Bula do Tadalafila para o Profissional

Bula do Tadalafila produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Tadalafila
Medley Indústria Farmacêutica Ltda - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO TADALAFILA PARA O PROFISSIONAL

 

tadalafila

Medley Indústria Farmacêutica Ltda.

comprimido revestido

5 mg

Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999

APRESENTAÇÃO

Comprimidos revestidos de 5 mg: embalagem com 30 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO ACIMA DE 18 ANOS

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

tadalafila ............................................................................................... 5 mg

excipientes q.s.p. ...................................................................... 1 comprimido

(celulose microcristalina, lactose monoidratada, hiprolose, croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio, estearato de magésio,

hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro amarelo)

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

A tadalafila é indicada para o tratamento da disfunção erétil.

A tadalafila é indicada para o tratamento dos sinais e sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB) em homens adultos

incluindo aqueles com disfunção erétil.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Efeitos da tadalafila sobre a função erétil: a tadalafila administrada na dose de 2,5 mg, 5 mg e 10 mg, uma vez ao dia, foi avaliada

em 3 estudos clínicos envolvendo 853 pacientes de várias faixas etárias (de 21 a 82 anos) e etnias, com vários graus de etiologia e de

gravidade de disfunção erétil (leve, moderado e grave). Nos dois principais estudos de eficácia na população geral, 76 e 85% dos

pacientes relataram que a tadalafila administrada uma vez ao dia melhorou a ereção, comparado a 29 e 30% dos pacientes do grupo

placebo. Além disso, os pacientes de todas as categorias de gravidade de disfunção erétil relataram melhora na ereção enquanto

tomavam tadalafila uma vez ao dia. Nos estudos principais de eficácia 62 e 69% da população estudada tratada com tadalafila 5 mg

obtiveram sucesso nas tentativas de ter relação sexual, comparado a 34 e 39% do grupo placebo. A dose de 5 mg de tadalafila

melhora significativamente a função erétil por um período superior a 24 horas entre as doses.

Efeitos da tadalafila sobre sinais e sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna: a tadalafila administrada na dose de 5 mg, uma

vez ao dia, foi avaliada em 2 estudos clínicos envolvendo 749 pacientes com idade acima de 45 anos (40% acima de 65 anos)

portadores de sinais e sintomas de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB); e 1 estudo clínico envolvendo 408 pacientes com sintomas

de HPB e disfunção erétil associada. O objetivo primário nos 3 estudos foi a melhora do índice Internacional de Sintomas da

Próstata (IPSS, na sigla em inglês) após 12 semanas de tratamento, sendo demonstrada melhora estatisticamente significativa

(p<0,005) do uso de tadalafila 5 mg comparado com placebo nos sintomas de HPB ao fim deste período.

Eficácia na disfunção erétil de pacientes com Diabetes mellitus: a tadalafila administrada uma vez ao dia mostrou-se eficaz no

tratamento da disfunção erétil em pacientes com diabetes.

Pacientes com diabetes foram incluídos em todos os 7 estudos de eficácia primária com população geral com disfunção erétil (N=

235) e um estudo que avaliou especificamente tadalafila apenas em pacientes diabéticos (Tipo 1 ou Tipo 2) com disfunção erétil

(N= 216). Um estudo randomizado, multicêntrico, duplo-cego, placebo-controlado e de braço paralelo demonstrou melhora clínica

consistente e estatisticamente significativa na função erétil de pacientes diabéticos com o uso de tadalafila administrada uma vez ao

dia.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Descrição

A tadalafila, um tratamento oral para disfunção erétil, é um inibidor reversível, potente e seletivo da guanosina monofosfato cíclica

(GMPc) - fosfodiesterase específica tipo 5 (PDE5).

A tadalafila tem fórmula empírica C22H19N3O4 representando um peso molecular de 389,41. O nome químico é

pirazino[1′,2′:1,6]pirido[3,4-b]indol-1,4-diona, 6-(1,3-benzodioxol-5-il)-2,3,6,7,12,12a-hexahidro-2-metil-(6R,12aR). É um sólido

cristalino praticamente insolúvel em água e muito pouco solúvel em etanol.

