doses diárias de 2,5 mg e 5 mg foram avaliadas e todos os
grupos, incluindo os grupos controle, receberam cálcio e vitamina D (se os níveis iniciais fossem baixos). Os
riscos absoluto e relativo de novas fraturas vertebrais e de quadril foram estimados através do uso da análise do
tempo para o primeiro evento.
• Dois estudos placebo-controlados (n=3.661) incluíram mulheres no período pós-menopausa com
idade inferior a 85 anos com fraturas vertebrais no momento inicial. Doses diárias de 5 mg do
risedronato sódico administradas durante 3 anos reduziram o risco de novas fraturas vertebrais
quando comparado ao grupo controle. A redução do risco relativo foi de 49% e 41% em mulheres
com pelo menos 2 ou 1 fraturas vertebrais, respectivamente (incidência de novas fraturas vertebrais
de 18,1% e 11,3% com risedronato sódico e de 29,0% e 16,3% com placebo, respectivamente). O
efeito do tratamento foi observado antes do final do primeiro ano de tratamento. Os benefícios
também foram demonstrados em mulheres com fraturas múltiplas no momento inicial. A
administração diária de 5 mg de risedronato sódico também reduziu a taxa anual da perda da altura,
quando comparada ao grupo controle.
• Dois estudos placebo-controlados adicionais incluíram mulheres no período pós-menopausa com
idade superior a 70 anos com ou sem fraturas vertebrais no momento inicial. Foram selecionadas
mulheres entre 70-79 anos de idade apresentando densidade mineral óssea do colo do fêmur com
escore T < - 3 DP (variação do fabricante, isto é, -2,5 DP utilizando NHAMES III) e pelo menos um
fator de risco adicional. Mulheres com idade igual ou superior a 80 anos poderiam ser incluídas se
apresentassem pelo menos um fator de risco não-esquelético para fratura de quadril ou baixa
densidade mineral óssea do colo do fêmur. A significância estatística da eficácia do risedronato
sódico versus placebo só é alcançada quando os dois grupos de tratamento com 2,5 mg e 5 mg são
agrupados.
• Os resultados a seguir são baseados na análise posterior dos sub-grupos, definida pela prática
clínica e definições atuais da osteoporose:
− no sub-grupo de pacientes com densidade mineral óssea com escore T ≤ -2,5 DP e pelo menos
uma fratura vertebral no momento inicial, o risedronato sódico administrado durante 3 anos reduziu
o risco de fraturas de quadril em 46% quando comparado ao grupo controle (incidência de fraturas
de quadril de 3,8% nos grupos recebendo risedronato sódico 2,5 mg/ 5mg combinados e de 7,4% no
grupo tratado com placebo);
− os dados sugerem que uma proteção mais limitada que esta descrita acima pode ser observada nas
mais idosas (> 80 anos) devido a elevada importância dos fatores não-esqueléticos para fraturas de
quadril com o aumento da idade. Nestes estudos, os dados analisados como objetivo final secundário
indicaram uma diminuição no risco das novas fraturas vertebrais em pacientes com baixa densidade
mineral óssea do colo do fêmur com fratura vertebral e em pacientes com baixa densidade mineral
óssea do colo do fêmur com ou sem fratura vertebral (McClung MR, et al.2001).
• 5 mg de risedronato sódico administrado diariamente durante 3 anos aumentou a densidade mineral
óssea nas vértebras lombares, colo do fêmur, trocânter femural e punho, e manteve a densidade
óssea na diáfise do rádio.
• Durante o período de acompanhamento de 1 ano após o término de 3 anos de tratamento com 5 mg
de risedronato sódico diariamente, observou-se uma rápida reversibilidade da supressão do efeito do
risedronato sódico na taxa de renovação óssea.
• Amostras de biópsia óssea de mulheres no período pós-menopausa tratadas com 5 mg de
risedronato sódico diariamente durante 2 a 3 anos, mostraram uma diminuição esperada na
renovação óssea. O osso formado durante o tratamento com risedronato sódico foi de estrutura
lamelar e de mineralização óssea normais. Estes dados, juntamente com a diminuição da incidência
da osteoporose relacionada à fraturas vertebrais em mulheres com osteoporose não demonstraram
qualquer efeito prejudicial à qualidade óssea (Crandall C. 2001).
