Bula do Sulfametoxazol + Trimetoprima produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
sulfametoxazol + trimetoprima
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
Comprimidos simples
400 + 80 mg
800 + 160 mg
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999.
Agente quimioterápico com duplo mecanismo de ação e propriedades bactericidas.
Antibacteriano para uso sistêmico.
APRESENTAÇÕES
sulfametoxazol + trimetoprima comprimidos 400 + 80 mg. Embalagem contendo 20 comprimidos.
sulfametoxazol + trimetoprima comprimidos 800 + 160 mg. Embalagem contendo 10 comprimidos.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 12 ANOS DE IDADE
USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg contém:
sulfametoxazol.........................................................................................................................................................400 mg
trimetoprima...............................................................................................................................................................80 mg
excipientes q.s.p. ...........................................................................................................................................1 comprimido
(povidona, carmelose sódica, croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio)
Cada comprimido de sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg contém:
sulfametoxazol.........................................................................................................................................................800 mg
trimetoprima.............................................................................................................................................................160 mg
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O sulfametoxazol + trimetoprima somente deve ser usado quando o benefício do tratamento superar qualquer risco
possível; considerações devem ser feitas quanto ao agente bacteriano efetivo. Como a suscetibilidade da bactéria in
vitro varia geograficamente e com o tempo, a situação local deve ser considerada quando se seleciona uma
antibioticoterapia.
O sulfametoxazol + trimetoprima comprimidos é indicado para o tratamento das infecções causadas por
microrganismos sensíveis à associação trimetoprima + sulfametoxazol, tais como:
-infecções do trato respiratório e otites: exacerbações agudas de quadros crônicos de bronquite, sinusite, tratamento e
profilaxia (primária e secundária) da pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças. Otite média em
crianças, quando há boas razões para se preferir essa combinação a um antibiótico simples;
-infecções do trato urinário e renais: cistites agudas e crônicas, pielonefrites, uretrites, prostatites e cancroides;
-infecções genitais em homens e mulheres, inclusive uretrite gonocócica;
-infecções gastrointestinais, incluindo febre tifoide e paratifoide, e tratamento dos portadores, cólera (como medida
conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos), diarreia dos viajantes causada pela Escherichia coli enterotoxicogênica,
shiguellose (cepas sensíveis de Shigella flexneri e Shigella sonnei, quando o tratamento antibacteriano for indicado);
-infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas infectadas;
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
-Outras infecções bacterianas causadas por uma grande variedade de microrganismos (tratamento possivelmente em
combinação com outros antibióticos): osteomielite aguda e crônica, brucelose aguda, nocardiose, blastomicose sul-
americana, actonomicetoma.
Infecções do trato respiratório
Exacerbação aguda de bronquite crônica e otite média em crianças, quando há evidência de sensibilidade ao
sulfamatoxazol e trimetoprima (SMZ-TMP) e uma boa razão para preferir essa combinação a um antibiótico simples
nas duas indicações.
Tratamento e profilaxia (primária e secundária) da Pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças.
Infecções do trato urogenital
Infecções do trato urinário, uretrites gonocóccicas e cancroide.
Infecções do trato gastrointestinal
Febre tifoide e paratifoide, shigelose (cepas susceptíveis de Shigela flexneri e Shigela sonnei, quando a terapia
antibacteriana é indicada) diarreia dos viajantes causada por Escherichia coli enterotoxigênica e cólera (como medida
conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos).
Outras infecções bacterianas
Infecções causadas por uma ampla variedade de organismos (possivelmente tratamento em combinação com outros
antibióticos), por exemplo, brucelose, osteomielite aguda e crônica, nocardiose, actinomicetoma, blastomicose sul-
americana e septicemia.
O sulfametoxazol + trimetoprima mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções respiratórias
superiores e inferiores, em crianças e adultos, com eficáciaº comparável à eritromicina e amoxicilina (Bottone et al.,
1982; Davies et al.,1983).
Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona (Feldman et al., 1988; Blumer et al.,
1984; Shurin et al., 1980; Barnett et al., 1997), e é opção nas infecções causadas por H. influenzae resistente à
ampicilina ou em pacientes com hipersensibilidade à penicilina (Shurin et al., 1980). Pode ser usado na profilaxia da
otite média recorrente e otite média crônica (Gaskins et al., 1982; Krause et al., 1982). Na sinusite aguda, pode ser
considerado agente de primeira linha (Fagnan, 1998).