Propriedades farmacodinâmicas

- Disfunção erétil: quando a estimulação sexual causa a liberação local de óxido nítrico, a inibição da PDE5 pela tadalafila produz

níveis elevados de GMPc no corpo cavernoso. Isso resulta no relaxamento da musculatura lisa e na entrada de sangue nos tecidos

penianos, produzindo uma ereção. Tadalafila não tem efeito na ausência de estimulação sexual.

- Hiperplasia Prostática Benigna: o efeito da inibição da PDE5 na concentração de GMPc no corpo cavernoso e nas artérias

pulmonares é também observado na musculatura lisa da próstata, da bexiga e de seus suprimentos vasculares. O relaxamento

vascular resulta no aumento da perfusão sanguínea e pode reduzir os sintomas da HPB. O relaxamento da musculatura lisa da

próstata e da bexiga podem complementar estes efeitos vasculares.

Estudos in vitro mostraram que a tadalafila é um inibidor seletivo da PDE5, encontrada na musculatura lisa do corpo cavernoso,

próstata e bexiga, bem como musculatura lisa vascular e visceral, músculo esquelético, plaquetas, rins, pulmões, cerebelo e

pâncreas. O efeito da tadalafila é mais potente sobre a PDE5 que sobre outras fosfodiesterases. A tadalafila é mais que 10.000 vezes

mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE1, PDE2, PDE4 e PDE7, enzimas que são encontradas no coração, cérebro, vasos

sanguíneos, fígado, leucócitos, músculo esquelético e outros órgãos. A tadalafila é mais que 10.000 vezes mais potente para PDE5

que para PDE3, uma enzima encontrada no coração e vasos sanguíneos. Esta seletividade para a PDE5 sobre PDE3 é importante

porque PDE3 é uma enzima envolvida na contratilidade cardíaca.

Adicionalmente, a tadalafila é aproximadamente 700 vezes mais potente para PDE5 que para PDE6, uma enzima encontrada na

retina e que é responsável pela fototransdução. A tadalafila é também mais que 9.000 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a

PDE8, PDE9 e PDE10 e 14 vezes mais potente sobre a PDE5 que sobre a PDE11. A distribuição nos tecidos e os efeitos fisiológicos

da inibição da PDE8 até PDE11 não foram esclarecidos.

Propriedades farmacocinéticas

- Absorção: a tadalafila é rapidamente absorvida após administração oral e a concentração plasmática máxima média observada

(Cmáx) é atingida em um tempo médio de 2 horas após a administração. A biodisponibilidade absoluta da tadalafila após dose oral

não foi determinada.

A velocidade e extensão da absorção da tadalafila não são influenciadas pela alimentação, portanto, a tadalafila pode ser tomada

com ou sem alimento. O período da administração (manhã versus noite) não teve efeitos clinicamente relevantes sobre a velocidade

e extensão da absorção.

- Distribuição: o volume de distribuição médio é de aproximadamente 63 litros, indicando que a tadalafila é distribuída nos tecidos.

Em concentrações terapêuticas, 94% da tadalafila está ligada às proteínas plasmáticas. Menos de 0,0005% da dose administrada

aparece no sêmen de indivíduos sadios.

- Metabolismo: a tadalafila é predominantemente metabolizada pelo citocromo P450 (CYP) isoforma 3A4. O maior metabólito

circulante é a glucuronida metilcatecol. Este metabólito é pelo menos 13.000 vezes menos potente que a tadalafila para PDE5.

Consequentemente, não é esperado que seja clinicamente ativo nas concentrações observadas dos metabólitos.

- Eliminação: o clearance médio para a tadalafila é 2,5 L/h e a meia-vida média é de 17,5 horas em indivíduos sadios. A tadalafila é

excretada predominantemente como metabólitos, principalmente nas fezes (aproximadamente 61% da dose) e, em menor extensão,

na urina (aproximadamente 36% da dose).

