Bula do Tada produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Tada Diário
tadalafila
Eurofarma Laboratórios S.A.
comprimido revestido
5 mg
Tada_Diário_5mg_Bula_Profissional Página 1
16/07/2014
RDC Nº 47 de 24/09/2003
Comprimido revestido
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Embalagem com 30 comprimidos contendo 5 mg de tadalafila.
EXCLUSIVAMENTE PARA ADMINISTRAÇÃO ORAL
USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
tadalafila ................................................................................................................................................................... 5 mg
excipientes q.s.p.......................................................................................................................................... 1 comprimido
excipientes: lactose, lactose monoidratada, hiprolose, laurilsulfato de sódio, croscarmelose sódica, celulose
microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, triacetina e dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tada (tadalafila) é indicado para o tratamento da disfunção erétil.
Desenho do Estudo: a eficácia e a segurança da tadalafila no tratamento da disfunção erétil foram avaliadas em
22 estudos clínicos de até 24 semanas de duração. Os estudos envolveram mais de 4.000 pacientes, tendo sido
estudadas as dosagens de 2 a 100 mg, tomadas quando necessário, até uma vez ao dia. A tadalafila mostrou ser
eficaz na melhora da função erétil em homens com disfunção erétil (DE).
Vários instrumentos de avaliação foram usados para estudar o efeito da tadalafila na função erétil. Questões de
Avaliação Global (QAG) foram feitas para determinar se o tratamento melhorou as ereções dos pacientes.
Durante os estudos clínicos, os pacientes e suas parceiras completaram diários de Perfil de Encontro Sexual
(PES), avaliando a função erétil e a satisfação de cada tentativa sexual. O Índice Internacional de Função Erétil
(IIFE) também foi completado pelos pacientes. O IIFE fornece medidas globais de função erétil e satisfação
sexual, bem como a gravidade da DE.
Efeitos da tadalafila Sobre a Função Erétil: em todos os estudos, a tadalafila demonstrou melhora consistente
e estatisticamente significante comparada ao placebo, em todos os objetivos primários e secundários avaliados.
O efeito do tratamento não diminuiu com o tempo. A tadalafila, nas doses de 2 a 100 mg, foi avaliada em 16
estudos clínicos envolvendo 3.250 pacientes, incluindo pacientes com disfunção erétil de vários níveis de
gravidade (leve, moderada e grave), etiologias (incluindo pacientes com diabetes), idades (21 a 86 anos), etnias e
duração da disfunção erétil. Nos estudos de eficácia primária de populações em geral, 81% dos pacientes
relataram que tadalafila melhorou suas ereções. Também, pacientes com DE, em todas as categorias de
gravidade, relataram ereções melhores enquanto tomavam tadalafila (86%, 83%e 72% para leve, moderada e
grave, respectivamente).
A tadalafila mostrou melhora estatisticamente significante na capacidade dos pacientes em obter uma ereção
suficiente para a relação sexual e de manter a ereção para uma relação satisfatória, medida pelos diários de PES.
Nos estudos de eficácia primária, 75% das tentativas de relações sexuais foram bem sucedidas em pacientes
tratados com tadalafila.
A tadalafila também demonstrou melhora estatisticamente significante na função erétil medida pelo Domínio de
Função Erétil do IIFE. Adicionalmente, nos estudos de eficácia primária, na dosagem de 20 mg,
aproximadamente 60% dos pacientes tratados com tadalafila atingiram a função erétil normal durante o
tratamento.
Período de Resposta: dois estudos clínicos foram conduzidos em 571 pacientes em ambiente domiciliar, para
definir o período de resposta à tadalafila. A tadalafila demonstrou melhora estatisticamente significante na
Tada_20mg_Bula_Profissional
Página 2
RDC Nº 47 de 24/09/2003
função erétil e na capacidade de ter relação sexual satisfatória até 36 horas após a dose, assim como na
capacidade dos pacientes de atingir e manter ereções para relações satisfatórias, se comparados ao grupo
placebo, a partir de 30 minutos após a dose.
