Bula do Rosuvastatina Calcica para o Profissional

Bula do Rosuvastatina Calcica produzido pelo laboratorio Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Rosuvastatina Calcica
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.a. - Profissional

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BULA COMPLETA DO ROSUVASTATINA CALCICA PARA O PROFISSIONAL

 

rosuvastatina cálcica

Aché Laboratórios Farmacêuticos

comprimidos revestidos

10 mg e 20 mg

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 1

BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE

Bula de acordo com a Resolução - RDC nº 47/2009

I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos de 10 mg: embalagem com 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 20 mg: embalagem com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido de rosuvastatina cálcica 10 mg contém:

rosuvastatina cálcica (equivalente a 10 mg de rosuvastatina).............................10,4 mg

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, estearato

de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro

amarelo e óxido de ferro vermelho.

Cada comprimido revestido de rosuvastatina cálcica 20 mg contém:

rosuvastatina cálcica (equivalente a 20 mg de rosuvastatina).............................20,8 mg

II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

A rosuvastatina cálcica deve ser usada como adjuvante à dieta quando a resposta à

dieta e aos exercícios é inadequada.

Em pacientes adultos com hipercolesterolemia rosuvastatina cálcica é indicada

para:

 Redução do LDL-colesterol, colesterol total e triglicérides elevados; aumento

do HDL-colesterol em pacientes com hipercolesterolemia primária (familiar

heterozigótica e não familiar) e dislipidemia mista (Fredrickson tipos IIa e IIb). A

rosuvastatina cálcica também diminui ApoB, não-HDL-C, VLDL-C, VLDL-TG, e

as razões LDL-C/HDL-C, C-total/HDL-C, não-HDL-C/HDL-C, ApoB/ApoA-I e

aumenta ApoA-I nestas populações.

 Tratamento da hipertrigliceridemia isolada (hiperlipidemia de Fredrickson tipo

IV).

 Redução do colesterol total e LDL-C em pacientes com hipercolesterolemia

familiar homozigótica, tanto isoladamente quanto como um adjuvante à dieta e

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 2

a outros tratamentos de redução de lipídios (por ex.: aférese de LDL), se tais

tratamentos não forem suficientes.

 Retardamento ou redução da progressão da aterosclerose.

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade

A rosuvastatina cálcica é indicada para redução do colesterol total, LDL-C e ApoB em

pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (HeFH).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A rosuvastatina reduz os níveis elevados de LDL-colesterol, colesterol total e

triglicérides e aumenta o HDL-colesterol. Também reduz a ApoB, o não-HDL-C, o

VLDL-C e o VLDL-TG e aumenta a ApoA-I (ver Tabelas 1 e 2) (Olsson AG et al.

Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28).

A rosuvastatina reduz ainda as razões LDL-C/HDL-C, C-total/HDL-C, não-HDL-C/HDL-

C e ApoB/ApoA-I (Olsson AG et al. Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28; Rader DJ

et al. Am J Cardiol 2003; 91 (Suppl): 20C-24C).

Uma resposta terapêutica à rosuvastatina é evidente em 1 semana após o início da

terapia e 90% da resposta máxima é alcançada geralmente em 2 semanas. A resposta

máxima é geralmente obtida em até 4 semanas e mantida após esse período (Brown

W et al. Am Heart J 2002; 144: 1036-43; Olsson AG et al. Am Heart J 2002; 144: 1044-

51).

Tabela 1. Resposta em relação à dose em pacientes com hipercolesterolemia primária

(tipos IIa e IIb) (% da média ajustada de mudanças em relação ao início) (Olsson AG

et al. Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28).

Dose N LDL-C C-Total HDL-C TG Não-

HDL-C

ApoB ApoA-I

Placebo 13 -7 -5 3 -3 -7 -3 0

5 17 -45 -33 13 -35 -44 -38 4

10 17 -52 -36 14 -10 -48 -42 4

20 17 -55 -40 8 -23 -51 -46 5

40 18 -63 -46 10 -28 -60 -54 0

Tabela 2. Resposta em relação à dose em pacientes com hipertrigliceridemia (tipo IIb

ou tipo V) (% mediana de mudanças em relação ao início) (Hunninghake DB et al.

Diabetes 2001; 50 (Suppl 2): A143 Abs 575-P).

Dose N TG LDL-C C-Total HDL-C Não-

VLDL-

C

TG

Placebo 26 1 5 1 -3 2 2 6

5 25 -21 -28 -24 3 -29 -25 -24

10 23 -37 -45 -40 8 -49 -48 -39

20 27 -37 -31 -34 22 -43 -49 -40

40 25 -43 -43 -40 17 -51 -56 -48

Os dados das Tabelas 1 e 2 são confirmados pelo amplo programa clínico de mais de

5.300 pacientes tratados com rosuvastatina.