• Achados endoscópicos em pacientes com queixas gastrintestinais de intensidade moderada a
severa, tanto em pacientes recebendo tratamento com risedronato sódico quanto em pacientes
controle, não demonstraram qualquer evidência de úlceras gástricas, duodenais ou esofágicas
relacionadas ao tratamento em cada grupo, embora duodenite tenha sido incomumente observada no
grupo tratado com risedronato sódico (Taggart H et al. 2002).
Tratamento da osteoporose em homens
RISONATO 35 mg administrado uma vez por semana demonstrou eficácia em homens com osteoporose
(idade entre 36 a 84 anos) em um estudo duplo-cego, placebo-controlado com 284 pacientes e duração de 2
anos (risedronato sódico 35 mg n=191). Todos os pacientes receberam suplementação de cálcio e vitamina D.
Foram observados aumentos na densidade mineral óssea (DMO) já nos 6 meses após o início do tratamento
com risedronato sódico. RISONATO 35 mg uma vez por semana produziu aumento significativo na densidade
mineral óssea (DMO) da coluna lombar, colo do fêmur, trocânter e quadril comparado ao placebo, após 2 anos
de tratamento. Não foi demonstrada eficácia anti-fratura neste estudo.
O efeito do risedronato sódico no osso (aumento da densidade mineral óssea (DMO) e queda de marcadores da
remodelação óssea) é semelhante em homens e mulheres (Boonen Set al. 2009).
Efeitos da osteoporose relacionada a fraturas não-vertebrais
Nos estudos VERT MN e VERT NA, o endpoint de eficácia planejado prospectivamente foi definido
baseando-se em todas as fraturas localizadas no esqueleto radiograficamente confirmadas como associadas à
osteoporose. As fraturas nestes locais foram coletivamente reportadas como fraturas não-vertebrais
relacionadas à osteoporose.
O risedronato sódico 5 mg diariamente reduziu significativamente a incidência de fraturas não-vertebrais
relacionadas à osteoporose durante 3 anos no estudo VERT NA (8% versus 5%; redução do risco relativo 39%)
e reduziu a incidência de fraturas no estudo VERT MN de 16% para 11%. Houve uma redução significativa de
11% para 7% quando os estudos foram combinados, com uma redução correspondente a 36% no risco relativo
(Reginster J et al. 2000) (Harris ST, et al.1999).
Propriedades Farmacodinâmicas
O risedronato sódico é um bisfosfonato piridinil que se liga a hidroxiapatita do osso e inibe a reabsorção óssea
mediada pelos osteoclastos. A renovação óssea é reduzida, enquanto a atividade osteoblástica e a mineralização
óssea são preservadas. Em estudos pré-clínicos, o risedronato sódico demonstrou potente atividade anti-
osteoclástica e anti-reabsortiva, com aumento da massa óssea e da força esquelética biomecânica de modo
dose-dependente. A atividade do risedronato sódico foi confirmada através de mensurações de marcador ósseo
durante os estudos farmacodinâmicos e clínicos. Em estudos com mulheres no período pós-menopausa, foi
observada diminuição nos marcadores bioquímicos de renovação óssea dentro de 1 mês de tratamento
alcançando a diminuição máxima em 3-6 meses. A diminuição nos marcadores bioquímicos de renovação
óssea foi semelhante com o risedronato sódico 35 mg administrado uma vez por semana e o risedronato sódico
5 mg administrado diariamente em 12 meses.
Em um estudo em homens com osteoporose, a diminuição dos marcadores bioquímicos de renovação óssea foi
observada aos 3 meses e continuou a ser observada por 24 meses.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: após dose oral, a absorção é relativamente rápida (tmáx ~ 1 hora) e é independente da dose na
variação estudada (dose única de 2,5 a 30 mg; doses múltiplas de 2,5 a 5 mg diariamente e de até 50 mg
semanalmente). A biodisponibilidade oral média dos comprimidos é de 0,63% e diminui quando o risedronato
sódico é administrado com alimento. A biodisponibilidade foi similar em homens e mulheres.
Distribuição: em seres humanos, o volume médio de distribuição no estado de equilíbrio é de 6,3 L/kg. A
ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 24%.