Confiança do Paciente e Satisfação Sexual: o IIFE também mede a confiança que os pacientes podem atingir e
manter uma ereção suficiente para uma relação sexual. A tadalafila melhorou a confiança do paciente de modo
estatisticamente significante. A análise dos domínios de Satisfação na Relação Sexual e Satisfação Global do
IIFE mostrou que o tratamento com a tadalafila resulta em aumento estatisticamente significante da satisfação
sexual, medida por ambos os domínios. Adicionalmente, tadalafila melhorou a proporção dos encontros sexuais
que foram satisfatórios para o paciente e sua parceira.
Eficácia na Disfunção Erétil de Pacientes com diabetes mellitus: a tadalafila é eficaz no tratamento da
disfunção erétil em pacientes com diabetes. Pacientes com diabetes (N= 451) foram incluídos em todos os
estudos de eficácia primária, um dos quais avaliou especificamente a tadalafila apenas em pacientes diabéticos
(Tipo 1 ou Tipo 2) com disfunção erétil. Tadalafila produziu melhora estatisticamente significante na disfunção
erétil e na satisfação sexual. Nestes estudos, 68% dos pacientes com diabetes tratados com tadalafila, na dose de
20 mg, relataram ereções melhores.
Eficácia na Disfunção Erétil de Pacientes que Sofreram Prostatectomia Radical: a tadalafila mostrou ser
eficaz no tratamento de pacientes que desenvolveram disfunção erétil devido à prostatectomia radical com
preservação nervosa bilateral. Em um estudo randomizado, placebo-controlado, duplo-cego, paralelo,
prospectivo nesta população (N= 303), a tadalafila demonstrou uma melhora clinicamente significante da função
erétil, sendo que 62% dos pacientes relataram melhora das ereções com o uso de tadalafila 20 mg.
Descrição: tadalafila, um tratamento oral para disfunção erétil, é um inibidor reversível, potente e seletivo da
guanosina monofosfato cíclica (GMPc) - fosfodiesterase específica tipo 5 (PDE5). A tadalafila tem fórmula
empírica C22H19N3O4 representando um peso molecular de 389,41. O nome químico é
pirazino[1’,2’:1,6]pirido[3,4-b]indol-1,4-diona,6-(1,3-benzodioxol-5-il)-2,3,6,7,12,12a-hexahidro-2-metil-,
(6R,12aR). É um sólido cristalino praticamente insolúvel em água e muito pouco solúvel em etanol.
Propriedades Farmacodinâmicas: Quando a estimulação sexual causa a liberação local de óxido nítrico, a
inibição da PDE5 pela tadalafila produz níveis elevados de GMPc no corpo cavernoso. Isso resulta no
relaxamento da musculatura lisa e na entrada de sangue nos tecidos penianos, produzindo uma ereção. A
tadalafila não tem efeito na ausência de estimulação sexual.
Estudos in vitro mostraram que tadalafila é um inibidor seletivo da PDE5, encontrada na musculatura lisa do
corpo cavernoso, próstata e bexiga, bem como em musculatura lisa vascular e visceral, musculoesquelético,
plaquetas, rins, pulmões, cerebelo e pâncreas. O efeito da tadalafila é mais potente sobre a PDE5 que sobre
outras fosfodiesterases. A tadalafila é mais que 10.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE1,
PDE2, PDE4 e PDE7, enzimas que são encontradas no coração, cérebro, vasos sanguíneos, fígado, leucócitos,
musculoesquelético e outros órgãos. A tadalafila é mais que 10.000 vezes mais potente para PDE5 que para
PDE3, uma enzima encontrada no coração e vasos sanguíneos. Esta seletividade para a PDE5 sobre PDE3 é
importante porque PDE3 é uma enzima envolvida na contratilidade cardíaca. Adicionalmente, a tadalafila é
aproximadamente 700 vezes mais potente para PDE5 que para PDE6, uma enzima encontrada na retina e que é
responsável pela fototransdução. A tadalafila é também mais que 9.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que
sobre a PDE 8, 9, e 10; e 14 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE11. A distribuição nos tecidos e
os efeitos fisiológicos da inibição da PDE8 até PDE11 não foram esclarecidos.
Propriedades Farmacocinéticas:
Absorção: a tadalafila é rapidamente absorvida após administração oral e a concentração plasmática máxima
média observada (Cmáx) é atingida num tempo médio de 2 horas após a administração. A biodisponibilidade
absoluta da tadalafila após dose oral não foi determinada.
