Bula do Tamsulon para o Profissional

Bula do Tamsulon produzido pelo laboratorio Zodiac Produtos Farmacêuticos S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Tamsulon
Zodiac Produtos Farmacêuticos S/a - Profissional

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BULA COMPLETA DO TAMSULON PARA O PROFISSIONAL

Tamsulon®

Cápsula gelatinosa

0,4 MG CAP GEL DURA CT 2 BL AL

PLAS INC X 10

0,4 MG CAP GEL DURA CT 3 BL AL

TAMSULON®

cloridrato de tansulosina

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Cápsula de liberação controlada de 0,4mg. Embalagem contendo 20 e 30 cápsulas.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada cápsula de Tamsulon®

contém:

Cloridrato de tansulosina (equivalente a 0,37 mg de tansulosina)........................................................0,4mg

Excipientes: sacarose, povidona, talco, polímero acrílico, etilcelulose, migliol, amido, metanol, álcool isopropílico e água destilada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tamsulon®

é indicado para o tratamento dos sintomas do trato urinário inferior associados a hiperplasia prostática benigna (HPB).

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Quatro estudos placebo-controlados e um com controle ativo incluíram 2296 pacientes (1003 receberam cloridrato de tansulosina

em cápsulas de 0,4 mg ao dia, 491 receberam 0,8 mg de cloridrato de tansulosina ao dia e 802 pacientes em grupo controle) nos

Estados Unidos e na Europa.

Nos dois estudos multicêntricos, duplo-cego realizados nos Estados Unidos por 13 semanas (US92-03a

) e o estudo (US93-01),

incluíram-se 1486 homens com sinais e sintomas de HPB. Em ambos os estudos, os pacientes foram randomizados para o grupo que

tomou 0,4 mg de cloridrato de tansulosina e para o outro grupo que usou 0,8 mg de cloridrato de tansulosina uma vez ao dia. Os

parâmetros primários de eficácia incluíram a pontuação total de sintomas do questionário da Associação Americana de Urologia,

que avaliou sintomas irritativos (frequência, urgência e noctúria) e obstrutivos (hesitação, esvaziamento vesical incompleto,

intermitência, intensidade do jato urinário). Uma diminuição na pontuação total revela-se como uma melhora do estado clínico.

Outro parâmetro considerado foi o índice de pico de fluxo urinário, cuja melhora revela uma diminuição no fator obstrutivo.

Mudanças nas medias em relação aos níveis basais da pontuação da escala da Associação Americana de Urologia verificada na 13a

semana foram significativamente maiores nos grupos tratados com cápsulas de 0,4 e 0,8 mg de cloridrato de tansulosina uma vez ao

dia do que no grupo placebo em ambos os estudos americanos. As mudanças nos índices de pico do fluxo urinário verificadas na 13a

semana em comparação com os valores basais foram significativamente melhores para os grupos que utilizaram o cloridrato de

tansulosina. No geral, não se observaram diferenças significativas na pontuação total da escala da AAU e nos valores de pico de

fluxo urinário entre as concentrações de 0,4 e 0,8 mg de cloridrato de tansulosina. No entanto, no estudo 1 observou-se uma melhor

resposta do grupo que usou 0,8 mg de cloridrato de tansulosina em relação ao que usou 0,4 mg em relação a pontuação total de

melhora na escala da AAU.

Tabela 1 – Variação média (± DP) em relação aos níveis basais na 13º semana na pontuação total da escala da AAU** e no índice

de pico do fluxo urinário (mL/segundo)

Pontuação Total da escala AAU Taxa de Pico do fluxo urinário

Média Basal Variação Média Média Basal Variação Média

Estudo

cloridrato de tansulosina cápsulas 0,8mg

uma vez ao dia

19,9±4,9

N=247

-9,6*±6,7

N=237

9,57±2,51

1,78*±3,35

cloridrato de tansulosina cápsulas 0,4mg

19,8±5,0

N=254

-8,3*±6,5

N=246

9,46±2,49

1,75*±3,57

Placebo

19,6±4,9

-5,5*±6,6

9,75±2,54

0,52±3,39

N=253

Estudo 2

18,2±5,6

N=244

-5,8*±6,4

N=238

9,96±3,16

1,79*±3,36

17,9±5,8

N=248

-5,1*±6,4

9,94±3,14

1,52±3,64

19,2±6,0

N=239

-3,6*±5,7

N=235

9,95±3,12

0,93*±3,28

*Diferença estatisticamente significativa em relação ao placebo (valor-p maior ou igual 0,050; Bonferroni-Holm teste de múltiplos

procedimentos)

