Bula do Solupren produzido pelo laboratorio Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
SOLUPREN®
(succinato sódico de metilprednisolona)
Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda.
Pó liofilizado injetável + solução diluente
125 mg e 500 mg
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succinato sódico de metilprednisolona
APRESENTAÇÕES
Pó liofilizado 125 mg em embalagens com 25 frascos-ampola e 25 ampolas com 2 mL de diluente
bacteriostático.
Pó liofilizado de 500 mg em embalagens com 25 frascos-ampola e 25 ampolas com 8 mL de diluente
USO INTRAVENOSO / INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém o equivalente à:
125 mg 500 mg
succinato sódico de metilprednisolona .......................................................................... 184 mg* 736 mg**
excipientes: fosfato de sódio dibásico............................................................................ q.s. q.s.
* equivalente à 131,25 mg de metilprednisolona
** equivalente à 525 mg de metilprednisolona
Cada ampola de diluente bacteriostático contém:
2 mL 8 mL
álcool benzílico............................................................................................................... 18,9 mg 75,6 mg
água para injetáveis......................................................................................................... q.s. q.s.
Reconstituir o produto apenas com o diluente que acompanha a embalagem.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado ao tratamento de alguns distúrbios endócrinos (alteração do funcionamento de
glândulas), reumáticos (doenças inflamatórias crônicas), doenças do colágeno e do complexo imune (por
exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, entre outros), doenças dermatológicas (da pele), estados alérgicos,
doenças oftálmicas (dos olhos), gastrintestinais e respiratórias, distúrbios hematológicos (das células do
sangue), doenças neoplásicas (câncer), estados edematosos (inchaço), doenças do sistema nervoso, entre
outros.
SOLUPREN é um potente esteroide sintético (tipo de hormônio produzido em laboratório) com função anti-
inflamatória (medicamento que controla a reação do sistema de defesa a agressão) e metabólica.
(Vide “O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?” e “QUAIS OS MALES
QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?”)
Você não deve usar SOLUPREN: se tiver hipersensibilidade (alergia) conhecida à metilprednisolona ou a
qualquer componente da fórmula; infecções sistêmicas (no organismo) por fungos e para uso pelas vias de
administração intratecal (diretamente no espaço onde corre o líquido espinhal) e epidural (espaço entre a dura-
máter e a parede do canal raquidiano).
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A administração de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados (vivos, mas muito fracos) não é indicada se
você estiver recebendo doses imunossupressoras (que reduzem a atividade ou eficiência do sistema de defesa)
de corticosteroides (hormônio esteroide).
(Vide “QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?” e “QUAIS OS MALES QUE ESTE
MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?”)
Durante o tratamento com hormônios esteroides, como o SOLUPREN, em doses imunossupressoras, a pessoa
não deve receber vacina com vírus vivos ou atenuados. Não há problemas em receber vacinas de
microrganismos mortos ou inativados (sem capacidade de produzir doenças), mas a resposta à vacina pode ser
diminuída.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que
acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento
de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
O uso de esteroides, medicamentos da classe do SOLUPREN podem: aumentar o risco de infecções;
reativar focos de tuberculose; desencadear transtornos psíquicos tais como euforia, insônia, oscilações
do humor e da personalidade, depressão e importantes alterações do comportamento. Pessoas com
tendência a instabilidade emocional e distúrbios de personalidade (psicose) têm mais chances de
desenvolver esse problema.
Deve-se usar SOLUPREN com cautela em pacientes com: histórico de alergia a outros medicamentos,
insuficiência renal (redução total da função dos rins), diabetes, miastenia grave (tipo de doença em que o corpo
agride os músculos e nervos dele mesmo), pacientes com herpes simples ocular, insuficiência cardíaca
congestiva (coração incapaz de bombear sangue a uma taxa satisfatória às necessidades dos tecidos),
hipertensão (aumento da pressão do sangue), colite ulcerativa não específica (úlceras do intestino), com
chances de perfuração iminente, diverticulite (aparecimento de “pequenos dedos” no intestino que inflamam),
abscesso (cavidade com pus devido à infecção) ou outra infecção piogênica (que produz pus); anastomose
intestinal recente (cirurgia recente que reconectou duas partes do intestino); úlcera péptica (lesão no estômago
ativa ou latente) ou osteoporose (diminuição do cálcio nos ossos). Foi relatada a ocorrência de trombose
(entupimento de uma veia), incluindo tromboembolismo venoso (entupimento de uma veia do pulmão por um
coágulo), com o uso de corticosteroides. Consequentemente, os corticosteroides devem ser usados com cautela
em pacientes que apresentam ou estão predispostos a distúrbios tromboembólicos (entupimento de veias e
artérias por formação de coágulos). Altas doses de corticosteroides podem produzir pancreatite aguda. Lesão
hepática induzida por fármacos, tais como a hepatite aguda pode resultar de uso da metilprednisolona pulsada
cíclica (geralmente em doses de 1 mg/dia). O tempo de início da hepatite aguda pode ser várias semanas ou
mais. A resolução do evento adverso foi observado depois que o tratamento foi descontinuado.