Em um estudo de pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica, 435

indivíduos foram tratados com rosuvastatina de 20 mg a 80 mg em um desenho de

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 3

titulação forçada de dose. Todas as doses de rosuvastatina mostraram um efeito

benéfico nos parâmetros lipídicos e no tratamento para atingir as metas estabelecidas.

Após titulação para a dose de 40 mg (12 semanas de tratamento), o LDL-C foi

reduzido em 53% (Stein E et al. Atherosclerosis Suppl 2001; 2 (2): 90 Abs P176).

Em um estudo aberto de titulação forçada de dose, 42 pacientes com

hipercolesterolemia familiar homozigótica foram avaliados quanto à sua resposta a

rosuvastatina 20-40 mg titulado em um intervalo de 6 semanas. Na população geral, a

redução média de LDL-C foi de 22%. Nos 27 pacientes com redução de no mínimo

15% na semana 12 (considerada como sendo a população com resposta), a redução

média de LDL-C foi de 26% na dose de 20 mg e de 30% na dose de 40 mg. Dos 13

pacientes com uma redução de LDL-C inferior a 15%, 3 não apresentaram resposta ou

tiveram um aumento de LDL-C (Marais D et al. Atherosclerosis Suppl 2002; 3: 159 Abs

435).

No estudo METEOR, a eficácia da rosuvastatina 40 mg na progressão da

arterosclerose foi avaliada por ultrassom bidimensional da artéria carótida. Neste

estudo clínico, duplo-cego, multicêntrico, placebo-controlado, 984 indivíduos com

baixo risco de doença coronária cardíaca (definido como risco Framingham ˂10%

acima de 10 anos) e com LDL-C médio de 154,5 mg/dL, mas com aterosclerose

subclínica detectada por ultrassom da EIMC (espessura íntima-média das artérias

carótidas), foram randomizados em uma relação 5:2 para tratamento com

rosuvastatina 40 mg ou placebo por 2 anos.

A rosuvastatina retardou significativamente a progressão da aterosclerose da carótida

comparada com placebo. A diferença na alteração da EIMC para todos os 12 locais da

artéria carótida entre os pacientes tratados com rosuvastatina e pacientes tratados

com placebo foi -0,0145 mm/ano (IC 95% -0,0196, -0,0093; p˂0,0001). A mudança a

partir do basal (pré-tratamento) para o grupo rosuvastatina foi -0,0014 mm/ano (IC

95% - 0,0041, 0,0014), mas não foi significativamente diferente de zero (p=0,3224). Os

efeitos benéficos da rosuvastatina foram consistentes para todos os 4 desfechos

secundários da EIMC. Houve progressão significativa no grupo placebo

(+0,0131mm/ano; IC 95% 0,0087, 0,0174; p˂0,0001). No grupo rosuvastatina, 52,1%

dos pacientes demonstraram uma ausência de progressão da doença (ex.: regressão)

comparada com 37,7% dos pacientes do grupo placebo (p=0,0002). A rosuvastatina

40 mg foi bem tolerada e os dados foram consistentes ao perfil de segurança

estabelecido para rosuvastatina.

A rosuvastatina é eficaz em uma ampla variedade de populações de pacientes com

hipercolesterolemia, com e sem hipertrigliceridemia (Olsson AG et al. Cardiovasc Drug

Rev 2002; 20: 303-28), independentemente de raça, sexo ou idade (Martin P et al. J

Clin Pharmacol 2002; 42 (10): 1116-21), e em populações especiais como diabéticos

(Olsson AG et al. Cardiovasc Drug Rev 2002; 20: 303-28; Blasetto JW et al. Am J

Cardiol 2003; 91 (Suppl): 3C-10C; Durrington P et al. Diabetologia 2001; 44 (Suppl 1):

A165, Abs 631) ou pacientes com hipercolesterolemia familiar (Stein E et al.

Atherosclerosis Suppl 2001; 2 (2): 90 Abs P176).

Em um estudo clínico controlado denominado ASTEROID (estudo para avaliar os

efeitos da rosuvastatina na placa de ateroma coronariano através de ultrassom

intravascular), os pacientes tratados com rosuvastatina 40 mg tiveram uma regressão

significativa da aterosclerose para todas as três medidas de ultrassom intravascular

(IVUS) avaliadas. No estudo ASTEROID, os pacientes tratados com rosuvastatina

atingiram o nível mais baixo de LDL-C (-53%) e os maiores níveis do HDL-C (+15%) já

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 4

observados em um estudo de progressão de aterosclerose com estatinas. Neste

estudo de dois anos de duração, a rosuvastatina demonstrou ser bem tolerada. São

necessários mais estudos clínicos para determinar a extensão na qual rosuvastatina

pode reduzir a formação e regredir a placa de ateroma (Nissen Steven E et al. Jama

2006; 295: E1-10).