**Pontuação total da escala AAU variando de 0 a 35 pontos

Estudo 1 – Taxa de pico do fluxo urinário medindo de 4 a 8 horas após a dose diária na 13º semana

Estudo 2 – Taxa de pico do fluxo urinário medida da 24 a 27 horas após a dose diária na 13º semana: quatro pacientes não

completaram a 13º semana.

A média total da escala de pontuação de sintomas da AAU para ambas as concentrações de cloridrato de tansulosina 0,4 e 0,8 mg

uma vez ao dia mostraram um rápido início na diminuição da pontuação que se manteve ao longo das 13 semanas do estudo.

No estudo 1400 pacientes (53% do grupo randomizado originalmente) foram eleitos para continuar no estudo com extensão de 40

semanas, dos quais 138 pacientes foram randomizados no grupo cloridrato de tansulosina 0,4 mg; 135 pacientes no grupo cloridrato

de tansulosina 0,8 mg e 127 no grupo placebo. Trezentos e trinta e três pacientes (43% do grupo original) completaram um ano.

Desses, 81% (97 pacientes) no grupo 0,4 mg; 74% (75 pacientes) no grupo 0,8 mg e 56% (57 pacientes) no grupo placebo tiveram

uma resposta maior ou igual 25% sobre o nível basal na pontuação total de sintomas da escala AAU em um ano.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

A tansulosina é um antagonista dos receptores alfa-1 adrenérgicos. Fixa-se seletiva e competitivamente aos receptores alfa-1 pós-

sinápticos, em particular aos do subtipo alfa-1A e alfa-1D, promovendo o relaxamento da musculatura lisa da próstata e da uretra.

Tamsulon®

melhora os sintomas urinários obstrutivos e aumenta o fluxo urinário máximo, pois diminui a obstrução ao fluxo

urinário através do relaxamento da musculatura lisa na próstata e na uretra. Tamsulon®

também melhora os sintomas irritativos, nos

quais a instabilidade da bexiga têm um papel importante.

Estes efeitos sobre os sintomas obstrutivos e irritativos são mantidos durante a terapia a longo prazo. A necessidade de cirurgia ou

cateterização é significativamente retardada.

Os antagonistas dos receptores alfa-1 adrenérgicos podem diminuir a pressão arterial pela redução da resistência vascular periférica.

Entretanto, durante estudos com tansulosina, não se observou redução clinicamente importante da pressão arterial.

Farmacocinética

Absorção

A tansulosina é absorvida no intestino e sua biodisponibilidade é quase total. A ingestão recente de alimentos reduz a absorção de

tansulosina.

Pode-se obter absorção uniforme se o paciente ingerir Tamsulon®

habitualmente após o desjejum. A tansulosina tem uma cinética

linear.

Após dose única de tansulosina no estado pós-prandial, as concentrações plasmáticas máximas de tansulosina são atingidas dentro

de aproximadamente 6 horas. No estado de equilíbrio, que se instala no 5° dia de tratamento, a Cmáx nos pacientes é cerca de 2/3

vezes superior a que se obtém após uma dose única.

Embora esses dados tenham sido obtidos em pacientes idosos, espera-se que sejam os mesmos para pacientes jovens.

Há uma variação individual considerável nos níveis plasmáticos tanto após dose única como após múltiplas doses.

Distribuição

Em humanos, a tansulosina liga-se aproximadamente 99% às proteínas plasmáticas. O volume de distribuição é pequeno

(aproximadamente 0,2L/kg).