Num intervalo de dose de 2,5 a 20 mg, a exposição (área sob a curva – AUC) aumenta proporcionalmente com a dose. As

concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são alcançadas dentro de 5 dias de dose única diária. A farmacocinética

determinada em uma população de pacientes com disfunção erétil é similar à farmacocinética em indivíduos sem disfunção erétil.

Farmacocinética em populações especiais

- Idosos: indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram um clearance menor de tadalafila, resultando em uma exposição

(AUC) 25% maior em relação a indivíduos sadios de idade entre 19 e 45 anos. Este efeito da idade não é clinicamente significativo e

não exige um ajuste de dose.

- Pediátricos: a tadalafila não foi avaliada em indivíduos com menos de 18 anos.

- Insuficiência hepática: a exposição à tadalafila (AUC) em indivíduos com insuficiência hepática leve a moderada (Child-Pugh

Classes A e B) é comparável à exposição em indivíduos sadios. Não existem dados disponíveis em pacientes com insuficiência

hepática grave (Child-Pugh Classe C).

- Insuficiência renal: em indivíduos com insuficiência renal, incluindo aqueles em hemodiálise, a exposição à tadalafila (AUC) foi

maior que em indivíduos sadios.

- Pacientes com diabetes: a exposição à tadalafila (AUC) em pacientes com diabetes foi aproximadamente 19% menor que o valor

de AUC para indivíduos sadios. Esta diferença na exposição não exige um ajuste de dose.

Estudos da tadalafila na frequência cardíaca e pressão arterial

A tadalafila administrada a indivíduos sadios não produziu diferença significativa, comparando-se ao grupo placebo na pressão

sanguínea sistólica e diastólica em decúbito horizontal (diminuição máxima média de 1,6/0,8 mmHg, respectivamente), na pressão

sanguínea sistólica e diastólica em pé (diminuição máxima média de 0,2/4,6 mmHg, respectivamente); e não houve alteração

significativa na frequência cardíaca. Efeitos maiores foram relatados entre indivíduos recebendo nitratos concomitantemente (vide

“Contraindicações”).

Interação com nitratos

Um estudo foi realizado para avaliar o nível de interação entre nitratos e a tadalafila. O objetivo do estudo foi determinar em qual

período, após a administração de tadalafila, não iria ocorrer uma interação aparente na pressão arterial. Os pacientes envolvidos no

estudo (incluindo pacientes diabéticos e/ou hipertensos com a pressão arterial controlada) receberam diariamente doses de 20 mg de

tadalafila ou placebo durante 7 dias quando, então, receberam uma única dose de 0,4 mg de nitroglicerina sublingual em períodos

pré-determinados após a última administração de tadalafila. O resultado deste estudo demonstrou que não foi detectada interação

após 48 horas da última administração de tadalafila.

A administração concomitante de tadalafila com nitratos é contraindicada. Quando a administração de nitratos for extremamente

necessária em paciente que tomaram a tadalafila, deve ser considerado o intervalo de pelo menos 48 horas após a última

administração de tadalafila para administrar nitratos. Nestas circunstâncias, a administração de nitratos deve ser realizada sob

estreita supervisão médica com um monitoramento adequado das funções hemodinâmicas.

Efeitos nas características do esperma

Não houve efeitos clinicamente relevantes nas características do esperma (vide “Advertências e precauções”).

Estudos da tadalafila sobre a visão

Em um estudo para avaliar os efeitos da tadalafila sobre a visão, não foi detectada dificuldade de discriminação de cor (azul/verde)

usando o teste de coloração de Farnsworth-Munsell 100. Este achado é consistente com a baixa afinidade da tadalafila pelo PDE6

comparado ao PDE5 (vide “Características farmacológicas - Propriedades farmacodinâmicas”). Além disso, não foram

observados efeitos na acuidade visual, eletrorretinogramas, pressão intraocular ou pupilometria.

Cruzando todos os estudos clínicos, os registros de alterações na visão de cor foram raros (< 0,1%).