Este medicamento pode causar doping.
SOLUPREN não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
SOLUPREN contêm álcool benzílico que tem sido associado com eventos adversos graves, incluindo a
“Síndrome de Gasping” (alteração do ritmo respiratório) e morte em pacientes pediátricos.
Caso utilizado em neonato (recém-nascido), deverá ser utilizada para reconstituição do produto apenas água
para injetáveis e a ampola do diluente bacteriostático não deve ser utilizada, pois o álcool benzílico presente no
diluente bacteriostático apresenta toxicidade para neonatos.
Só deve ser usado na gravidez quando os benefícios do seu uso superam os riscos. SOLUPREN é excretado
pelo leite humano. Informe ao seu médico se você estiver grávida, ficar grávida durante o tratamento ou logo
após seu término, ou estiver amamentando.
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação
nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se
chama interação medicamentosa. O uso de SOLUPREN com medicamentos que induzem (aumentam a
capacidade de trabalhar) as enzimas do fígado (por exemplo, anticonvulsivantes – fenobarbital, fenitoína, e
antibiótico antituberculoso – rifampicina) pode reduzir a quantidade de SOLUPREN no sangue. Já o uso com
medicamentos que inibem as enzimas CYP3A4 (substâncias do fígado que transformam substâncias químicas
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como os medicamentos) podem aumentar a quantidade de SOLUPREN no sangue; são exemplos desse grupo:
antibióticos (isoniazida) e suco de grapefruit. O uso de SOLUPREN com anticoagulantes (medicamentos que
impedem a coagulação do sangue, por exemplo, varfarina) pode gerar resultados variáveis – aumento ou
diminuição da capacidade de coagulação; por isso é recomendado que se monitore a capacidade de coagulação
do sangue se esses dois medicamentos forem usados juntos. O uso com anticonvulsivantes (carbamazepina),
anticolinérgicos (substâncias antagonistas da ação de fibras nervosas parassimpáticas que liberam acetilcolina),
anticolinesterásicos (drogas que inibem a ação da enzima colinesterase), antidiabéticos, antieméticos,
antifúngicos, antivirais (inibidores da HIV-protease), inibidor da aromatase (droga usada no tratamento do
câncer de mama e ovário), bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazem), contraceptivos orais (etinilestradiol,
noretindrona), imunossupressores (ciclofosfamida, tacrolimo), antibióticos da classe dos macrolídeos
(troleandomicina), antiinflamatórios não esteroidais (ácido acetilsalicílico) e agentes depletores de potássio
(drogas que aumentam a perda de potássio, como por exemplo, diuréticos) pode aumentar ou diminuir a
quantidade de SOLUPREN no sangue, o que poderá resultar em alteração na posologia do medicamento,
conforme critério médico.
O uso conjunto com outros antiinflamatórios como o ácido acetilsalicílico pode aumentar o risco de
desenvolvimento de úlceras gastrintestinais.
A terapia com glicocorticoides pode mascarar sintomas da úlcera péptica de forma que perfuração ou
hemorragia possa ocorrer sem dor significativa.
Crise de feocromocitoma (crise de pressão alta e sintomas sugestivos de ataque de pânico), que pode ser fatal,
foi relatada após a administração de corticosteroides sistêmicos. Corticosteroides só devem ser administrados
em pacientes com suspeita de feocromocitoma (tumor raro da glândula adrenal) ou feocromocitoma
identificado após uma avaliação apropriada de risco/benefício.
Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
SOLUPREN deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz. Após a
reconstituição, SOLUPREN deverá ser utilizado imediatamente. Para reconstituição, usar apenas o diluente
que acompanha a embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: pó branco a quase branco, amorfo, inodoro, higroscópico e isento de
materiais estranhos.
Após diluição: Solução límpida, com todo conteúdo dissolvido.
Diluente: líquido límpido e incolor com um leve odor de álcool benzílico e isento de materiais estranhos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
SOLUPREN só deve ser administrado por infusão intravenosa (IV, ou seja, dentro do vaso sanguíneo) ou por
injeção intramuscular (IM, ou seja, dentro do músculo). Em emergências a infusão intravenosa deve ser a de
escolha.
SOLUPREN sempre será preparado e administrado por um médico ou por um profissional de saúde
especializado.
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As instruções para administração, reconstituição, diluição e infusão estão disponibilizadas na bula destinada
aos Profissionais de Saúde, pois somente um médico ou um profissional de saúde especializado poderá
preparar e administrar a medicação.