Metabolismo: não existe evidência de metabolismo sistêmico do risedronato sódico.
Eliminação: aproximadamente metade da dose absorvida é excretada na urina dentro de 24 horas, e 85% da
dose intravenosa é recuperada na urina em 28 dias. O "clearance" renal médio é 105 mL/ min e o "clearance"
total médio é 122 mL/ min, com a diferença provavelmente atribuída ao "clearance" devido à adsorção óssea.
O “clearance” renal não é dependente da concentração e existe uma relação linear entre o “clearance” renal e o
“clearance” de creatinina. O fármaco não absorvido é eliminado de forma inalterada nas fezes.
Após a administração oral, o perfil da concentração-tempo demonstra três fases de eliminação com meia-vida
terminal de 480 horas.
Populações especiais
Idosos: nenhum ajuste de dose é necessário.
Usuários de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteroidais
Entre os usuários regulares de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não esteroidais (3 ou mais dias por
semana), a incidência dos eventos adversos no trato gastrintestinal superior em pacientes tratados com
risedronato sódico foi semelhante à dos pacientes controle.
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos toxicológicos realizados em ratos e cães, foram observados efeitos tóxicos hepáticos dose-
dependentes do risedronato sódico, primariamente na forma de aumento das enzimas com alterações
histológicas em ratos. A relevância clínica destas observações é desconhecida. A toxicidade testicular ocorreu
em ratos e cães considerados em exposição excessiva considerando a exposição terapêutica humana. As
incidências de irritação das vias aéreas superiores relacionadas à dose foram frequentemente notadas em
roedores. Efeitos similares foram observados com outros bisfosfonatos. Efeitos no trato respiratório inferior
também foram observados nos estudos a longo prazo realizados em roedores, embora a significância clínica
destes resultados não seja clara. Em estudos de toxicidade de reprodução, em exposições próximas às clínicas,
foram observadas alterações de ossificação no esterno e/ ou crânio de fetos de ratas tratadas, além de
hipocalcemia e mortalidade em fêmeas grávidas próximas ao parto. Não houve nenhuma evidência de
teratogenicidade com 3,2 mg/kg/dia em ratos e com 10 mg/kg/dia em coelhos, embora os dados estejam apenas
disponíveis em um pequeno número de coelhos. A toxicidade materna impediu testes com doses mais elevadas.
Os estudos em genotoxicidade e carcinogênese não demonstraram quaisquer riscos particulares para os seres
humanos.
RISONATO é contraindicado para uso por:
- pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula,
- com hipocalcemia (vide “Advertências e Precauções”),
- durante a gravidez e lactação e
- pacientes com insuficiência renal severa (“clearance” de creatinina < 30 mL/min).
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência dos rins severa.
Alimentos, bebidas (exceto água) e medicamentos contendo cátions polivalentes (tais como: cálcio, magnésio,
ferro e alumínio) podem interferir na absorção dos bisfosfonatos e não devem ser administrados
concomitantemente ao RISONATO. Para alcançar a eficácia planejada, é necessária uma rigorosa adesão às
recomendações de uso (ver item Posologia).
A eficácia dos bisfosfonatos no tratamento da osteoporose está relacionada com a presença da baixa densidade
mineral óssea e/ou fratura predominante.
Fatores de risco clínico para fratura ou idade avançada isoladamente não são motivos para se iniciar o
tratamento da osteoporose com um bisfosfonato.
Em mulheres muito idosas (> 80 anos), a evidência de manutenção da eficácia de bisfosfonatos é limitada (vide
“Propriedades Farmacodinâmicas”).
Alguns bisfosfonatos estão relacionados com esofagites e ulcerações esofágicas. Portanto, os pacientes devem
ser orientados a seguir as recomendações de uso. Em pacientes que apresentam antecedentes de alteração
esofágica que retardam o trânsito ou o esvaziamento esofágico (ex. estenosose ou acalasia), ou que são
incapazes de permanecerem em posição ereta por pelo menos 30 minutos após a ingestão do comprimido, o
risedronato sódico deve ser utilizado com especial cautela devido à experiência clínica limitada.