Estudos em espermatogênese

Três estudos foram conduzidos em homens para avaliar o efeito potencial da tadalafila 10 mg (um estudo de 6 meses) e 20 mg (um

estudo de 6 meses e um estudo de 9 meses), administrada diariamente, sobre a espermatogênese. Não houve efeitos adversos sobre a

morfologia ou motilidade do espermatozoide em qualquer dos três estudos. No estudo de 6 meses na dose diária de 10 mg de

tadalafila e no estudo de 9 meses na dose diária de 20 mg de tadalafila, os resultados mostraram uma diminuição na concentração

espermática média em relação ao placebo. Este efeito não foi visto no estudo de 20 mg de tadalafila administrada por 6 meses. No

estudo de 9 meses, a diminuição na concentração espermática foi associada à uma frequência ejaculatória mais alta. A frequência de

ejaculação não foi avaliada nos estudos de 6 meses. Além disso, não houve efeito adverso sobre as concentrações médias dos

hormônios reprodutivos (testosterona, hormônio luteinizante ou hormônio folículoestimulante) com ambas as doses de 10 mg ou 20

mg de tadalafila comparadas ao placebo.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Em estudos clínicos, a tadalafila mostrou aumentar os efeitos hipotensivos dos nitratos. Supõe-se que isto seja resultado dos efeitos

combinados dos nitratos e tadalafila na via óxido nítrico/GMPc. Portanto, a administração de tadalafila a pacientes que estão usando

qualquer forma de nitrato orgânico é contraindicada. Este medicamento não deve ser usado em pacientes com conhecida

hipersensibilidade à tadalafila ou a qualquer componente do comprimido.

Este medicamento não é indicado para homens que não apresentam disfunção erétil e/ou sinais e sintomas de Hiperplasia Prostática

Benigna (HPB).

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A avaliação da disfunção erétil deve incluir a determinação de suas causas potenciais e a identificação do tratamento apropriado

após uma avaliação médica adequada.

A segurança e a eficácia das combinações de tadalafila e outros inibidores da PDE5 para disfunção erétil não foram estudadas.

Portanto, o uso de tais combinações não é recomendado.

Priapismo foi relatado com os inibidores da PDE5, incluindo tadalafila. Pacientes que apresentem ereções com duração de 4 horas

ou mais devem ser instruídos para procurarem assistência médica imediata. Se o priapismo não for tratado imediatamente, pode

resultar em lesão do tecido peniano e perda permanente da potência.

A tadalafila deve ser usada com cautela em pacientes que têm condições que possam predispô-los ao priapismo (tais como anemia

falciforme, mieloma múltiplo ou leucemia), ou em pacientes com deformação anatômica do pênis (tais como angulação, fibrose

cavernosa ou doença de Peyronie).

Os médicos devem recomendar aos pacientes que interrompam o uso de inibidores de PDE5, incluindo tadalafila, bem como a

procurarem uma orientação especializada em casos de diminuição ou perda repentina de audição. Estes eventos, que podem estar

acompanhados de zumbido e vertigem, foram relatados em associação temporal à introdução de inibidores PDE5, incluindo

tadalafila. Não é possível determinar se estes eventos estão diretamente relacionados ao uso de inibidores PDE5 ou a outros fatores.

Pacientes com suspeita de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) devem ser examinados para descartar a presença de carcinoma

prostático.

A tadalafila deve ser usada com cautela quando prescrita para pacientes que tomam alfabloqueadores, como a doxazosina, pois a

administração simultânea pode levar a uma hipotensão sintomática em alguns pacientes. Em um estudo com homens sadios,

tadalafila foi administrada com doxazosina 8 mg e houve um aumento do efeito hipotensor da doxazosina. Doses menores de

doxazosina não foram testadas. Quando tadalafila é administrada concomitantemente com um alfa-bloqueador, os pacientes devem

estar estáveis com a terapia com alfa-bloqueadores antes de iniciar o tratamento com a tadalafila (vide “Interações

medicamentosas”).