Metabolismo

A tansulosina é metabolizada lentamente, com baixo efeito de primeira passagem. A maior parte da tansulosina é encontrada no

plasma sob forma inalterada. A metabolização ocorre no fígado.

Em ratos verificou-se que a tansulosina dificilmente causa indução das enzimas hepáticas microssomais.

Nenhum dos metabólitos é mais ativo que a substância original.

Resultados in vitro sugerem que CYP3A4 e CYP2D6 e, em menor contribuição outras enzimas CYP, estão envolvidas na

biotransformação do cloridrato de tansulosina. A inibição das enzimas metabolizadoras CYP3A4 e CYP2D6 pode levar a aumento

da exposição ao cloridrato de tansulosina.

Excreção

A eliminação da tansulosina e de seus metabólitos ocorre principalmente pela urina. Estima-se que aproximadamente 9% da dose

administrada seja excretada na forma inalterada.

A meia-vida de eliminação situa-se ao redor de 10 horas após uma dose única no estado pós-prandial e cerca de 13 horas no estado

de equilíbrio.

4. CONTRAINDICAÇÕES

 Hipersensibilidade conhecida à tansulosina e/ou demais componentes da formulação;

 Histórico de hipotensão ortostática;

 Insuficiência hepática grave;

 Uso concomitante com inibidores potentes da CYP3A4, como o cetoconazol.

Este medicamento é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática grave.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres.

Este medicamento é contraindicado para menores de 16 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Este medicamento é destinado para uso apenas por homens.

Assim como ocorre com outros antagonistas de receptores alfa-1 adrenérgicos, durante o tratamento com Tamsulon®

pode ocorrer

diminuição da pressão arterial que, em casos excepcionais, pode levar a ocorrência de síncope. Aos primeiros sinais de hipotensão

ortostática (tontura e fraqueza), o paciente deve sentar-se ou deitar-se até o desaparecimento dos sintomas.

Antes de se iniciar o tratamento com Tamsulon®

, o paciente deve ser submetido a exames, a fim de excluir a presença de outras

condições que possam originar os mesmos sintomas da hiperplasia prostática benigna. O exame de toque retal e, quando necessário,

a determinação do antígeno prostático específico (PSA) devem ser realizados antes do tratamento e após este, em intervalos

regulares.

Em alguns pacientes em tratamento, ou que haviam sido tratados anteriormente com Tamsulon, foi observada a ocorrência, durante

a realização da cirurgia de catarata, da Síndrome Intraoperatória da Íris Frouxa (IFIS) que é uma variante da Síndrome da Pupila

Pequena. A IFIS pode aumentar o risco de complicações oculares durante e após a cirurgia de catarata. A descontinuação do

tratamento com tansulosina 1 a 2 semanas antes da cirurgia de catarata pode ajudar; no entanto, o beneficio da interrupção do

tratamento ainda não foi estabelecido. Também foram reportados casos de IFIS em pacientes que tiveram seu tratamento com

tansulosina interrompido por um período maior de antecedência à cirurgia.

Não é recomendado iniciar o tratamento com cloridrato de tansulosina em pacientes que serão submetidos à cirurgia de catarata.

Durante a avaliação pré-operatória, cirurgiões e oftalmologistas devem levar em consideração se os pacientes que serão operados

estão em tratamento ou foram tratados com tansulosina, de modo a assegurar que medidas apropriadas sejam tomadas durante a

cirurgia.

O Tamsulon deve ser usado com precaução em combinação com inibidores moderados da enzima CYP3A4, por exemplo, a

eritromicina (vide item interações medicamentosas).

Efeitos na habilidade de dirigir e de operar máquinas:

Não foram realizados estudos sobre o efeito na capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas. Entretanto, os pacientes

devem ser conscientizados da possibilidade de ocorrência de tontura.

Insuficiência renal grave (depuração de creatinina < 10 mL/min) ou insuficiência hepática grave: o tratamento deve ser feito

com cautela, uma vez que não há estudos de tais pacientes.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não se observaram interações na administração concomitante com atenolol, enalapril, nifedipina ou teofilina.

A administração concomitante de cimetidina eleva os níveis plasmáticos de tansulosina, enquanto que a furosemida causa redução.