No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, à penicilina G procaína e cefalexina (Phadtare &
Rangnekar, 1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e pode ser uma opção em casos leves a moderados; contudo,
deve-se sempre considerar a resistência local (Nierdman et al., 1993). Também se mostra eficaz na bronquite crônica
agudizada (Pines et al., 1969).
O sulfametoxazol + trimetoprima é considerado medicamento de escolha na profilaxia e no tratamento da pneumonia
por P. carinii em adultos e crianças HIV positivo (Anon, 1992; Schneider et al., 1992). Nesses pacientes, seu uso
mostra-se também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose cerebral (Carr et al., 1992).
Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário inferior, o sulfametoxazol + trimetoprima tem eficácia
similar ao ofloxacino e ciprofloxacino no tratamento com duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar ao
norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o tratamento por sete dias (Anon,1987; Spencer et al., 1994)
e, similar ao ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry et al., 1986). Também é efetivo na profilaxia de
infecções recorrentes do trato urinário (Anon, 1987; Stamm et al., 1980). No tratamento da pielonefrite aguda não
complicada, o sulfametoxazol + trimetoprima tem eficácia similar ao cefaclor e à ofloxacina (Trager et al., 1980; Cox
et al., 1986) e, quando usado em associação com gentamicina, apresenta menor resistência antimicrobiana
significativa, quando comparada à associação ampicilina com gentamicina, além de oferecer menor custo (Johnson et
al., 1991).
Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua alta concentração no tecido prostático (Lipsky et al.,
1999).
O sulfametoxazol + trimetoprima demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior à
tetraciclina no tratamento do cancroide (Fitzpatrick et al., 1981). Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por
clamídias) é um tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento e da
clamídia em cinco a dez dias de tratamento com o sulfametoxazol + trimetoprima (Tavares W, 1996).
O sulfametoxazol + trimetoprima é efetivo no tratamento das infecções gastrointestinais por Salmonella, Shigella e E.
coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Pont et al., 1993; Thisyakorn & Mansuwan, 1992). Na diarreia dos
viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de cinco dias (Ericson et al., 1987).
Em adultos, o sulfametoxazol + trimetoprima, por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à amoxicilina/ácido
clavulânico em infecções de pele e do subcutâneo (Davies et al., 1983).
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
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Farmacodinâmica
O sulfametoxazol + trimetoprima contém dois componentes ativos, sulfametoxazol e trimetoprima, agindo
sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido
folínico no microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida in vitro em concentrações
nas quais as substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente, o sulfametoxazol +
trimetoprima é frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a um dos seus dois componentes.
Devido ao seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado.
O efeito antibacteriano do sulfametoxazol + trimetoprima in vitro atinge um amplo espectro de microrganismos
patogênicos gram-positivos e gram-negativos, embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que é
utilizado.
Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração inibitória mínima < 80 mg/L)* :
* Equivalente ao SMZ.
Cocos: Branhamella catarrhalis.
Bacilos gram-negativos: Haemophilus influenzae (betalactamase positivo, betalactamase negativo), Haemophilus
parainfluenzae, E. coli, Citrobacter freundii, Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, outras
Klebsiella spp., Enterobacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Hafnia alvei, Serratia marcescens, Serratia
liquefaciens, outras Serratia spp., Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Morganella morganii, Shigella spp., Yersinia
enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.
Outros diversos bacilos gram-negativos: Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis, Pseudomonas cepacia,
Burkholderia (Pseudomonas) pseudomallei.
Com base em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser considerados como sensíveis:
Brucella, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Pneumocystis carinii, Cyclospora cayetanensis.
Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160 mg/L)*:
Cocos: Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e meticilina resistentes), Staphylococcus spp. (coagulase
negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis, penicilina resistentes).
Bacilos gram-negativos: Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras Providencia spp., Salmonella typhi,
Salmonella-enteritidis Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente denominado Xanthomonas maltophilia).
Outros diversos bastonetes gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente A.
baumanii), Aeromonas hydrophila.
Microrganismos resistentes (CIM > 160 mg/L)*:
Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum.
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
A prevalência local de resistência ao sulfametoxazol + trimetoprima entre as bactérias pertinentes à infecção tratada
deve ser conhecida quando sulfametoxazol + trimetoprima é prescrito em bases empíricas.
Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de serem causadas por um patógeno
parcialmente sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.
A sensibilidade ao sulfametoxazol + trimetoprima pode ser determinada por métodos padronizados, tais como os
testes de disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee for Clinical Laboratory Standards – NCCLS.
Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados na tabela abaixo:
Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS
Teste de disco*
Diâmetro da zona de inibição (mm)
Teste de diluição**
CIM ( g/mL)
TMP SMZ SMZ
Sensível ≥ 16 ≤ 2 ≤ 38
Parcialmente sensível 11 - 15 4 76
Resistente ≤ 10 ≥ 8 ≥ 152
* Disco: 1,25 mg TMP (trimetoprima) e 23,75 mg SMZ (sulfametoxazol).
** TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1 para 19.
Farmacocinética
As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são muito semelhantes.
Absorção
Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e quase completamente absorvidos na porção superior do
trato gastrointestinal. Após dose única de 160 mg de TMP + 800 mg de SMZ, são obtidas concentrações plasmáticas
máximas de 1,5 – 3 µg/mL para TMP e 40 – 80 µg/mL para SMZ, dentro de uma a quatro horas. Se a administração
for repetida a cada 12 horas, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, atingidas em dois ou três dias,
variam entre 1,3 e 2,8µg/mL para o TMP e entre 32 e 63 µg/mL para o SMZ.
Biodisponibilidade
A absorção de TMP e SMZ é completa conforme demonstrado pela biodisponibilidade oral absoluta
chegando a 100% para ambas as drogas.
Distribuição
O volume de distribuição é de aproximadamente 1,6 L/kg para TMP e 0,2 L/kg para SMZ, enquanto a ligação
às proteínas plasmáticas atinge 37% para TMP e 66,2% para SMZ.
O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido seminal, fluido vaginal, saliva,
tecido pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a penetração no liquor e humor aquoso é similar para ambos
componentes.
Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente sanguínea para os líquidos
intersticiais e para outros líquidos orgânicos extravasculares. Entretanto, em associação, as concentrações de TMP e
SMZ são superiores às concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos microrganismos suscetíveis.
Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais (placenta, fígado, pulmão), no sangue do cordão
umbilical e líquido amniótico, indicando a transferência placentária dos dois fármacos. Em geral, concentrações fetais
de TMP são similares às concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da mãe.
Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno. Concentrações no leite materno são similares à
concentração do plasma materno para TMP e mais baixas para SMZ. (vide item Advertências e precauções –
subitem Gravidez e lactação)
Metabolismo
Cerca de 20% da dose de TMP é metabolizado. As isoenzimas do citocromo P450 envolvidas no metabolismo
oxidativo de TMP não foram identificadas.
Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxido 1 e 3 e hidroxi 3' e 4'; alguns metabólitos são
microbiologicamente ativos. Cerca de 80% da dose de SMZ é metabolizada no fígado, predominantemente para
derivados N4 acetil (≈ 40% da dose) e, em uma menor extensão, por conjugação glicuronídica; seus metabólitos são
inativos. SMZ também sofre metabolismo oxidativo. O primeiro passo da via oxidativa conduz à formação do
derivado de hidroxilamina, o qual é catalisada pelo CYP2C9.
Eliminação
As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em média de dez horas para TMP e onze horas para
SMZ).
Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por via renal por meio de
filtração glomerular e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das substâncias ativas
consideravelmente mais altas que as concentrações no sangue. Cerca de dois terços da dose de TMP e um quarto da
dose SMZ são excretados inalterados na urina. A depuração plasmática total de TMP é igual a 1,9 mL/min/kg. A
depuração plasmática total de SMZ é igual a 0,32 mL/min/kg. Apenas uma pequena parte dos fármacos é eliminada
por via fecal.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
Idosos
As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos com função renal normal.
Insuficiência renal
Em pacientes com comprometimento da função renal (clearance de creatinina de 15 – 30 mL/min), as meias-vidas dos
dois componentes podem estar aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses. Diálise peritoneal ambulatorial
contínua ou intermitente não contribuem significativamente para a eliminação de TMP-SMZ.
A dosagem de TMP-SMZ nestes pacientes deve ser semelhante aos pacientes com doença renal terminal (clearance de
creatinina < 3 mL/min). TMP e SMZ são removidos de forma significativa durante a hemodiálise e hemofiltração.
Sugere-se aumentar em 50% a dose de TMP-SMZ depois de cada sessão de hemodiálise. Em crianças com
insuficiência renal (clearance de creatinina < 30 mL / min), a depuração da TMP é reduzida e sua meia-vida de
eliminação prolongada. Portanto, a dose de TMP-SMZ deve ser reduzida proporcionalmente à diminuição da taxa de
filtração glomerular nesta população de pacientes.