A velocidade e extensão da absorção da tadalafila não são influenciadas pela alimentação, portanto tadalafila
pode ser tomada com ou sem alimento. O período da administração (manhã versus noite) não teve efeitos
clinicamente relevantes sobre a velocidade e extensão da absorção.
Distribuição: o volume de distribuição médio é de aproximadamente 63 litros, indicando que tadalafila é
distribuída nos tecidos. Em concentrações terapêuticas, 94% da tadalafila está ligada às proteínas plasmáticas.
Menos de 0,0005% da dose administrada aparece no sêmen de indivíduos sadios.
Metabolismo: a tadalafila é predominantemente metabolizada pelo citocromo P450 (CYP) isoforma 3A4. O
maior metabólito circulante é a glucuronida metilcatecol. Este metabólito é pelo menos 13.000 vezes menos
Tada_20mg_Bula_Profissional
Página 3
RDC Nº 47 de 24/09/2003
potente que a tadalafila para PDE5. Consequentemente, não é esperado que seja clinicamente ativo nas
concentrações observadas dos metabólitos.
Eliminação: o clearance oral médio para a tadalafila é 2,5 L/h, e a meia-vida média é de 17,5 horas em
indivíduos sadios. A tadalafila é excretada predominantemente como metabólitos, principalmente nas fezes
(aproximadamente 61% da dose) e, em menor extensão, na urina (aproximadamente 36% da dose).
Os parâmetros farmacocinéticos da tadalafila em indivíduos sadios são lineares com respeito ao tempo e à dose.
Num intervalo de dose de 2,5 a 20 mg, a exposição (área sob a curva - AUC) aumenta proporcionalmente com a
dose. As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são alcançadas dentro de 5 dias de dose única diária.
A farmacocinética determinada em uma população de pacientes com disfunção erétil é similar à farmacocinética
em indivíduos sem disfunção erétil.
Farmacocinética em populações especiais:
Idosos: indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram um clearance oral menor de tadalafila, resultando
em uma exposição (AUC) 25% maior em relação a indivíduos sadios de idade entre 19 e 45 anos. Este efeito da
idade não é clinicamente significativo e não exige um ajuste de dose.
Pediátricos: a tadalafila não foi avaliada em indivíduos com menos de 18 anos.
Insuficiência Hepática: a exposição à tadalafila (AUC) em indivíduos com insuficiência hepática leve a
moderada (Child-Pugh Classe A e B) é comparável à exposição em indivíduos sadios. Não existem dados
disponíveis em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh Classe C).
Insuficiência Renal: em indivíduos com insuficiência renal, incluindo aqueles em hemodiálise, a exposição à
tadalafila (AUC) foi maior que em indivíduos sadios.
Pacientes com Diabetes: A exposição à tadalafila (AUC) em pacientes com diabetes foi aproximadamente 19%
menor que o valor de AUC para indivíduos sadios. Esta diferença na exposição não exige um ajuste de dose.
Estudos da tadalafila na Freqüência Cardíaca e Pressão Arterial: tadalafila administrada a indivíduos sadios
não produziu diferença significativa, comparando-se ao grupo placebo na pressão sanguínea sistólica e diastólica
em decúbito horizontal (diminuição máxima média de 1,6/0,8 mmHg, respectivamente), na pressão sanguínea
sistólica e diastólica em pé (diminuição máxima média de 0,2/4,6 mmHg, respectivamente) e não houve
alteração significante na frequência cardíaca. Efeitos maiores foram relatados entre indivíduos recebendo nitratos
concomitantemente (ver CONTRAINDICAÇÕES).
Interação com Nitratos: um estudo foi realizado para avaliar o nível de interação entre nitratos e a tadalafila. O
objetivo do estudo foi determinar qual o período, após a administração de tadalafila, não iria ocorrer uma
interação aparente na pressão arterial. Os pacientes envolvidos no estudo (incluindo pacientes diabéticos e/ ou
hipertensos com a pressão arterial controlada) receberam diariamente doses de 20 mg de tadalafila ou placebo
durante 7 dias, quando então receberam uma única dose de 0,4 mg de nitroglicerina sublingual em períodos pré-
determinados após a última administração de tadalafila. O resultado deste estudo demonstrou que não foi
detectada interação após 48 horas da última administração de tadalafila.