Assim como outros inibidores da PDE5, tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas que podem resultar em uma

diminuição transitória da pressão sanguínea. Antes de prescrever tadalafila, os médicos devem considerar cuidadosamente se seus

pacientes com doença cardiovascular preexistente podem ser afetados desfavoravelmente por tais efeitos vasodilatadores.

Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade

A tadalafila não foi carcinogênica em ratos ou camundongos quando administrada por 24 meses.

A tadalafila não foi mutagênica ou genotóxica em ensaios bacterianos in vitro e com células de mamíferos; e em linfócitos humanos

in vitro e ensaios com micronúcleo de rato in vivo.

Não houve diminuição da fertilidade em ratos machos e fêmeas em doses até 400 mg/Kg por 2 anos. Em cães recebendo tadalafila

diariamente por 6 a 12 meses em doses de 25 mg/Kg/dia e acima, houve alterações no epitélio do túbulo seminífero que resultaram

numa diminuição da espermatogênese em alguns cães.

Gravidez

Este medicamento não é indicado para uso em mulheres. Não houve evidência de teratogenicidade, embriotoxicidade ou

fetotoxicidade em ratos e camundongos que receberam até 1.000 mg/Kg/dia. Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em

ratos, a dose de efeito não observado foi de 30 mg/Kg/dia. Na rata prenha, a AUC para droga livre calculada nessa dose foi

aproximadamente 18 ou 6 vezes a AUC humana em uma dose de 20 ou 40 mg. Não há estudos de tadalafila em mulheres grávidas.

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica

ou do cirurgião-dentista.

Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Nenhum relato.

Uso pediátrico

Este medicamento não é indicado para o uso em recém-nascidos e crianças.

Uso geriátrico

Indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram uma diminuição do clearance de tadalafila, resultando em uma alta de 25% de

exposição à droga (AUC), quando comparados a indivíduos saudáveis, de idades entre 19 e 45 anos. Este efeito da idade não é

clinicamente significativo e não exige um ajuste da dose.

Pacientes com doença cardiovascular

A atividade sexual possui um risco cardíaco potencial para pacientes com doença cardiovascular preexistente. Portanto, tratamentos

para disfunção erétil, incluindo tadalafila, não devem ser usados em homens com doença cardíaca, para os quais a atividade sexual é

desaconselhável. Os seguintes grupos de pacientes com doença cardiovascular não foram incluídos nos estudos clínicos:

- pacientes com infarto do miocárdio nos últimos 90 dias;

- pacientes com angina instável ou angina ocorrida durante uma relação sexual;

- pacientes com insuficiência cardíaca classe 2 ou maior da “New York Heart Association” nos últimos 6 meses;

- pacientes com arritmias não controladas, hipotensão (< 90/50 mmHg), ou hipertensão não controlada; e

- pacientes com acidente vascular cerebral nos últimos 6 meses.

Os médicos devem considerar o risco cardíaco potencial da atividade sexual em pacientes com doença cardiovascular preexistente.

Pacientes que apresentem sintomas durante a atividade sexual devem ser aconselhados a absterem-se de novas atividades sexuais e

relatarem o episódio ao médico.

Pacientes com insuficiência hepática

A exposição à tadalafila (AUC) em indivíduos com insuficiência hepática leve a moderada (Child-Pugh Classes A e B) é

comparável à exposição em indivíduos sadios. Não existem dados disponíveis em pacientes com insuficiência hepática grave

(Child-Pugh Classe C). Portanto, a tadalafila deve ser usada com cautela quando prescrita para pacientes deste grupo. A

administração de tadalafila uma vez ao dia não foi extensivamente avaliada em pacientes com insuficiência hepática. Se a tadalafila

for prescrita, o médico prescritor deverá avaliar cuidadosamente a relação risco-benefício individualmente.

Pacientes com insuficiência renal

Devido ao aumento da exposição da tadalafila (AUC), da experiência clínica limitada e pela pouca influência do clearance na

diálise, não é recomendada a administração de tadalafila uma vez ao dia em pacientes com insuficiência renal grave.