Insuficiência hepática
A farmacocinética da TMP e SMZ em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave não é
significativamente diferente daquela observada em indivíduos saudáveis.
Pacientes com fibrose cística
A depuração renal da TMP e a depuração metabólica de SMZ são aumentadas em pacientes com fibrose cística.
Consequentemente, a depuração total no plasma é aumentada e a meia-vida de eliminação é reduzida para ambos os
fármacos.
Crianças e adolescentes
Em crianças de 1 a 9 anos a depuração plasmática total de TMP é cerca de três vezes maior do que em adultos. Como
consequência, a meia-vida de TMP em crianças é menor do que metade da observada em adultos.
Observações semelhantes foram feitas para sulfametoxazol.
O sulfametoxazol + trimetoprima está contraindicado nos casos de lesões graves do parênquima hepático e em
pacientes com insuficiência renal grave quando não se pode determinar regularmente a concentração plasmática.
Da mesma forma, o sulfametoxazol + trimetoprima está contraindicado aos pacientes com história de
hipersensibilidade à sulfonamida ou trimetoprima ou a qualquer um dos componentes da formulação.
O sulfametoxazol + trimetoprima não deve ser utilizado em combinação com dofetilida (vide item Interações
medicamentosas).
Este medicamento é contraindicado para uso por prematuros e recém-nascidos durante as primeiras seis
semanas de vida.
O tratamento deve ser descontinuado imediatamente ao primeiro sinal de aparecimento de rash cutâneo ou qualquer
outra reação adversa grave.
O sulfametoxazol + trimetoprima deve ser administrado com cautela em pacientes com história de alergia e asma
brônquica.
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes idosos ou em pacientes que apresentem as seguintes
condições: insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso concomitante de outros fármacos (nesse caso, o risco
pode ser relacionado à dosagem ou duração do tratamento). Embora raro, já foi descrito caso fatal relacionado com
reações graves, tais como: discrasias sanguíneas, eritema exsudativo multiforme (síndrome de Stevens-Johnson),
necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas
sistêmicos (DRESS) e necrose hepática fulminante.
Para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com o sulfametoxazol + trimetoprima deve
ser a menor possível, especialmente em pacientes idosos. Em caso de comprometimento renal, a dose deve ser
ajustada.
Pacientes em uso prolongado do sulfametoxazol + trimetoprima devem fazer controle regular de hemograma. Caso
surja redução significativa de qualquer elemento figurado do sangue, o tratamento com o sulfametoxazol +
trimetoprima deve ser suspenso.
A não ser em casos excepcionais, o sulfametoxazol + trimetoprima não deve ser administrado a pacientes com
alterações hematológicas graves.
Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes que receberam a combinação trimetoprima com metotrexato (vide
item Interações medicamentosas).
Nos pacientes idosos ou em pacientes com história de deficiência de ácido fólico ou insuficiência renal, podem ocorrer
alterações hematológicas indicativas de deficiência de ácido fólico. Essas alterações são reversíveis administrando-se
ácido folínico.
Pacientes em uso prolongado do sulfametoxazol + trimetoprima devem fazer exame de urina e avaliação da função
renal (em particular, pacientes com insuficiência renal) regularmente. É necessário o monitoramento da ingestão
adequada de líquidos e diurese, durante o tratamento, para evitar cristalúria.
Devido à possibilidade de hemólise, o sulfametoxazol + trimetoprima não deve ser administrado a pacientes
portadores de deficiência de G6PD (desidrogenase de glicose-6-fosfato), a não ser em casos de absoluta necessidade e
em doses mínimas.
Notou-se que o TMP prejudica o metabolismo da fenilalanina, mas isso não é significativo em pacientes
fenilcetonúricos com restrição dietética apropriada.
Como com todos os fármacos com sulfonamidas, é aconselhável ter cuidado com pacientes com porfiria ou disfunção
da tireoide. Pacientes que são acetiladores lentos podem ser mais suscetíveis a reações idiossincráticas às
sulfonamidas.
Gravidez e lactação.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Com base em relatórios de estudos incluindo gestantes, revisão de literatura e relatórios espontâneos de malformações,
o uso do sulfametoxazol + trimetoprima parece não apresentar risco de teratogenicidade em seres humanos.
Em animais de laboratório, doses muito elevadas de TMP e SMZ produziram malformações fetais típicas de
antagonismo de ácido fólico.