Porém como os níveis se mantêm dentro dos limites da normalidade, não há necessidade de ajuste posológico.

In vitro, nem diazepam, propranolol, triclormetiazida, clormadinona, amitriptilina, diclofenaco, glibenclamida ou sinvastatina e

varfarina modificam a fração livre de tansulosina no plasma humano. Tampouco a tansulosina modifica as frações livres de

diazepam, propranolol, triclormetiazida e clormadinona.

Contudo, o diclofenaco e a varfarina podem aumentar a taxa de eliminação da tansulosina. A administração concomitante de

cloridrato de tansulosina com inibidores potentes da enzima CYP3A4 pode levar ao aumento da exposição ao cloridrato de

tansulosina. A adminsitração concomitante de cetoconazol (conhecido como potente inibidor da CYP3A4) resultou em um aumento

da AUC e Cmáx de cloridrato de tansulosina de 2,8 e 2,2 respectivamente. O cloridrato de tansulosina não deve ser administrado em

combinação com inibidores potentes da CYP3A4, uma vez que indivíduos com baixa metabolização do CYP2D6 não podem ser

facilmente identificados, e existe o potencial para aumento significativo da exposição ao cloridrato de tansulosina quando este é

coadministrado com inibidores potentes da CYP3A4 em indivíduos com baixa metabolização da CYP2D6. O cloridrato de

tansulosina deve ser administrado com precaução em associação com inibidores moderados da CYP3A4.

A administração concomitante de cloridrato de tansulosina com paroxetina, um potente inibidor da CYP2D6, resultou em um

aumento de 1,3 e 1,6 respectivamente na Cmáx e AUC, entretanto esses aumentos não são considerados clinicamente relevantes.

A administração concomitante de outros antagonistas dos receptores alfa-1 adrenérgicos pode levar a efeitos hipotensores.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Tamsulon®

deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C e 30°C), protegido da luz e umidade. Este medicamento tem validade

de 24 meses a partir da sua data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características Físicas:

apresenta-se na forma de cápsulas gelatinosa dura verde e branca. Dentro das cápsulas, há grânulos brancos a brancos

acinzentados.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose diária recomendada de Tamsulon®

é de 0,4 mg (uma cápsula), após o café da manhã.

A cápsula deve ser ingerida inteira, por via oral, sem partir ou mastigar, com um pouco de líquido. A presença de insuficiência

hepática leve a moderada não necessariamente requer ajuste posológico, assim como a presença de insuficiência renal.

Não há uma indicação relevante para o uso de Tamsulon®

em crianças.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): tontura, distúrbios da ejaculação.

- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): cefaleia, palpitações, hipotensão

ortostática, rinite, constipação, diarreia, náusea e vômitos, rash, prurido, urticária, astenia.

- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): síncope, edema angioneurótico.

- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): priapismo, Síndrome de Stevens-

Johnson.

Existem relatos de ocorrência da Síndrome Intraoperatória da Íris Frouxa, na qual a pupila deixa de dilatar-se, durante a realização

da cirurgia de catarata em pacientes em tratamento com tansulosina. (vide item Advertências).

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas:

A superdosagem de Tamsulon®

pode potencialmente resultar em efeitos hipotensivos. Graves efeitos hipotensores têm sido

observados em diferentes níveis de superdosagens.

Tratamento:

Se ocorrer hipotensão aguda após superdose, administrar suporte cardiovascular. A pressão arterial pode ser restaurada e a

frequência cardíaca normalizada deitando-se o paciente. Se estas medidas não forem suficientes, podem ser empregados expansores

de volume e, se necessário, vasopressores.

Deve-se monitorar a função renal e aplicar medidas de suporte geral. Não é provável que a diálise ajude, uma vez que a tansulosina

liga-se em elevado grau as proteínas plasmáticas.

Podem ser tomadas medidas como êmese para impedir a absorção. Quando grandes quantidades estão envolvidas, pode-se realizar

lavagem gástrica e administrar-se carvão ativado assim como um laxante osmótico, como o sulfato de sódio.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.