Crianças e adolescentes com hipercolesterolemia

Em um estudo placebo-controlado, multicêntrico, randomizado e duplo-cego de 12

semanas (n= 176, 97 sexo masculino e 79 sexo feminino) seguido por fase de

titulação de dose de rosuvastativa, aberto de 40 semanas (n= 173, 96 sexo masculino

e 77 sexo feminino), indivíduos de idade entre 10 e 17 anos (estágio Tanner II-V, sexo

feminino pelo menos 1 ano após a menarca) com hipercolesterolemia familiar

heterozigótica receberam rosuvastatina 5, 10 ou 20 mg ou placebo diariamente por 12

semanas e em seguida todos receberam rosuvastatina diariamente por 40 semanas.

Na entrada do estudo, aproximadamente 30% dos pacientes tinham 10-13 anos e

aproximadamente 17%, 18%, 40% e 25% estavam em estágio Tanner II, III, IV e V,

respectivamente.

A rosuvastatina reduziu os níveis LDL-C (objetivo primário), colesterol total e ApoB. Os

resultados são mostrados na tabela a seguir.

Tabela 3. Efeito modificador da rosuvastatina nos lipídios em crianças e adolescentes

com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (mínimos quadrados indicam o

percentual de mudança do valor basal até a semana 12).

Dose (mg) N LDL-C HDL-C Total-C TG Não-

ApoB ApoA-1

Placebo 46 -0,7 6,9 -0,0 5,1 -0,9 -1,7 2,8

5 42 -38,3 4,2 -29,9 0,3 -36,1 -31,7 1,8

10 44 -44,6 11,2 -34,2 -13,6 -43,0 -38,1 5,4

20 44 -50,0 8,9 -38,7 -8,1 -47,5 -40,7 4,0

No final da semana 40, na fase aberta do estudo, aumentou-se gradativamente a dose

para no máximo 20 mg uma vez ao dia. Setenta dos 173 pacientes (40,5%) atingiram

objetivo de LDL-C menor que 110 mg/dL (2,8 mmol/L).

Após 52 semanas de tratamento do estudo, nenhum efeito no crescimento ou

maturação sexual foi detectado (ver item advertências e precauções).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação:

A rosuvastatina é um seletivo e potente inibidor competitivo da HMG-CoA redutase, a

enzima que limita a taxa de conversão da 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A para

mevalonato, um precursor do colesterol. Os triglicérides (TG) e o colesterol são

incorporados no fígado à apolipoproteína B (ApoB), e liberados no plasma como

lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), para serem distribuídos nos tecidos

periféricos. As partículas VLDL são ricas em triglicérides. A lipoproteína de baixa

densidade (LDL), rica em colesterol, é formada a partir de VLDL e captada

principalmente através do receptor de LDL de alta afinidade no fígado.

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 5

A rosuvastatina exerce seus efeitos modificadores sobre os lipídios de duas maneiras:

ela aumenta o número de receptores LDL hepáticos na superfície celular, aumentando

a captação e o catabolismo do LDL, e inibe a síntese hepática de VLDL, reduzindo,

assim, o número total de partículas de VLDL e LDL.

A lipoproteína de alta densidade (HDL) que contém ApoA-I é envolvida, entre outros,

no transporte do colesterol dos tecidos de volta para o fígado (transporte reverso de

colesterol).

O envolvimento do LDL-C na aterogênese está bem documentado. Estudos

epidemiológicos estabeleceram que LDL-C e TG altos e HDL-C e ApoA-I baixos foram

associados a um maior risco de doença cardiovascular. Estudos de intervenção

mostraram os benefícios da redução de LDL-C e TG ou do aumento do HDL-C sobre

as taxas de mortalidade e de eventos cardiovasculares (CV). Dados mais recentes

associaram os efeitos benéficos dos inibidores da HMG-CoA redutase à diminuição do

não-HDL (por ex.: todo colesterol circulante que não está em HDL) e da ApoB ou à

redução da razão ApoB/ApoA-I.

Propriedades Farmacocinéticas

A rosuvastatina é administrada por via oral na forma ativa, com picos de níveis

plasmáticos ocorrendo 5 horas após a administração. A absorção aumenta

linearmente com a faixa de dose. A meia-vida é de 19 horas e não aumenta com a

elevação da dose. A biodisponibilidade absoluta é de 20%. Há um acúmulo mínimo

com dose única diária repetida.

A rosuvastatina sofre metabolismo de primeira passagem no fígado, que é o local

primário da síntese de colesterol e da depuração de LDL-C.

Aproximadamente 90% da rosuvastatina liga-se às proteínas plasmáticas,

principalmente à albumina. Mais de 90% da atividade inibitória para a HMG-CoA

redutase circulante é atribuída ao princípio ativo.

A rosuvastatina sofre metabolismo limitado (aproximadamente 10%), principalmente

para a forma N-desmetila, e 90% são eliminados como droga inalterada nas fezes,

sendo o restante excretado na urina.

Populações especiais

- Idade e sexo: não houve efeito clinicamente relevante associado à idade ou sexo na

farmacocinética da rosuvastatina em adultos. A farmacocinética da rosuvastatina em

crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica foi similar à de

voluntários adultos.