Uma vez que tanto TMP como SMZ atravessam a barreira placentária e podem, portanto, interferir no metabolismo do
ácido fólico, o sulfametoxazol + trimetoprima somente deverá ser utilizado durante a gravidez se os possíveis riscos
para o feto justificarem os benefícios terapêuticos esperados. Recomenda-se que toda gestante em tratamento com o
sulfametoxazol + trimetoprima receba concomitantemente 5 a 10 mg de ácido fólico diariamente. Deve-se evitar o
uso do sulfametoxazol + trimetoprima durante o último estágio da gravidez, tanto quanto possível, devido ao risco
de kernicterus no neonato.
Tanto TMP como SMZ são excretados no leite materno. Embora a quantidade ingerida pelo lactente seja pequena,
possíveis riscos para o lactente (kernicterus, hipersensibilidade) devem ser ponderados frente aos benefícios
terapêuticos esperados para a mãe.
Até o momento, não há informações de que o sulfametoxazol + trimetoprima (sulfametoxazol e trimetoprima) possa
Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia com púrpura foi observado em pacientes idosos recebendo
concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos. Nestes pacientes, as plaquetas devem ser monitoradas
regularmente.
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
Digoxina: níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante com o sulfametoxazol +
trimetoprima, especialmente em pacientes idosos. Os níveis séricos de digoxina devem ser monitorados.
A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C9 pode aumentar quando administrados em
conjunto com TMP-SMZ. Exemplos incluem:
Cumarinas: varfarina, acenocoumarol, fenprocoumona, fenitoína Os parâmetros de coagulação devem ser
monitorados em pacientes que recebem cumarinas.
Derivados de sulfonilureia: glibenclamida, gliclazida, glipizida, clorpropamida e tolbutamida. Pacientes que recebem
derivados de sulfonilureia devem ser monitorados regularmente devido ao risco de hipoglicemia.
Fenitoína: Um aumento de 39% na meia-vida e uma diminuição de 27% na taxa de clearance da fenitoína foram
observados, após a administração da dose padrão de TMP-SMZ. Os pacientes que recebem fenitoína devem ser
monitorados em relação à toxicidade da fenitoína.
Ciclosporina: deterioração reversível da função renal, foi observada em pacientes tratados com TMP-SMZ e
ciclosporina após transplante renal.
Antidepressivos: a eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando coadministrados com TMP-SMZ.
Metotrexato: as sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e também com o transporte
renal de metotrexato, aumentando, portanto, a fração do metotrexato livre e sua exposição sistêmica. Foram relatados
casos de pancitopenia em pacientes tratados com a combinação de trimetoprima com metotrexato (vide item
Advertências e precauções). A trimetoprima apresenta baixa afinidade para a deidrofolato-redutase humana, mas pode
aumentar a toxicidade do metotrexato, levando à possibilidade de interações adversas hematológicas relacionadas ao
medicamento metotrexato, especialmente na presença de outros fatores de risco, tais como idade avançada,
hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea diminuída. Tais reações adversas podem ocorrer
especialmente com metotrexato administrado em doses elevadas. Recomenda-se tratar esses pacientes com ácido
fólico, para contrabalançar os efeitos sobre a hematopoiese.
Pirimetamina: relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina, como na profilaxia da malária,
em doses excedendo 25 mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica, se TMP-SMZ for prescrito
concomitantemente.
Hipoglicemiantes orais: o sulfametoxazol + trimetoprima, assim como outras sulfonamidas, potencializa o efeito
dos hipoglicemiantes orais.
Amantadina: delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e amantadina.
Os pacientes que receberam a amantadina ou memantina pode ter um risco aumentado de efeitos adversos
neurológicos, como delírios e mioclonia.
Dofetilida: trimetoprima e sulfametoxazol não deve ser administrado em combinação com dofetilida (vide
item Contraindicações).
Há evidências de que trimetoprima inibe a excreção renal de dofetilida. Trimetoprima 160 mg em combinação com
sulfametoxazol 800 mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500 μg, duas vezes ao dia, durante quatro
dias, resultou em 103% de aumento na área sob a curva concentração-tempo (ASC) de dofetilida e 93% de aumento na
concentração plasmática máxima (Cmax). Dofetilida pode causar arritmias ventriculares sérias associadas com
prolongamento do intervalo QT, incluindo torsades de pointes, que são diretamente relacionadas com a concentração
plasmática de dofetilida.