Combinação com outras terapias para disfunção erétil

A segurança e eficácia de combinações de tadalafila e outros inibidores da PDE5 ou tratamentos para disfunção erétil não foram

estudadas. Portanto, o uso de tais combinações não é recomendado.

Este medicamento contém LACTOSE. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes que apresentem intolerância à

lactose.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não é esperado que a tadalafila cause inibição ou indução clinicamente significativa do clearance de drogas metabolizadas pelas

isoformas do CYP450. Estudos confirmaram que a tadalafila não inibe ou induz as isoformas do CYP450, incluindo CYP1A2,

CYP3A4, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP2E1.

- Cetoconazol: a tadalafila é principalmente metabolizada pelo CYP3A4. Um inibidor seletivo do CYP3A4, cetoconazol (400 mg

diariamente), aumentou a exposição (AUC) da dose única de tadalafila em 312% e a Cmáx em 22%, e cetoconazol (200 mg

diariamente) aumentou a exposição (AUC) da dose única de tadalafila em 107% e Cmáx em 15% com relação aos valores de AUC e

Cmáx para tadalafila isoladamente.

- Ritonavir: ritonavir (200 mg duas vezes ao dia), um inibidor do CYP3A4, CYP2C9, CYP2C19 e CYP2D6, aumentou a exposição

(AUC) da dose única de tadalafila em 124% sem alteração na Cmáx. Embora interações específicas não tenham sido estudadas, outros

inibidores de protease do HIV, como o saquinavir e outros inibidores da CYP3A4, tais como eritromicina e itraconazol,

provavelmente também aumentariam a exposição da tadalafila.

- Rifampicina: um indutor do CYP3A4, rifampicina (600 mg diariamente), reduziu a exposição (AUC) da dose única de tadalafila

em 88% e Cmáx em 46%, com relação aos valores de AUC e Cmáx para tadalafila isolada. Pode-se esperar que a administração

concomitante de outros indutores CYP3A4 também possam diminuir as concentrações plasmáticas de tadalafila. A redução da

exposição de tadalafila com a coadministração de rifampicina pode ser antecipada e diminuir a eficácia de tadalafila administrada

uma vez ao dia. A magnitude da diminuição da eficácia é desconhecida. Pode-se esperar que com a administração concomitante de

outros indutores do CYP3A4 também haverá diminuição nas concentrações plasmáticas de tadalafila.

- Agentes anti-hipertensivos: a tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas e pode aumentar os efeitos hipotensores dos

agentes anti-hipertensivos. Adicionalmente, em pacientes tomando múltiplos agentes anti-hipertensivos, cuja hipertensão não foi

bem controlada, foram observadas reduções maiores na pressão sanguínea. Estas reduções não foram associadas com sintomas

hipotensivos na grande maioria dos pacientes. Um apropriado aconselhamento médico deve ser dado aos pacientes quando estes são

tratados com medicamentos anti-hipertensivos e tadalafila. Em estudos de farmacologia clínica, o potencial para a tadalafila

aumentar os efeitos hipotensivos dos agentes anti-hipertensivos foi examinado. As classes principais de agentes anti-hipertensivos

foram estudadas, incluindo bloqueadores de canais de cálcio (amlodipina), inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA)

(enalapril), bloqueadores do receptor beta-adrenérgico (metoprolol), diuréticos tiazídicos (bendrofluazida) e bloqueadores do

receptor de angiotensina II (vários tipos e doses, sozinhos ou em combinação com tiazidas, bloqueadores de canal de cálcio, beta-

bloqueadores e/ou alfa-bloqueadores). A tadalafila não tem interação clinicamente significativa com nenhuma dessas classes. A

análise dos estudos clínicos fase 3 também não mostrou diferenças nos eventos adversos em pacientes tomando tadalafila com ou

sem medicação anti-hipertensiva.

- Agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos: em dois estudos de farmacologia clínica nenhuma diminuição significativa na pressão

sanguínea foi observada quando a tadalafila foi coadministrada em indivíduos tomando tansulosina, um bloqueador seletivo alfa-

adrenérgico. Quando tadalafila foi coadministrada em indivíduos sadios tomando doxazosina (4-8 mg diariamente), um bloqueador

alfa-adrenérgico, houve um aumento dos efeitos hipotensores da doxazosina. O número de indivíduos com diminuição da pressão

sanguínea em pé, potencialmente clinicamente significativa, foi maior para esta combinação. Nestes estudos de farmacologia clínica

houve sintomas associados com a diminuição da pressão sanguínea incluindo síncope. Quando tadalafila é administrada

concomitantemente com um alfa-bloqueador, os pacientes devem estar estáveis com a terapia com alfa-bloqueador antes de iniciar o

tratamento com a tadalafila.

- Álcool: a tadalafila não afetou as concentrações alcoólicas e o álcool não afetou as concentrações plasmáticas de tadalafila. Em

altas doses de álcool (0,7 g/Kg), a adição de tadalafila não induziu diminuição estatisticamente significativa na pressão sanguínea

média. Em alguns indivíduos, foram observadas tontura postural e hipotensão ortostática. Quando tadalafila foi administrada com

baixas doses de álcool (0,6 g/Kg), hipotensão não foi observada e tonturas ocorreram com frequência similar ao álcool administrado

isoladamente.

- Antagonistas H2: um aumento no pH gástrico resultante da administração de nizatidina não teve efeito significativo na

farmacocinética de tadalafila.

- Antiácidos (hidróxido de magnésio/ hidróxido de alumínio): a administração simultânea de um antiácido (hidróxido de

magnésio/hidróxido de alumínio) e tadalafila reduziu a velocidade aparente de absorção da tadalafila sem alterar a sua exposição

(AUC).

- Aspirina®

: tadalafila não potencializou o aumento do tempo de sangramento causado pela Aspirina®

.

- Varfarina (Substrato do CYP2C9): a tadalafila não teve efeito clinicamente significativo na exposição (AUC) à S-varfarina ou

R-varfarina, nem afetou as alterações no tempo de protrombina induzidas pela varfarina.

- Teofilina (Substrato do CYP1A2): a tadalafila não teve efeito clinicamente significativo na farmacocinética ou farmacodinâmica

da teofilina.

Não foram conduzidos estudos clínicos com o propósito de investigar possíveis interações entre tadalafila e plantas medicinais,

nicotina, testes laboratoriais e não laboratoriais.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Este medicamento se apresenta na forma de comprimido revestido na cor amarela, circular, biconvexo, sem vinco.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

A tadalafila deve ser administrada por via oral independente das refeições.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Posologia

- Disfunção erétil: a dose recomendada de tadalafila é de 5 mg, administrada uma vez ao dia, aproximadamente no mesmo horário.

A duração do tratamento deve ocorrer a critério médico.

- Hiperplasia Prostática Benigna (HPB): a dose recomendada de tadalafila é de 5 mg, administrada uma vez ao dia,

aproximadamente no mesmo horário.

- Homens com insuficiência renal: não é necessário o ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada. A

administração de tadalafila uma vez ao dia não é recomendada para pacientes com insuficiência renal grave.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A tadalafila foi administrada a mais de 6.550 homens durante os estudos clínicos ao redor do mundo. Em estudos clínicos com

tadalafila administrada uma vez ao dia, um total de 716, 389 e 115 pacientes foram tratados por, pelo menos, 6 meses, 1 e 2 anos

respectivamente. Em três estudos clínicos placebo-controlados de fase 3, de 12 ou 24 semanas de duração, a idade média dos

pacientes era de 58 anos (variando de 21 a 82 anos) e a taxa de descontinuação devido a eventos adversos em pacientes tratados com

tadalafila foi de 4,1%, comparada a 2,8% de pacientes tratados com placebo.

Durante os estudos clínicos para o tratamento de disfunção erétil, os seguintes eventos adversos foram relatados com o uso

de tadalafila:

- Reação comum (> 1% e < 10%): dor lombar, dispepsia, rubor facial, mialgia e congestão nasal.