- Raça: estudos farmacocinéticos mostram uma elevação de aproximadamente duas

vezes na mediana da área sob a curva (ASC) em descendentes asiáticos comparados

com caucasianos. Uma análise da farmacocinética da população não revelou

diferenças clinicamente relevantes na farmacocinética entre caucasianos, hispânicos e

negros ou grupos de afro-caribenhos.

- Insuficiência renal: em um estudo realizado em indivíduos com graus variáveis de

insuficiência renal, a doença renal de leve a moderada apresentou pouca influência

nas concentrações plasmáticas da rosuvastatina. Entretanto, indivíduos com

insuficiência grave (depuração de creatinina < 30 mL/min) apresentaram um aumento

de 3 vezes na concentração plasmática em comparação com voluntários sadios.

- Insuficiência hepática: em um estudo realizado em indivíduos com graus variáveis

de insuficiência hepática, não houve evidência de aumento da exposição à

rosuvastatina, exceto em 2 indivíduos com doença hepática mais grave (graus 8 e 9

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 6

de Child-Pugh). Nestes indivíduos, a exposição sistêmica foi aumentada em no

mínimo 2 vezes em comparação aos indivíduos com grau menor de Child-Pugh.

- Polimorfismos genéticos: a disponibilidade dos inibidores da HMG-CoA redutase,

incluindo a rosuvastatina, envolve OATP1B1 e as proteínas transportadoras BCRP.

Em pacientes com polimorfismos genéticos em SLCO1B1 (OATP1B1) e/ou ABCG2

(BCRP) existe um risco de maior exposição à rosuvastatina. Polimorfismos individuais

de SLCO1B1 c.521CC e ABCG2 c.421AA estão associados com uma exposição

(ASC) à rosuvastatina aproximadamente 1,6 ou 2,4 vezes maior, respectivamente, em

comparação com os genótipos SLCO1B1 c.521TT ou ABCG2 c.421CC.

Dados de segurança pré-clínica

Os dados pré-clínicos não revelam danos especiais em humanos, tendo como base

estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida,

genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade reprodutiva.

4. CONTRAINDICAÇÕES

A rosuvastatina cálcica é contraindicada para pacientes com hipersensibilidade à

rosuvastatina cálcica ou aos outros componentes da fórmula.

A rosuvastatina cálcica é contraindicada para pacientes com doença hepática ativa.

A rosuvastatina cálcica é contraindicada durante a gravidez, na lactação, e em

mulheres com potencial de engravidar que não estão usando métodos contraceptivos

apropriados.

Categoria de risco na gravidez: X.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam

ficar grávidas durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Fígado

Como outros inibidores da HMG-CoA redutase, rosuvastatina cálcica deve ser usada

com cautela em pacientes que consomem quantidades excessivas de álcool e/ou que

tenham uma história de doença hepática.

É recomendado que os testes de enzimas hepáticas sejam realizados antes e por 12

semanas após o início da terapia e no caso de qualquer elevação da dose, e depois

periodicamente (por exemplo, semestralmente).

Sistema musculoesquelético

Como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, foram relatados efeitos

musculoesqueléticos, como mialgia, miopatia e, raramente, rabdomiólise em pacientes

tratados com rosuvastatina. Assim como outros inibidores da HMG-CoA redutase, a

frequência de rabdomiólise no uso pós-comercialização é maior com as doses mais

altas administradas. Pacientes que desenvolverem quaisquer sinais ou sintomas

sugestivos de miopatia devem ter os seus níveis de creatinoquinase (CK) medidos. O

tratamento com rosuvastatina cálcica deve ser interrompido se os níveis de CK

estiverem notadamente elevados (>10 vezes o limite superior de normalidade, LSN)

ou se houver diagnóstico ou suspeita de miopatia.

Houve relatos muito raros de uma miopatia necrotizante imunomediada caracterizada

clinicamente por fraqueza muscular proximal persistente e elevação da

creatinoquinase sérica durante o tratamento ou após a descontinuação de estatinas,

incluindo a rosuvastatina. Testes neuromusculares e sorológicos adicionais podem ser

necessários.

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 7

Tratamento com agentes imunossupressores podem ser requeridos.

Nos estudos com a rosuvastatina não houve evidência de aumento de efeitos

musculoesqueléticos na administração concomitante com qualquer terapia. Entretanto,

foi observado um aumento da incidência de miosite e miopatia em pacientes que

estavam recebendo outros inibidores da HMG-CoA redutase junto com ciclosporina,

derivados do ácido fíbrico, incluindo genfibrozila, ácido nicotínico, antifúngicos do

grupo azóis e antibióticos macrolídeos.