A exposição sistémica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C8 pode aumentar quando administrado com
TMP e SMZ. Exemplos incluem paclitaxel, amiodarona, dapsona, repaglinida, rosiglitazona e pioglitazona.
Paclitaxel e amiodarona apresentam um estreito índice terapêutico. Um medicamento antibiótico alternativo é
recomendado em pacientes que recebem terapias com paclitaxel ou amiodarona.
Tanto dapsona como TMP-SMZ podem causar meta-hemoglobinemia, e portanto há potencial para interações
farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Os pacientes que recebem tanto dapsona e TMP-SMZ devem ser monitorados
quanto à ocorrência de meta-hemoglobinemia. Outras opções terapêuticas devem ser consideradas, se possível.
Os pacientes que receberam repaglinida, rosiglitazona ou pioglitazona devem ser monitorados regularmente em
relação à ocorrência de hipoglicemia.
Interações farmacocinéticas
Trimetoprima é um inibidor do transportador de cátions orgânicos 2 (OCT2), e um inibidor fraco do CYP2C8.
Sulfametoxazol é um inibidor fraco do CYP2C9.
A exposição sistêmica aos medicamentos transportados por OCT2 pode aumentar quando administrados com TMP-
SMZ. Exemplos incluem a dofetilida, amantadina e memantina.
Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo indefinido
A administração em conjunto com a clozapina, uma substância conhecida por ter um grande potencial para
causar agranulocitose, deve ser evitada.
Zidovudina, e menos comumente TMP-SMZ, é conhecida por induzir alterações hematológicas. Por conseguinte, há
potencial para um efeito farmacodinâmico aditivo. Os pacientes que recebem TMP e SMZ e zidovudina devem ser
monitorados quanto à toxicidade hematológica, e pode ser necessário ajuste de dose.
A administração em conjunto com azatioprina ou mercaptopurina pode aumentar o risco de eventos adversos
hematológicos, particularmente em pacientes que recebem TMP-SMZ por um período prolongado, ou que estão com
risco aumentado de deficiência de ácido fólico. Portanto, alternativas para TMP-SMZ devem ser consideradas para
pacientes recebendo azatioprina ou mercaptopurina. Se TMP-SMZ é usado em combinação com azatioprina ou
mercaptopurina, os pacientes devem ser monitorados quanto à toxicidade hematológica.
Devido aos efeitos poupadores de potássio de TMP-SMZ, cuidado deve ser tomado quando TMP-SMZ é
coadministrado com outros agentes que aumentam o potássio sérico, tais como inibidores da enzima conversora da
angiotensina e bloqueadores dos receptores da angiotensina. Recomenda-se monitoramento frequente do potássio
sérico, especialmente em pacientes com distúrbios de potássio subjacentes, insuficiência renal, ou pacientes que
receberam uma alta dose de TMP-SMZ.
Influência em métodos diagnósticos
TMP-SMZ, especialmente o componente trimetoprima, pode interferir na determinação sérica do metotrexato,
utilizando a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase bacteriana for utilizada como
proteína de ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for dosado por radioimunoensaio.
A presença de TMP e SMZ também pode interferir na reação de picrato alacalino de Jaffé, usada na determinação de
creatinina, resultando em aumento dos valores normais em cerca de 10%.
O sulfametoxazol + trimetoprima deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da luz
e umidade.
O sulfametoxazol + trimetoprima tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
O sulfametoxazol + trimetoprima comprimido 400 + 80 mg apresenta-se como comprimido branco a branco
amarelado, circular, biconvexo e liso nas duas faces.
O sulfametoxazol + trimetoprima comprimido 800 + 160 mg apresenta-se como comprimido branco a branco
amarelado, oval, biconvexo e liso nas duas faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O sulfametoxazol + trimetoprima deve ser administrado por via oral, pela manhã e à noite, de preferência após uma
refeição, e com quantidade suficiente de líquido.
Posologia padrão
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
Duração do tratamento
Em infecções agudas, o sulfametoxazol + trimetoprima deve ser administrado por pelo menos cinco dias, ou até que
o paciente esteja assintomático por pelo menos dois dias. Se a melhora clínica não for evidente após sete dias de
tratamento, o paciente deve ser reavaliado.
Adultos e crianças a partir de 12 anos:
Dose habitual: 2 comprimidos de sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg ou 1 comprimido de sulfametoxazol
+ trimetoprima 800 + 160 mg a cada 12 horas.
Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de 14 dias): 1 comprimido de sulfametoxazol +
trimetoprima 400 + 80 mg ou 1/2 comprimido de sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg a cada 12 horas.