- Reação incomum (> 0,1% e < 1%): dispneia.

Durante os estudos clínicos para o tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), os seguintes eventos adversos foram

relatados com o uso de tadalafila:

- Reação comum (> 1% e < 10%): cefaleia, dispepsia, mialgia, dor nas extremidades e refluxo gastroesofágico.

No acompanhamento pós-comercialização, os seguintes eventos adversos que foram relatados em associação temporal nos

pacientes usando tadalafila incluíram:

- Reação muito rara (< 0,01%):

Corpo como um todo: reações de hipersensibilidade, incluindo erupção cutânea, urticária, edema facial, síndrome de Stevens-

Johnson e dermatite esfoliativa.

Cardiovascular e cerebrovascular: eventos cardiovasculares graves, incluindo infarto do miocárdio, morte súbita cardíaca,

acidente vascular cerebral, dor torácica, palpitações e taquicardia foram relatados pós-comercialização em associação temporal com

o uso de tadalafila. A maioria dos pacientes que relataram estes eventos tinha fatores de risco cardiovascular preexistentes.

Entretanto, não se pode determinar definitivamente se estes eventos são relacionados diretamente a estes fatores de risco, à

tadalafila, à atividade sexual, ou à combinação destes e outros fatores. Hipotensão (mais comumente relatada quando a tadalafila é

usada por pacientes que já estão tomando agentes anti-hipertensivos), hipertensão e síncope.

Gastrointestinal: dor abdominal e refluxo gastroesofágico.

Pele e tecidos subcutâneos: hiperidrose.

Sentidos especiais: visão borrada, neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica, oclusão da veia retiniana e diminuição

(alteração) do campo visual.

A neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (caracterizada pela diminuição da visão, implicando em perda permanente da

visão) foi um evento pós-comercialização relatado raramente em associação temporal com o uso de medicamentos inibidores da

PDE5. A maioria desses pacientes, porém não todos, tinham fatores de riscos basais anatômicos ou vasculares para desenvolverem a

neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica, incluindo, mas não necessariamente limitada à: baixa relação entre o diâmetro da

escavação e o diâmetro da pupila (cup to disc – “crowded disc”), idade acima dos 50 anos, diabetes, hipertensão, doença arterial

coronariana, hiperlipidemia e tabagismo. Não é possível determinar se estes eventos estão diretamente relacionados ao uso dos

inibidores da PDE5 aos fatores de risco basais vasculares ou defeitos anatômicos do paciente, ou a combinação desses fatores ou a

outros fatores. Atualmente, não é possível determinar se a neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica está relacionada

diretamente ao uso de inibidores da PDE5 ou a outros fatores. Os médicos devem orientar os pacientes a interromperem o uso de t e

procurarem auxílio médico no caso de perda repentina da visão. Os médicos devem informar seus pacientes que indivíduos que já

apresentaram neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica têm um risco maior em apresentar esses eventos.

Urogenital: priapismo e ereção prolongada.

Sistema nervoso: enxaqueca.

Sistema respiratório: epistaxe.

Otológicos: na pós-comercialização foram relatados casos de diminuição ou perda repentina da audição em associação temporal

com o uso de inibidores PDE5, incluindo tadalafila. Em alguns casos, foram relatadas condições médicas e outros fatores que

podem igualmente ter causado eventos adversos otológicos. Em muitos casos, a informação no acompanhamento médico foi

limitada. Não é possível determinar se estes eventos estão relacionados diretamente ao uso de tadalafila, a fatores de risco

subjacentes do paciente para a perda de audição, uma combinação destes fatores ou a outros fatores.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Doses únicas de até 500 mg de tadalafila foram administradas a indivíduos sadios e doses múltiplas diárias de até 100 mg de

tadalafila, foram administradas a pacientes. Os eventos adversos foram similares àqueles observados com doses mais baixas. Em

casos de superdose, medidas de suporte padrão devem ser adotadas conforme necessário. Hemodiálise contribui de modo

desprezível para a eliminação da tadalafila.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.