A rosuvastatina cálcica deve ser prescrita com precaução em pacientes com fatores

de predisposição para miopatia, tais como, insuficiência renal, idade avançada e

hipotireoidismo, ou situações em que pode ocorrer um aumento nos níveis plasmáticos

(vide 6. Interações Medicamentosas e 3. Características Farmacológicas –

Propriedades Farmacodinâmicas).

O uso de rosuvastatina cálcica deve ser temporariamente interrompido em qualquer

paciente com uma condição aguda grave sugestiva de miopatia ou que predispõe ao

desenvolvimento de insuficiência renal secundária à rabdomiólise (por exemplo:

sépsis; hipotensão; cirurgia de grande porte; trauma; alterações metabólicas,

endócrinas e eletrolíticas graves; ou convulsões não controladas).

Diabetes Mellitus

Assim como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, foi observado em pacientes

tratados com rosuvastatina um aumento dos níveis de HbA1c e de glicose sérica e, em

alguns casos, estes aumentos podem exceder o limiar para o diagnóstico do diabetes,

principalmente em pacientes com alto risco de para o desenvolvimento do diabetes

mellitus. (vide 9. Reações Adversas).

Raça

Estudos de farmacocinética mostraram um aumento na exposição em pacientes

descendentes asiáticos comparados com pacientes caucasianos (vide 8. Posologia e

Modo de Usar e 3. Características Farmacológicas - Propriedades Farmacocinéticas).

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade

A avaliação do crescimento linear (altura), peso, índice de massa corpórea e

características secundárias de maturidade sexual pelo estágio de Tanner em

pacientes pediátricos que utilizam rosuvastatina, é limitada ao período de um ano (vide

3. Características Farmacológicas - Propriedades Farmacocinéticas).

Para informações referentes a ajuste de dose para pacientes idosos, crianças,

pacientes com insuficiência renal e/ou hepática, ver item “Posologia e Modo de Usar”.

Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: testes

farmacológicos não revelaram evidências de efeito sedativo da rosuvastatina. A partir

do perfil de segurança, não se espera que rosuvastatina cálcica afete a capacidade de

dirigir veículos e operar máquinas.

Uso durante a gravidez e lactação

A segurança da rosuvastatina durante a gravidez e a lactação não foi estabelecida.

Mulheres com potencial de engravidar devem usar métodos contraceptivos

apropriados (vide 4. Contraindicações).

Este medicamento contém lactose (44,3 mg/comprimido para rosuvastatina cálcica 5

mg; 88,6 mg/comprimido para rosuvastatina cálcica 10 mg; 177,2 mg/comprimido para

rosuvastatina cálcica 20 mg), portanto deve ser usado com cautela por pacientes com

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 8

Efeito de medicamentos coadministrados sobre a rosuvastatina

Dados in vitro e in vivo indicam que a rosuvastatina não tem interação clinicamente

significativa com o citocromo P450 (como um substrato, inibidor ou indutor). A

rosuvastatina é um substrato para determinadas proteínas transportadoras, incluindo o

transportador hepático de captação OATP1B1 e o transportador de efluxo BCRP. A

administração concomitante de rosuvastatina cálcica com medicamentos que são

inibidores destas proteínas transportadoras pode resultar em maior concentração

plasmática de rosuvastatina e maior risco de miopatia (vide Tabela 4, 8. Posologia e

Modo de Usar e 5. Advertências e Precauções).

Tabela 4. Efeito da coadministração de medicamentos sobre a exposição de

rosuvastatina (ASC; em ordem decrescente de magnitude) de ensaios clínicos

publicados.