Os prescritores e dispensadores do RISONATO devem enfatizar aos pacientes a importância da atenção às
instruções para administração e alertar para qualquer sinal ou sintoma de possível reação no esôfago. Os
pacientes devem ser orientados a procurar atendimento médico caso venham a apresentar sintomatologia de
irritação esofágica como disfagia, odinofagia, dor retroesternal ou aparecimento/piora de pirose.
Há muito pouca experiência com risedronato sódico em pacientes com doença inflamatória intestinal.
Na experiência pós-comercialização, existem relatos de dor musculoesquelética severa em pacientes que
utilizam medicamentos bisfosfonados. O tempo para o aparecimento desses sintomas variou de um dia a vários
meses após o início do tratamento. Os pacientes devem ser orientados a procurar atendimento médico caso
observem o aparecimento destes sintomas graves.
O consumo de álcool e cigarro pode piorar o problema ósseo, portanto deve ser indicado que o paciente evite
seu consumo excessivo.
A hipocalcemia deve ser tratada antes do início do tratamento com RISONATO. Outros distúrbios ósseos e no
metabolismo mineral devem ser tratadas quando iniciada a terapia com RISONATO. A adequada quantidade
de cálcio e vitamina D no organismo é importante para todos pacientes, especialmente para os que possuem a
Doença de Paget (distúrbio ósseo), nos quais o turnover ósseo é significativamente elevado.
Os pacientes devem receber suplemento de cálcio e vitamina D caso a ingestão na dieta seja inadequada.
A osteonecrose de mandíbula, geralmente associada com extração dentária e/ou infecção local (incluindo
osteomielite) foi relatada em pacientes com câncer em regimes de tratamento incluindo, principalmente,
administração intravenosa de bisfosfonatos. Muitos destes pacientes também estavam recebendo quimioterapia
e corticosteroides. Osteonecrose de mandíbula também foi relatada em pacientes com osteoporose recebendo
bisfosfonatos orais.
Um exame dentário, com foco preventivo apropriado, deve ser considerado antes do tratamento com
bisfosfonatos em pacientes com fatores de risco concomitantes (por exemplo, câncer, quimioterapia,
radioterapia, corticosteroides, higiene oral inadequada).
Durante o tratamento, estes pacientes devem, se possível, evitar procedimentos dentários invasivos. Para
pacientes que desenvolvam osteonecrose de mandíbula durante a terapia com bisfosfonatos, uma cirurgia
dentária pode exacerbar a condição. Para pacientes que requeiram procedimentos dentários, não existem dados
disponíveis que sugiram se a descontinuação do tratamento com bisfosfonatos reduz o risco de osteonecrose de
mandíbula.
O julgamento clínico do médico deve guiar o plano de administração de cada paciente baseado na avaliação de
risco/benefício individual.
Fraturas atípicas do fêmur
Um pequeno número de pacientes em terapia em longo prazo com bisfosfonatos (geralmente mais de 3 anos),
principalmente com o uso de alendronato (medicamento para o tratamento da osteoporose), desenvolveram
fraturas atípicas no fêmur (fraturas transversais no meio do fêmur), algumas das quais ocorreram na ausência
de trauma aparente. Alguns destes pacientes experimentaram, previamente, dor na área afetada, frequentemente
associado com alterações locais na radiografia de fêmur. Aproximadamente um terço destas fraturas foram
bilaterais; portanto, o fêmur contralateral deverá ser examinado em pacientes que tenham sofrido uma fratura
femoral por estresse. O número de casos reportados desta condição é muito baixo (cerca de 40 casos reportados
em todo o mundo com alendronato desde 2009).
Não se sabe a que ponto outros agentes da classe de aminobisfosfonatos, incluindo RISONATO pode ser
associado a este evento adverso. Tratamento prévio com alendronato deverá ser motivo de vigilância adicional.
Pacientes com suspeita de fraturas por estresse devem ser avaliados, incluindo a avaliação de causas
conhecidas e fatores de risco (como por exemplo, deficiência de vitamina D, má-absorção, uso de
glicocorticoide, fratura por estresse prévia, artrite ou fratura dos membros inferiores, exercício físico intenso ou
aumento da atividade física, diabetes mellitus, abuso crônico de álcool), e devem receber cuidado ortopédico
apropriado.