A administração concomitante de tadalafila com nitratos é contraindicada. Quando a administração de nitratos
for extremamente necessária em paciente que tomaram tadalafila, deve ser considerado o intervalo de pelo
menos 48 horas após a última administração de tadalafila para administrar nitratos. Nestas circunstâncias, a
administração de nitratos deve ser realizada sob estreita supervisão médica com um monitoramento adequado
das funções hemodinâmicas.
Efeitos nas Características do Esperma: não houve efeitos clinicamente relevantes nas características do
esperma (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Estudos da tadalafila Sobre a Visão: em um estudo para avaliar os efeitos da tadalafila sobre a visão, não foi
detectada dificuldade de discriminação de cor (azul/verde) usando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell
100. Este achado é consistente com a baixa afinidade da tadalafila pelo PDE6 comparado ao PDE5 (ver
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Propriedades farmacodinâmicas). Além disso, não foram
observados efeitos na acuidade visual, eletrorretinogramas, pressão intraocular ou pupilometria. Cruzando todos
os estudos clínicos, os registros de alterações na visão de cor foram raros (< 0,1%).
Estudos em Espermatogênese: três estudos foram conduzidos em homens para avaliar o efeito potencial de
tadalafila 10 mg (um estudo de 6 meses) e 20 mg (um estudo de 6 meses e um estudo de 9 meses), administrada
diariamente, sobre a espermatogênese. Não houve efeitos adversos sobre a morfologia ou motilidade do
Página 4
espermatozoide em qualquer dos três estudos. No estudo de 6 meses na dose diária de 10 mg de tadalafila e no
estudo de 9 meses na dose diária de 20 mg de tadalafila, os resultados mostraram uma diminuição na
concentração espermática média em relação ao placebo, embora estas diferenças não sejam clinicamente
significantes. Este efeito não foi visto no estudo de 20 mg de tadalafila administrada por 6 meses. No estudo de 9
meses, a diminuição na concentração espermática foi associada à uma frequência ejaculatória mais alta. A
frequência de ejaculação não foi avaliada nos estudos de 6 meses. Além disso, não houve efeito adverso sobre as
concentrações médias dos hormônios reprodutivos (testosterona, hormônio luteinizante ou hormônio folículo-
estimulante) com ambas as doses de 10 mg ou 20 mg de tadalafila comparadas ao placebo.
Em estudos clínicos, a tadalafila mostrou aumentar os efeitos hipotensivos dos nitratos. Supõe-se que isto seja
resultado dos efeitos combinados dos nitratos e tadalafila na via óxido nítrico/GMPc. Portanto, a administração
de tadalafila a pacientes que estão usando qualquer forma de nitrato orgânico é contraindicada. Tada (tadalafila)
não deve ser usado em pacientes com conhecida hipersensibilidade à tadalafila ou a qualquer componente do
comprimido.
Tada (tadalafila) não é indicado para homens que não apresentam disfunção erétil.
A avaliação da disfunção erétil deve incluir a determinação de suas causas potenciais e a identificação do
tratamento apropriado após uma avaliação médica adequada.
Priapismo foi relatado raramente com os inibidores da PDE5, incluindo a tadalafila. Pacientes que apresentem
ereções com duração de 4 horas ou mais devem ser instruídos para procurarem assistência médica imediata. Se o
priapismo não for tratado imediatamente, pode resultar em lesão do tecido peniano e perda permanente da
potência.
Tada (tadalafila) deve ser usado com cautela em pacientes que têm condições que possam predispô-los ao
priapismo (tais como anemia falciforme, mieloma múltiplo ou leucemia), ou em pacientes com deformação
anatômica do pênis (tais como angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie).
Os médicos devem recomendar aos pacientes que interrompam o uso de inibidores de PDE5, incluindo
tadalafila, bem como a procurarem uma orientação especializada em casos de diminuição ou perda repentina de
audição. Estes eventos, que podem estar acompanhados de zumbido e vertigem, foram relatados na associação
temporal à introdução de inibidores PDE5, incluindo tadalafila. Não é possível determinar se estes eventos estão
diretamente relacionados ao uso de inibidores PDE5 ou a outros fatores.