Esquema posológico da

droga coadministrada

Esquema posológico de

rosuvastatina

Alteração na ASC de

ciclosporina 75 mg, duas

vezes ao dia a 200 mg duas

vezes ao dia, 6 meses

10 mg uma vez ao dia, 10

dias

7,1 – vezes ↑

atazanavir 300 mg / ritonavir

100 mg uma vez ao dia, 8

simeprevir 150 mg uma vez

ao dia, 7 dias

10 mg, dose única

3,1 – vezes ↑

2,8-vezes ↑

lopinavir 400 mg / ritonavir

100 mg duas vezes ao dia,

17 dias

20 mg uma vez ao dia, 7 dias 2,1 – vezes ↑

clopidogrel 300 mg iniciais,

seguidos por 75 mg em 24

horas

20 mg, dose única 2 vezes ↑

genfibrozila 600 mg duas

vezes ao dia, 7 dias

80 mg, dose única 1,9 – vezes ↑

eltrombopag 75 mg uma vez

ao dia, 10 dias

10 mg, dose única 1,6 – vezes ↑

darunavir 600 mg / ritonavir

100 mg, duas vezes ao dia,

7 dias

10 mg uma vez ao dia, 7 dias 1,5 – vezes ↑

tipranavir 500 mg / ritonavir

200 mg duas vezes ao dia,

11 dias

10 mg, dose única 1,4 – vezes ↑

dronedarona 400 mg, duas

vezes ao dia

Não disponível 1,4 – vezes ↑

itraconazol 200 mg uma vez

ao dia, 5 dias

10 mg ou 80 mg, dose única 1,4 – vezes ↑

ezetimibe 10 mg uma vez ao

dia, 14 dias

10 mg, uma vez ao dia, 14

1,2 – vezes ↑

fosamprenavir 700 mg /

ritonavir 100 mg, duas vezes

10 mg, dose única ↔

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 9

ao dia, 8 dias

aleglitazar 0,3 mg, 7 dias 40 mg, 7 dias ↔

silimarina 140 mg três vezes

fenofibrato 67 mg três vezes

10 mg, 7 dias ↔

rifampicina 450 mg uma vez

20 mg, dose única ↔

cetoconazol 200 mg duas

80 mg, dose única ↔

fluconazol 200 mg uma vez

ao dia, 11 dias

eritromicina 500 mg quatro

80 mg, dose única 20% ↓

baicalina 50 mg três vezes

ao dia, 14 dias

20 mg, dose única 47% ↓

↔ = sem alteração

Interações que requerem ajuste da dose de rosuvastatina (vide também Tabela

4.).

Quando é necessária a coadministração de rosuvastatina cálcica com outros

medicamentos que conhecidamente aumentam a exposição à rosuvastatina, a dose

de rosuvastatina cálcica deve ser ajustada. É recomendado que o médico consulte as

informações relevantes dos medicamentos quando considerar administrar esses

medicamentos concomitantemente com rosuvastatina cálcica. Deve-se iniciar com

uma dose de 5 mg uma vez dia de rosuvastatina cálcica se o aumento esperado na

exposição (ASC) for de aproximadamente 2 vezes ou maior. A dose máxima diária de

rosuvastatina cálcica deve ser ajustada e então a exposição esperada de

rosuvastatina provavelmente não excederá aquela de uma dose diária de 40 mg de

rosuvastatina administrado sem medicamentos que possam interagir, por exemplo,

uma dose de 5 mg de rosuvastatina cálcica com ciclosporina (aumento de 7,1 vezes

na exposição), uma dose de 10 mg de rosuvastatina cálcica com ritonavir/atazanavir

combinados (aumento de 3,1 vezes) e uma dose de 20 mg de rosuvastatina cálcica

com genfibrozila (aumento de 1,9 vezes).

Interação com outros medicamentos

- antiácidos: a administração simultânea de rosuvastatina com uma suspensão de

antiácido contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio resultou em

diminuição da concentração plasmática da rosuvastatina de aproximadamente 50%.

Este efeito foi reduzido quando o antiácido foi administrado 2 horas após

rosuvastatina. A relevância clínica desta interação não foi estudada.

- ácido fusídico: estudos de interação com rosuvastatina e ácido fusídico não foram

conduzidos. Assim como com outras estatinas, eventos musculares relacionados

incluindo rabdomiólise foram relatados na experiência pós-comercialização com a

administração concomitante de rosuvastatina e ácido fusídico. Os pacientes devem ser

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rigorosamente monitorados e a suspensão temporária do tratamento com

rosuvastatina pode ser apropriada.

Efeito da rosuvastatina sobre medicamentos coadministrados

- varfarina: a farmacocinética da varfarina não é significativamente afetada após a

coadministração com rosuvastatina. Entretanto, como com outros inibidores da HMG-

CoA redutase, a coadministração de rosuvastatina e varfarina pode resultar em um

aumento da razão internacional normalizada (INR) em comparação com a varfarina

isoladamente. Em pacientes em tratamento com antagonistas da vitamina K,

recomenda-se a monitorização da INR, tanto no início quanto no término do

tratamento com rosuvastatina ou após ajuste de dose.

- fenofibratos / derivados do ácido fíbrico: embora nenhuma interação

farmacocinética entre rosuvastatina e fenofibrato tinha sido observada, uma interação

farmacodinâmica pode ocorrer. A genfibrozila, o fenofibrato e outros ácidos fíbricos,

incluindo o ácido nicotínico, podem aumentar o risco de miopatia quando

administrados concomitantemente com inibidores da HMG-CoA redutase (vide 5.

Advertências e Precauções).

- ciclosporina: a coadministração de rosuvastatina com ciclosporina não resultou em

alterações significativas na concentração plasmática da ciclosporina.

- outros medicamentos: não houve interações clinicamente significativas com

contraceptivo oral, digoxina, ezetimibe ou fenofibrato.

Em estudos clínicos, a rosuvastatina foi coadministrada com agentes anti-

hipertensivos, agentes antidiabéticos e terapia de reposição hormonal. Esses estudos

não demonstraram evidência de interações adversas clinicamente significativas.

Apesar de estudos clínicos terem demonstrado que a rosuvastatina em monoterapia

não reduz a concentração de cortisol plasmático basal ou prejudique a reserva

adrenal, deve-se ter cautela se rosuvastatina for administrada concomitantemente com

fármacos que podem diminuir os níveis ou a atividade de hormônios esteroidais

endógenos, tais como cetoconazol, espironolactona e cimetidina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 - 30°C). Proteger da luz e umidade.

Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta

uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua

embalagem original.

A rosuvastatina cálcica é apresentada da seguinte maneira:

- rosuvastatina cálcica 10 mg: comprimidos revestidos, redondos e de cor salmão.

- rosuvastatina cálcica 20 mg: comprimidos revestidos, redondos e de cor salmão.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de Usar

A rosuvastatina cálcica deve ser administrada por via oral, a qualquer hora do dia, com

ou sem a ingestão de alimentos.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Posologia

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A faixa de dose usual é de 10 mg a 40 mg, por via oral, uma vez ao dia. A dose

máxima diária é de 40 mg. A dose de rosuvastatina cálcica deve ser individualizada de

acordo com a meta da terapia e a resposta do paciente. A maioria dos pacientes é

controlada na dose inicial. Entretanto, se necessário, o ajuste de dose pode ser feito

em intervalos de 2 a 4 semanas.

Adultos:

- Hipercolesterolemia primária (incluindo hipercolesterolemia familiar

heterozigótica), dislipidemia mista, hipertrigliceridemia isolada e tratamento da

aterosclerose: a dose inicial habitual é de 10 mg uma vez ao dia. Uma dose inicial de

5 mg está disponível para populações especiais de pacientes quando necessário. Para

pacientes com hipercolesterolemia grave (incluindo hipercolesterolemia familiar

heterozigótica) ou aqueles pacientes que necessitam atingir metas agressivas de

redução de LDL-C, pode-se considerar uma dose inicial de 20 mg.

- Hipercolesterolemia familiar homozigótica: recomenda-se uma dose inicial de 20

mg uma vez ao dia.

Crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade:

Em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica a dose

usual é de 5 mg a 20 mg uma vez ao dia por via oral. A dose deve ser

apropriadamente titulada para atingir o objetivo do tratamento. A segurança e eficácia

de doses maiores que 20 mg não foram estudadas nessa população.

Em crianças e adolescentes com hipercolesterolemia familiar homozigótica a

experiência é limitada a um pequeno número de pacientes (idade igual ou maior que 8

anos).

Populações especiais:

- Idosos: utiliza-se a faixa de dose habitual.

- Pacientes com insuficiência renal: a faixa de dose habitual se aplica a pacientes

com insuficiência renal de leve a moderada. Para pacientes com insuficiência renal

grave, a dose de rosuvastatina cálcica não deve exceder 10 mg uma vez ao dia (ver

item “Propriedades Farmacocinéticas”).

- Pacientes com insuficiência hepática: a faixa de dose habitual se aplica a

pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada. Foi observado aumento da

exposição sistêmica a rosuvastatina em pacientes com insuficiência hepática grave,

portanto, o uso de doses superiores a 10 mg deve ser cuidadosamente considerado

(ver item “Propriedades Farmacocinéticas”).

- Raça: a dose inicial de 5 mg de rosuvastatina cálcica deve ser considerada para

pacientes descendentes asiáticos. Tem sido observada uma concentração plasmática

aumentada de rosuvastatina em descendentes asiáticos (ver itens “Propriedades

Farmacocinéticas” e “Advertências e Precauções”). O aumento da exposição sistêmica

deve ser levado em consideração no tratamento de pacientes descendentes asiáticos

cuja hipercolesterolemia não é adequadamente controlada com doses diárias de até

20 mg.

- Polimorfismo genético: genótipos de SLCO1B1 (OATP1B1) c.521CC e ABCG2

(BCRP) c.421AA têm mostrado serem associados com um aumento da exposição à

rosuvastatina (ASC) em comparação com SLCO1B1 c.521TT e c.421CC ABCG2. Para

os pacientes com genótipo c.521CC ou c.421AA, recomenda-se uma dose máxima de

20 mg de rosuvastatina cálcica, uma vez ao dia (vide 5. Advertências e Precauções e

6. Interações Medicamentosas e 3. Características Farmacológicas – Propriedades

Farmacocinéticas).

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- Terapia concomitante: a rosuvastatina é um substrato de várias proteínas

transportadoras (por exemplo, OATP1B1 e BCRP). O risco de miopatia (incluindo

rabdomiólise) é maior quando a rosuvastatina cálcica é administrada

concomitantemente com certos medicamentos que podem aumentar a concentração

plasmática da rosuvastatina devido às interações com essas proteínas transportadoras

(por exemplo, ciclosporina e alguns inibidores de protease, incluindo combinações de

ritonavir com atazanavir, lopinavir, e/ou tipranavir, vide 5. Advertências e Precauções e

6. Interações Medicamentosas). É recomendado que o médico consulte as

informações relevantes dos medicamentos quando considerar administrar esses

medicamentos concomitantemente com rosuvastatina cálcica. Sempre que possível,

medicamentos alternativos devem ser considerados e, se necessário, considerar a

interrupção temporária da terapia com rosuvastatina cálcica. Em situações em que a

coadministração destes medicamentos com rosuvastatina cálcica é inevitável, o

benefício e o risco do tratamento concomitante e ajustes da posologia de rosuvastatina

cálcica devem ser cuidadosamente considerados (vide 6. Interações

Medicamentosas).