A descontinuação da terapia com bisfosfonato em pacientes com fraturas por estresse depende da avaliação do
paciente, baseado no risco/benefício individual. Causalidade não deverá ser excluída quando considerar o uso
de bisfosfonatos e fraturas por estresse.
Gravidez e lactação
Estudos em animais sugerem a ocorrência de hipocalcemia durante gestação e efeitos sobre a ossificação fetal.
O risco potencial para humanos é desconhecido. RISONATO só deve ser utilizado durante a gravidez, se o
risco benefício justificar o potencial risco para a mãe e o feto. A decisão de descontinuar a amamentação ou o
produto deve considerar a importância do medicamento para mãe.
Populações especiais
Crianças e Adolescentes
A segurança e a eficácia de risedronato sódico em pacientes pediátricos e adolescentes não foram
estabelecidas.
Restrições a grupos de risco
Insuficiência renal: Existem dados clínicos limitados em pacientes com insuficiência renal severa (clearance de
creatinina < 30 mL/min); não pode ser realizada nenhuma recomendação posológica para esta população de
pacientes.
Este medicamento contém lactose. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, a
deficiência da Lapp lactase ou má absorção da glucose-galactose, não devem tomar este medicamento.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Interações medicamento-medicamento
Os pacientes em estudos clínicos foram expostos a uma ampla variedade de medicações utilizadas
concomitantemente (incluindo AINES, bloqueadores H2, inibidores da bomba de prótons, antiácidos,
bloqueadores dos canais de cálcio, betabloqueadores, tiazidas, glicocorticoides, anticoagulantes,
anticonvulsivantes, glicosídeos cardíacos) sem evidência de interações clinicamente relevantes.
Se considerado apropriado, o risedronato sódico administrado pode ser utilizado concomitantemente com
terapia de reposição hormonal.
A ingestão concomitante de medicamentos contendo cátions polivalentes (ex. cálcio, magnésio, ferro e
alumínio) irá interferir na absorção do risedronato sódico. Esses medicamentos devem ser ingeridos em
horários diferentes, assim como os alimentos.
RISONATO não é metabolizado sistemicamente, não induz as enzimas do citocromo P450 e apresenta baixa
ligação proteica.
O uso concomitante com antiácidos pode reduzir a absorção do risedronato sódico. Portanto, esses
medicamentos devem ser administrados em diferentes períodos.
Interação Medicamento-Alimento
Alimentos e líquidos (exceto água) podem interferir na absorção do risedronato sódico. Portanto, RISONATO
deve ser administrado conforme descrito no item “Modo de usar”.
RISONATO deve ser mantido à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Proteger da luz e manter em lugar seco.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido revestido na cor branca, hexagonal, biconvexo e com vinco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de Usar
A absorção do RISONATO é afetada pelos alimentos. Desta forma, para assegurar a absorção adequada do
RISONATO, os pacientes devem administrá-lo no mínimo 30 minutos antes da primeira refeição, outra
medicação ou bebida (exceto água) do dia. Caso o paciente opte por tomar o medicamento em outro horário,
deve-se aguardar 2 horas sem ingerir qualquer alimento ou líquido, exceto água antes e após a tomada do
medicamento.
A água é a única bebida que deve ser tomada com RISONATO. Deve-se lembrar que algumas águas minerais
possuem alta concentração de cálcio e, portanto, não devem ser utilizadas (vide “Propriedades
Farmacocinéticas”).
O paciente deve ficar em posição vertical e ingerir o comprimido com quantidade suficiente de água (pelo
menos 120 mL), para facilitar o transporte até o estômago. O paciente não deve deitar por 30 minutos após a
ingestão do RISONATO.
O cálcio, o magnésio e o alumínio podem interferir na absorção do RISONATO, por isso devem ser ingeridos
em horários diferentes, assim como alimentos.
Posologia
Uso adulto: A dose recomendada é de 1 comprimido de 35 mg uma vez por semana, por via oral. O
comprimido deve ser tomado no mesmo dia de cada semana.
Posologia em populações especiais
Idosos: nenhum ajuste de dose é necessário, uma vez que a biodisponibilidade, distribuição e eliminação são
semelhantes em idosos (> 60 anos de idade) comparado com indivíduos mais jovens. Isto também foi
demonstrado em pacientes mais idosos, acima de 75 anos e na população na pós-menopausa.