Tada (tadalafila) deve ser usado com cautela quando prescrita para pacientes que tomam alfa-bloqueadores,
como a doxazosina, pois a administração simultânea pode levar a uma hipotensão sintomática em alguns
pacientes. Em um estudo com homens sadios, tadalafila foi administrada com doxazosina 8 mg e houve um
aumento do efeito hipotensor da doxazosina. Doses menores de doxazosina não foram testadas. Quando
tadalafila é administrada concomitantemente com um alfa-bloqueador, os pacientes devem estar estáveis com a
terapia com alfa-bloqueadores antes de iniciar o tratamento com tadalafila. Em um estudo de farmacologia
clínica com 18 voluntários sadios que receberam uma dose única de tadalafila, não foi observada hipotensão
sintomática com a administração simultânea de tansulosina, um alfa bloqueador (ver INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
Assim como outros inibidores da PDE5, tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas que podem
resultar em uma diminuição transitória da pressão sanguínea. Antes de prescrever Tada (tadalafila), os médicos
devem considerar cuidadosamente se seus pacientes com doença cardiovascular pré-existente podem ser afetados
desfavoravelmente por tais efeitos vasodilatadores.
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade: tadalafila não foi carcinogênica em ratos ou camundongos
quando administrada por 24 meses.
Tadalafila não foi mutagênica ou genotóxica em ensaios bacterianos in vitro e com células de mamíferos, e em
linfócitos humanos in vitro e ensaios com micronúcleo de rato in vivo.
Não houve diminuição da fertilidade em ratos machos e fêmeas em doses até 400 mg/kg por 2 anos. Em cães
recebendo tadalafila diariamente por 6 a 12 meses em doses de 25 mg/kg/dia e acima, houve alterações no
epitélio do túbulo seminífero que resultaram numa diminuição da espermatogênese em alguns cães.
Gravidez (Categoria B): Tada (tadalafila) não é indicado para uso em mulheres. Não houve evidência de
teratogenicidade, embriotoxicidade ou fetotoxicidade em ratos e camundongos que receberam até 1.000
mg/Kg/dia. Em um estudo de desenvolvimento pré e pós- natal em ratos, a dose de efeito não observado foi de
Tada_20mg_Bula_Profissional
Página 5
RDC Nº 47 de 24/09/2003
30 mg/Kg/dia. Na rata prenha, a AUC para droga livre calculada nessa dose foi aproximadamente 18 ou 6 vezes
a AUC humana numa dose de 20 ou 40mg. Não há estudos de tadalafila em mulheres grávidas.
Efeito Sobre a Capacidade de Dirigir e Operar Máquinas: nenhum relato.
Uso Pediátrico: não é indicado para o uso em recém-nascidos e crianças.
Uso Geriátrico: indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram uma diminuição do clearance de tadalafila,
resultando em uma alta de 25% de exposição à droga (AUC), quando comparados a indivíduos saudáveis, de
idades entre 19 e 45 anos. Este efeito da idade não é clinicamente significativo e não exige um ajuste da dose.
Pacientes com Doença Cardiovascular: a atividade sexual possui um risco cardíaco potencial para pacientes
com doença cardiovascular pré-existente. Portanto, tratamentos para disfunção erétil, incluindo Tada (tadalafila),
não devem ser usados em homens com doença cardíaca, para os quais a atividade sexual é desaconselhável. Os
seguintes grupos de pacientes com doença cardiovascular não foram incluídos nos estudos clínicos:
- pacientes com infarto do miocárdio nos últimos 90 dias;
- pacientes com angina instável ou angina ocorrida durante uma relação sexual;
- pacientes com insuficiência cardíaca classe 2 ou maior da “New York Heart Association” nos últimos 6 meses;
- pacientes com arritmias não controladas, hipotensão (< 90/50 mmHg), ou hipertensão não controlada e
- pacientes com acidente vascular cerebral nos últimos 6 meses.
Os médicos devem considerar o risco cardíaco potencial da atividade sexual em pacientes com doença
cardiovascular pré-existente. Pacientes que apresentem sintomas durante a atividade sexual devem ser
aconselhados a absterem-se de novas atividades sexuais e relatarem o episódio ao médico.