Dose máxima (casos especialmente graves): 3 comprimidos de sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg ou 1 e
1/2 comprimido de sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg a cada 12 horas.
Posologias especiais
a. Cancroide: 2 comprimidos de sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg ou 1 comprimido de sulfametoxazol
+ trimetoprima 800 + 160 mg, duas vezes ao dia. Se não ocorrer cicatrização aparente após sete dias, um curso
adicional de sete dias de tratamento deve ser considerado. Entretanto, o médico deve estar ciente de que a falha na
resposta pode indicar que a doença é causada por um microrganismo resistente.
b. Gonorreia – Adultos: 5 comprimidos de sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg ou 2 e 1/2 comprimidos de
sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, em um único dia de
tratamento.
c. Pacientes em hemodiálise: após administração da dosagem normal, doses de 1/2 ou 1/3 da dosagem original
devem ser administradas a cada 24 – 48 horas.
d. Infecções urinárias agudas não complicadas: para mulheres com infecções urinárias não complicadas,
recomenda-se dose única de 3 comprimidos de sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg. Os comprimidos
devem ser tomados, se possível à noite, após a refeição ou antes de deitar.
e. Pneumonia por Pneumocystis carinii: Recomenda-se até 20 mg/kg de trimetoprima e 100 mg/kg de
sulfametoxazol nas 24 horas (doses iguais, fracionadas a cada seis horas), durante 14 dias.
A tabela seguinte fornece a orientação relativa ao limite superior de dosagem, por peso corpóreo, para pacientes com
pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii.
Tabela 2. Orientação relativa ao limite superior de dose para pacientes com pneumonia causada pelo
Pneumocystis carinii
Peso corporal Dose – a cada 6 horas
kg
sulfametoxazol + trimetoprima
400 + 80 mg
800 + 160 mg
8 _ _
16 1 _
24
1 ½ _
32 2 1
40
2 ½ _
48 3
1 ½
64 4 2
80 5
2 ½
Para a profilaxia da pneumonia por Pneumocistis carinii, a dose recomendada para adolescentes e adultos é de 1
comprimido de sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mgou sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg ao
dia. A dose ótima para profilaxia não foi estabelecida.
Crianças – profilaxia de pneumonia causada por Pneumocystis carinii.
Para crianças a dose recomendada é de 150 mg/m
2
/dia TMP com 750 mg/m
/dia SMZ administrados por via oral em
doses iguais divididas em duas vezes, durante 3 dias consecutivos por semana. A dose diária total não deve exceder
320 mgdia TMP e 1600 mg SMZ.
A tabela seguinte fornece orientação relativa à dosagem recomendada de acordo com a superfície corpórea, em
crianças, para a profilaxia da pneumonia causada por Pneumocystis carinii:
Tabela 3. Orientação relativa à dose recomendada para crianças para a profilaxia da pneumonia causada por
Superfície corporal Dose – a cada 12 horas
m
2 sulfametoxazol + trimetoprima
0,26
_
0,53 ½
1,06
1
f. Pacientes com insuficiência renal
A tabela a seguir apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com insuficiência renal.
Tabela 4. Dose recomendada para pacientes com insuficiência renal
Clearance de creatinina Esquema posológico recomendado
acima de 30 mL/min dose padrão
15 – 30 mL/min metade da dose padrão
menos de 15 mL/min não é recomendável o uso de sulfametoxazol + trimetoprima
g. Pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com nocardiose é de 3 – 4
comprimidos de sulfametoxazol + trimetoprima 800 + 160 mg, durante pelo menos três meses. Essa dose requer
ajustes de acordo com a idade do paciente, o peso e função renal, bem como a gravidade da doença. Foi relatada a
duração de tratamento de 18 meses.
h. Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas doses que um adulto mais
jovem.
Nas doses recomendadas, o sulfametoxazol + trimetoprima é geralmente bem tolerado. Os efeitos colaterais mais
comuns são os rashes cutâneos e os distúrbios gastrointestinais.
As categorias utilizadas como padrões de frequência são as seguintes:
Muito comum ≥ 1/10; comum ≥ 1/100 e ‹ 1/10; incomum ≥ 1/1.000 e ‹ 1/100; raro ≥ 1/10.000 e
‹ 1/1.000 e muito raro ‹ 1/10.000.
Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com trimetoprima + sulfametoxazol
– Infecções e infestações
Muito raro: infecções fúngicas, como candidíase, têm sido relatadas.