Seu médico determinará a duração do tratamento e a quantidade de medicamento administrada por dia, e
monitorará sua resposta e condições. Em geral, a duração do tratamento deve ser baseada na resposta clínica do
paciente.
Recomenda-se o uso de seringas descartáveis.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O plano de tratamento por via intravenosa (IV) e intramuscular (IM) é definido pelo médico que acompanha o
seu caso. Caso você esqueça de aplicar SOLUPREN no horário estabelecido pelo seu médico, procure um
profissional que o aplique assim que lembrar. Porém, se o horário estiver muito próximo da próxima dose
contate o médico para redefinir o plano de tratamento. Neste caso, não aplique o medicamento duas vezes para
compensar doses esquecidas. O esquecimento da dose pode comprometer o resultado do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
(Vide “QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?” e “O QUE DEVO SABER ANTES DE
USAR ESTE MEDICAMENTO?”)
SOLUPREN se relaciona às seguintes reações adversas: infecção, infecção oportunista (infecção que pode
ocorrer quando o sistema de defesa está debilitado); hipersensibilidade (alergia, incluindo reação alérgica
grave); leucocitose (aumento do número de leucócitos no sangue); cushingoide (aumento de peso, com
depósito específico de gordura em tronco e pescoço, face cheia, pode haver aumento de pelos e espinhas),
hipopituitarismo (diminuição da função da glândula pituitária), síndrome de abstinência de esteroide; prejuízo
da tolerância à glicose, alcalose hipocalêmica (alcalinidade dos fluidos corporais devido à redução do potássio
sanguíneo), alteração do colesterol, aumento da necessidade de insulina (ou medicamentos que reduzem a
glicose no sangue em pacientes diabéticos), retenção de sódio e de fluidos, balanço de nitrogênio negativo
(maior excreção de nitrogênio com relação à quantidade ingerida), aumento da ureia no sangue, aumento de
apetite (que pode resultar em aumento de peso), lipomatose (acúmulo de gordura); transtorno afetivo
(incluindo instabilidade afetiva, humor deprimido, humor eufórico, dependência do medicamento e ideação
suicida), transtorno psicótico (incluindo mania, delírio, alucinação, esquizofrenia), confusão, transtorno mental,
ansiedade, alteração de personalidade, oscilações de humor, comportamento anormal, insônia, irritabilidade;
aumento da pressão dentro do crânio, convulsão, amnésia, transtorno cognitivo (por exemplo: esquecimento),
tontura/vertigem, dor de cabeça; lipomatose epidural (deposição de gordura no espaço epidural da coluna
vertebral); protusão dos olhos conhecida popularmente como esbugalhamento dos olhos, glaucoma (aumento
de pressão intraocular), catarata; retinopatia serosa central (doença que afeta a região central da retina);
insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração em bombear a quantidade adequada de sangue),
arritmia (alterações do ritmo cardíaco); trombose (entupimento de uma veia), aumento ou queda da pressão
sanguínea; embolia pulmonar (entupimento de uma veia do pulmão por um coágulo), soluços; sangramento
gástrico, perfuração intestinal, úlcera péptica (lesão no estômago) (com possível perfuração e sangramento),
inflamação no pâncreas, no peritônio ou no esôfago, dor e aumento do volume abdominal, diarreia, má
digestão, náusea; angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem
alérgica), inchaço nas extremidades do corpo, equimose (manchas vinhosas na pele por sangramento), petéquia
(hematomas puntiformes na pele), atrofia, estria ou hipopigmentação da pele, hirsutismo (aumento de pelos),
vermelhidão da pele, coceira, urticária (alergia da pele), acne, aumento da sudorese; osteonecrose (morte de
células ósseas), fratura patológica (fratura sem causa aparente), retardo do crescimento, diminuição de massa
muscular, miopatia (alteração da função dos músculos), osteoporose (diminuição do cálcio dos ossos),
artropatia neuropática (doenças da articulação), dor nas articulações, dor e fraqueza muscular; menstruação
irregular; dificuldade de cicatrização, reação no local da injeção, cansaço, indisposição; aumento de enzimas
do fígado e da fosfatase alcalina (enzima encontrada em diversos órgãos e tecidos) no sangue, aumento da
pressão dentro do olho, diminuição da tolerância a carboidrato, diminuição de potássio no sangue, aumento de
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cálcio na urina, supressão de reações em testes cutâneos; ruptura de tendão (parte do músculo que o fixa ao
osso), fratura por compressão de vértebras.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
MEDICAMENTO?
Não há síndrome clínica da superdosagem aguda com corticosteroides. Relatos de toxicidade aguda e/ou morte
após superdosagem de corticosteroides são raros. Em caso de superdosagem, não há antídoto específico
disponível; o tratamento é sintomático e de apoio. A metilprednisolona é dialisável.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.