Pacientes com Insuficiência Hepática: a exposição à tadalafila (AUC) em indivíduos com insuficiência
hepática leve a moderada (Child-Pugh Classe A e B) é comparável à exposição em indivíduos sadios. Não
existem dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh Classe C). Portanto, Tada
(tadalafila) deve ser usado com cautela quando prescrito para pacientes deste grupo.
Pacientes com Insuficiência Renal: em um estudo de farmacologia clínica, usando dose única de tadalafila (5 a
10 mg), a exposição à tadalafila (AUC) duplicou em pacientes com clearance de creatinina 30 a 80 mL/min. Em
um estudo de farmacologia clínica com dose de 10 mg, a dor lombar foi relatada como um evento adverso
limitante em pacientes masculinos com clearance de creatinina 30 a 50 mL/min. Em uma dose de 5 mg, a
incidência e severidade de dor lombar não foi significativamente diferente que em indivíduos sadios. Pacientes
em hemodiálises tomando 10 ou 20 mg de tadalafila, não relataram dor lombar. Em indivíduos com insuficiência
renal, incluindo aqueles em hemodiálise, a exposição à tadalafila (AUC) foi maior que em indivíduos saudáveis.
Combinação com Outras Terapias para Disfunção Erétil: a segurança e eficácia de combinações de tadalafila
e outros inibidores da PDE5 ou tratamentos para disfunção erétil não foram estudadas. Portanto, o uso de tais
combinações não é recomendado.
Este medicamento contém LACTOSE. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes que apresentem
intolerância à lactose.
Não é esperado que a tadalafila cause inibição ou indução clinicamente significante do clearance de drogas
metabolizadas pelas isoformas do CYP450. Estudos confirmaram que a tadalafila não inibe ou induz as
isoformas do CYP450, incluindo CYP3A4, CYP1A2, CYP2D6, CYP2E1, CYP2C9 e CYP2C19.
Cetoconazol: tadalafila é principalmente metabolizada pelo CYP3A4. Um inibidor seletivo do CYP3A4,
cetoconazol (400 mg diariamente), aumentou a exposição (AUC) da dose única de tadalafila em 312% e a Cmáx
em 22%, e cetoconazol (200 mg diariamente) aumentou a exposição (AUC) da dose única de tadalafila em 107%
e Cmáx em 15% com relação aos valores de AUC e Cmáx para tadalafila isoladamente.
Ritonavir: ritonavir (200 mg duas vezes ao dia), um inibidor do CYP3A4, 2C9, 2C19, E 2D6, aumentou a
exposição (AUC) da dose única de tadalafila em 124% sem alteração na Cmáx. Embora interações específicas não
tenham sido estudadas, outros inibidores de protease do HIV, como o saquinavir e outros inibidores da CYP3A4,
tais como eritromicina e itraconazol, provavelmente também aumentariam a exposição da tadalafila.
Tada_20mg_Bula_Profissional
Página 6
RDC Nº 47 de 24/09/2003
Rifampicina: um indutor do CYP3A4, rifampicina 600 mg diariamente, reduziu a exposição (AUC) da dose
única de tadalafila em 88% e Cmáx em 46%, com relação aos valores de AUC para tadalafila isolada. Pode-se
esperar que a administração concomitante de outros indutores CYP3A4 também possam diminuir as
concentrações plasmáticas de tadalafila.
Agentes anti-hipertensivos: tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas e pode aumentar os efeitos
hipotensores dos agentes anti-hipertensivos. Adicionalmente, em pacientes tomando múltiplos agentes anti-
hipertensivos, cuja hipertensão não foi bem controlada, reduções maiores na pressão sanguínea foram
observadas. Estas reduções não foram associadas com sintomas hipotensivos na grande maioria dos pacientes.