– Desordens hematológicas e do sistema linfático
Raro: a maioria das alterações hematológicas observadas tem sido discreta, assintomática e reversível com a
suspensão da medicação. As alterações mais comumente observadas foram leucopenia, neutropenia e
trombocitopenia.
Muito raro: agranulocitose, anemia (megaloblástica, hemolítica/autoimune, aplástica), meta-hemoglobinemia,
pancitopenia ou púrpura.
– Desordens do sistema imune
Muito raro: assim como qualquer outra droga, reações alérgicas podem ocorrer em pacientes que são hipersensíveis
aos componentes da medicação: por exemplo, febre, edema angioneurótico, reações anafilactoides, reações de
hipersensibilidade e doença do soro. Infiltrados pulmonares, tais como ocorrem em alveolite alérgica ou eosinofílica,
tem sido relatados. Elas podem se manifestar por meio de sintomas, como tosse ou respiração ofegante. Se tais
sintomas aparecerem ou, inexplicavelmente, piorarem, o paciente deve ser reavaliado e a descontinuação da terapia
com o sulfametoxazol + trimetoprima ser considerada.
Casos de periarterite nodosa e miocardite alérgica tem sido relatados.
– Desordens metabólicas e nutricionais
Muito raro: altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii, induzem um
progressivo, mas reversível, aumento de concentração de potássio sérico em um número substancial de pacientes.
Mesmo doses recomendadas de TMP podem causar hipercalemia quando administradas a pacientes com doenças
subjacentes de metabolismo do potássio, insuficiência renal ou que estejam recebendo drogas que induzem à
hipercalemia. É necessário monitoramento rigoroso do potássio sérico nesses pacientes. Casos de hiponatremia foram
relatados. Casos de hipoglicemia em pacientes não diabéticos tratados com SMZ-TMP têm sido relatados, geralmente,
após poucos dias de tratamento. Pacientes com redução da função renal, doença hepática, desnutrição ou recebendo
altas doses de SMZ-TMP estão especialmente sob risco.
– Desordens psiquiátricas
Muito raro: casos isolados de alucinações têm sido relatados.
– Desordens do sistema nervoso
Muito raro: neuropatia (incluindo neurite periférica e parestesia), uveíte. Meningite asséptica ou sintomas semelhantes
à meningite, ataxia, convulsões, vertigem e tinido foram relatados.
– Efeitos colaterais gastrintestinais
Comum: náusea (com ou sem vômito).
Raro: estomatite, glossite e diarreia.
Muito raro: enterocolite pseudomembranosa.
Casos de pancreatite aguda têm sido relatados, sendo que vários desses pacientes tinham doenças graves, incluindo
pacientes portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
– Desordens hepatobiliares
Muito raro: necrose hepática, hepatite, coléstase, elevação de bilirrubinas e transaminases e casos isolados de
síndrome de desaparecimento do ducto biliar têm sido relatados.
– Desordens cutâneas e subcutâneas
Comum: múltiplas reações na pele têm sido relatadas, as quais são geralmente leves e rapidamente reversíveis após
suspensão da medicação.
sulfametoxazol + trimetoprima 400 + 80 mg e 800 + 160 mg – comprimidos – VPS01
Muito raro: como ocorre com muitas outras drogas que contêm sulfonamidas, o uso de sulfametoxazol +
trimetoprima tem, em raros casos, sido relacionado à fotossensibilidade, eritema multiforme, síndrome de Stevens-
Johnson e necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistêmicos (DRESS) e púrpura de Henoch-Schöenlein.
– Desordens do sistema musculoesquelético, do tecido conjuntivo e dos ossos
Muito raro: casos de artralgia e mialgia e casos isolados de rabdomiólise foram relatados.
– Desordens do sistema renal e urinário
Muito raro: casos de comprometimento da função renal, nefrite intersticial, elevação da ureia e da creatinina séricas e
cristalúria foram reportados. Sulfonamidas, incluindo o sulfametoxazol + trimetoprima, podem induzir o aumento da
diurese, particularmente em pacientes com edema de origem cardíaca.
Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes infectados pelo HIV.
Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos similar ao espectro dos pacientes não
infectados. Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer com frequência maior e com quadros clínicos
diferenciados.
Essas diferenças relacionam-se aos seguintes sistemas:
Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.
Muito comum: hipernatremia.
Incomum: hiponatremia, hipoglicemia.
– Desordens gastrintestinais
Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.
Elevação de transaminases.
Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.
– Desordens em geral e condições do local de administração
Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.