Pacientes com insuficiência renal: nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência renal
leve a moderada. O uso de risedronato sódico é contraindicado em pacientes com insuficiência renal severa
(clearance de creatinina < 30 mL/min). Vide contraindicações e propriedades farmacocinéticas.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos do RISONATO administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e
para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral conforme
recomendado pelo médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Conduta necessária caso haja esquecimento de administração
Caso o paciente se esqueça de tomar uma dose, ele deve ser instruído a tomar 1 comprimido de RISONATO
assim que ele se lembrar. Os pacientes devem então retornar a tomada de 1 comprimido uma vez por semana
no mesmo dia da semana em que o tratamento foi iniciado. Não devem ser tomados dois comprimidos no
mesmo dia.
O risedronato sódico foi avaliado em estudos clínicos fase III envolvendo mais de 15.000 pacientes. A maioria
das reações adversas observadas nos estudos clínicos foi de gravidade leve a moderada e geralmente não
requereram a interrupção do tratamento.
As experiências adversas relatadas em estudos clínicos fase III em mulheres com osteoporose no período pós-
menopausa tratadas por até 36 meses com 5mg/dia de risedronato sódico (n=5020) ou placebo (n=5048) e
consideradas possível ou provavelmente relacionadas ao risedronato sódico estão listadas a seguir de acordo
com a seguinte convenção (incidências versus placebo estão demonstradas em parênteses): muito comum
(>1/10); comum (>1/100; <1/10); incomum (>1/1000; <1/100); raro (>1/10000; <1/1000); muito raro
(<1/10000).
Distúrbios do sistema nervoso:
Comum: cefaleia .
Distúrbios oculares:
Incomum: irite*
Distúrbios gastrintestinais:
Comuns: constipação, dispepsia, náusea, dor abdominal , diarreia.
Incomuns: gastrite , esofagite, disfagia , duodenite , úlcera esofágica .
Raros: glossite , estenose esofágica .
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conectivos:
Comum: dor musculoesquelética .
Investigações (hepatobiliares):
Raro: testes de função hepática anormais*
* Não houve incidência relevante nos estudos fase III para osteoporose; frequência baseada em eventos
adversos/ laboratoriais / reintrodução em estudos clínicos precoces.
A segurança geral e os perfis de tolerabilidade foram semelhantes em um estudo multicêntrico e duplo-cego
com duração de 1 ano, comparando 5 mg de risedronato sódico administrado diariamente (n=480) e 35 mg de
risedronato sódico administrado uma vez por semana (n=485), em mulheres no período pós-menopausa com
osteoporose. As seguintes reações adversas adicionais relatadas pelos investigadores, consideradas possível ou
provavelmente relacionadas ao fármaco, foram (incidência maior no grupo recebendo 35 mg de risedronato
sódico do que no grupo recebendo 5 mg de risedronato sódico): distúrbio gastrintestinal e dor.
Em um estudo com duração de 2 anos em homens com osteoporose a segurança e a tolerabilidade gerais foram
semelhantes entre os grupos de tratamento e placebo. As reações adversas foram consistentes àquelas
observadas previamente em mulheres.
Relatos laboratoriais: foram observados em alguns pacientes leves diminuições nos níveis de cálcio e fosfato
séricos, os quais foram precoces, transitórias e assintomáticas.
As seguintes reações adversas adicionais foram muito raramente relatadas durante o uso pós-comercialização:
Irite, uveíte
Osteonecrose de mandíbula
Distúrbios cutâneos e do tecido subcutâneo:
Hipersensibilidade e reações cutâneas, incluindo angioedema, rash generalizadas e reações bolhosas de pele,
algumas severas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
Nenhuma informação específica está disponível sobre o tratamento de superdosagem aguda com risedronato
sódico.
Pode ocorrer diminuição no cálcio sérico em alguns pacientes após superdosagem substancial. Sinais e
sintomas de hipocalcemia também podem surgir nesses pacientes.
A administração de leite ou antiácidos contendo magnésio, cálcio ou alumínio podem ajudar a reduzir a sua
absorção de absorção de risedronato sódico. A lavagem gástrica pode ser considerada para remover o
risedronato sódico não absorvido.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.