Um apropriado aconselhamento médico deve ser dado aos pacientes quando estes são tratados com
medicamentos anti-hipertensivos e tadalafila. Em estudos de farmacologia clínica, o potencial para a tadalafila
aumentar os efeitos hipotensivos dos agentes anti-hipertensivos foi examinado. As classes principais de agentes
anti-hipertensivos foram estudadas, incluindo bloqueadores de canais de cálcio (amlodipina), inibidores da
enzima conversora de angiotensina (ECA) (enalapril), beta-bloqueadores (metoprolol), diuréticos tiazídicos
(bendrofluazida) e bloqueadores do receptor de angiotensina II (vários tipos e doses, sozinhos ou em combinação
com tiazidas, bloqueadores de canal de cálcio, beta-bloqueadores, e/ou alfa-bloqueadores). Tadalafila não tem
interação clinicamente significante com nenhuma dessas classes. A análise dos estudos clínicos fase 3 também
não mostraram diferenças nos eventos adversos em pacientes tomando tadalafila com ou sem medicação anti-
hipertensiva.
Agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos: em dois estudos de farmacologia clínica, nenhuma diminuição
significativa na pressão sanguínea foi observada quando a tadalafila foi administrada em indivíduos tomando
tansulosina, um bloqueador seletivo alfa-adrenérgico. Quando tadalafila foi coadministrada em indivíduos sadios
tomando doxazosina (4-8 mg diariamente), um bloqueador alfa-adrenérgico, houve um aumento dos efeitos
hipotensores da doxazosina. O número de pacientes com diminuição da pressão sanguínea em pé,
potencialmente clinicamente significativa, foi maior para esta combinação. Nestes estudos de farmacologia
clínica houve sintomas associados com a diminuição da pressão arterial incluindo síncope. Doses mais baixas de
doxazosina não foram estudadas. Quando tadalafila é administrada concomitantemente com um alfa-bloqueador,
os pacientes devem estar estáveis com a terapia com alfa-bloqueador antes de iniciar o tratamento com tadalafila.
Álcool: tadalafila não afetou as concentrações alcoólicas e o álcool não afetou as concentrações plasmáticas de
tadalafila. Em altas doses de álcool (0,7 g/Kg), a adição de tadalafila não induziu diminuição estatisticamente
significativa na pressão sanguínea. Em alguns indivíduos, foram observadas tontura postural e hipotensão
ortostática. Quando a tadalafila foi administrada com baixas doses de álcool (0,6 g/Kg), hipotensão não foi
observada e tonturas ocorreram com frequência similar ao álcool administrado isoladamente.
Antagonistas H2: um aumento no pH gástrico resultante da administração de nizatidina não teve efeito
significante na farmacocinética de tadalafila.
Antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio): a administração simultânea de um antiácido
(hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio) e tadalafila reduziu a velocidade aparente de absorção da
tadalafila sem alterar a sua exposição (AUC).
Aspirina®: tadalafila não potencializou o aumento do tempo de sangramento causado pela Aspirina®.
Varfarina (substrato do CYP2C9): tadalafila não teve efeito clinicamente significativo na exposição (AUC) à
S-varfarina ou R-varfarina, nem afetou as alterações no tempo de protrombina induzidas pela varfarina.
Teofilina (substrato da CYP1A2): tadalafila não teve efeito clinicamente significante na farmacocinética ou
farmacodinâmica da teofilina.
Não foram conduzidos estudos clínicos com o propósito de investigar possíveis interações entre tadalafila e
plantas medicinais, nicotina, testes laboratoriais e não laboratoriais.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
O prazo de validade do produto nestas condições de armazenagem é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: Tada (tadalafila) apresenta-se na forma de comprimido revestido, branco sem vinco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Tada_20mg_Bula_Profissional
Página 7
RDC Nº 47 de 24/09/2003
Modo de Usar: Tada (tadalafila) deve ser administrado por via oral, independente das refeições.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Posologia: a dose máxima recomendada de Tada (tadalafila) é 20 mg, tomada antes da relação sexual e
independente das refeições. A frequência máxima de dose recomendada é uma vez ao dia. A tadalafila provou
ser eficaz a partir de 30 minutos após sua administração, por até 36 horas. Pacientes podem iniciar a atividade
sexual em tempos variáveis em relação à administração, de maneira a determinar seu próprio intervalo ótimo de
resposta.
Mais de 1.000 pacientes foram tratados por mais de um ano e mais de 1.300 pacientes foram tratados por mais de
6 meses.