- Interações que requerem ajuste de dose: Vide item 6. Interações

Medicamentosas.

Conduta em caso de esquecimento de dose

Se o paciente se esquecer de tomar uma dose de rosuvastatina cálcica, não é

necessário tomar a dose esquecida, deve-se apenas tomar a próxima dose, no horário

habitual. Nunca deve ser tomada uma dose dobrada para compensar uma dose

perdida.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A rosuvastatina cálcica é geralmente bem tolerada. Os eventos adversos observados

com a rosuvastatina são geralmente leves e transitórios. Em estudos clínicos

controlados, menos de 4% dos pacientes tratados com rosuvastatina foram retirados

dos estudos devido a eventos adversos. Esta taxa de retirada foi comparável à

relatada em pacientes recebendo placebo.

Reação comum (≥1/100, < 1/10): cefaleia, mialgia, astenia, constipação, vertigem,

náusea e dor abdominal.

Reação incomum (≥1/1000, <1/100): prurido, exantema e urticária.

Reação rara (≥1/10.000, <1/1000): miopatia (incluindo miosite), reações de

hipersensibilidade (incluindo angioedema), rabdomiólise e pancreatite.

Como ocorre com outros inibidores da HMG-CoA redutase, a incidência de reações

adversas ao fármaco tende a aumentar com a elevação da dose.

Efeitos musculoesqueléticos: raros casos de rabdomiólise, os quais foram

ocasionalmente associados com dano da função renal, foram relatados com

rosuvastatina e com outras estatinas.

Efeitos laboratoriais: como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, foi

observado um aumento relacionado à dose das transaminases hepáticas e da CK em

um pequeno número de pacientes em tratamento com rosuvastatina. Foi observado

aumento da HbA1c em pacientes tratados com rosuvastatina. Foram observados

testes de análise de urina anormais (teste de fita reagente positivo para proteinúria)

em um pequeno número de pacientes tomando rosuvastatina e outros inibidores da

HMG-CoA redutase. A proteína detectada foi principalmente de origem tubular. Na

maioria dos casos, a proteinúria diminui ou desaparece espontaneamente com a

rosuvastatina cálcica _BU 06_VPS 13

continuação do tratamento e ela não é um indicativo de doença renal aguda ou

progressiva.

Outros efeitos: em um estudo clínico controlado de longo prazo, a rosuvastatina

mostrou não ter efeitos nocivos ao cristalino.

Nos pacientes tratados com rosuvastatina, não houve danos na função adrenocortical.

Os eventos adversos faringite (rosuvastatina 9,0% vs placebo 7,6%) e outros eventos

respiratórios como infecções das vias aéreas superiores (rosuvastatina 2,3% vs

placebo 1,8%), rinite (rosuvastatina 2,2% vs placebo 2,1%) e sinusite (rosuvastatina

2,0% vs placebo 1,8%), foram relatados em estudos clínicos, independentemente da

causalidade.

Experiência pós-comercialização

Em adição às relatadas acima, as seguintes reações adversas têm sido relatadas

durante a comercialização de rosuvastatina:

- Distúrbios hematológicos:

Frequência desconhecida: trombocitopenia.

- Distúrbios hepatobiliares:

Muito raras: icterícia e hepatite.

Rara: aumento das transaminases hepáticas.

- Distúrbios musculoesqueléticos:

Muito raras: artralgia.

Frequência desconhecida: miopatia necrotizante imunomediada.

Como com outros inibidores da HMG-CoA redutase, a frequência relatada para

rabdomiólise no uso pós-comercialização é maior com as doses mais altas

administradas.

- Distúrbios do sistema nervoso:

Muito raras: perda de memória.

Frequencia desconhecida: neuropatia periférica

- Distúrbios psiquiátricos:

Frequência desconhecida: depressão e distúrbios do sono (incluindo insônia e

pesadelos).

- Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas:

Frequência desconhecida: ginecomastia.

Crianças e adolescentes de 10 – 17 anos de idade

O perfil de segurança de rosuvastatina cálcica é semelhante em crianças ou

adolescentes e adultos embora elevações de CK > 10 x LSN e sintomas musculares

após exercício ou aumento da atividade física, que se resolveram mesmo com a

continuação do tratamento, foram observados com maior frequência nos estudos

clínicos com crianças e adolescentes. Entretanto, as mesmas precauções e

advertências para os pacientes adultos são também aplicáveis para crianças e

adolescentes (vide 5. Advertências e Precauções).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em

Vigilância Sanitária – NOTIVISA disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.