Em estudos clínicos placebo-controlados de fase 3, a taxa de descontinuação devido a eventos adversos em
pacientes tratados com tadalafila foi de 3,1%, comparada a 1,4% de pacientes tratados com placebo. Nestes
estudos, os eventos adversos relatados com tadalafila foram geralmente leves ou moderados, transitórios e
diminuíram com a continuação do tratamento.
Nos estudos clínicos, os seguintes eventos adversos foram relatados:
Reação Muito Comum (>10%): dor de cabeça.
Reação Comum (>1% e <10%): dor lombar, tontura, dispepsia, rubor facial, mialgia e congestão nasal.
Reação Incomum (> 0,1% e < 1%): hiperemia conjuntival, sensações descritas como dor no olho, inchaço das
pálpebras e dispneia.
No acompanhamento pós-comercialização, os seguintes eventos adversos que foram relatados muito raramente
em associação temporal nos pacientes usando tadalafila incluíram:
Reação Muito Rara (< 0,01%):
Corpo como um todo: reações de hipersensibilidade, incluindo erupção cutânea, urticária, edema facial,
síndrome de Stevens-Johnson e dermatite esfoliativa.
Cardiovascular e cerebrovascular: eventos cardiovasculares graves, incluindo infarto do miocárdio, morte
súbita cardíaca, acidente vascular cerebral, dor torácica, palpitações e taquicardia foram relatados pós-
comercialização em associação temporal com o uso de tadalafila. A maioria dos pacientes que relataram estes
eventos tinham fatores de risco cardiovascular pré-existentes. Entretanto, não se pode determinar definitivamente
se estes eventos são relacionados diretamente a estes fatores de risco, à tadalafila, à atividade sexual, ou à
combinação destes e outros fatores. Hipotensão (mais comumente relatada quando a tadalafila é usada por
pacientes que já estão tomando agentes anti-hipertensivos), hipertensão e síncope.
Gastrointestinal: dor abdominal e refluxo gastroesofágico.
Pele e tecidos subcutâneos: hiperidrose.
Sentidos especiais: visão borrada, neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica, oclusão da veia retiniana e
diminuição (alteração) do campo visual.
A neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (caracterizada pela diminuição da visão, implicando em
perda permanente da visão) foi um evento pós-comercialização relatado raramente em associação temporal com
o uso de medicamentos inibidores da PDE5. A maioria desses pacientes, porém não todos, tinham fatores de
riscos basais anatômicos ou vasculares para desenvolverem a neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica,
incluindo, mas não necessariamente limitada à: baixa relação entre o diâmetro da escavação e o diâmetro da
pupila (cup to disc – “crowded disc”), idade acima dos 50 anos, diabetes, hipertensão, doença arterial
coronariana, hiperlipidemia e tabagismo. Não é possível determinar se estes eventos estão diretamente
relacionados ao uso dos inibidores da PDE5, aos fatores de risco basais vasculares, defeitos anatômicos do
paciente, à combinação desses fatores ou a outros fatores. Atualmente, não é possível determinar se a neuropatia
óptica isquêmica anterior não arterítica está relacionada diretamente ao uso de inibidores da PDE5 ou a outros
fatores. Os médicos devem orientar os pacientes a interromperem o uso de tadalafila e procurarem auxílio
médico no caso de perda repentina da visão. Os médicos devem informar seus pacientes que indivíduos que já
apresentaram neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica têm um risco maior em apresentar esses
eventos.
Urogenital: priapismo e ereção prolongada.
Sistema nervoso: enxaqueca.
Sistema respiratório: epistaxe.
Otológicos: na pós-comercialização foram relatados casos de diminuição ou perda repentina da audição em
associação temporal com o uso de inibidores PDE5, incluindo tadalafila. Em alguns casos, foram relatadas
Tada_20mg_Bula_Profissional
Página 8
RDC Nº 47 de 24/09/2003
condições médicas e outros fatores que podem igualmente ter causado eventos adversos otológicos. Em muitos
casos, a informação no acompanhamento médico foi limitada. Não é possível determinar se estes eventos estão
relacionados diretamente ao uso de tadalafila, a fatores de risco subjacentes do paciente para a perda de audição,
uma combinação destes fatores ou a outros fatores.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.